A esperança de Natal
Esse conto foi escrito por; lalah_007
Do alto daquela sacada, ele as observava. Dois meninos e uma pequena garotinha; uma xícara de café e um sorriso em seu rosto. Ethan as observava com alegria e com um derreter em seu coração, para ele o Natal era lindo e reconfortante, não importava o que. Ele queria comemorar o Natal.
Saiu da sacada, fechou sua janela e novamente estava em seu quarto. Seu quarto era escuro, quente e acolhedor. Ele se sentia bem lá dentro, mas o clima dentro dele se mantinha melancólico de mais para uma alegria que a segundos estava em seu peito. Ele saiu de seu quarto e desceu as escadas.
— Querido, já de pé? — Uma caixa pesada se encontrava nas mão de sua mãe. Ele não teve tempo para pensar muito, apenas deixou a xícara no balcão e apressadamente pediu a caixa dela e a colocou no chão.
— É, eu... Eu me animei com o Natal, e resolvi adiantar tudo por aqui. — Ele se levantou após botar a caixa no chão e sentiu seus braços arderem levemente.
— É ótimo saber disso, agora vá ajudar seus irmãos e seu avô lá fora. — Ela devolveu o ato e apontou para fora, que pela janela dava para ver seu avô desajeitadamente tentando tirar a árvore de cima do carro. Ethan saiu e foi até eles.
— Eu não entendo o por que desta árvore! Aliás, não sei por que vocês gostam tanto dessa data! — O avô de Ethan reclamava em tom irritado e rabujento. Ele não se permitia expressar alegria quando chegava o natal, para ele não era necessário comemorar uma data a qual foi perdido um filho, isso o incomodava.
— Vovô! — Ethan chamou sua atenção enquanto ria. Ele não se importava muito com a expressão rabugenta do avô, ele não sabia dos seus motivos mas toda a vez que ele fazia um comentário igual sobre a data ele caia na risada e não ligava para o que ele estava falando.
Ethan desatou o nó em um dos suportes do carro, seus irmãos também o ajudavam e riam de seu avô.
Eles conseguiram soltar a árvore, seu avô esticou os braços e pegou a árvore. Logo depois a porta foi aberta por um de seus netos e ele entrou com a árvore. Luke o seu irmão mais velho, tirou do porta-malas algumas caixas que estavam com as com os presentes e as novas decorações para o Natal. O mais velhos dividiu o peso e as caixas entre os irmãos e depois entrou com todas elas.
Após guardarem as caixas, foram ajudar na cafeteria. Após um tempo eles fecham a cafeteria, e todos começam a se organizar.
Luke vigiava o casula enquanto enfeitava a árvore de natal.
Ethan, no momento, ele se encontrava separando alguns ingredientes na cozinha para a ceia. Pretendia começar a por a mão na massa, mas era um tradição de família o filho mais novo, ou os dois mais velhos ajudarem os pais na cozinha. Com Luke ocupado, era a vez de Ethan. Sua mãe chegou e começou a lavar as mãos, Ethan a observava ela iria começar a checar o livro de receitas para ver qual seria a escolha desse ano.
— Mãe, por que o vovô não gosta do Natal? — Ele perguntou repentinamente. Ethan era uma criança que não aguentava ficar em silêncio por muito tempo, nem por poucos segundos. Sua mãe parou de folhear o livro e suspirou, logo ela o olhou.
— Eu pensei que pra vocês que são menores, seria mais difícil superar o luto do seu pai, mas parece que vocês foram mais fortes que eu...
— Seu pai morreu em uma noite de Natal, e o Natal para o seu pai, era tudo o pra ele. Por que ele poderia estar mais conectado com a gente. Ele conseguiu convencer o seu avô a ser uma data especial para ele também até mesmo para mim! — Ela fez uma pausa e começou a olhar os armários que ficavam em baixo da bancada, para pegar vasilhas e panelas para montar a sobremesa. — Quando os policiais bateram na porta, avisando que ele não voltaria, a primeira coisa que seu avô fez foi se trancar em seu quarto. Para ele não era justo, levarem o filho e a esposa.
Ela se levantou do chão e colocou as coisas em cima da bancada. Ethan parecia ter viajado na conversa, olhava para um ponto fixo e pensava, mas pensava bastante. Com um estalo de dedos ele voltou a realidade olhando para sua mãe.
— Bom, a sobremesa não se fará sozinha. Não acha? — Ela sorriu e ele concordou.
Escolheram uma sobremesa rápida, que não chegasse a levar muito tempo ao fogo. Trabalhavam duro e seguiam a receita conforme o livro pedia, as vezes a mãe do garoto dava algumas pausas para poder atender os clientes no balcão.
Com o passar do tempo, Ethan pensou muito na conversa que teve com sua mãe, e ele decidiu que traria o Natal para o seu avô novamente. Sua mãe voltou e ele já avia terminado a primeira sobremesa, ela o liberou para se preparar. O garoto não foi em direção ao sótão, onde procurou em várias caixas um retrato antigo até encontrá-lo. Ele viu que estava um pouco empoeirado, ele saiu do local e o limpou. Logo correu para o seu quarto e embalou com um papel de presente. Logo ele saiu de seu quarto e foi até o de seu avô, onde a porta se encontrava entreaberta, ele apenas bateu na posta e abriu um pouco para passar o presente. Ele o deixou lá dentro e saiu para se arrumar.
Um tempo se passou e todos já estavam prontos, com a exceção de seu avô. Que ainda estava em seu quarto. Faltavam apenas 15 minutos para o Natal. Todos começaram a arrumar a mesa, e quando ela se já estava pronta, todos se sentaram. Luke vinha carregando a sobremesa, assim que a pos na mesa ele se sentou e começaram a conversar. Agora faltavam 9 minutos. Algo incomodava Luke, ele sentia a falta de seu avô na mesa até baixou a cabeça e ficou pensativo.
00:00 marcava o relógio, era Natal. Todos se levantaram da mesa e começaram a de abraçar. Eles cearam e agora vinha a troca de presentes, o mais novo estava abrindo o seu presente enquanto era filmado por sua mãe, era o primeiro Natal do bebê. Enquanto Ethan observava a sua família, ele mantinha a mente em seu avô, queria ele por perto e para gravar esse momento também. Perdido em seus pensamentos, ele não notou os paços de seu avô. O mesmo chegou por trás do garoto e tocou em seu ombro. O garoto chegou a se assustar um pouco mas logo sorriu ao ver o velho se sentar ao seu lado e sorri enquanto olha para sua mãe e seus irmãos. Eles ficaram em silêncio, até seu avô estender uma pequena caixa preta para ele.
— O que é isso? — O garoto perguntou.
— Presente de Natal! — O garoto pegou a caixa e abriu. Revelando um relógio prateado com os números do relógio na mesma cor e um fundo azul. O garoto olhou para o mais velho a sua frente e voltou a sorrir.
— É uma herança de família, você pode dar para Luke por ele ser o mais velho ou pode ficar e passar para o nosso novo rapazinho quando já for mais velho. O garoto olhou para o relógio e o apertou, ele foi para cima do avô o dando um abraço apertado, que logo foi retribuído. — Faz dois anos que eu não vejo aquela foto, e o seu recado ao me dar ela novamente me deixou bastante impressionado. Eu posso ter perdido um filho, mas vocês também são os meus. Os meus filhos.
— Vovô, eu vou guarda-lo muito bem, eu prometo! — Ele se soltou do abraço e pegou a caixa subindo as escadas, ele realmente foi guardar o relógio.
O retrato que o avô dos garotos viram, não era uma simples foto. Era uma foto do último Natal antes do mais novo nascer e seu filho morrer. Aquela foto havia derretido o coração do avô em relação a sua dor. Mas não era apenas isso; assim como todo bom presente que desejamos guardar para toda eternidade, o avô de Ethan não guardou só o retrato e as memórias, como também guardou as palavras que o Neto havia escrito em uma carta.
Ethan havia retornado, agora ele se divertia com seus irmãos e sua mãe enquanto gravavam as primeiras memórias do bebê.
As memórias do pai com o filho, imediatamente vieram como um filme em sua cabeça. Ao olhar para a nova criança, pode notar que cada um de seus traços eram iguais ao do filho. O seu coração, havia aquecido ainda mais. Ele sempre pensava que havia perdido o seu filho, mas ao reparar em todos os seus netos reunidos, ele pode perceber que não havia perdido o seu filho. Mas sim ganhado novos, dividos em partes iguais.
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