— Joséphine? — perguntou o homem.

— Sim, mas pode me chamar de Jos — respondeu, enquanto ele puxava a cadeira para que ela se sentasse. — E você deve ser... Christian, certo?

— O próprio — disse ele, rindo e exibindo dentes perfeitos. Os olhos cinzentos de Christian pousaram sobre os dela. — Meghan me falou muito sobre você. Só não pensei que fosse tão... deslumbrante.

Antes que ela pudesse responder, o garçom que estivera apoiado no balcão apareceu ao lado da mesa. Jos ergueu os olhos para ele.

O garçom tinha os cabelos escuros cortados em estilo undercut, um alargador pequeno na orelha esquerda, tatuagens coloridas subindo pelo pescoço e um bigode com as pontas retorcidas. Ele vestia o uniforme do bartender — colete cinza, camisa branca e gravata borboleta —, mas Jos franziu o cenho para aquele conjunto que combinava com um show de rock e não com um restaurante que tocava jazz ambiente.

Ele era, em essência, a completa antítese de Christian. Com seu rosto bem barbeado, terno caro e gélidos olhos cinzentos, Christian seria, facilmente, o príncipe designado para salvar a donzela em apuros mais próxima. O garçom, por outro lado, seria um desses DJs de festa eletrônica do centro da cidade, que fumam um baseado entre uma música e outra.

Christian pigarreou, insatisfeito pela aparição do garçom.

— Vamos ao que interessa, sim? — Ele piscou para ela, colocando o guardanapo no colo.