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Capítulo 1 - Decepção


" Um coração partido jamais será restituído?"

                           — Juliana Menezes


                   

                    Mylenna Müller

Enquanto o carro seguia a caminho da praia, minha cabeça estava repleta de questionamentos, pensando na melhor forma de dizer a ele que teríamos um filho.

Não estava em nossos planos ter uma criança, no entanto como não sabíamos o dia de amanhã, tudo poderia acontecer.

Assim que chegamos na praia, tiramos os sapatos e seguiamos para nosso cantinho preferido, um pé de coqueiro junto a uma enorme rocha.

No tronco da árvore já havíamos cravados nossas  iniciais. Algo bobo até, mas fofo ao mesmo tempo.

A cada passo que dávamos em direção a pedra, meu coração ficava apertado, pois poderia ser nossa última vez juntos.

Aiden relembrou o dia em que nos conhecemos, contou a história na sua versão o que me fez rir, pois ele contava de um modo bem diferente.

A cada gesto, movimento que ele fazia ou cada palavra que ele dizia eu ouvia atentamente e respondia com um largo sorriso no rosto, da forma que sempre fiz. Por uns minutos até havia esquecido que estava grávida.

Nós sentamos embaixo de um coqueiro, um ao lado do outro.

Meus olhos estavam fixos nas ondas do mar, nas quais dançavam conforme o vento as balançavam.

Com um gesto carinhoso, Aiden puxou minha cabeça para repousar em seu peito. Comecei a ouvir sua respiração calma e seus batimentos cardíacos, na medida em que ele acariciava meus cabelos.

Estava desejando que aquele momento não acabasse nunca. Estar junto com ele me fazia bem, ele era o rapaz com quem quero envelhecer ao seu lado. Mas, então, lembrei-me do meu objetivo de estar ali com ele. Respirei fundo, tomei coragem e comecei a falar.

— Lembra quando você disse que ficaríamos juntos para sempre? – Questionei, levantando minha cabeça, afim de encará-lo.

— Claro que lembro, meu amor – Ele me respondeu com uma voz dócil e depositou um beijo na minha bochecha.

— Você disse que construiríamos nosso futuro juntos e que nada iria nos atrapalhar. – Eu continuei,  desviando meus olhar dos dele.

— Porque você está falando isso? Você vai embora?

— Não! Claro que não. – Deixei isso claro para que não houvesse confusão, e voltei a encará-lo.

Seus olhos me encaravam e aparentavam confusos.

— Então o que está havendo, meu amor? – Questionou.

A palavra "amor" saía de sua boca numa sintonia que me fazia viajar em um outro universo.
Meus olhos observavam cada detalhe de seu rosto, cujos traços eram encantadores.

— Mas seja lá o que for, me conte – Insistiu e levou seus dedos até meu queixo, segurando-o com delicadeza.

Deixei uma lágrima solitária descer e em seguida ele limpou-a com seu polegar.

— Eu... E... Eu... Descobri que estou grávida – Admiti num sussurro.

Aiden não disse nada, apenas ficou me olhando sem acreditar que acabara de ouvir.

Seu único movimento foi um balançar de cabeça, indicando negação.

Definitivamente, essa não era a reação que eu esperava dele.

— Como assim? Achei que tivesse sido operada! – Perguntou com uma expressão pálida, como se tivesse recebido uma notícia que o fizesse gelar.

— Eu fui operada!

— Então como isso é possível? – Gesticulou com a mão e apontou para minha barriga.

— Eu não sei – Falei num tom baixo e abaixei a cabeça.

Um silêncio perturbador se formou entre nós.

Levantei a cabeça e o vi encarando a areia.

— Olha, podemos resolver isso. Não podemos deixar o futuro que planejamos de lado – Voltou a me olhar.

— Eu só não quero te perder.

— Eu também não quero te perder, princesa – Após dizer, abraçou-me de lado.

— O que vamos fazer?

— Conheço uma pessoa que pode te ajudar com isso.

— Como assim? – Pergunto, sem entender.

Não estava entendendo o que ele queria dizer, ou na verdade sim, só não achei que ele seria capaz de ter essa atitude.

— Ela vai ajudá-la abortar a criança – Meu coração acelerou, meu corpo gelou e minha respiração ficou ofegante. — É para o nosso bem.

Não sabia o que dizer, achei que ele ficaria feliz. Qual homem não gostaria de ser pai?

— Eu preciso volta para casa – Eu disse e subitamente me levantei e comecei a andar.

Aiden se levantou e me seguiu.

— Mylenna, não podemos deixar uma criança atrapalhar nosso futuro – Enquanto dizia, meus passos não paravam — Está me ouvindo? – Insistiu e em seguida segurou a minha mão. Eu parei e fiquei de frente para ele.

— Por favor, eu quero ir para casa – Implorei, sentindo a minha garganta como um nó, devido ao fato de que estava segurando o choro ao máximo.

— Escute, meu amor, em nossos planos nunca estave uma criança.

— Mas aconteceu, eu nunca imaginei que seria capaz de gerar um bebê, mas aconteceu – Alterei um pouco a voz — Se a vida das pessoas fossem através de planos e se esses planos fossem cumpridos, ninguém passaria por problemas porque tudo seria perfeito! Acasos acontecem, cabe a nós sabermos lidar.

Ele negou com a cabeça e sorriu de lado.

— Olha, você está com a cabeça no ar, ainda não está raciocinando. Vou levá-la para casa, e então você pensa um pouco melhor e depois me liga, okay?

Afirmei com a cabeça.
Aiden pegou minha mão e me guiou até o carro.

O caminho todo de volta para casa fomos em silêncio, não pronunciávamos uma única palavra.

Em nosso planos, nunca existiu uma criança, disso eu sabia, mas construir uma família não era ruim. Era um dos sonhos da minha mãe poder segurar um neto. Mesmo depois do que houve comigo, ela ainda insistia que um dia eu seria mãe, que eu saberia como é a magia de gerar uma criança, de sentir ela se mexer em seu ventre.

"Ela estaria muito feliz nesse momento, seria a primeira pessoa a me apoiar."

Mesmo que eu não tivesse a idade certa para ser mãe, ela me apoiaria com certeza. Minha mãe sempre dizia: "Todo mal sempre tem um bem."

— Chegamos – Ouvi ele dizer,  tirando-me de meus pensamentos.

— Obrigado, te vejo amanhã no colégio – Abri a porta do carro.

— Olha, a escolha também é sua – Olhei para ele, vendo-o com um olhar perdido, olhando para o nada — Mas você arcará com as consequências que virão – Falou, contraindo o maxilar.

Não falei nada, saí do carro e caminhei até a porta de casa.
Ao chegar na porta, olhei para trás, vendo-o ligar o carro e dar a partida.

Entrei em casa em silêncio pois sabia que tio David e tia Anna ainda estavam acordados. Entrei no quarto, tranquei a porta e me joguei na cama deixando as lágrimas que estava segurando descer.

No dia seguinte acordei com os olhos ardendo e inchados.

— Estou acabada – Disse após ver meu reflexo no espelho.

Não estava querendo ir para o colégio hoje, então nem havia colocado o relógio para despertar.

Eram dez horas da manhã, e não havia mais ninguém em casa o que me fez agradecer mentalmente.

Tomei um banho bem demorado, troquei de roupa vestindo um short jeans e uma blusa rosa folgada sem mangas.

Desci para o andar de baixo indo direto para a cozinha, estava faminta, pois havia dormido sem comer.
Para não sair da minha dieta, optei por comer algumas torradas com suco de laranja.

Enquanto degustava o café da manhã, ouvi a campainha tocar.
Me levantei e fui ver quem era.

— Bom dia, minha princesa – A primeira coisa que Aiden disse antes de me beijar.

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