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E:2 Chapter Two.

Os dias estavam passando-se muito rápido, Severus nem havia notado que já havia se passado quase dez dias desde que viu Lílian com James, não o incomodava mais falar sobre a garota, nem mesmo comentar sobre o assunto, estava em paz com aquilo.

Porém, os dias tem sido estranhos, já havia muitas noites que não dormia bem, pesadelos invadiam sua mente, eram apenas objetos e olhos castanhos, algo estranho estava acontecendo, parecia tudo muito vago em sua mente.

Em seu braço esquerdo, ainda havia aquele hematoma que apareceu há dias atrás, mas havia aparecido outros, eram estranhos, não doíam, eram apenas pontos de agulhas, como se estivesse sendo injetado algo.

Em relação aos símbolos que vira na floresta, aquilo era muito estranho, queria poder ter perguntado mais afundo sobre aquilo para seus avôs, mas seria inútil, sabendo que eles fugiriam do assunto.

Mais uma vez estava na floresta, estava treinando sua mira, usava uma árvore como alvo, era muito bom no arco, sempre estava treinando para ser melhor ainda, pegou uma flecha em suas costas e colocou sobre a linha do arco, respirou fundo e puxou a linha para trás e focou.

Dera um suspiro bem fundo e o prendeu, e então deixou-se ir, a flecha saiu em disparada e acertou o ponto vermelho do alvo, fechou o arco e fora até a árvore pegando a flecha a guardando, estava desanimado, e não sabia o motivo de tal sentimento.

Ouviu Blade relinchar e bater a pata no chão, avisando o moreno de algo que estava acontecendo, esse assim que viu o aviso vindo da égua, tirou sua espada da bainha e saiu correndo ouvindo passos estranhos.

Parou atrás de uma árvore e ficou esperando, assim que a pessoa apareceu, Snape colocou a espada na garganta do ser humano, saiu detrás da árvore e parou assim que viu quem era, engoliu em seco e respirou fundo.

-Senhorita Granger? - Sua voz saiu baixa enquanto olhava a garota, sua aparência não era a das melhores, os cabelos estavam sem cor e pareciam fracos, os lábios brancos e secos, os olhos fundos e sem brilho, e ela estava mais magra, entretanto, ainda estava muito bela.

-Principe Snape - Se curvou devagar apenas em um cumprimento gentil - Você poderia retirar sua espada?

-Perdoe-me - Guardou a espada na bainha e a olhou - Faz dias que não a vejo - Mexeu nas mãos olhando a garota que apertou a cesta.

-Tenho estado ocupada com a barraca de flores - Dera uma desculpa esfarrapada, o vacilo na voz dela não passou despercebido por ele.

-A senhorita está bem? - Estranhou o comportamento dela, era estranho, ela não o olhava nos olhos, e parecia muito abatida.

-Estou bem, obrigado por perguntar - Snape engoliu em seco arrumando sua postura - Eu tenho de ir, até mais, senhor - E sem dizer mais nada começou a andar a passos rápidos.

-Severus - O moreno disse baixo olhando a moça, não entendeu, mas seu peito se apertou ao olha-la de longe, como se seu corpo pedisse a presença dela.

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Sem se pronunciar, o jovem príncipe entrou na sala de tronos, onde seus avôs estavam a conversar sobre reformas na vila, o moreno estava calado, e pensativo, se manteve assim por todo o tempo que ficou ali dentro até os mais velhos notarem sua presença.

-Severus? - Geralt o chamou uma vez, o mesmo nem ao menos se mexeu, encarava as mãos - Severus?! - Assim balançou a cabeça e encarou o avô.

-Sim? - Engoliu em seco passando as mãos no rosto - O que eu perdi?

-Está muito distraído, meu neto, o que houve? - Albus perguntou olhando o mapa em cima da mesa.

-Eu tenho de contar uma coisa a vocês, mas dêem-me a palavra de vocês que não irão fazer piadas sobre o assunto - Grindelwald olhou o esposo meio receoso e então ambos fizeram que sim.

-O que o incomoda? - Albus sentou-se junto de Geralt e então deram total atenção a Snape.

-Há pouco mais de duas semanas, eu estava na floresta e encontrei uma jovem moça - Mexeu as mãos devagar e respirou fundo - Quando eu a vi, eu não sei muito bem, mas senti que já a conhecia, ela me despertou algo - Mordeu os lábios e respirou continuando o diálogo - Nos encontramos hoje, e eu notei que ela estava abalada com algo, há dias eu venho dormindo muito mal, pois toda vez que fecho meus olhos eu ouço gritos, e imagens de seringa e olhos castanhos, os olhos dela, quando eu a vi hoje, senti uma coisa estranha, eu não queria vê-la partir e era como se meu corpo chamasse o dela.

Explicou em gestos com as mãos e com a cabeça, assim que terminou notou Geralt pegar a mão de Dumbledore e fazer um sinal de sim.

-O que é isso? - Perguntou olhando os mais velhos que respiraram fundo.

-Como a moça se chama, meu filho? - Albus perguntou querendo uma última confirmação.

-Hermione Granger - Falar o nome da garota fora muito simples, fora como se tivesse falando algo normal do dia a dia, estava muito perdido.

Os avôs se entre olharam e depois olharam o neto, estava na hora de ele saber muitas coisas.

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-Severus, o que vamos te contar é uma história longa - Geralt disse primeiro olhando o neto que mexia as mãos em curiosidade e ansiedade - Então apenas escute.

-Sim, senhor - Engoliu em seco e se arrumou na cadeira.

Dumbledore começou.

-Há quase quarenta anos atrás, houve uma guerra, um clã muito antigo e poderoso, eram conhecidos como Mortem Angeli. Esse clã tinham poderes de bruxos, mas não apenas isso, eles tinham em si a adoração pelo diabo. Um clã próximo a cidade de Londres, acabou constituindo uma guerra contra o clã Mortem Angeli, os de capas pretas como eram conhecidos, foram extintos, os que não morreram, foram presos para sempre em Azkaban.

Albus passou a mão no rosto e olhou o neto, respirou fundo e continuou.

-Na guerra contra o povo do Norte, sabíamos que iríamos perder, então chamamos um bruxo para nos ajudar, esse bruxo era seu avô paterno, pai de seu pai, Bruce Snape.

Geralt tomou frente e começou a falar, olhando o esposo que se sentou.

-Bruce nos ajudou com a guerra, e depois que tudo chegou ao fim ele pediu seu preço, mas não era ouro que ele queria como nós pensávamos - Cruzou os braços devagar - Há dezesseis anos antes de tudo aquilo, Bruce já tinha nos visitado em uma ocasião de batalha, ele me salvou da morte, assim como salvou seu avô - Apontou para o mais velho de cabelos castanhos e barba bem feita - Ele pediu algo em troca.

-O que ele pediu? - A voz de Severus estava baixa, estava tentando processar tudo.

-A lei da surpresa - Dumbledore disse se levantando, colocou as mãos dentro do bolso da calça apertada.

-O que é isso? - Snape estava cada vez mais curioso.

-A lei da surpresa é um pagamento, quando Bruce pediu a lei da surpresa, eu não me opus, afinal eu e seu avô éramos jovens - Dera de ombros devagar - Mas depois de dezesseis anos ele pediu a recompensa pela lei da surpresa feita há uma década atrás.

-A lei é muito rígida, é uma lenda antiga, e você não pode quebra-la, se não enfrentaria a fúria do destino sobre si, Bruce tinha um filho, Alan Snape, seu pai - Apontou para o moreno - A lei da surpresa é um pedido, o homem quem salvou tem um pedido a quem fora salvo, simples - Suspirou fundo jogando os cabelos loiros para trás - Bruce fez o seu pedido, ele pediu que casassemos sua mãe com Alan.

Snape engoliu em seco esfregando as mãos uma nas outras.

-Isso fora algo chocante para nós, não queríamos misturar nossa família com bruxos, pois saberíamos que um filho gerado poderia nascer com os poderes, mas a lei da surpresa era clara, o pedido fora selado.

-O que não sabíamos, era que sua mãe já estava grávida de você, e que seu pai e ela estavam tendo um caso há mais de seis meses - Albus completou olhando o neto - Quando acabamos com tudo, eu consumei o casamento e dei a minha benção a eles.

-Mas? - Os dois homens se entre olharam e Geralt continuou.

-Naquela noite o castelo fora invadido, prisioneiros do clã Mortem Angeli, eles queriam sua mãe, ela tinha o poder de matar o líder deles, então foram enviados para matá-la - Fechou os olhos por alguns segundos e depois continuou - Um cavaleiro desconhecido entrou no local e matou os prisioneiros com magia, um bruxo desconhecido - Mordeu os lábios olhando o moreno - Ele se aproximou e se apresentou.

-Como ele se chamava? - Dumbledore olhava a janela, vendo a neve cair devagar, esse respirou fundo e se virou.

-Liang Jean Granger - Snape arregalou os olhos ao ouvir o sobrenome.

-Perguntamos o que ele queria em troca, e ele disse que seguiria o exemplo de seus pais, e então pediu a lei da surpresa, seu avô e eu ficamos completamente chocados quando ele disse que o primogênito de sua mãe, se casaria com a primogênita dele - Albus apertou as mãos olhando o esposo que falava - Liang achou que nunca teria uma filha, e que para ele sua mãe daria a luz a uma menina.

-Sete anos depois uma menina nasceu - O príncipe olhou os avôs com espanto estampado em tons e cores no rosto.

-Como, como meus pais morreram? - Dumbledore fechou os olhos e engoliu em seco.

-Quando você nasceu, você despertou uma magia muito forte, que acordou o líder do clã Mortem Angeli, sua magia poderia matá-lo assim como sua mãe poderia fazer. Eles invadiram o castelo, e quando eu cheguei em seu quarto eu os vi no chão, você estava dentro do armário de madeira, estava protegido com a magia do seu pai.

O moreno colocou as mãos em frente ao rosto tentando processar cada palavra que ouvira.

-Sobre a garota, quem é a garota? - Mordeu os lábios, já sabia, porém queria saber mais.

-Hermione Jean Granger - Fechou os olhos com as mãos sobre o rosto - Quando ela nasceu eu e Albus fomos até a casa de Liang, ela tinha magia sobre ela, e era idêntica a sua magia, pensávamos que você nunca iria encontrá-la - Geralt olhou o neto.

-Eu não entendo, qual a verdadeira ligação que eu tenho com ela? - Albus se aproximou do neto e o olhou.

-Você e ela foram vítimas da lei da surpresa, ela é seu destino, seu dever é protegê-la, e mantê-la segura e feliz, seja como amigo, um irmão, um protetor, vocês estão ligados para sempre, é o que é, é o que vocês são.

-Por isso eu venho sonhando com ela? - Perguntou curioso olhando os avôs que fizeram que sim - Eu devo protegê-la?

-É seu destino, meu filho, e nunca queira enfrentar a fúria dele - Geralt explicou tocando o ombro do mesmo.

-Mortem Angeli - Passou a mão no nariz fungando e com os olhos vermelhos olhou os dois - O que aconteceu com eles?

-Conseguimos dizimar o resto do clã, mas nunca encontramos o líder, sabe o símbolo que me mostrara a alguns dias? - Fizera que sim rápido - É dele.

-Então, ele está de volta? - Geralt olhou o esposo e se aproximou tocando a mão dele.

-Creio que sim. Severus, você perdeu o poder de matá-lo assim que a garota Granger nasceu, o poder dela és muito forte, mas não a indícios que ela saiba sobre isso, se Mortem Angeli estiver de volta - Fez uma expressão ao moreno que entendera.

-Ele irá atrás dela para matá-la, pois ela tem o poder de matá-lo - Mexeu as mãos em sinal de nervoso - Eu...eu preciso de um tempo - Se levantou meio tonto, não havia comido há um tempo, era muita informação.

-Sim, claro - O mesmo ao menos disse tchau, apenas saiu da sala de tronos e fora até seus aposentos, se jogou sobre a cama e ficou horas olhando o teto tentando colocar tudo em ordem em sua mente.

Eram sentimentos misturados, com imagens misturadas, em sua mente tinha sua mãe, pai, seus avôs, e o mais claro de todos, ela, a garota na qual se encantou da primeira vez que vira, e agora descobriu que sempre fora destinado para ela.

Engoliu em seco ao se lembrar sobre o clã que possivelmente estavas de volta, tinha de protegê-la, e tinha de começar agora. Se levantou da cama e fora até seu guarda roupa, tirou todas as roupas e se vestiu com uma calça apertada de couro preta, uma blusa de lã branca solta, um colete preto apertado, e um par de botas marrons escuro que iam até seus joelhos.

Prendeu os cabelos pela metade e então pegou sua espada e a colocou na bainha no cinto em volta de sua cintura, pegou seu caderno e o guardou no colete junto de um velho lápis preto, saiu do quarto e seguiu as baías onde vira Seth escovando um dos cavalos.

-Seth - Chamou o garoto que se assustou, esse virou e fizera uma reverência ao ver o príncipe.

-Alteza - Mordeu os lábios olhando o chão - Posso ajudá-lo?

-Seth, meu primo Sirius, ofereceu aulas de estudos para você - Devagar o garoto olhou o jovem.

-Meu senhor, eu agradeço, mas eu tenho de trabalhar, para ter o que vestir e comer - Snape tentou se aproximar mais ao ver o pavor do menino, ficou parado.

-Não se preocupe, irá receber seu salário normalmente, irá ficar no castelo junto dele e de seu esposo, terá um ano de estudos, eu irei testá-lo quando voltar - Sorriu fraco olhando o menino que sorria contente com a notícia - Você é uma criança, está na hora de se tornar alguém melhor do que um cuidador de cavalos.

-Muito obrigado, meu senhor, eu o agradeço muito - Severus entregou uma bolsa ao mesmo, esse abriu e sorriu olhando os cadernos novos e roupas.

-Tens aulas á uma da tarde, não se atrase - O garoto não teve reações de agradecimento apenas sorria, enquanto olhava a bolsa.

Snape passou por Seth ficando feliz por vê-lo contente e também curioso para saber o que aquele garoto tinha, seguiu andando até Blade e respirou fundo a olhando.

-Temos uma missão, Blade - Abriu a baía e estalou os dedos uma vez, a égua saiu e ficou parada, devagar Severus a selou, subiu no animal e então saira com ela a galopes fundos e rápidos em direção a vila.

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Na casa da castanha a mesma puxava a blusa lentamente, tentando ao máximo cobrir seu corpo que estava exposto, não tinha forças para nada a não ser puxar a roupa bem lentamente.

-Está evoluindo - Ouviu a voz grotesca e nojenta de Ronald que apertava o cinto de sua calça - Deixe-me ver - Ele se aproximou da mesma a olhando, essa tinha os olhos meio lento pela a substância - Está bem - Dera um tapinha devagar no rosto dela e sorriu - Até mais, meu amorzinho - Beijou a boca da castanha que estava cortada e seca.

Uma hora depois, conseguiu ir até o banheiro para tomar um banho gelado, olhou seus braços e chorou lentamente ao ver as marcas roxas de agulhas, seu organismo estava sendo destruído por conta da droga que Ronald lhe injetava todos os dias.

Estava mais magra, os cabelos haviam perdido o brilho e agora estavam lisos e cortados um pouco acima do seios, os olhos da mesma sempre com as pupilas dilatadas, a boca sempre seca e machucada.

O corpo sempre marcado, com hematomas roxos, e marcas de mãos e arranhões, chupões sobre os seios e barriga, os olhos não tinham mais brilhos, a castanha não mais sorria, ao menos saia da própria casa.

Estava morrendo sabia disso, e parada ali dentro daquela banheira pensou se poderia apenas acelerar o processo, devagar a mesma deixou-se escorregar até estar completamente coberta pela a água fria. Fechou os olhos e se deixou levar.

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O príncipe ao chegar na vila, seguiu em direção a barraca de flores da castanha, desceu de Blade e a mandou ficar parada, saiu correndo e se deparou com dois jovens.

-Com licença - Pediu olhando os garotos que direcionaram os olhares a si.

-Por céus, majestade - Harry e Draco se curvaram perante o príncipe que tinha uma feição preocupada.

-Os senhores podem me informar se a senhorita Granger está? - Mexeu as mãos em sinal de nervoso.

-Ela está doente e não vem trabalhar há dias - Draco começou, Harry sabia o real motivo da irmã não sair de casa, mas não poderia fazer nada, tentou bater uma vez em Ronald e quase morreu espancado.

-Ela está doente - Engoliu em seco e respirou fundo - Sabem onde fica a casa dela?

-O senhor a conhece? - O de óculos perguntou com um fio de esperança.

-Ela me ajudou com algo uma vez e eu queria retribuir - Mentiu olhando o menino - Você a conhece?

-Ela é minha irmã - Severus engoliu em seco olhando o garoto - Minha casa é duas ruas para baixo, número oito.

-Muito obrigado - Sem dizer mais nada saiu correndo até Blade e subiu na mesma e então saiu galopando até a residência de Hermione.

Em pouco segundos chegou a casa, desceu e fora até a porta, bateu várias e várias vezes, estava com um sentimento horrível, sem aguentar arrombou a porta e saiu a procura da castanha pela a casa.

Ao abrir uma porta se deparou com várias seringas no chão, era um quarto, tinha saquinhos com pós branco, colheres e jarros de água, seringas usadas e não usadas.

-Hermione?! - Chamou a mesma e então abriu outra porta e quase teve um infarto ao ver a cena - Não! - Correu até a banheira de madeira e puxou a castanha de lá de dentro.

A pegou no colo e a deitou no chão, ela estava nua pois parecia estar se banhando, o corpo estava magro e cheio de roxos e hematomas, os braços cheio de furos de agulhas, os cabelos mais curtos e agora lisos.

-Não faça isso, por favor! - Tirou o colete e o jogou no chão, arrancou a blusa pelo o pescoço e vestiu a mesma com cuidado - Por favor, acorde! - Começara a fazer massagem cardíaca na mesma que continha o corpo gelado, e os lábios roxos.

Continuou fazendo massagens enquanto tentava a acordar com tapinhas, cerca de dez minutos depois essa tossiu, cuspindo água, Severus a sentou e bateu nas costas dela devagar, ela começara a se debater assim que sentiu mãos em si, gritava em desespero com medo.

-Hey, se acalme - O moreno segurou as mãos dela e então segurou o rosto dela com uma mão e tirou os cabelos da mesma de frente de seus olhos - Sou eu, Hermione, sou eu, Severus - Essa o olhou, tinha a respiração fraca e a mão sobre a dele - Sou eu - Fizera um carinho fraco na bochecha da mesma.

-Me tire daqui - A voz dela era um sussurro inválido, depois daquilo logo em seguida ela desmaiou, Snape se levantou vestindo seu colete de qualquer jeito, então a pegou no colo e saiu correndo da casa.

Blade estava perto de uma outra casa, chutou a porta de entrada então saiu correndo com o corpo da castanha desmaiado sobre seus braços, alguns moradores olharam a cena perplexos.

-Blade! - Severus gritou e em seguida assobiou, a égua chegou galopando, o moreno segurou na rédea da mesma e subiu, deitou a mesma em seu colo de lado e gritou novamente - Para o castelo, Blade, vamos!

O animal começou a correr deixando apenas poeira para trás, Snape olhava a castanha que tinha os olhos fechados, ele sentia que ela estava morrendo, tinha de salvá-la.

-Vai ficar tudo bem - Esse ajeitou a blusa dele que estava a cobrindo, para que não aparecesse nada - Foca em mim, por favor, Hermione, mantenha seu coração batendo.

Na mente da castanha estava tudo escuro, porém uma voz sussurrando em seu ouvido a fez ficar lúcida.

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Blade parou de frente com os portões principais do castelo, Severus desceu com a garota desmaiada e mole nos braços, e saiu correndo gritando por médicos, Minerva apareceu em poucos segundos colocando as mãos na boca.

-O que está acontecendo aqui?! - Geralt gritou entrando no salão junto de Albus, os dois arregalaram os olhos ao verem Snape com a garota nos braços.

-Eu a encontrei assim na casa dela - Minerva se aproximou do moreno e o guiou até um quarto, o mesmo a deitou na cama devagar.

-Vocês precisam sair - O moreno quase bateu nos médicos, porém fora impedido por Geralt que o tirou de lá.

Albus levou o neto para a sala de tronos e pediu gentilmente para que o mesmo tentasse se acalmar, estava deixando os avôs uma pilha de nervos.

-Nos explique o que aconteceu - Devagar Severus respirou fundo e se sentou olhando as mãos.

-Depois que conversamos, eu fui até a vila, a procurei na barraca de flores, mas o irmão dela me disse que ela estava doente e não ia trabalhar há dias, ele me disse onde ficava a casa e eu fui até lá - Passou as mãos no rosto e continuou - Bati várias vezes, mas ninguém atendeu, eu senti que tinha algo de errado então por preocupação eu arrombei a porta e entrei, procurei por todos os lados, eu achei um quarto, estava muito sujo, havia agulhas por todos os lados seguido de seringas, e também tinha sangue.

Mexeu as mãos tentando encaixar as peças em sua mente para ver se conseguia concluir algo.

-Fora quando eu a encontrei no banheiro, ela estava desmaiada dentro da banheira, por céus aquela cena fora horrível - Se sentiu enjoado ao lembrar - O corpo dela estava completamente cheio de roxos e hematomas de mãos e arranhões, havia marcas de agulhas nos braços - Apontou para os braços indicando o local - O cabelo dela está curto e liso, o cabelo dela sempre fora cacheado e longo - Dera de ombros tentando entender - Eu consegui trazê-la de volta, porém, ela desmaiou depois de pedir para mim tirá-la de lá.

Albus e Geralt estavam chocados com a história, por céus o que tinha acontecido com aquela garota?

-Por segurança deixaremos a garota no castelo, os médicos estão dando o melhor atendimento a ela - Snape se levantou olhando os dois e fechou as mãos com força.

-Ela estava com sinais claros de que fora violentada - Dumbledore desviou o olhar do jovem e respirou fundo segurando a mão do esposo - Se eu encontrar o desgraçado que fez isso com ela, eu vou matá-lo lentamente.

Bateu o punho na mesa com força, sua magia acabou oscilando, fazendo algumas taças se quebrar, fechou os olhos e tentou se acalmar.

-Severus, você está todo molhado, vá tomar um banho quente, a garota ficará bem - Apenas fez que sim, e se arrastou para seus aposentos onde tomou um banho quente.

Se vestiu apenas com uma calça preta, junto de botas até seus joelhos e uma camisa larga de lã bege. Ficou esperando andando de um lado para o outro na porta do quarto da castanha, e depois de quase três horas os médicos sairam junto de Minerva.

-Majestades - Os médicos se curvaram perante o príncipe e os reis.

-Como ela está? - Snape ao menos deixou os avôs se pronunciar, estava farto, queria ir direto ao ponto.

-Havia sinais claros de abuso físico e sexual na menina, fizemos vários tratamentos, porém, vocês terão de ter paciência - Os esposos se entre olharam e pediram uma continuação no diálogo - As marcas nos braços dela são de injeções por drogas, se bem suspeito ser heroína pura, ela está bem fraca, irá sobreviver, apenas depende dela.

Snape colocou as mãos nos cabelos e depois tampou o rosto tentando assimilar cada palavra que o médico havia dito.

-Ela está bem? - Dumbledore perguntou com a mão sobre o peito.

-Sim, ela está dormindo, e ficará assim por alguns dias até seu corpo se regenerar, quando ela acordar terão de ter cuidado e paciência.

-Por que? - Geralt perguntou tirando as palavras da boca de Severus.

-A heroína é uma droga muito forte, fico surpreso por a garota ter aguentado tanto tempo, e pelos braços dela e as marcas creio que tinham muitas aplicações ao dia, quando ela acordar o corpo irá pedir a droga, ela terá muitas crises de abstinência, e em nenhum momento vocês poderão ceder.

-E como pode parar? Como ela poderá se acalmar? - O moreno perguntou mexendo as mãos em nervosismo.

-Recomendo calmantes, eles são cem por cento orgânicos, e não viciantes, você poderá aplicar quando ela estiver tendo uma crise - O médico apontou para a caixa de injeções nas mãos do outro médico.

-Obrigado - Minerva pediu e o médico apenas sorriu e saiu dali deixando Snape na porta.

-Eu não quero vê-la - Engoliu em seco, parecia que tinha um monstro atrás da porta.

-Vá meu filho, seja forte - Sentiu a mão quente e delicada de Geralt sobre seu ombro - Estaremos na biblioteca se precisar de nós.

-Sim, senhor - Fechou os olhos apenas para tomar coragem, os abriu, segurou a maçaneta da porta a girando.

Entrou devagar no quarto que era muito bonito, estava escuro, as cortinas estavam fechadas, apenas algumas velas acesas, o moreno se aproximou da cama e a viu, a castanha estava de olhos fechados, com novas roupas, parecia ter sido banhada.

Havia machucados em seus braços feito pela as agulhas, os olhos estavam fundos e cheio de olheiras mostrando os dias em que não dormira. Devagar o príncipe se sentou ao lado da mesma e ficou a olhando com cuidado.

-Eu vou acabar com a vida de quem deixou você assim, guarde minhas palavras - Sussurrou devagar para a castanha.

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No reino das flores, no castelo alto e muito bonito, a paz reinava, pela a primeira vez, Seth se sentia seguro e em paz, já havia se passado dez dias que estava com o casal Black Lupin, e não podia reclamar de nada, estava sendo muito bem tratado, e aprendendo sobre muitas coisas da realeza.

-Seth - Sirius chamou o garoto que sorriu e se curvou - Eu já lhe disse que não precisas disso aqui, venha vamos tomar um chá - O garoto fez que sim, seguiu o maior devagar com as mãos para trás.

Ao chegarem no jardim os dois se sentou sobre a mesa e se serviram, Black sabia que tinha de entrar no assunto com o garoto.

-Seth, já faz um tempo que está aqui - Começou cruzando os braços - Sabe que você está seguro aqui, ninguém pode entrar ou sair sem minha permissão, então o que vou lhe perguntar, preciso que me responda com total clareza e sinceridade, sabe que sei quando está mentindo.

-Sim, senhor - O garoto engoliu em seco olhando o príncipe a sua frente.

-Eu notei seu comportamento nos primeiros dias, você tem medo de escuro, toques de pessoas, e sempre está coçando seu braço direito - Esse assim que ouviu tentou tampar o braço devagar e discretamente - Eu notei as marcas de navalhas em seu pulso, e creio que você é alérgico ao tipo de roupa que usava pois desde que começou a vestir lã nunca mais coçou o pulso novamente, estou certo?

-Sim, senhor - Respondeu baixo olhando a mesa a sua frente tentando manter a mente sã.

-Você ainda é apenas uma criança, eu quero lhe ajudar, porém, para isso preciso saber o que acontece com você, e para isso você tem de me contar quem fizera isso no seu braço, e os motivos de você ter tanto medo de toques humanos - Black cruzou as mãos vendo o menino quase sumir de tanto se encolher na cadeira - Só estamos nós aqui, não precisa ter medo de nada.

Seth olhou para os lados e com muita força, levantou os olhos coloridos para Sirius, e o moreno notou o vermelho nos olhinhos dele por segurar as lágrimas fortemente.

-Meus pais me deixaram na taberna onde eu moro quando eu tinha dois anos - Engoliu em seco e passou as mãos no rosto tirando os vestígios de lágrimas - Quando eu fiz cinco, eu comecei a trabalhar secando e guardando os copos e os pratos para o senhor Dursley - Mordeu os lábios finos - Ah um ano um homem ruivo chegou a taberna e disse que precisava de um garoto e o senhor Dursley me vendeu por cinco moedas de pratas.

Sirius fechou os olhos colocando a mão sobre a boca devagar, e então respirou fundo tentando continuar a ouvir a história do pequeno.

-Ele disse que queria brincar comigo, e me levou para a casa dele, eu não me lembro o que aconteceu pois ele aplicou alguma coisa no meu braço, no dia seguinte eu acordei com muitas dores no quadril, ele estava do meu lado e quando acordou disse que se eu falasse algo para alguém me mataria - Devagar o pequeno levantou a manga da blusa do braço direito, Black olhou os olhos do menino depois o braço dele.

Havia marcas cicatrizadas de injeções, várias, várias, e também alguns cortes de navalhas, Sirius estava enjoado com aquilo.

-Quando ele conseguiu uma namorada, me descartou, porém, sempre me avisava e me pedia para encontrá-lo as sextas feiras - Sem conseguir mais falar um a, o garoto tampou o rosto e começou a chorar.

Black se levantou e abraçou o garoto, o menino estava encolhido em seus braços, mesmo tendo doze anos, ele era pequenininho, Sirius apenas abraçou o menino que em menos de um mês se apegou, já o considerava um filho, Seth era um menino excelente e educado, e tinha uma ótima relação de irmandade com Mila.

-Está tudo bem, você está aqui, está seguro, nunca mais ninguém vai te machucar - Limpou o rosto do menino que fez que sim e voltará a abraçar o moreno que retribuiu - Aqui é sua nova casa, Seth.

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-Eu não sei o que fazer - A voz de Sirius saiu abafada, estava a quase duas horas chorando no peito de Remus, estava triste e muito chocado com a história de Seth.

-Primeiramente, você precisa parar de chorar, amor - O castanho enxugou o rosto do moreno devagar - Seth não tem família, eu vejo como você o trata, e agora sabendo da história dele não tenho dúvidas que você queira que ele fique conosco.

-Com certeza, e eu quero encontrar esse homem ruivo que ele falou, que abusou dele - Bateu no colchão, enxugando o rosto com um lencinho.

-Sirius para termos Seth, teremos de pedir a adoção dele, e assim ele teria nosso sobrenome e ficaria na nossa família protegido por nós.

-E assim ele seria nosso filho? - Remus sorriu de lado e respirou fundo tocando o rosto do esposo com calma.

-Sim, meu amor, ele seria - Black abraçou o castanho e beijou os lábios finos dele devagar.

-Temos de ir até a taberna com ele amanhã, precisamos dar a ordem prévia ao dono, que era responsável por ele - Passou a mão no rosto, estava sentado no colo do marido.

-Então vamos descansar, amanhã será um dia longo - Fez que sim e se deitou ao lado do mesmo, esse apagou as velas e abraçou Sirius que se encolheu no peito dele.

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Remus e Sirius seguiram com alguns guardas e Seth até a taberna onde o menino ficava, Lupin deu a ideia de deixar Seth entrar na frente para ver como o dono reagiria, precisavam de provas que ele estava sendo mal tratado no local, para terem total responsabilidade sobre o garoto.

-Estamos aqui, não precisa ficar com medo, se algo acontecer você grite e entraremos - Seth fez que sim abraçando Sirius que retribuiu, ficou ao lado do esposo olhando o garoto entrar na taberna.

O lourinho assim que abriu a porta se arrepiou sentindo o cheiro forte de cerveja e suor, caminhou a passos lentos até onde era seu antigo quarto e pegou suas coisas juntando tudo em uma velha bolsa.

Sentiu um puxão em sua camisa e arregalou os olhos ao ver quem era, era o dono da taberna, um homem gordo, alto e muito fedido.

-Onde você se meteu garoto?! Por dias não aparece aqui, está vestido com roupas chiques, sabe o trabalho que me deu? Weasley quase não me pagou, porque você sumiu, tens um encontro com ele hoje a noite! - Seth com toda a sua coragem puxou a blusa da mão dele o olhando com ódio nos olhos.

-Eu não vou, ele não é meu dono assim como você não é - Virou o rosto assim que sentiu um tapa ardido, sua boca tinha sido machucada, pela a violência.

-Abaixa esse tom garoto e vai limpar as mesas! - Jogou um pano sujo no rosto do menino, esse gritou e dez guardas reais entraram na taberna - Mas o que é isso?! - O gordo gritou com a mão na cintura.

Sirius e Remus entraram no local olhando diretamente para o homem que se calou, e se ajoelhou, Black estava com raiva, com tanta raiva, tinha visto o tapa.

-Seth, venha aqui - Remus o chamou de modo carinhoso, o menino correu até o príncipe e o abraçou escondendo o rosto, Lupin fizera um carinho nos cabelos loiros do mesmo devagar.

-Uau olha o que temos aqui - Black se aproximou do homem gordo com as mãos para trás - Como se chama?

-Válter Dursley, majestade - O moreno juntou as mãos umas nas outras e soltou uma risada fraca olhando o homem no chão.

-Remus, leve Seth pra casa, Cattaneo, Linkin vocês ficam comigo - Lupin segurou na mão de Seth e saiu com ele da taberna os dois guardas ficaram de prontidão olhando em volta.

-Majestade? - O homem de cabelos brancos e barba por fazer olhava o príncipe.

-Majestade? - Fez uma voz de desgosto. Sorriu olhando o mesmo, e então dera um cruzado de direita no queixo do homem que caira no chão - Isso é pelo meu filho.

Os guardas e Sirius começaram a chutar e socar o homem que estava caído no chão gemendo de dor pelos chutes.

-Terminem com isso - Jogou os cabelos para o lado devagar.

Se virou e saiu, subiu em seu cavalo e voltou ao castelo.

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-Está doendo? - Lupin perguntou limpando a boca de Seth com cuidado, o garoto fizera que não.

-Não, senhor - O loiro tinha os olhos para baixo, assim como sua cabeça.

-Seth, você não precisa me chamar de senhor, pode me chamar apenas de Remus - Levantou o queixo do menino com o dedo.

-Cheguei, como ele está? - Sirius fora até o garoto que sorriu fraco assim que vira o moreno.

-Fora apenas um corte, já está bem - Black respirou aliviado e olhou o menino e então segurou as mãos dele devagar.

-Seth, tem algo que eu tenho de lhe contar, na verdade nós dois - Sorriu fraco e mordeu os lábios - Fomos até a taberna hoje apenas para você pegar suas coisas, você não irá voltar mais lá, poderá morar aqui conosco.

O garoto arregalou os olhos olhando os dois e sorriu, porém, ele achava que seria como empregado.

-Eu terei de cuidar dos cavalos? - Perguntou com a voz simples e delicada, e com muita pureza.

-Não, deixe-me lhe explicar - Remus sorriu fraco olhando o menino devagar - Você gostaria de se tornar um Black Lupin? Nosso filho, irmão de Mila e príncipe do reino das flores?

-Filho? - Era tantas emoções que o menino estava sentindo que tudo que ele pôde fazer, fora chorar, ele mantinha as mãos no rosto, e em seguida abraçou os dois, ambos retribuiram com amor e carinho.

-Seth, olhe para mim - Sirius o chamou e sorriu, então tirou os cabelos loiros do rostinho dele - Você gostaria de se chamar Seth Black Lupin?

-Sim - Ele bateu palmas sorrindo fazendo que sim, mesmo com doze anos, a alma dele era de uma criança, pois fora criado como uma toda a vida - Mas eu não quero me chamar Seth, o senhor Weasley me dera esse nome - Mordeu os lábios olhando os dois.

-Você pode escolher o nome que preferir - Lupin fizera gestos com as mãos sorrindo.

-Eu queria me chamar Théo - Os dois príncipes sorriram e o olharam.

-Claro que você pode se chamar Théo - O menino agora chamado Théo abraçou os novos pais contente, logo em seguida Mila entrou na sala de tronos e correu abraçando o novo irmão no qual já tinha uma boa relação.

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Os dias se passavam calmamente, porém para Snape eram torturantes, já havia se passado três semanas desde que Hermione tivera aquele pequeno colapso, sabia que a menina ficaria preocupada com o irmão assim como ele por ela, então deixava o irmão a par da situação.

E o deixava visitá-la a cada três dias, o garoto não iria todos os dias pois estava esperando um bebê, e a gravidez era de risco, então teria de ficar em casa por tempo limitado, Severus mandou arrumarem a porta da casa da menina há dias.

Estava sentado em frente ao piano que ficava no quarto da garota, o quarto era grande, uma suíte de primeira classe se assim dizer, o piano era marrom, uma madeira lindamente polida, brilhosa e lisa, os dedos passavam sobre as telas brancas e pretas.

Tocava algumas melodias para a castanha de vez em quando, porém nunca uma música, o clima estava gelado, e bom estava pedindo uma música, começou a tocar devagar, o som ecoava pelo o enorme quarto.

Abriu a boca e lambeu os lábios, e devagar e bem baixo começou a cantar uma música na qual escrevera a alguns dias atrás, quando se lembrara da castanha na banheira, a beira da morte.

✨Música - Hold On✨

Loving and fighting, accusing, denying
Amando e lutando, acusando, negando

I can't imagine a world with you gone
Não consigo imaginar um mundo em que você se foi

The joy and the chaos
A alegria e o caos

The demons we're made of
Os demônios de que somos feitos

I'd be so lost if you left me alone
Eu estaria tão perdido se você me deixasse sozinho

You locked yourself in the bathroom
Você se trancou no banheiro

Lying on the floor when I break through
Estava caída no chão quando eu entrei

I pull you in to feel you heartbeat
Eu te puxo para sentir seus batimentos

Can you hear me screaming: Please don't leave me?
Você pode me ouvir gritando: Por favor, não me deixe?

Severus bateu as mãos nas teclas frias, fechando os olhos, aquela música era melancólica demais, e estava apenas o deixando mais estressado, respirou fundo e virou o restante de whisky que havia em um copo abandonado em cima do piano.

Estralou o pescoço e começou a tocar o piano com calma, em uma melodia baixa e simples, sem tanta melancolia, uma coisa suave.

✨Música - Eu quero alguém assim - Biollo✨

Sempre quando eu começo a gostar.
Aparece algo pra estragar.
E a pessoa me corta do nada.
Não aguento mais levar facada.

Eu quero alguém pra conversar de madrugada.
Eu quero alguém pra chamar de amor e mais nada.
Eu quero alguém que me faça sentir saudade.
Alguém que queira ser meu amor de verdade.

Eu quero alguém que me faça perder o sono.
Alguém que queira sentir meu beijo de novo.

Eu quero alguém assim.
Eu quero alguém para mim.

Assim que terminou de tocar, se virou devagar olhando a castanha ainda adormecida na cama, respirou fundo e se levantou a olhando e então notou um leve tremido nas pálpebras, deixou o copo vazio em cima do criado e se aproximou devagar.

-Hermione - Chamou ela com a voz suave para não assusta-la - Está me ouvindo? Tente abrir os olhos, devagar - Pediu segurando a mão da mesma, essa devagar abriu os olhos tudo que viu primeiramente fora um flash de luz, fechou os olhos e esperou alguns segundos e então voltou a abri-los.

E então a visão fora ficando limpa devagar, e o que viu lhe assustou, a fazendo se debater, era um homem.

-Calma, Hermione, se acalme - Segurou os braços da mesma e então soltou uma mão apenas para segurar o rosto dela com cuidado - Sou eu, Severus, lembra-se? - Sorriu devagar a olhando, estava tão feliz e aliviado por vê-la acordada.

-Severus - A voz da castanha estava rouca e baixa, ela estava fraca, porém teve forças para abraçar o pescoço do moreno, o mesmo ficou parado, tinha medo de tocá-la.

-Está tudo bem, Hermione, está segura aqui, você precisa se deitar - A afastou com cuidado a deitando na cama com delicadeza.

-Onde estou? - Essa olhava em volta, não era sua casa, com certeza.

-Está no meu castelo, ainda é muito cedo para contar o que aconteceu a você, vou pegar algo para você comer, você precisa de nutrientes - Se levantou devagar, porém parou ao sentir a mão dela em seu pulso.

-Não me deixe sozinha, por favor - Os olhos dela esbanjava medo, pavor, Severus engoliu em seco e respirou fundo.

-Está tudo bem, você está segura aqui - Hermione desviou o olhar dele, o mesmo se inclinou e puxou uma corda que fizera um barulho de sino bem baixo.

Em poucos minutos Minerva entrou com uma bandeja, havia sopas e pães, assim como vinho.

-Obrigado, Minerva - A senhora sorriu para o jovem príncipe e acenou para a menina que sorriu fraco a vendo sair - Você precisa comer, tente pelo menos a sopa - Colocou a bandeja sobre o colo da menina que tinha sentado.

-Há quanto tempo estou dormindo? - Levantou a mão para pegar um pedaço de pão, mas sentiu a mesma falhar, fazendo um pouco da sopa cair sobre sua mão.

Pela as quantidades de drogas em seu organismo, a garota tinha perdido sensibilidade em algumas partes do corpo, e teria de fazer exercícios para ter mobilidade completa novamente.

-Desculpe-me - A castanha pediu com vergonha, Snape pegou o guardanapo e limpou a mão da mesma com cuidado.

-Está tudo bem, eu posso lhe ajudar - Aproximou-se devagar da mesma e pegou a colher e encheu com a sopa e então levou até a boca da castanha que abriu e comeu, essa fez um "hum", estava muito boa, porém muito quente.

-Está quente - O moreno fizera que sim devagar e na próxima colherada, assoprou antes de dar a ela - Você não respondeu minha pergunta.

-Pouco mais de três semanas - A menina olhou o príncipe em total choque - Não pense em se preocupar com nada no momento, seu irmão sabe sobre sua atual situação, ele está na vila com o namorado, e vem lhe ver a cada três dias, fique tranquila.

-Eu quero vê-lo, eu posso vê-lo? - O mesmo mordeu os lábios e suspirou fundo.

-Seu irmão está esperando um bebê, e não pode andar pois a gravidez é de risco - Hermione arregalou os olhos assim que ouviu a notícia.

-Harry será pai? - Sorriu feliz pelo o irmão, por céus seria titia - Isso é incrível.

-Creio que sim - Limpou a boca da mesma devagar.

Depois que Severus terminou de alimentar a castanha o mesmo tirou a bandeja de cima dela e se sentou de frente para a mesma e então contou tudo que tinha visto, e o que tinha acontecido.

-Você sabe quem fez isso com a senhorita - Apontou para o corpo dela - O nome, eu peço apenas o nome.

-Eu não posso falar, se eu falar ele irá me matar, e ainda por cima poderá ferir meu irmão, e meu sobrinho - Engoliu em seco mexendo as mãos lentamente - E também não importa, já aconteceu mesmo - Dera de ombros devagar.

-Você está falando sério? Granger, claro que isso importa, você fora violentada várias vezes, não consigo nem imaginar o tanto de vezes, a justiça precisa ser feita, você fora drogada e quase morreu por este canalha que está a solta por ai, neste momento - Fez gestos com a mão, estava esbanjando raiva e frustramento e a castanha não estava entendo o motivo daquele comportamento.

-Por que está a agir assim? - Neste momento o mesmo ficou calado - Por que me salvou? Você mal me conhece - Severus se levantou e cruzou os braços - Eu sou apenas a garota que o encontrou na floresta.

-Você nunca fora apenas isso - Sua voz saiu um sussurro que a castanha não entendeu - Apenas descanse senhorita, você precisa recompor suas energias.

-Eu quero ir para casa - A menina pediu com algumas lágrimas nos olhos.

-Você está debilitada, mal consegue se mexer, terá de ficar aqui até que se recupere por completo, com licença - Snape saiu dos aposentos da castanha fechando a porta, se encostou sobre a mesma e fechou os olhos e socou a parede a sua frente com raiva.

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Estava nevando, Severus estava perto da baía, escovava Blade, e tentava entender alguns de seus pensamentos que estavam todos a soltas e completamente errados e incompletos.

-Você não consegue deixá-la em paz? - Revirou os olhos, ouvindo a voz de Sirius a suas costas.

-Precisa de algo, Sirius? - Perguntou sem ao menos olhar o homem.

-Sim, na verdade preciso - Bufou olhando Blade, deixou a escova no balde e se virou cruzando os braços.

-Em que posso ser útil? - Estalou os dedos duas vezes e Blade seguiu até sua baía correndo.

-As vezes me dá medo o jeito que Blade lhe obedece - Começou a andar junto do moreno.

-Vá direto ao ponto, Sirius, estou ocupado - Disse calmo andando com as mãos no bolso da calça.

-Remus e eu temos um pedido a você, bom esperamos que você aceite, venha comigo - Sem dizer nada apenas seguiu o moreno até dentro do castelo em direção a sala de estar onde se deparou com Lupin, esse olhava Mila brincar com Seth.

-Seth? - Chamou o garoto que se virou, ele estava diferente, vestia roupas melhores, os cabelos estavam cortados direito, e ele parecia muito mais branco.

-Na verdade - Remus se levantou chamando o garoto com a mão, esse correu até o castanho sorrindo - O nome dele agora é Théo Black Lupin.

-O que? - O moreno ficou perdido. O que estava acontecendo?

-Eu e Remus adotamos Théo, ele agora é nosso filho - Black disse sorrindo dando um beijo carinhoso na bochecha do filho que sorria.

-Está bem, pare um minuto, eu preciso assimilar isso - Balançou a cabeça e respirou fundo - Vocês dois adotaram Seth que não é mais Seth e agora se chama Théo, o garoto teve um glow up em menos de três semanas e agora parece realmente filho de vocês, isso me assusta.

-Pare de ser idiota - Dera de ombros - O meu pedido para você, é se você aceita ser padrinho de Théo - De primeiro o mesmo ficou muito surpreso e feliz, mas depois olhou Sirius.

-Ah agora você vem me pedir para ser padrinho do seu filho? - Remus passou a mão no rosto.

-Por céus isso de novo não - Black respirou fundo.

-Vocês não estão se lembrando? Pois vou contar a vocês uma pequena história - Remus e Sirius se sentaram e ficaram olhando o drama de Severus Snape - Quando Mila nasceu, vocês vieram todo felizes, dizendo que iriam chamar um padrinho para ela, vocês sabiam que eu sempre quis ser padrinho dela e quem vocês chamaram? - Black colocou a mão no rosto entediado.

-Geralt e Albus - Remus respondeu e Snape bateu as mãos.

-Exatamente - Apontou para os dois - Vocês chamaram meus avôs e me excluíram.

-Por céus Severus pare de ser dramático, você aceita ou não? - Lupin perguntou olhando o moreno que tinha o braços cruzadas ainda tinha seu orgulho.

-Eu tenho meu orgulho - Sirius sorriu e olhou o mesmo cruzando os braços.

-Acho que Albus adoraria ser padrinho de Théo - O cacheado se levantou e imediatamente Snape apontou o dedo para ele.

-Você nem pense em fazer isso, Sirius Black Lupin.

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Depois de todo o drama de Snape, o moreno acabou por aceitar o pedido, e depois fora conversar com o cacheado na biblioteca, estavam sozinhos então poderia falar sobre o assunto envolvendo a senhorita Granger.

-Então ela está aqui? - Fizera que sim de braços cruzados, tendo uma mão na boca.

-Você está me ouvindo? - Havia contado toda a história, como a encontrou, o que tinha acontecido com ela.

-É que é estranho, eu lhe contei a história de Théo - Fez gestos com as mãos encaixando peças sobre sua mente - Théo me contou que ele tinha um senhor, um homem ruivo, ele me contou o sobrenome porém, eu não me lembro - Passou as mãos nos cabelos devagar.

-O que tem a ver com o assunto? - Tentou entender aonde o príncipe queria chegar.

-Théo tem as mesmas marcas de agulhas no braço, as dele estão cicatrizadas, mas com certeza é de drogas, ele não se lembra dos ataques, apenas flashs, para ele era como se estivesse dormente - Dera de ombros explicando mais ou menos o que o filho lhe dissera.

-Acha que pode ser a mesma pessoa? - Se sentou de frente com o amigo, tentando saber mais afundo naquela história.

-Eu não sei, pode ser que sim - Respirou fundo olhando algum ponto aleatório da mesa, em sinal de pensamento - Por que não pergunta a ela?

-Mais que ótima idéia - Respondeu irônico olhando o mesmo - Eu já perguntei, ela não quer me falar, tem medo que ele a machuque ou machuque o irmão.

-Terá de descobrir sozinho, eu tenho de ir - Se levantou e apertou a mão do primo.

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No meio da floresta Severus estavas junto de Blade, havia saído do castelo para poder tomar um ar, e também queria caçar algo, seja o animal pequeno ou grande, porém, estava tudo muito quieto, e achou ser por conta do inverno, os animais estariam hibernando talvez.

-Está tudo muito quieto - Se abaixou esticando as mãos em frente a pequena fogueira que fizera, se sentou em cima de um toco que estava sendo servido como banco.

Pegou o caderno marrom dentro do colete junto do velho lápis, e então começou a desenhar o rosto de Hermione, pelo menos o que se lembrava de como era já que a castanha estava completamente diferente.

-O destino deve está brincando com a minha cara - Bufou revirando os olhos enquanto desenhava - Eu irei protegê-la claro, mas como posso fazer isso se ela ao menos confia em mim? - Olhou Blade que se chacoalhou devagar - Eu não sei o que fazer, não posso contar a verdade para ela, ela provavelmente me acharia um tolo.

Fechou o caderno já irritado, guardou o mesmo e ficou apenas ali manipulando o fogo, pegava a fumaça que subia e a transformava em pequenas bolhas e depois as estourava, ouviu um barulho de galho quebrando e depois alguns murmúrios.

Estalou os dedos uma vez para Blade ficar em silêncio, se levantou e começou a andar a passos lentos, andou por mais ou menos cinco minutos até chegar perto de uma árvore, se escondeu atrás da mesma, olhou pela a fresta do tronco, e arregalou os olhos ao ver o que era.

Havia quatro pessoas vestida de preto, não sabia distinguir se eram mulheres ou homens, eram enormes capas pretas com capuz, porém tinham chifres, ergueu as sobrancelhas e olhou o chão onde eles estava pisando.

Engoliu em seco assim que viu o mesmo símbolo que vira a semanas atrás, mordeu os lábios e lentamente tirou a espada da bainha, com sua audição de caçador pôde ouvir o som de uma lâmina vindo em sua direção. Se esquivou e apontou a espada para um dos homens de preto, que tinha uma máscara de caveira pela a metade.

Os outros quatro que estavam no símbolo ouviram o companheiro chamar através de um assobio, Snape respirou fundo e revirou os olhos vendo os cincos a sua frente.

-Isso é muito legal - Bufou e acertou o primeiro que caiu no chão, sangue saía de seu corpo, porém, era um sangue negro, e em segundos seu corpo virou cinza.

Se abaixou assim que um dos capas pretas tentou lhe atingir com a lâmina, acertou o pescoço dele que tivera o mesmo destino que o parceiro, continuou lutando e desviando dos golpes até que ficou encurralado na árvore.

Estalou os dedos três vezes e assobiou, Blade apareceu correndo, essa dera um coice em um dos homens que caiu de peito no chão, o outro Snape deu conta de matar, porém, ele fora mais esperto, passou uma lâmina prata com o cabo azul cintilante na costela de Snape fazendo um corte, que cortou não apenas a roupa, mas sim a pele.

O moreno engoliu um gemido de dor, e acertou a espada na barriga do mesmo que caiu no chão e depois se transformou em cinza como os outros, a respiração do mesmo estava descompassada por ter feito vários movimentos.

Apertou os olhos sentindo uma tontura, olhou o corte em sua barriga e notou uma linha preta subir por cima do machucado, e respirou fundo murmurando um droga.

-Blade, leva-me para casa - Teve forças apenas para subir na égua pois quando fizera isso, sua visão se tornou turva e acabou desmaiando.

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Hermione estava deitada na cama, não sentia nada em seu corpo a não ser um aperto no peito por estar com saudades do irmão, estava com medo de contar sobre Ronald, sabia que ele poderia machucar Harry, e nunca faria algo que ferisse o mesmo, que era sua própria família.

Tentava se distrair com um passarinho na janela que estava preste a iniciar seu ninho, com galhos e folhas, sorriu ao ver a cena. Se assustou assim que ouviu gritos, tentou se levantar, mas lembrou estar fraca.

Respirou fundo e conseguiu ir até a porta se apoiando nos móveis, puxou a porta de madeira escura e saiu se segurando nas paredes, vestia um longo vestido bege de mangas longas e meias brancas.

Ao chegar perto da escada se deparou com a cena de Snape sendo levado para o outro lado da escada em uma maca, o moreno estava desmaiado, e com a blusa rasgada, notou um corte profundo em sua costela, com linhas pretas estranhas.

-Severus! - Tentou gritar, mas sua voz estavas fraca, sentiu o olhar de Geralt sobre si e engoliu em seco.

-Minha querida você precisa voltar para dentro - O rei olhou a castanha que tinha os olhos arregalados.

-O que aconteceu? - Perguntou se segurando nos móveis.

-Eu ainda não sei - Tombou um pouco e sentiu-se ser pega no colo pelo o mesmo que mesmo tendo cinquenta anos tinha uma força estranha - Fique aqui, eu trarei notícias a senhorita.

-Obrigado - Respondeu preocupada sentindo um aperto no peito.

Geralt saiu correndo do quarto da castanha e fora em direção aos aposentos do neto, olhou o mesmo deitado na cama com a costela ferida, pelo o corte profundo.

-É veneno de Kiyla - Kiyla uma criatura parecida com uma aranha porém, na ponta das duas patas principais haviam presas afiadas.

-Está bem - Geralt ergueu as mangas das blusas e fora até o armário do moreno, abriu o mesmo e procurou no fundo das roupas uma caixa, abriu a mesma com pressa e tirou um frasco com um líquido azul.

-Por céus - Dumbledore olhava o neto preocupado.

-Segure-o - Avisou antes de colocar o líquido nas mãos, fechou os olhos e colocou as mãos no ferimento de Severus, esse acordou imediatamente e dera um grito alto arqueando as costas.

Albus segurava os braços do moreno para cima enquanto Minerva segurava as pernas, ela sabia da situação do moreno ser um bruxo há muitos anos.

O grito de Severus fora até o quarto de Hermione que estava quase explodindo de preocupação e curiosidade, por céus, o que estava acontecendo?

No quarto depois de dez minutos o moreno já tinha acordado, em sua costela agora tinha apenas um ferimento comum de lâmina, a dor já havia passado, e o veneno tinha sido extinto.

-O que foi? - Olhou os avôs devagar enquanto tossiu devagar.

-Veneno de Kiyla - Geralt estava curvado diante do neto que estava em pé a sua frente, estavas enrolando uma faixa na costela do mesmo para tampar o ferimento.

-O que aconteceu? Kiyla é difícil de se aparecer por aqui, principalmente no inverno - Dumbledore estava quase tendo um treco, necessitava de uma explicação.

-Eu estava na floresta com Blade, eu queria caçar algo, um animal, fiquei sentado por alguns minutos desenhando em frente a uma fogueira que eu havia feito.

-Está pronto - Grindelwald abaixou a blusa negra larga do moreno e então fora até perto de Albus.

-Eu comecei a ouvir passos, e murmúrios, achei que fosse camponeses, mas quando eu cheguei perto eu vi quatro pessoas, não soube distinguir se eram homens ou mulheres, estavam de capas pretas e estavam em volta de um símbolo, o mesmo símbolo que eu mostrei a vocês - Apontou para os dois e então se sentou devagar com a mão na costela - Um deles tentou me atacar por trás, estava de tocaia, matei todos, porém, um deles me cortou com a lâmina dele.

Bufou odiava ficar machucado, e ser machucado, principalmente durante uma batalha, se sentia um fracasso total.

-Mortem Angeli - O castanho disse baixo olhando o esposo e o neto.

-Não pode ser possível - Se levantou olhando o avô - Albus, vocês os exterminaram.

-O líder deles não - Geralt olhou o jovem - Ele pode ter criado outros, se eles estiverem de volta isso pode ser tornar outra guerra, novamente.

-Eles irão vir atrás dela - Snape murmurou olhando os dois.

-Vamos montar guarda no castelo e aumentar as vigias, nada irá acontecer, não até termos uma confirmação de que eles realmente estão de volta - Explicou ao neto que fez que sim.

-Eu vou vê-la, com licença.

Saiu do quarto sem dar um segundo aviso, seguiu andando a passos lentos até o quarto da garota, bateu na porta antes de entrar e se deparou com essa sentada, assim que Hermione olhou Severus colocou a mão no peito aliviada.

-Por céus, você está bem - Não entendeu o motivo de primeiro depois se tocou - O que aconteceu para que chegasse daquele jeito?

-Um pequeno acidente na caça - Sorriu fraco se aproximando da mesma - Você está melhor?.

-Estou com muita sede, porém, já bebi vários jarros de água e não passa - O moreno fechou o sorriso e respirou fundo.

-Você sabe a droga que era injetada em você? - Essa fez que não devagar - É uma droga muito ruim, heroína injetável lhe deixa viciada em menos de dias, eu não sei como você não teve uma overdose, pela suas marcas você parecia tomar várias por dia.

-Seis - Respondeu baixo e Snape quase engasgou com a própria saliva.

-Seu organismo está destruído por conta dessa droga, você está entrando em abstinência, irá implorar pela a droga, irá suar, e as vezes irá surtar - Explicou do modo mais simples para a mesma.

-E como irá parar com isso? - O príncipe mostrou a caixa com as injeções.

-Não se assuste, é um remédio orgânico, é um calmante, irá lhe fazer dormir por algumas horas, e quando acordar estará melhor - Hermione fez que sim devagar.

-Você está muito machucado? - Se referiu ao ferimento de caça que ele comentara.

-Fora apenas um arranhão - Dera de ombros - Se você me viu, creio que saiu do quarto, como está seus movimentos?

-Eu não consigo andar sozinha sem me apoiar em nada, e bom se não fosse pelo seu avô, eu teria caído escada a baixo - Mordeu os lábios envergonhada.

-Você precisa se exercitar para voltar a ter os movimentos corretos, o dia está frio, porém, amanhã podemos tentar um passeio leve, o que acha? - A castanha sorriu e fez que sim devagar.

-Eu adoraria - O moreno se levantou e a mesma sentiu a falta do peso sobre a cama - Onde vai?

-Irei descansar um pouco, precisa de algo? - Mexeu as mãos uma nas outras.

-Eu apenas não quero ficar sozinha, e estou entediada - Severus sorriu e saiu do quarto sem dizer mais nada, a castanha achou que ele tivesse a deixado ali sem mais nem menos.

Mas abriu um enorme sorriso quando esse voltou com um carrinho de biblioteca com vários livros, por céus ela amava ler e aquilo era como um paraíso.

-Poderá se distrair com algo daqui - Apontou para o carrinho - Posso me deitar ao seu lado? Prometo que não irei tocá-la, eu realmente preciso dormir um pouco.

-Sim - Respondeu devagar, tinha pegado tanto medo de homens, porém, de Snape não tinha, pelo contrário, se sentia segura com ele.

O maior fora até o lado vazio da cama e se sentou de costas a moça, tirou as botas e se enfiou de baixo das cobertas, ainda de costas a ela acabou por pegar no sono em minutos.

Hermione pegou um livro sobre romance e começou a ler devagar, por céus, eram ótimos livros, de boa qualidade, e uma leitura que nunca tinha feito na vida, nem notou que o dia já tinha ido embora, já estava no seu terceiro livro.

Estava cansada então resolveu abandonar a leitura, colocou o livro sobre o criado com a página marcada, se arrumou na cama devagar por não conseguir se mover rapidamente, e assim que virou o rosto dera de cara com Snape, esse estava em uma distância para ela segura, porém virado para si.

Ele dormia calmamente, não havia expressões de tensão ou sono ruim em seu rosto, ele parecia estar em um sono muito bom, parecia estar em paz, ficou olhando o moreno a sua frente e não entendeu quando levantou a mão e tocou o rosto do maior devagar.

Se arrepiou ao sentir a pele fria e macia dele, não tinha um pelo de barba sequer, escorregou os dedos para os fios negros e lisos do mesmo e ficou surpresa ao ver que eles eram muito lisos e macios. Engoliu em seco recolhendo a mão ao notar o que estava fazendo.

Apertou a coberta e fechou os olhos se concentrando apenas em dormir.

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