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01. Nós.

[NOTAS]: OLAAAAR! Eu tinha prometido esse spin-off pro meu aniversário, que foi dia 22, mas não consegui concluir no tempo exato por alguns motivos. Cá estou, porém! E aqui estão alguns pequenos avisos sobre o que vocês estão prestes a ler:

A escrita está no tempo verbal presente. Sei que costumo narrar no passado, mas o uso foi proposital pra que não dê uma ideia de "lembrança", e sim um momento concreto que, apesar de estar no passado e poder ser considerado como uma memória, preferi retratá-lo cru.

Vocês já sabem as considerações de Não Confie Nele, então peço que apliquem elas a este spin-off também, ok?

Espero que gostem! Tá bem leve, doce, diferente do que costumo escrever, mas coloquei mto carinho. Aproveitem!

***

— Googo! — Durante o lapso entre o choque e a queda, o apelido infantil é tudo que deixa os lábios de Park Jimin.

Não é adulto, sabe disso, mas quase uma década de idade parece baita tempão e ele se recusa a acreditar que está sob as dadas circunstâncias. Fala sério! Como pode já saber usar letra cursiva e, simultaneamente, ser do tipo de bobão que rala o joelho num passeio de bike?

Não brinca, mané!

A constatação é rápida em deixá-lo frustrado, muito embora a dor na mão e nas pernas consiga sobrepor todo escândalo na cabecinha bagunçada. Não consegue ver se há sangue, o estímulo primitivo o toma antes que possa pensar em qualquer outra coisa e, quando se dá conta, os olhos de amêndoa deságuam tais quais as fontezinhas artesanais na casa de sua avó.

Pobre Jimin...

É um rapazinho sensível, delicado. Chora com muito pouco e sustos dessa natureza facilmente o desmontam, como legos e castelos de areia. Relutar contra sua sensibilidade elementar nunca deu muito certo; no fundo, ele sabe que não pode fugir da própria essência e que coisas assim são do tipo que vêm de berço — seja lá o que isso queira dizer, pois ouviu de sua mãe e agora finge saber o que significa.

No mais, ainda que fuja ao estereótipo nocivo de masculinidade — aquele papo todo de que "homem não chora" e derivados —, está lutando suas próprias batalhas contra o gênio emocionado; quer dizer, é o que Jungkook costuma falar sempre que o vê chorando, uma conversa meio viajada sobre equilibrar as emoções e esses assuntos muito complexos para uma criança de nove anos. Mas Jungkook parece entender bastante sobre sentimentos, por isso, não tem o hábito de contestá-lo. Na verdade, o garoto levado dos olhos de azeviche é a criatura mais brilhante que Jimin já viu e tudo o que ele diz soa incrivelmente certo.

Falando nos olhos de azeviche...

— Eu tinha dito pra frear! — O protesto sai num clique e a indignação pungente nos olhinhos escuros faz com que Jungkook soe mais intimidante do que o pretendido. — Isso foi perigoso pra danar, Minnie!

Tum-tum. O intervalo entre levar a mão ao peito e sentir o coração falhar é o suficiente para que as íris amendoadas dobrem de tamanho e se encham de água, como dois peixinhos inchados. Jungkook percebe o choro antes que os soluços comecem, porque conhece Park Jimin melhor do que conhece a si mesmo e instantaneamente assimila os sinais do berreiro iminente.

Em segredo, diria que é fofo, mas nunca admitirá em voz alta. Imagina que vergonha!

— Nem machucou tanto, vai... — Jungkook tem muitas formas de lidar com situações assim, mas dessa vez, escolhe tentar amenizar o susto. — Você só ralou um tiquinho a mão e o joelho.

"Puxa, que coisa!", é a primeira coisa que passa pela cabeça de Jimin. Como Jungkook pode ser sempre tão forte? Não consegue entender; honestamente, nada sobre o garoto dos olhos de jabuticaba parece fazer muito sentido. Nunca o viu chorar, nem mesmo um pouquinho! Ele está sempre andando por aí como se nada o abalasse e é uma dessas coisas que simplesmente não se encaixa. Nenhuma criança cai de bicicleta e se mantém assim, neutra, como uma sósia do Batman. O que há de errado com ele? Alguma pecinha importante faltando no coração?

Na verdade, analisando por esse lado... Jimin não gosta de pensar nisso; estaria sendo como os garotos malvados da escola, que discriminam tanto quanto creem ter direito. Jungkook é inteligente e forte; também é descolado e um bocado de coisas maneiras. Não há nada de errado com ele, ele só é incrível demais. Talvez seja isso; talvez seja esse choque de distinção que o faça parecer tão fora da curva, porque Jungkook é essa figura sublime e irada enquanto Jimin é apenas um bebê chorão.

Isso dói.

Dói de montão, mas anda fazendo um bom trabalho escondendo — ou ao menos imagina que sim, já que não foi confrontado desde o início disso tudo. Quer dizer, Jungkook não deixaria algo assim escapar; Jimin sabe bem do potencial astucioso inato àquele serzinho travesso; não há nada nessas Terras Mortais que ele não possa descobrir, então está orgulhoso de si mesmo por ter mantido a ferida em segredo até o presente instante.

Não consegue imaginar o que diriam se fosse descoberto, com todos esses nomes feios que já gritam-no à beça. "Você é o cachorrinho do Jungkook" e disso a pior. Cruzes! Prefere se manter longe desse tipo de coisa, pois tem certeza que Jungkook o defenderá caso fique sabendo e, sem intenção, acabará reforçando o estigma de dependência que associam a Jimin. Você sabe, garotos levados como Jungkook tendem a reivindicar direito de confusão. Ele age como esses irmãos mais velhos que te caçoam o tempo inteiro, mas que estão sempre prontos para comprar suas brigas.

— Vem, bebezão, vou fazer mágica no seu "dodói" pra ficar novinho em folha, mas só vai dar certo se você deixar de ser chorão! — E antes que Jimin perceba, Jungkook está assim, petulante, mostrando a língua com uma das mãos na cintura enquanto lhe estende a outra. — Vamos logo! Tenho um band-aid da Hello Kitty, quero te mostrar.

E Jimin vai. Ele sempre vai.

Parcialmente porque está curioso quanto ao band-aid — deve ser um daqueles coloridos, só tinha visto na TV —, por outro lado, porque gosta um tantão de estar com Jungkook e o segue para todos os cantos, tipo um escudeiro leal — é como gosta de chamar. A maioria dos heróis irados têm um parceiro, os quadrinhos estão cheios deles. Jimin realmente não se importa em ser o parceiro de Jungkook e, para falar a verdade, fica feliz por ter ocupado esse posto antes de algum bobão mal-intencionado. A escola é repleta de vilões interesseiros.

O caminho até a casa de Jungkook é barulhento, a conversa estalando entre soluços e uma, duas, três ou mais tentativas de acalmar Jimin. É somente no quinto quarteirão que as lamúrias acabam e o silêncio os envolve à medida em que avançam pela garagem do sr. Jeon — muito provavelmente viajando sem os filhos, como de costume —, pois, é claro, evitar a porta principal tornou-se um ritual. Ora, os carros nunca estão na garagem e é bem mais legal deslizar pelas aberturas inferiores dali, mesmo que agora seja um pouco difícil por causa dos machucados — mas eles não se importam, afinal, já é um hábito enraizado.

Dentro da casa de Jungkook, Jimin tem o mesmo arrepio esquisito de todas as vezes, como se pisasse em território inimigo. Pode jurar — de pezinhos juntos — ser o lugar mais gelado, vazio e desnecessariamente grande daquele bairro. Não entende as dimensões malignas desse ambiente, porque não consegue imaginar quem escolheria algo tão grande para abrigar tão pouco, expandindo uma solidão mórbida que adoece qualquer um que ouse pisar ali. É um bocado solitário e talvez, apenas talvez, Jimin entenda por que Jungkook sempre insista que vá até ali ao invés de simplesmente irem para sua casa.

Talvez ele precise de um pouco de cor nesse casarão cinzento. Não o culpa, nem nunca vai culpar, mesmo que o danado seja um convencido às vezes.

— Onde está o Yoongi hyung? — Jimin resolve perguntar quando senta naquele sofá macio e imenso, tendo um único vislumbre da cabeleira escura de Jungkook atrás do balcão da cozinha, fuçando as gavetas.

O outro demora um pouco para responder enquanto resmunga, procurando inquietamente pelo tal do band-aid da Hello Kitty.

— Hm... — murmura, ligeiramente impaciente. — Ele deve estar com seu irmão. Eles vivem saindo juntos.

— Oh... — "É verdade", Jimin pensa, "Yoongi e Hoseok são unha e carne". — É legal, não é? Que eles sejam melhores amigos, tipo a gente.

— Amigos? Não somos amigos. — Jungkook assegura e, quando Jimin percebe, ele já está pulando à sua frente com a fitinha cor de rosa numa das mãos e uma maleta branca na outra. — Somos herói e assistente. Tipo Batman e Robin. É estritamente profissional!

— O que significa "estritamente"? — Jimin franze o cenho e assiste o garoto levado, que o olha com visível empolgação, pousar a maleta no chão

— Sei lá, deve ser "bastante", mas não importa, bocó. Se liga nisso aqui! — Suas mãos abanam no ar e ele chacoalha o dito band-aid na altura dos olhos de Jimin, um sorriso brilhante pintado nos lábios vermelhos. — Não é maneiro? Comprei escondido dos velhotes.

— O quê? Por quê? — Estreitando os olhos para ver a fitinha do band-aid, Jimin não consegue entender o porquê de Jungkook ter tido que comprá-los escondidos. — Não me diz que... eles querem que você sangre até a morte?

Os olhos de azeviche o encaram e um risinho travesso escapa dos lábios vermelhos.

— Claro que não, bobão, é que meu pai disse que é coisa de menina — explica, revirando os olhos. — Quem ele pensa que é pra dizer o que eu posso usar ou não? Ele não gosta de mim, nem nunca fica em casa pra saber se vou usar. Quem liga pro que aquele velho chato diz? Eu não ligo!

E dói. Jungkook dá de ombros, gargalha, mas dói.

Assim, Jimin o assiste em silêncio por um tempo. Há essa aura meio distorcida, solitária, pairando sobre Jungkook; não é sempre tão aparente, mas existem momentos como este, nos confins do casarão, em que é plenamente possível ver uma espécie de bicho papão agarrado às suas costas, solvendo a vitalidade do seu corpo.

— Eles estão viajando de novo? — A pergunta é inocente e não há real intenção de cutucar o vespeiro, mas Jimin tem apenas nove anos e não sabe muito bem distinguir a hora certa para falar sobre algumas coisas.

Tal como flor, num reflexo próprio à sua defesa, Jungkook se retrai; a mandíbula travada, olhos baixos, lábios presos... Jimin nota que talvez tenha cometido um erro, mas não há tempo de se render. Jungkook sobe o rosto, aquele belo rosto de traços afiados, cravando instintivamente os lumes de ébano nos olhos achocolatados de Jimin.

— Eles sempre estão viajando — responde simples, embora ríspido e gélido. — E você sabe que não gosto desse assunto, Jimin.

Sim, ele sabe bem.

Mas a rotina que os levou até ali — o primeiro encontro fortuito agora transformado numa amizade — faz Jimin questionar se deve recuar, como usualmente prefere. Se fizer isso, se evitar esse assunto e seguir pelo caminho seguro, Jungkook estará feliz? Ele estará satisfeito enquanto adoece sozinho, como sempre?

É a primeira vez que sente vontade de dizer algo, qualquer coisa. Se Jungkook continua triste, sozinho, mesmo quando Jimin se esforça para não falar sobre as coisas que o magoam, talvez seja melhor mudar de abordagem e arriscar trajeto até aquele coraçãozinho de gelo. Não tem certeza se é capaz — bem, o herói entre eles sempre foi Jungkook, afinal —, mas gosta um bocado daquele garoto levado; gosta tanto, tanto, que faz o coração chamuscar, tipo faísca de churrasco. É meio assustador, mas a sensação o faz ter coragem para tomar uma iniciativa.

— Ei, Goo...? — chama baixo, gentil, os olhos presos às mãos delicadas de Jungkook, que agora limpa o ralado de sua mão. — Eu... 'tô aqui, sabe? Com você.

Os pequenos globos negrumes reluzem de confusão à medida em que Jungkook sobe a vista e franze a testa, perdido.

— Sim, eu sei. — E logo volta a encarar o ferimento na mão de Jimin, dando de ombros e alcançando o band-aid cor de rosa para que possa vedar o sangue. — Você está na minha frente, é óbvio que está comigo.

As bochechas macias de Jimin se tornam quase tão coloridas quanto o laço da Hello Kitty que agora cobre sua ferida. No peito, o coração disparado é praticamente um alerta fatal conforme suas pernas balançam para lá e para cá, indo e vindo numa inquietação crescente que o deixa ligeiramente em pânico.

Será que está prestes a morrer? Sem nem aprender a andar de bicicleta? Não, não pode ser! Tem que viver, viver e resistir, manter-se firme diante desses olhos de jabuticaba que, por alguma razão, causam sentimentos duvidosos dentro dele.

— Na-não é desse jeito — responde meio aos engasgos, fitando o topo da cabeça de Jungkook, pois ele está cuidando dos pequenos ralados em seu joelho dessa vez. Dói, é ardido, mas Jimin prossegue, satisfeito com a possibilidade de mascarar o nervosismo através disso. — O que eu quero dizer, é que... hã... mesmo que eu seja só seu herói-assistente, você nunca vai estar sozinho. Isso porque... po-porque eu estou com você! E eu gosto de estar com você...

Tum-tum. Tum-tum. Tum-tum. 

Ó, Céus; estava prestes a explodir como um vulcão!

— Ah! E... Te-tem mais! — Solta, exasperado e trêmulo quando nota que Jungkook tem a atenção voltada toda e completamente ao seu rosto. Jimin vacila, a respiração o sufoca por apenas alguns segundos necessários à constatação de que precisa falar agora, antes que não tenha mais coragem. — Eu concordo co-com o que você disse sobre o seu pai. Ele é chato, bobão e não entende quão maneiro você é. Quem precisa dele? Você é um herói, não é, Goo? — E as bochechas ardem, de novo, no instante em que desvia os olhos e aperta as mãos. — Quer dizer... p-pra mim, você sempre foi um herói...

A sensação é a de engolir cento e uma borboletas furiosas que clamam por liberdade — mesmo que Jimin nunca tenha ingerido bicho algum e essa comparação seja um pouco esdrúxula, no fim. De toda forma, não há outros modos de descrever esse sentimento malandrinho que borbulha na barriga, remexe as pernas, gira a cabeça e pipoca o coração. É sua primeira vez nessa tentativa um tanto desjeitosa de confessar algo tão sério, portanto, só consegue esperar que, de todo seu coração, Jungkook o receba bem.

Os olhos de azeviche, no entanto, estão nublados pelo que agora parece uma eternidade. Mil monstrinhos sapateiam a cabeça de Jimin enquanto ele tenta descodificar as feições de Jungkook que, até então, é apenas um gigantesco ponto de interrogação boiando meio ao oceano de informações. "Ele fica fofo assim", Jimin pensa no mesmíssimo segundo em que se repreende pela divagação, já tão perdido nas próprias motivações que sequer é capaz de traçar um próximo passo.

A este ponto, seus miolos já fritam como batatas no óleo. Está tão absorto em si mesmo e nos prováveis deslizes que não capta o momento em que Jungkook sorri, tão célere e fugaz que não há tempo para admiração.

— Você é mesmo um bocó, Minnie — ele revela, rindo baixo, e existe algo de diferente nessa afirmação, embora Jimin não saiba dizer o que é. — Por isso eu estou sempre cuidando de você, bebezão.

Um desvio escancarado é conduzido por Jungkook, que notoriamente foge do tópico antes levantado por Jimin. De toda forma, não é importante. Não mais. A entonação suposta a ser provocativa na fala do garoto levado — tal qual nas milhares de ocasiões antecedentes — é, dessa vez, doce e serene, como o sussurrar de cânticos ninares. Só então, sob o êxtase de um sentimento tão, tão bom, Jimin consegue sorrir, porque Jungkook não precisa falar nada, mais nada, para que sua resposta seja assimilada.

Ora, a íntegra disso tudo é uma resposta por si só, não é? Afinal, Jungkook está ali.

Ele sempre está.

Para guiá-lo em suas primeiras pedaladas quando ninguém mais o faria; para cair e sangrar junto, então cuidar das feridas com seu band-aid irado da Hello Kitty; para devolver os nomes feios em seu lugar, já que nunca é capaz de responder àqueles que o machucam; para chamá-lo de bocó enquanto, apesar disso, sempre estende a mão para levantá-lo. Ele está aqui, agora, tão heroico e maneiro, limpando seu joelho ralado enquanto o chama de bebezão. E é bom. Puxa, é tão, tão bom! Jimin sente — nessa mistura tão confusa de sentimentos que ainda não entende muito bem — que estará seguro e feliz enquanto forem amigos. Oops, quer dizer... herói e assistente.

— Pronto. — Os curativos estão devidamente feitos, então Jungkook se afasta, orgulhoso do próprio trabalho. — Olha só! Ficou muito legal!

Balançando as pernas, Jimin não pode fazer nada para evitar o sorriso genuíno que lhe toma cada pedacinho do rosto.

— Ficou! — ele vibra, estendendo o próprio braço para que possa ver os band-aids cor de rosa que cobrem seus machucados. — Você é mesmo o melhor, Jungkook!

— Sou, não sou?

— Uhum!

E eles riem, sutis e alegres, realizados com o pouco que, ali, parece muito.

— Espera... você ainda precisa fazer o seu curativo — Jimin comenta assim que percebe o vermelho do sangue pintando os joelhos de Jungkook.

— Eu fiz o seu e você faz o meu. Somos colegas de trabalho, né? — Com a deixa de uma piscadela malandra, o garoto levado se senta de modo a balançar as pernas conforme aponta o queixo na direção de Jimin. — Sua vez.

No mesmo instante, os olhos de amêndoa cintilam num brilho ansioso que parece abraçar todos os cosmos e, assim, sem ao menos hesitar por um único segundo, Jimin põe-se a trabalhar com a maleta de primeiro socorros, um tanto desajeitado, sem tato, embora sua imperícia seja — como todos os outros elementos ali presentes — completamente irrelevante neste momento.

Não dizem nada durante o processo. São só Jungkook, Jimin e o band-aid cor de rosa, três pilares cruciais de uma redoma imaculada que se recria pela imortalidade do tempo e a certeza de que aquele momento permanecerá como está, puro e bonito, eterno nestas memórias cândidas. O amanhã e o depois, todas as incertezas corrosivas do mundo afora não podem manchar esse instante. Agora, neste minuto de calmaria e realização, só existem eles dois e a infância remota, imutável, preservada por cicatrizes e um simples band-aid da Hello Kitty.

É acalentador, porque eles sabem que têm um ao outro. Pois se gostam e se bastam nesta troca desengonçada — ainda que sincera — de carinho e apoio.

— Ei, Goo...

— Hm?

— Você acha que os outros garotos vão me xingar por causa do band-aid?

— Se eles xingarem, você sabe... — Jungkook cruza os braços e afirma: — Bato neles por você.

— Por mim?

— Por nós. — Ele sorri, tão descolado, tão legal, tão Jungkook. Numa aproximação suave, ri baixinho pela visão de seus curativos combinados, encostando seu joelho ao de Jimin à medida em que cutuca o ombro dele, buscando arrancá-lo um risinho. — Por mim, por você e pelo band-aid.

"Ó, Céus", Jimin vibra consigo mesmo, "Ele é mesmo tão, tão maneiro!". E, por fim, reproduzindo esse discurso como um mantra essencial à sobrevivência desse laço, derramando-se na felicidade que se tem das pequenas coisas, Jimin reitera, afundando-se voluntariamente nos olhos de azeviche:

— Nós, então. — Agora, ele sabe. Jimin sabe que, independente do caminho que tome, ele sempre será refém da criatura mais brilhante que já conheceu. — Eu, você e o band-aid.

Ele sempre será refém de Jungkook.

E Jungkook, naturalmente, sempre será o seu.

***

[NOTAS]: IAI CURTIRAM? ESPERO QUE SIM!!! Obrigada por terem lido até aqui, esse foi um presente meu a todo o carinho e apoio que recebo de vocês, por isso, fico feliz se essas 3 mil palavrinhas puderam te causar alguma boa sensação, mesmo que pouca. 

Enfim, meu user no twitter e no Insta é o mesmo que o daqui (@ORUMAITOU), então vocês já sabem onde me procurar! Peço perdão pela demora pra responder dm, quem me acompanha sabe q enfrentei momento muito difíceis esses tempos e ainda tô me recuperando. 

De qualquer modo, muito obrigada por tudo, seus noias! <3 Até mais.

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