Eu não superei. Tá bom, o que antes era uma onda avassaladora de sentimentos (e hormônios) agora é apenas uma garoa fina, fácil de ignorar. Mas, depois de uma longa conversa com a minha família, chegamos a conclusão que eu tenho pavor de rejeição. Aquele medo no nível prefiro-ficar-sozinha-para-sempre-do-que-ouvir-um-não. 

Depois dessa revelação um tanto óbvia, eu acho que tenho que admitir que eu ainda quero que ele me veja como eu o vejo. Uma esperançazinha ainda está aqui dentro do coração. Não sei o que fazer com ela, mas essa é a verdade.

E agora eu estou na minha nova casa. O meu quarto está com uma infiltração enorme, mas é bom mandar no meu próprio espaço. Os móveis são todos de segunda mão e eu estou feliz porque no fim tudo se resolveu bem rápido.

O fim de semana está cheio de compromissos e não sei quando vou poder dormir até mais tarde outra vez. Mas, eu estou bem. Não feliz de forma abundante, mas em paz para sorrir sem vontade e agradecer em meio a melancolia.