Os seus lábios, que se preparavam para atacar os meus, foram parados pelo meu indicador. "Tu estás cansado, não estás?" Murmurei, não conseguindo esconder a minha preocupação.

"Apenas um pouco..." Admitiu e deixou um sorriso preguiçoso apareceu no meu rosto. "Mas eu nunca estou cansado para ti."

"Lucas... Tens dormido bem? E não me mintas, por favor."

"Temos tido um horário um pouco apertado, é apenas isso."

Abanei a cabeça negativamente. "Então, vais ter uma boa noite de sono e, apenas depois, podemos pensar em fazermos algo que envolva mexermo-nos rapidamente."

"Elyse..." Começou, mas apressei-me a interrompê-lo.

"Luke."

"Okay, mãe..." O meu namorado resmungou e voltou a enterrar o seu rosto no meu pescoço. "Posso dormir contigo?" Senti um pequeno sorriso formar-se contra a minha pele e nem sequer tentei evitar sorrir também.

Rapidamente concordei. "Livra-te dessas calças."

Luke assim o fez: em segundos, para meu espanto, as suas skinny jeans estavam no chão. Não consigo perceber como é que ele as consegue retirar tão facilmente ou mesmo como é que ele as consegue usar! A sua camisola seguiu o mesmo trajeto.

"Já estiveste com a tua mãe e com os teus irmãos?" Perguntei, assim que me deitei na minha cama e deixei o lençol cobrir o meu corpo.

"Ainda não. Queria passar por casa deles contigo; mas apenas se quiseres, é claro!" O rapaz, agora apenas de boxers, à minha frente disse, juntando-se a mim na cama.

"É claro que quero. Tu sabes o quanto eu gosto da tua família!" Disse, aproximando o meu corpo um pouco mais do seu. "Por falar nisso, fui às compras com a tua mãe na semana passada. Estamos a começar a preparar as coisas para o teu aniversário!"

"Não te preocupes com isso; ainda faltam alguns dias e tu sabes que eu não gosto de festas muito grandes."

O seu corpo aproximou-se também mais um pouco do meu mas, devido a estarmos cada um em uma almofada, o espaço entre nós ainda era um pouco grande. Luke livrou-se da sua almofada, atirando-a para o chão, e pousou a sua cabeça mais perto da minha, na minha almofada.

Sorri genuinamente. Estamos tão longe um do outro durante a maior parte do tempo que, quando estamos juntos, tentamos sempre apenas não termos nenhum espaço entre nós. Um dos seus braços colocou-se por cima do meu corpo e puxou-me para mais perto dele.

"Eu amo-te." O meu namorado murmurou, de uma forma quase inaudível, com um sorriso torto.

"Sabe tão bem ouvir isso ao vivo." Confessei, com um sorriso, possivelmente ainda mais torto do que o seu. "Eu amo-te, Luke."

Os seus lábios cobriram os meus num pequeno beijo. Num pequeno beijo que conseguiu retirar-me todo o sono que tinha - o que é difícil, acreditem em mim. Deixei o meu rosto descansar perto do seu pescoço e aconcheguei-me mais a Luke, colocando um dos meus braços também por cima dele.

Devo ter ficado mais de uma hora de olhos fechados, a tentar adormecer, mas acabei por me aperceber de que isso iria ser inútil. Luke estava mesmo à minha frente e eu apenas queria contar-lhe cada pequeno detalhe dos dias em que não tivemos tempo suficiente para conversar ao telemóvel ou no Skype e ouvir tudo o que ele não me conseguiu dizer.

Para dizer a verdade, o tempo que tínhamos para conversar nunca era suficiente. Eu sei que Luke já faz um enorme esforço para arranjar um intervalo para me telefonar e eu apenas lhe podia agradecer por isso, mas eu sinto tanto a falta de quando podíamos ficar a noite inteira a conversar. O que não significa que não esteja feliz por a sua banda estar a ter sucesso, porque estou - estou mesmo feliz e mesmo orgulhosa deles, mas eu sou demasiado egoísta para conseguir deixar de sentir saudades da nossa relação quando a sua vida não era tão ocupada.

Movi-me um pouco, aconchegando-me um pouco mais ao rapaz deitado ao meu lado na cama.

"Também não consegues dormir?" A sua voz surpreendeu-me e os meus olhos abriram-se lentamente.

"Não, sabendo que estás mesmo aqui." Admiti e soltei um suspiro. "Não fales e apenas dorme. Deves estar cansado para caraças."

"Dormir é algo tão inútil. Quero ficar acordado a noite inteira para podermos tentar recuperar todo o tempo que perdemos - todo o tempo que perdemos por minha culpa."

Abanei a cabeça negativamente e afastei-me de Lucas. "Já é tão tarde... Vais começar a ficar mais fraco, se não dormires o suficiente."

Voltei-me de costas para ele e pousei a minha cabeça no fundo da almofada, tentando ficar o mais longe dele possível.

"Elyse..."

"Se estiver perto de ti, eu não vou conseguir adormecer e vou estar sempre a mover-me - e vou acabar por acordar-te."

Ouvi-o soltar um suspiro. Fechei os olhos com alguma força e agarrei-me à almofada.

Sinto-me tão mal por tê-lo mesmo à minha beira e não estar simplesmente a abraçá-lo e/ou a beijar todas as partes do seu corpo, mas eu quero que ele descanse e não consigo deixá-lo descansar ao saber que ele está a tão pouco espaço de mim. Não sei se isto faz sentido para alguém para além de mim, mas tenho quase a certeza que Luke me entende.

Ele entende-me sempre.

Uns milésimos de segundo antes de adormecer, ainda consegui sentir o meu namorado abraçar-me por trás e aconchegar-se a mim; e tenho a certeza absoluta que adormeci com um sorriso.

Luke e eu acabámos por acordar por volta das seis da manhã e eu não tive coragem para lhe negar um beijo nos lábios e um café. A bebida de tom escuro foi colocada numa caneca da Hello Kitty - a sua caneca preferida que temos cá em casa - e numa caneca com o seu rosto e o seu nome; ambos subimos de volta para o meu quarto.

"Esta caneca é a minha melhor amiga, quando não te tenho cá." Soltei uma gargalhada, mostrando-lhe a minha caneca favorita.

Deviam ser umas nove da manhã, quando acabámos o nosso café, devido a todas as interrupções que fazíamos, para contarmos algo um ao outro.

"Eu estou secretamente dentro desta caneca." O rapaz sentado à minha beira na cama admitiu, apontando para a caneca com o seu rosto. "Devias começar a masturbar-te em frente a ela."

"Quem disse que eu já não o faço?" Provoquei, com uma pequena gargalhada.

"Nah, tu és demasiado inocente para isso." Empurrou-me levemente, unindo as nossas gargalhadas e formando o meu som favorito no mundo inteiro.

"Eu teria ciúmes, se estivesse no teu lugar."

"Alguém já não se lembra do quão bem eu a consigo fazer sentir..." Um sorriso maroto tomou os seus lábios e ambas as nossas canecas foram pousadas na minha mesa-de-cabeceira.

"Alguém está a precisar de que tu a relembres..." Um sorriso maroto tomou também os meus lábios.

Luke deitou o seu corpo, lentamente, por cima do meu e, enquanto eu deslizava um pouco para baixo, para conseguirmos deitarmo-nos propriamente, os nossos lábios roçaram-se levemente. Ele escolheu apenas deixar-me a suspirar e começou a deixar alguns beijos pelo meu pescoço.

"Já tens o FIFA novo?" Sussurrou-me, assim que uma das suas mãos entrou pela minha camisola de pijama.

"SIM!" Logo respondi, entusiasmadamente. "Os gráficos são incríveis! Já jogaste?"

"Ainda não!" Confessou, um pouco desanimadamente, e afastou-se um pouco de mim, para poder observar o meu rosto, enquanto conversamos. "O Ashton resmunga sempre que jogamos o anterior e decidimos não comprar o novo! Continuo a achar que devíamos ter arranjado um baterista que gosta de FIFA! Quem é que não gosta de FIFA?!"

"Tu já não consegues viver sem o Ashton!" Ripostei, com uma pequena gargalhada.

"Okay... Talvez tenhas um pouco de razão. Já me habituei ao Ash." O meu australiano favorito abanou a cabeça. "Podemos jogar?"

Assenti, preparada para me levantar da cama. Não podia dizer que não estava um pouco triste por ele preferir ir jogar um jogo a fazer amor comigo mas eu divertia-me sempre imenso a jogar videojogos com ele. Luke deu-me um olhar confuso.

"Não agora!" Resmungou, voltando a deixar os seus lábios entrarem em contacto com a pele do meu pescoço, e eu não consegui conter um pequeno sorriso. "Achas mesmo que eu te trocava por um jogo de FIFA 2015? Devias ter vergonha, pensava que me conhecias melhor!"

Algumas gargalhadas escaparam-me e deixei as minhas mãos pousarem-se no topo das suas costas. O meu namorado deixou os seus lábios deslizarem pelo meu pescoço, pelo meu queixo e um pouco pelo meu rosto, até os unir com os meus. A sensação de o beijar era simplesmente indescritível e o seu piercing contribuía um tanto para isso.

As minhas pernas nuas entrelaçaram-se na sua cintura e Luke empurrou o seu corpo para baixo, deixando apenas os finos materiais que compunham as nossas roupas interiores entre a minha intimidade e o seu membro; um gemido quase inaudível escapou pelos meus lábios.

"Oh, babygirl... Tinha tantas saudades de te ouvir gemer..." Lucas murmurou-me, voltando a beijar o meu pescoço.

Atrapalhadamente, alcancei o lençol, que apenas nos cobria até aos joelhos, e puxei-o mais para cima. Uma das suas mãos voltou a entrar pela minha camisola e caminhou até ao meu peito; um pequeno gemido saiu pelos seus lábios e a única peça de pijama que eu usava foi parar ao chão, deixando-me apenas com a parte de baixo da minha roupa interior.

"É muito melhor poder tocar-te mesmo, do que ficar apenas a imaginar isso." Confessou e, logo a seguir, a pele do meu pescoço começou a ser sugada por ele.

Suspirei. Deslizei uma das minhas mãos pelo seu tronco, lentamente, apreciando cada bocadinho da sua pele, e deixei-a entrar pelos seus boxers, agarrando o seu membro. Luke afastou os seus lábios um pouco da zona onde, muito provavelmente, deixou uma boa marca, e deixou o seu rosto enterrar-se no meu pescoço.

"Tenho de concordar." Murmurei e comecei a deslizar a minha mão, vagarosamente, pelo seu membro.

"Oh, céus... Ainda agora começámos e eu já estou tão duro... Parece que, quanto mais tempo passamos sem nos ver, mais rapidamente respondo ao teu toque. Como é que me consegues fazer isto, Elyse?" Lucas gemeu e eu fiz o mesmo, em resposta.

Com a minha mão livre, puxei os seus boxers para baixo, até não conseguir puxá-los mais, e, depois, deixei o resto do trabalho para os meus pés, que os retiraram das suas pernas e os chutaram para o fim da minha cama, para debaixo do lençol que nos cobria. O meu namorado alcançou as minhas mãos, afastando-as do seu tronco e do seu membro, e entrelaçou os nossos dedos.

"Não me digas que me amas, como sempre fazes, por favor, ou eu venho-me agora mesmo." Brinquei, abanando a cabeça negativamente, e deixei um pequeno sorriso tomar os meus lábios, assim que ouvi Luke gargalhar.

"Fazer-te vir sem sequer te tocar é o meu objetivo de vida." Riu e escondeu o seu rosto no meu pescoço. "Eu amo-te, Elyse. Tu sabes disso, não sabes?"

"Eu amo-te, Lucas." Sussurrei, com um sorriso nos lábios.

O meu australiano favorito uniu os nossos sorrisos, num beijo calmo, e eu aproveitei para apalpar o seu rabo, desta vez, despido. Ele gargalhou contra mim e não consegui evitar fazer o mesmo. Assim que os nossos lábios se separaram, Luke encaminhou-se para o meu peito. Um dos meus seios foi tomado por uma das suas mãos e o outro pelos seus lábios. Fiz o maior esforço que pude para não fazer muito barulho, tendo em conta que os meus pais estavam no piso debaixo a dormir e a minha irmã estava apenas a uns metros, no quarto ao lado, mas não consegui conter alguns gemidos.

Os lábios de Luke continuaram a descer; desta vez, pela minha barriga, até a minha roupa interior o parar - até ela o parar por uns segundos, porque ele foi rápido a livrar-se dela e a atirá-la para a beira da sua. Pequenos beijos foram deixados no interior das minhas coxas e suspiros fugiram pelos meus lábios.

"Oh, babygirl... Estou tão ansioso para acordar, durante esta semana, e poder colocar logo a minha cabeça no meio das tuas pernas." O meu namorado gemeu e deixou o seu piercing deslizar, lentamente, pela minha entrada.

Pelas vezes que me tem feito isso, desde que perfurou os seus lábios, podia dizer, seguramente, que ele adorava fazer isso.

E eu adorava que ele fizesse isso.

"Lucas..." Gemi, enterrando a minha cabeça na minha almofada. "Apenas... Por favor."

Senti um sorriso formar-se contra mim e Luke rapidamente subiu o seu rosto até ao meu, unindo os nossos lábios num beijo um pouco desajeitado. Preparei-me para voltar a segurar o seu membro mas acabei por me lembrar de algo muito importante: preservativo.

Devíamos ter uns dezoito anos, quando nos esquecemos de usar preservativo, pela primeira vez, e apanhámos um susto tão grande que, desde aí, o fundo da minha mesa-de-cabeceira tem estado sempre coberto por eles. Luke tinha acabado de chegar da tour em que foi com os One Direction e sentíamos tanto a falta um do outro que simplesmente nos esquecemos. Já conversámos sobre esquecermo-nos de um ou outro preservativo de propositadamente, mas apenas estamos a pensar em fazer isso daqui a uns (bons) anos.

Estiquei o meu braço e abri a gaveta da minha mesa-de-cabeceira. O meu australiano favorito admitiu que estava prestes a esquecer-se do objeto pelo qual eu estava à procura e ajudou-me a remexer por entre os pacotes de pensos higiénicos, os cabos do meu telemóvel e do meu tablet, molas para o cabelo e por entre fotografias nossas que também guardava lá, para sempre que me sentisse um pouco mais em baixo. Aproveitei essa oportunidade para colar os meus lábios ao seu pescoço, o que logo fez Luke soltar um gemido e apoiar-se com o antebraço que se encontrava livre no colchão da minha cama.

Assim que ele conseguiu agarrar um preservativo, a gaveta foi rapidamente fechada e o pacote à volta do método contraceptivo foi aberto com a ajuda dos seus dentes. Depois de o preservativo ser colocado no seu membro, o meu namorado decidiu apenas provocar-me, roçando a ponta do mesmo na minha entrada. Beijos foram distribuídos pelo meu pescoço e eu agarrei os cabelos loiros completamente despenteados de Lucas, impacientemente. Conseguia sentir o seu membro pulsar contra a minha intimidade e isso mostrava que ele estava tão ansioso como eu, mas ele decidiu que apenas me queria provocar.

Cruzei as minhas pernas atrás das suas costas, não conseguindo esperar muito mais, e o seu membro deslizou para dentro de mim, fazendo ambos soltar um gemido baixinho.

"Atrevida..." Luke murmurou, começando a movimentar-se, lentamente. "Quem é que te ensinou a ser assim?"

"Está calado e fode-me." Sussurrei, voltando a agarrar os seus cabelos, e os nossos lábios foram unidos, num beijo apressado.

"Elyse? Eu e o pai vamos sair daqui a pouco! Já estás acordada?" A voz da minha mãe soou e Luke e eu ambos congelámos, logo depois de separarmos os nossos lábios e deixarmos os nossos olhos encontrarem-se. O barulho dos seus saltos altos a subir as escadas fez-nos afastarmo-nos, mais do que apressadamente.

***

apenas porque fazer as minhas personagens interromperem as minhas outras personagens é o meu forte ahaha xp

olá! okay, segunda parte! (a próxima já é a última ahaha, boa, ana, mas que grande "livro")

OKAY WOW A PARTE ANTERIOR TEVE MUITAS MAIS LEITURAS/VOTOS/COMENTÁRIOS DO QUE EU ESTAVA À ESPERA! eu só estava a rezar para alguém ler, para eu não parecer uma estúpida, mas, epah... vocês são simplesmente incríveis! OBRIGADA!

não se esqueçam de votar e comentar, se gostarem <3 (pOR FAVOOOR?) 

a próxima parte é a minha preferida e tem algumas partes (que eu considero xp) super engraçadas! eu ri-me imenso a escrever! (mas eu rio-me por tudo e por nada, por isso ahah xp)

ps: NHSDWUEHDUWE OBRIGADA MAIS UMA VEZ <3