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Capitulo 1|Everything is Black.

Quatro meses haviam se passado.

Quatro meses desde aquele dia traumatizante. Daquele dia de choro, briga e luto.

Quatro meses desde que tudo, absolutamente tudo mudou. Inclusive ela.

No dia do velório do Chaster, inesperadamente a igreja lotou. Nós nem sonhávamos o quão querido ele era no trabalho e na cidade, na pequena cidade de Cliffton. E aquele acabou se tornando o dia mais triste da minha vida. A Camila não aguentou ficar lá nem por 10 minutos. Ela chegou, cumprimentou a família que veio de longe, olhou o pai no caixão, começou a chorar e saiu correndo. Depois disso, não voltou mais. Ela chegou em casa quase de madrugada, com os olhos inchados de tanto chorar. Eu estava lá, na sala, esperando por ela, mas ela nem sequer olhou na minha cara. Não a culpo por isso.

Já a minha mãe, chorava litros. Na hora do sepultamento, eu tive que segurá-la, pois ela não queria deixar que o enterracem. Ela estava arrasada, em choque. O amor que ela sentia por ele, era realmente muito forte.

Os dias que se seguiram não foram bons para ninguém. Eu tinha uma vontade enorme de conversar com a Camila. Eu sentia que ela precisava, mas depois do que eu fiz, sei que perdi toda a moral possível. Então, eu me conti. Em respeito a ela e ao luto dela.

Depois de um mês de luto, minha mãe resolveu dar um descanso para si mesma. Decidiu com Greta, sua melhor amiga, que talvez fosse legal, as duas viúvas, viajarem por vários lugares do mundo. Eu achei a ideia fantástica, minha mãe merecia essa trégua, caso o contrário, acredito que ela nunca mais pararia de chorar.

Já com a viagem marcada, ela me chamou para conversar. Disse que iria passar mais de um ano fora e fez eu jurar que cuidaria da Camila. E eu jurei. Mesmo sem saber se conseguiria manter a promessa. Não por minha má vontade, mas por ela não permitir. Depois disso, ela deu a ideia de chamar amigos para morar aqui na nossa gigantesca casa, para eles ajudarem a pagar os aluguéis e as contas, que agora ficariam sob minha responsabilidade. Não posso negar que adorei a ideia. Uma casa grande dessa com mais de 10 quartos, não pode ter apenas dois moradores.

Depois de reformar e organizar os quartos, que estavam à um bom tempo fora de uso, divulgo para os alunos da escola a novidade e não demora muito para aparecer interessados.

Depois de um mês, já haviam dez pessoas morando na minha casa. Dois deles eram meus amigos, Spencer e o Logan, que finalmente saíram da casa dos pais. Outra, que infelizmente eu não pude negar por ela ser do meu grupo de amigos, é a Lola, que continua a mesma cobra de sempre. Os outros cinco são alunos do colégio que estavam precisando urgentemente de um lugar para morar.

Ainda havia uma cama sobrando no quarto da Lola. Como ela chegou por último, não teve o privilégio de escolher o quarto, por isso pegou um que era para duas pessoas. Mas até então, ela estava sozinha lá.

A Camila não gostou nada de tudo isso, mas nem comentou. Ela não falava mais nada. Não comigo, não naquela casa. Eu nunca mais via aquele lindo sorriso estampado em seu rosto. Apenas era possível de enxergar a dor e a raiva através dos seus olhos, que já não brilhavam mais.

Ver ela e não poder toca-lá, abraça-lá, beija-lá e principalmente ajudá-la... estava acabando comigo.

Naquela manhã de sexta feira, eu acordo antes de todos, pois não consegui mais dormir depois do pesadelo atormentador que eu tive essa noite, onde o meu pai aparecia. Desço as escadas só com o shorts de moletom e vejo que a Camila está na cozinha.

Ela sempre acordava antes de todos, para sair antes de todos e não precisar cumprimentar ninguém. Mas naquele dia ela não iria poder evitar.

Uma semana após a morte do seu pai, ela surtou e tirou todas as roupas do seu guarda-roupa e colocou tudo para vender. Com o dinheiro, comprou roupas novas e mudou completamente seu estilo. Só tinha roupas escuras, a maioria preta. Era estranho vê-la assim. A garota que esbanjava alegria por onde ia, agora estava presa em um buraco negro.

Depois de ficar um tempo a observando parado na porta, ela me olha e então eu entro.

"Bom dia." Falo indo até a geladeira e pegando o leite. "Bom dia!" Falo novamente após perceber que fui ignorado, mas ainda sem respostas a encaro. "Por que está me ignorando?"

"Eu não estou te ignorando." Foi a primeira vez que eu ouvi sua voz em muito tempo.

"Sim, você está me ignorando." Assim que afirmo, ela me encara séria.

"Não estou. Estou apenas evitando conversas desnecessárias com pessoas desnecessárias. Entende?" Engulo em seco ao ouvir aquelas palavras. A culpa pisava em mim todos os dias. Na verdade, ela não apenas pisava, ela me esmagava.

"Tá bom, você está certa." Falo limpando a garganta e colocando o leite na mesa, ainda a encarando. Ela estava com a xícara de café na boca.

"Por que está me olhando assim?" Ela pergunta sem se mexer.

"Por que você é linda. E eu fui um otário." Abaixo a cabeça respirando fundo. "Eu preciso que você me desculpe, Camila. Desculpa por ter enganado você. É que... eu não sabia que eu iria me apaixonar." Ela revira os olhos e bufa.

"Você devia ter me contado quando se apaixonou. Não ter forjado um relacionamento com aquela cobra só para omitir a verdade de mim." Ela termina de tomar o café e coloca o copo na pia.

"Você iria me odiar se eu te contasse, Camila! Eu não queria que você me odiasse! Seria péssimo." Falo me aproximando e ela não hesita ao se afastar.

"Seria péssimo, mas seria melhor eu ouvindo de você. Você admitir e assumir um erro significa que você está arrependido." Ela fala séria, mas logo solta um riso irônico. "Mas o jeito que eu descobri, Peter... Foi o pior possível. Foi uma humilhação." Fico em silêncio após aquilo, eu não tinha o que falar. Ela estava certa. Apenas abaixo a cabeça. "Até mais, Peter." Volto a olhar para seus olhos, ela estava me encarando. Passamos alguns segundos assim, até que ela desvia o olhar e saí.

Os olhos dela parecem implorar por ajuda, ao contrário de suas palavras e seu corpo, que estão tentando manter a postura de durona, mas eu sabia que não. Eu a conhecia.

Assim que ela saí, respiro fundo e termino de tomar o meu leite com o Nescau e logo sou surpreendido pelo barulho da campainha.

Essa hora da manhã? Quem pode ser?

Quando chego na sala para abrir a porta, a Camila já havia aberto e lá estava uma garota de pele clara e de cabelos castanhos claros.

"Desculpa... Eu estava com medo de bater tão cedo. A verdade é que já estou a duas horas esperando. Assim que ouvi barulho na sala, resolvi apertar a campainha." A garota fala se explicando de forma tímida.

"Mas o que você faz aqui? Quem é você?" Camila pergunta de forma seca.

"Me chamo Lilian, mas pode me chamar de Lily. Sou a mais nova moradora aqui. Eu conversei com o... Peter, eu acho." Nesse momento, a Camila olha para mim e volta a olhar a garota.

Eu tinha me esquecido completamente que iria entrar uma nova moradora.

"Peter é aquele garoto ali!" Camila aponta e a menina sorri. "Bom, a partir de agora ele te ajuda. Eu vou indo, tchau, tchau!" Ela força um sorriso e saí de casa indo até sua moto.

Detalhe, ela havia trocado sua bicicleta por uma moto. Segundo ela: investimentos.

"Olá... Peter, né?" A garota dos cabelos castanhos se aproxima estendendo a mão para mim. Forço um sorriso e seguro sua mão.

"Eu mesmo. É um prazer, Lilian. Suas malas estão ali fora?"

"Estão sim." Ela saí e começa a pegar a mala, mas logo eu seguro.

"Pode deixar que eu levo." Ela abre um sorriso e então eu começo a subir as escadas. "Bom, você vai dividir o seu quarto com uma garota, o nome dela é Lola. Ela não é muito amigável, te aconselho a ficar na sua. Mas a Camila, aquela garota que abriu a porta, ela sim é legal." Falo terminando de subir as escadas.

"Sério? Ela pareceu meio... grossa." Ela ri tímida e eu sorrio.

"Ela... passou por diversos problemas. Perdeu o pai faz uns 4 meses e já havia perdido a mãe. Ela está na defensiva, entende?" O sorriso some do rosto dela, como se ela tivesse sentido a dor que a Camila sentiu.

"Nossa... tadinha." Ela abaixa cabeça e então chego na frente da porta do quarto dela. Dou dois toques na porta e ninguém responde, então decido entrar.

"ENDOIDOU, PETER?" Lola dá um pulo da cama e então eu rio.

"Essa é a Lilian, sua nova colega de quarto. Lilian, essa é a Lola. Um amor de pessoa!" Falo irônico e a Lola revira os olhos. "Bom, fica a vontade. Caso tenha fome tem coisas na cozinha. Lola, seja gentil com nossa nova hóspede." Dou uma piscadinha e saio do quarto fechando a porta.

Coitada da Lilian!

Aquela manhã na escola foi igual todas as outras, só que dessa vez, notei a Lilian na escola. Ela estudou lá todos esses anos e eu nunca tinha a visto. Pelo menos, não me recordava. Ela fazia parte dos invisíveis, seus amigos eram todos nerds, mas ela era bem bonita!

Já a Camila, estava distante, distante de todos. Ela conversava com o Jack e com o James, que hoje são melhores amigos, mas não era mais a mesma amizade, pelo menos não parecia. Como eu disse, ela não sorria mais.

O Jackson já veio algumas vezes falar comigo, falando que estava preocupado, pois não há nada que a faça sorrir, à não ser quando ela está bêbada. E isso é muito preocupante.

"Eae, irmão!" Spencer se aproxima e então percebo seus olhos dilatados.

"De novo se drogando, Spencer?" Falo sério e ele tenta disfarçar.

"Não! Não... foi só um pouquinho! Não era nem meu. Era de um garoto da minha turma." Bufo e reviro os olhos.

"Se cuida, cara! Mas lembre que tirando maconha, droga não entra na minha casa." Dou três tapinhas em suas costas e saio andando, procurando o Logan. Eu precisava falar com ele sobre a festa de hoje.

"Logan!" Abro um sorriso assim que eu o vejo abraçado com uma garota no corredor, provavelmente sua nova peguete. O ruivo conquistava todas que queria, assim como eu. Mas ultimamente, não quero ninguém. Ninguém além dela.

"Eae! Tudo certo pra hoje a noite?" Ele pergunta animado também.

"Tudo sim. Comprou as bebidas?"

"Comprei! Já estão na geladeira." Sorrio.

"Fechou, então! Nos vemos depois!" Dou uma piscadinha e saio dali.

Passo o resto da tarde em casa arrumando as coisas. Incrivelmente eu estava sozinho nela, todos haviam saído. Exceto a garota nova, que estava trancada no quarto ouvindo uma música baixinha.

Depois de arrumar toda a iluminação na sala e guardar todas as coisas de valor, vou até a cozinha organizar os salgadinhos e os docinhos que eu tinha encomendado. Estava fazendo isso, quando ouço o barulho da porta. Deixo as coisas ali para ver quem era e então vejo a Camila. No mesmo instante que a vejo, me escondo atrás da porta, apenas a observando pelos cantos.

"Tem alguém em casa?" Ela pergunta, mas eu permaneço em silêncio. Seus olhos estavam inchados... ela havia chorado. Aquilo me partia o coração!

Ela solta a bolsa no sofá, começa a andar de um lado para o outro passando as mãos nos cabelos, respirando fundo, tentando se acalmar. Logo ela senta na frente do piano e fica ali, parada, por longos segundos encarando o instrumento. Então é possível ouvir o som da tecla em contato com seu dedo e logo começa a melodia. A melodia de Stand By Me. Música que ela cantava com seus pais quando era pequena. Música que cantamos todos juntos ano passado.

Assim que sua voz, dessa vez falha e baixa, mas ainda bonita ecoava pela sala, eu começo a entrar, cuidando para que ela não me perceba ali, dando passos de formigas até estar bem atrás dela.

Quando ela termina a música, ela solta um suspiro longo e fica encarando o piano, enquanto as lágrimas silenciosas escorrem pelo seu rosto.

"Eu estou sentindo tanto, mas tanto a falta dele." Ela fala quebrando o silêncio, ainda sem me olhar. "É uma dor que parece que nunca vai me abandonar. Aumenta a cada dia." Eu estava imóvel, sem saber o que falar, até que ela me olha nos olhos.

"Eu sei que... Tudo isso é muito difícil! Eu não tenho muito o que falar, pois nunca senti na pele o que você está passando." Ela encara o chão e então eu me aproximo dela, erguendo o seu rosto para mim. "Mas o que eu sei, Camila, é que você não está sozinha. Eu, o Jackson e o James estamos aqui por você." Nossos olhos fixamente se olhando, fazem ela ficar constrangida e se afastar de cabeça baixa. Como se ela estivesse tentando fugir, fugir de mim. "Qual é, Camila? Nós ainda podemos ser amigos! Eu posso te ajudar!" Ela se vira para mim com mais lágrimas ainda nos olhos.

"Eu não posso ser sua amiga, Peter! Eu não consigo! Você me quebrou!" Ela fala alto e então eu arregalo os olhos.

"Você disse que tinha me perdoado." Falo tentando manter a calma, mas provavelmente já falhando.

"Perdoar eu perdoei. Mas eu não esqueci. A ferida ainda está aqui." Dou um passo em sua direção, assim que ela acaba de falar e ela recua para trás, então hesito em continuar.

"Eu sei, tudo bem. Mas pelo menos... deixa eu te ajudar!" Suplico e então ela surta subindo as escadas.

"Eu não preciso de ajuda! Eu não preciso de amigos! Eu preciso de justiça! Preciso descobrir quem é o assassino do meu pai, já que a porra da polícia dessa cidade de merda não faz nada!" Ela grita enquanto sobe as escadas, até que ela some da minha vista.

Passo o resto da tarde pensando em como fazer para ajudar ela, se ela não consegue nem olhar na minha cara. Eu sei, ajudar alguém que não quer ser ajudado não tem milagre. Mas eu sei que por trás de tudo aquilo que ela está mostrando ser agora, tem aquela garota inocente e sorridente que está gritando por socorro. E eu preciso de alguma forma, salvá -la.

Ding-dong.

Pensando em tudo isso e viajando nos meus pensamentos, eu havia esquecido completamente da festa.

Oi meus amores!! Finalmente ? O que vocês acharam do primeiro capítulo? O que vocês esperam desse segundo livro
Infelizmente não vou conseguir postar todos os dias pois além de estar em época de vestibular, estou escrevendo outro livro que jaja lanço para vocês!!
Mas todas as sextas feiras terá capítulo novo! Fiquem atentos e quem puder me ajudar a divulgar, agradeço muito!
Bom fim de semana!!! Beijos 🖤


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