32
Iara
Estava saindo para caminhar um pouco e vi uma muvuca no final da rua, me aproximei para ver o que era. Quando chegava perto vi que o pessoal começou a se afastar e quase caí pro chão quando vi o que era, Vivi estava jogada no chão com muito sangue na perna e no rosto que também estava meio inchado, ela chorava e as pessoas olhavam sem fazer nada! Meu Deus.
Sai correndo até onde ela estava e me abaixei.
— Meu Deus Vivi, o que aconteceu — disse já sentindo lágrimas nos meus olhos, ela estava horrível.
— Iara me ajuda — disse chorando e abracei ela.
Ficamos abraçadas por alguns segundos, ela chorava alto. Eu queria entender quem poderá ter feito isso, mas sabia que não era a melhor altura para perguntar. Limpei as lágrimas dos seus olhos, o que era em vão, porque enquanto eu limpava mais lágrimas caíram.
— Vem Vivi, você consegue levantar? — perguntei me levantando e ajudei ela, ela reclamou de dor mas coloquei seu braço sobre meu ombro a apoiando.
Caminhamos com todo mundo olhando, mandei mensagem para Luana, por sorte estávamos perto de casa e ela saiu, com um pano para limpar o sangue e seguimos para o postinho.
Várias pessoas comentavam, outras faziam aquela cara de "bem feito" e logo deduzi que isso é coisa do Barão e da Fabiane. Merda.
[...]
Chegamos no postinho, depois de mais de uma hora fomos atendidas.
— A bala está alojada na perna, teremos que fazer uma cirurgia — falou o médico.
— Faça o que for preciso por favor — pedi, ele assentiu e saiu.
— Cara, eu disse para ela terminar com ele — Luana disse chorando.
— Não vamos culpar ela, Vivi precisa da gente agora.
Esperamos por muito tempo, muito tempo mesmo, quase cinco horas, e só depois tivemos a notícia de que a cirurgia de remoção da bala foi bem sucedida.
— Vamos fazer alguns exames e depois poderão ver ela — informou.
— Obrigada.
Ficamos mais tempo lá, Ícaro mandou mensagem dizendo que soube do que aconteceu e perguntou como eu estava e como a Vivi estava.
"Está tudo bem"
Respondi e guardei o celular.
Depois de mais uma hora e alguns minutos uma enfermeira informou que poderíamos ver a Vivi, ela estava numa das camas, como já disse antes, o lugar é humilde e não tem quarto para cada paciente, o que separa as camas são cortinas finas.
Vivi estava sedada, então ficamos por pouco tempo. Já estava muito tarde então voltamos para casa.
[...]
No dia seguinte acordei cedo, tomei banho e vesti uma calça jeans escura e uma blusa de mangas preta, nos pés calcei um tênis da Nike branco.
Luana e eu tomamos um café simples, estávamos as duas muito para baixo.
Saímos pra o postinho e todo mundo nos olhava e comentava algo. Minha vontade era mandar todos tomarem no cu, mas me controlei e caminhei do lado da Luana.
Chegamos e só depois de cerca de quarenta minutos podemos ver a Vivi.
— Oi — disse sorrindo fraco, ela estava com o rosto vermelho e inchado, com alguns arranhões.
— Eu... eu — começou a chorar — eu devia ter ouvido vocês, devia ter me afastado do Barão — disse chorando.
— Não fala isso, já passou, nós estamos aqui, vai ficar tudo bem — disse Luana.
— Eu nunca mais quero ver aquele desgraçado.
— Isso aí, vai ficar tudo bem, você vai passar por isso, e com nós duas do seu lado — falei.
Ficamos mais um tempo conversando.
Depois que saímos o médico nos chamou para sua sala.
— Quando ela terá alta doutor?
— Amanhã mesmo se continuarmos nesse ritmo. — sorriu — Bom, temos os resultados dos exames, ela está bem, a cirurgia foi excelente, terá apenas que ficar um tempo de repouso, não forçar a perna.
— Que bom.
— Sim, mas tem mais uma coisa, não sei se a paciente ou vocês já tinham consciência... por precaução pedi um exame geral, e verificamos uma gravidez de três semanas.
Luana abriu a boca e fechou sem dizer nada.
Eu arregalei os olhos e engoli em seco, passei minhas mãos pelo cabelo.
Puta que pariu. A Vivi está grávida do filho da puta do Barão.
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