Capitulo 1| Welcome home.
Já faziam 5 horas que estávamos dentro daquele carro. Fui o caminho inteiro deitada com a cabeça na janela ouvindo Adele pelo meu fone. Mas eu nem prestava atenção na música. Passei cada segundo pensando em tudo o que poderia acontecer agora em minha vida. Não tinha certeza de que estava preparada para ter uma madrasta e muito menos um irmão. Tudo era muito recente e eu não estava conseguindo assimilar as ideias muito bem ainda. Só estava deixando a vida me levar. Torcendo para que tudo desse certo.
No meio da viagem acabo adormecendo e acordo com o meu pai sacudindo meus braços. Quando abro os olhos, ele aponta para uma casa e diz "Essa é nossa casa Camila!" A casa era gigante. Tinha um muro enorme da frente. Era uma verdadeira mansão toda rústica, com uma madeira muito, mas muito bonita mesmo.
"Pai, isso é incrível! Olha só essa casa!" Dou risada e então saio do carro e meu pai me acompanha.
"Não disse que você iria gostar?" Ele sorri e então pega o telefone digitando uma mensagem e logo em seguida desliga e me olha. "Preparada minha filha? Pra uma nova vida? Um novo começo?" Eu definitivamente não estava preparada. Estava me cagando de medo, mas eu não iria falar isso pra ele. Abro um sorriso, o mais sincero possível e o abraço como se fosse um sim. "Eu e você contra o mundo minha garota, sempre!"
"Eu e você papai." Nosso abraço é interrompido quando um carro imbica no portão quase nos atropelando. Assim que o imbecil que fez isso abre o vidro eu chego perto. "Qual é o seu problema? Você não viu que tinha pessoas aqui?" Era um garoto de cabelos castanhos claros, com um topete não muito alto. Estava usando uma camisa preta e um óculos de sol. Ele abre um sorriso cínico e responde "Vi." de uma forma completamente arrogante, o que me deixou extremamente irritada. "Você poderia ter nos matado ou nos machucado muito feio, sabia?"
"Mas vocês estão vivos e não estão machucados, não é mesmo?" Ele tira os óculos e não sei por qual motivo, mas aqueles seus olhos azuis me penetram de uma forma que eu não consigo nem responder. Ele me olha de cima a baixo e dá uma risadinha que eu realmente não sei o que ela significa. Logo o mordomo abre o portão.
"O senhor deve ser Chaster e a senhorita Camila Revers não é mesmo?" Fazemos um sim com a cabeça. Meu pai muito feliz e eu estranhando a situação. Aliás, quem era aquele garoto? "Sejam muito bem-vindos! A senhorita Clara está à espera de vocês."
"O Simon, vai me deixar entrar ou não hein? Tenho que pedir permissão para entrar na minha própria casa agora?" Ele fala de uma forma grossa que deixa o Simon até intimidado.
"Me desculpe, Peter! Pode entrar!" Ele sai do meio do caminho e então Peter me encara e depois arranca o carro. Ele é meu irmão? Não é possível.
"Venha Camila, vamos entrar com o carro!" Estacionamos o nosso carrinho ao lado da Mercedes que havia na casa. Aquilo tudo estava me intimidado muito. Eles não eram ricos, eram milionários e a gente era o que? Nada. Vivíamos da herança da minha mãe.
Uma mulher abre a porta com um lindo vestido casual, mas ao mesmo tempo muito chique. Ela aparentava ter uns 40 anos, mas estava muito bem. Pele perfeita e o cabelo ruivo escuro preso em um coque parecendo que foi feito por um cabeleireiro. Ela vai até o meu pai e o beija. "Chaster, seja bem-vindo! Eu estava muito ansiosa pela sua chegada meu amor!" Ela me olha com um sorriso sincero e vem até mim me abraçando. "Você deve ser a Camila! A querida, seu pai fala muito bem de você!" Abro um sorriso tímida e ela o olha novamente. "Chaster, você nunca me disse que ela era tão linda! Meu deus que garota mais bonita!"
"Obrigada senhora Clara!" Minha voz sai meio trêmula e então ela me abraça novamente.
"Senhora Clara, não! Sem formalidades! Somos uma família! Me chame de Clara ou de mãe, como se sentir mais à vontade." Mãe jamais. Eu nunca iria conseguir. Vou aderir chamar ela de Clara mesmo. "Vamos entrar? Tenho que apresentar os membros da família e a casa para vocês." Eu e meu pai concordamos e entramos com ela. Apresentar os membros da família? É... realmente deve ter bastante gente morando em uma casa deste tamanho. Minha atenção é desviada pelo garoto do carro, o Peter que desce as escadas da casa sem camisa. "Filho! Que modos são esses? Coloque uma camisa!"
"Qual é mãe! Eu estou na minha casa então eu fico do jeito que eu quiser!" Ele continua descendo e então meu pai tentando ser simpático o para.
"Não começamos muito bem lá fora Mas queria me apresentar. Sou Chaster. Espero que possamos nos dar bem." Meu pai estende a mão, mas Peter só olha e sai. Que babaca! Que mal-educado.
"Aí, mil desculpas pelo meu filho! Ele é assim mesmo sabe? Não levem a sério. Já já ele aceita a situação e tudo fica bem." Eu também ainda não aceitei a situação e não fico sendo uma idiota com os outros. Babaca! "Camila, o que você acha do Simon, nosso mordomo te ajudar com as malas e te levar até o seu novo quarto? Assim você já pode ir arrumando suas coisas e ver se gostou dá decoração que eu mandei fazer!" Ela mandou decorar o quarto pra mim? Que incrível!
"Acho uma ótima ideia, Clara!" Abro um sorriso e então Simon e eu vamos até o carro. Ele pega duas das minhas malas e eu uma. Subimos as escadas entrando em um corredor gigante e muito bonito. Haviam 6 quartos e o quinto era o meu. Quando ele abre a porta fico boquiaberta. Era gigante. Todo branco com um rosa nude. No centro tinha uma cama de casal gigante, com a roupa de cama toda de pelo branca. De um lado tinha uma bancada repleta de marca textos, canetas, post-it e um notebook novo. Do outro lado do quarto um guarda-roupa gigante, eu nem tenho tanta roupa para colocar nele. Mas a coisa que mais me chama atenção é um violão do lado esquerdo da cama. Um violão marrom claro, muito bonito. "Isso... isso é pra mim?"
"Sim. A senhorita Clara queria lhe fazer um agrado. Teu pai a disse que você tinha uma paixão por música e que seu violão estava meio velho, então ela comprou esse para você."
"Ela é uma mulher muito boa, não é?"
"Ela é uma mulher maravilhosa!" Abro um sorriso muito sincero. Eu estava tão feliz pelo meu pai! Essa mulher é mais legal do que eu esperava e ela parece gostar realmente dele. Meus pensamentos são interrompidos pelo mordomo. "Senhorita acho que tem uma coisa que você ainda não viu." Ele vai até o quadro que fica na parede em frente à minha cama e aperta um botão. O quadro se vira e atrás tem uma TV.
"Minha Nossa! Que legal! Nunca que eu ia imaginar que aí tinha uma TV.
"Bom Camila, fique à vontade. Me chamo Simon e estou aqui pra ser seu mordomo, mas se precisar de um amigo estou à disposição também." Ele abre um sorriso simpático e eu retribuo. Simon era um moreno gordão e aparentava ter mais de 30 anos. Parecia ser uma pessoa muito legal. "Se precisar de algo só bater nesse sino que venho no mesmo minuto. E lembre-se: o jantar será servido as 6, então esteja pronta esse horário. A única coisa que a senhorita Clara detesta, é de atraso." Faço um sim com a cabeça e então ele sai.
Espero uns 10 segundos e então aperto o sino. Ele volta correndo e então eu dou risada. "Era só pra ver se funcionava mesmo!" Ele ri e me chama de bobinha e sai novamente.
Aprecio o quarto novamente. Eu estava encantada, ele era muito bonito! Uma decoração de muito bom gosto. Me jogo na cama e fico olhando o teto. Apenas 10 minutos depois eu crio coragem para desfazer as malas. Deus queira que essa seja a última vez. Começo a guardar todas as minhas roupas e meus sapatos no armário, mas como eu tinha dito, sobrou muito espaço. Abro minha outra mala e tiro os livros de dentro dela colocando-os na prateleira. Guardo todos os meus pertences e por último, que estava embrulhado em um plástico bolha, o porta retrato meu e da minha mãe quando eu era pequena e o colar que era dela. Coloco-o na escrivaninha do lado da minha cama e penduro o colar nele.
Em seguida me deito. Eu estava morta! Muito cansada. Olho o relógio e ainda eram quatro e meia, dava para tirar um cochilo e é isso mesmo que eu faço. Em questão de 3 minutos eu estou dormindo.
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