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Prólogo

        A Feiticeira Branca reinava há tanto tempo que os Narnianos tinham perdido a conta dos anos que se passaram desde que ela chegara e espalhara o Inverno Eterno.

       Nárnia perecia à mercê da sua crueldade e frieza, para seu gosto e prazer. Mas Jadis, como todas as criaturas, tinha fraquezas. A mais básica das fraquezas entranhava-se no seu espírito, a alma ansiando por algo que todos desejavam.

       Reinar era bom. Matar, torturar, desprezar... A neve a cobrir a floresta, o gelo nos picos das montanhas, o frio a congelar o sangue de todos os cidadãos de Nárnia.

        A Feiticeira Branca apreciava o poder... Mas começava a não apreciar a solidão. Os seus súbditos eram meros peões nas suas mãos, ignorantes e inúteis a não ser para cumprirem ordens. Não, ela sentia falta de ter alguém à sua altura para a acompanhar, para apreciar o Frio, o Poder, a Morte. Ter alguém com quem partilhar as suas conquistas, alguém inteligente e merecedor de estar ao seu lado.

        Houvera tempos em que tivera gente ao seu lado, num outro mundo, numa outra vida... Acabara com todas as suas vidas, bem o sabia. Talvez estivesse melhor só.

        Mas Jadis ainda era uma criatura e como tal a solidão era demasiada para suportar. Decidiu então criar ela a sua própria companhia, algo perfeito, manipulável, a sua própria versão de um... boneco de neve. Ideia tola. Algo muito melhor que um boneco de neve.

         Sentada no seu trono, sozinha no castelo de gelo, a Feiticeira Branca ergueu o seu cetro. A Magia Congelante que dominava brotou do objeto pontiagudo, atingindo o chão com um estalido. Seria a primeira vez que criaria vida. Bem sabia que tudo o que Nárnia tinha fora criado pela Canção do Leão, a Magia mais Antiga que existia... Bufou, afastando aqueles pensamentos tão... humilhantes. Ela era a Feiticeira mais Poderosa que Nárnia albergava há muitos anos. Ela era capaz de tudo.

          Um buraco surgiu no chão congelado. Água gelada remexia-se abaixo do gelo, partículas unindo-se, o ar rarefeito pelo poder que dominava o espaço. Jair sentia dores acutilantes assolarem-na. Que era aquilo? Estaria ela a dar da sua própria alma para criar algo novo?

       Toda a magia tem um preço. Para haver vida, há que dar vida, pensou ela, esboçando um sorriso cruel.

         Lentamente, a água gelada erguia-se, congelando em cristais pequenos, unindo-se num aglomerado cristalizado belíssimo. O cetro parou de brilhar, o gelo parou de se formar, a criação finalizada. Jadis ofegou, sentindo a alma fragmentada reunir-se no seu interior, os buracos que aquele processo abrira juntando-se como se de uma manta de retalhos se tratasse.

        A estátua de uma menina exibia-se à frente dos seus olhos. Gotas de água escorriam pelo rosto congelado, derretendo vagarosamente, o gelo dando lugar a pele, a água dando lugar ao sangue, o frio dando lugar a uma respiração fluída. A menina era pálida, os cabelos brancos como a neve, os olhos azuis tão claros como o gelo que lhe dera forma.

     A Feiticeira Branca chamou-a de Chiara, sua filha. A bela menina possuía a mesma frieza da mãe, apreciava a maldade, a traição, a crueldade... A perfeita criação. A maior conquista de Jadis. Linda, letal, sem escrúpulos.

        Chiara, a filha da Feiticeira Branca.

        Mas nada é para sempre. Nada é eterno, indestrutível, permanente. Nem mesmo o mais robusto iceberg. Um dia, o gelo derrete, a água surge e até a água evapora, num ciclo sem fim.

       Nada é eterno. Nem Jadis. Nem Chiara. Nem o Inverno Eterno que as duas invocavam.

        A Feiticeira Branca não sabia que não se deve brincar com Magia que se desconhece... Pois tudo o que é vivo, pode amar. Tudo o que é vivo, poderá sentir.

       Era apenas uma questão de tempo.

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