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Capítulo 18


A manhã estava mais tranquila do que eu esperava. Os últimos dias tinham sido uma correria, tentando acertar todos os detalhes da mudança para Chicago e me despedindo das pessoas e dos lugares que marcaram a minha vida em Toronto. Mas, naquele momento, tudo parecia estar em câmera lenta, como se o tempo tivesse decidido me dar um último respiro antes de me lançar para o futuro. A despedida que mais me assustava aconteceria ali, na DW Digital World.

Fui até o escritório pela última vez, sentindo um peso no peito que não estava lá antes. Talvez fosse a consciência de que eu estava deixando para trás algo que construi com tanto esforço nos últimos anos. Talvez fosse o simples fato de que eu estava dizendo adeus a uma vida que, apesar de tudo, se encaixava em mim de uma maneira que eu não sabia até agora. Eu nunca soube o quanto eu gostava daquela rotina até perceber que ela estava chegando ao fim.

Cheguei ao escritório um pouco mais cedo do que o usual, antes que a equipe começasse a chegar. Estava calmo, quase como se o prédio estivesse se preparando para me deixar partir. As paredes, que testemunharam tantas horas de trabalho e as risadas dos colegas, pareciam mais silenciosas agora. Uma parte de mim queria ficar, mas outra parte sabia que era hora de seguir em frente. A mudança para Chicago, com seu brilho de novas oportunidades, era inevitável.

Quando os primeiros membros da equipe começaram a chegar, fui recebido com cumprimentos e sorrisos. Alguns pareciam animados com a minha mudança, outros, mais reservados, mas todos tinham algo a dizer. Era o tipo de despedida que você sabe que vai sentir, mas também percebe que a vida vai seguir em frente. E a minha seguiria, por mais difícil que fosse deixar tudo para trás.

Lilibeth chegou por último, como sempre. Ela entrou no escritório com um olhar que dizia mais do que qualquer palavra poderia expressar. Desde que ela me contou sobre Lucas, as coisas ficaram diferentes entre nós, mas havia algo ali, ainda, que era inegável. Quando nossos olhares se cruzaram, senti uma mistura de sentimentos. Não era mais o desespero de uma paixão não correspondida, mas uma tristeza serena, uma despedida silenciosa.

Ela caminhou até mim, os olhos um pouco marejados. - Hans, eu... eu não sei o que dizer - ela começou, a voz embargada. - Eu sei que você está fazendo o que é certo para você, mas eu... não sei se vou conseguir lidar com sua partida. Eu nunca imaginei que seria tão difícil! Estava tão acostumada a me cruzar contigo pelos corredores aqui. - ela interrompeu a fala, um tanto sem graça.

Eu sorri para ela, tentando não deixar que a emoção tomasse conta. - Eu também não. Mas você sabe, Lilibeth, a vida nos leva para lugares inesperados, não é? E, mesmo que a gente queira segurar o que tem, não dá. É hora de seguir em frente. Eu vou estar bem, e você também vai estar.

Ela olhou para mim com um sorriso triste e passou as mãos pelos cabelos, como se tentasse se recompor. - Eu sei, você tem razão. Eu só... vou sentir sua falta. Eu sempre vou lembrar de você, Hans. Você me ajudou a enxergar muitas coisas.

Eu podia perceber que o tom dela não era apenas de despedida profissional, mas algo mais profundo. Havia algo de muito pessoal na maneira como ela me dizia aquilo. Talvez fosse o peso do que não dissemos quando ainda tínhamos tempo. Talvez fosse o reconhecimento silencioso de que nossas vidas tinham se cruzado em momentos que nos marcaram. Ou talvez fosse apenas o fato de que, mesmo com todos os desencontros, sempre houve algo ali entre nós que não podia ser apagado.

- Eu também vou sentir sua falta - eu disse, a voz um pouco mais firme. - Mas, Lilibeth, você sabe que a vida é feita de ciclos, e a gente vai se encontrar de novo em algum lugar. Sei disso.

Ela assentiu, e seus olhos brilharam por um instante, como se uma lágrima quisesse escapar, mas ela se controlou. - Boa sorte, Hans. Eu sei que você vai arrasar em Chicago. E eu realmente espero que a sua vida amorosa se resolva também. Não, sério. Eu acho que você merece ser feliz.

Aquelas palavras me pegaram desprevenido. Lilibeth sempre foi mais reservada, sempre teve uma maneira de se proteger com sua fachada de profissionalismo. Ou talvez fosse o calor do momento. Mas de alguma forma, aquilo me fez sentir que, no fundo, ela desejava o melhor para mim, apesar de tudo.

Eu a abracei brevemente, um gesto de amizade e respeito, e então, como se o momento já tivesse sido vivido, seguimos para o que seria a última reunião da equipe, antes da minha partida.

A reunião foi estranha, como todas as despedidas. Os colegas de trabalho, que costumavam me ver todos os dias, estavam mais quietos do que o habitual. Gregory, meu chefe sarcástico, estava ali, como sempre, com um sorriso no rosto que escondia alguma piada pronta. Mas hoje, algo estava diferente. Ele me olhou de longe antes de se aproximar, e eu pude perceber um brilho quase sincero em seus olhos.

- Bom, Hans, eu não sou exatamente o tipo de chefe que manda flores ou faz discursos emocionais - Gregory começou, seu tom de sempre. - Mas vou ser breve. Você conseguiu. Eu não esperava muito de você no começo, mas devo admitir que, ao longo dos anos, você se tornou alguém que realmente fez a diferença aqui. Não é qualquer um que consegue sobreviver a esse caos, e você... você se deu bem. Então, boa sorte em Chicago.

Eu olhei para ele, surpresa com o tom mais amigável que ele usou. Claro, ainda havia aquela pitada de sarcasmo que era sua marca registrada, mas havia também uma genuína apreciação ali. Eu sabia que Gregory não era o tipo de pessoa que elogiava facilmente, então aquilo significava algo. Uma despedida mais humana, mais próxima do que eu poderia esperar dele.

- Obrigado, Gregory. Eu sei que nem sempre foi fácil para você, e eu agradeço por ter acreditado em mim, mesmo quando você não acreditava. Vou sentir falta de algumas das suas piadas, mas não de todas.

Ele deu uma risada baixa, balançando a cabeça. - Você vai se dar bem em Chicago, Hans. Só não espere que eles te tratem como eu. Eles vão ser piores.

E, com isso, a reunião terminou. Fui despedido com apertos de mão, abraços e alguns olhares que diziam mais do que palavras poderiam expressar. Eu sabia que, mesmo com as despedidas curtas e formais, algo havia se fechado ali. Não era o fim de uma história, mas o fim de um capítulo importante da minha vida.

Quando eu voltei para casa, Emily estava esperando com uma surpresa. Ela me entregou o celular com um sorriso conspiratório no rosto.

- Espera só um minuto - ela disse, quase pulando de excitação.

Eu olhei para a tela e vi que ela tinha preparado um vídeo. Ela havia reunido mensagens dos meus amigos, minha mãe, colegas de trabalho... e até Lilibeth, que, de alguma forma, decidiu gravar algo. Cada pessoa tinha uma palavra de incentivo, uma lembrança, uma despedida. O vídeo estava cheio de momentos engraçados, piadas internas e até algumas lágrimas contidas. Eu não sabia o que esperar, mas não pude evitar um sorriso ao ver as palavras sinceras de cada um deles.

- Você é mais amado do que imagina, Hans - Emily disse, com um tom carinhoso. - Não se esqueça disso.

Eu assisti ao vídeo inteiro, tocado pelas palavras e gestos. Parecia que a cada mensagem, uma nova peça do quebra-cabeça se encaixava, me lembrando que, mesmo com a partida, eu não estava deixando tudo para trás. Eu estava apenas indo para um novo lugar, com a certeza de que as pessoas que me importavam sempre estariam lá, de alguma forma.

E, ao final do vídeo, quando as imagens dos meus amigos desapareceram da tela, uma sensação de paz se instalou em meu coração. Eu estava pronto. Estava pronto para deixar o que ficou para trás, pronto para abraçar o que estava por vir. E, quem sabe, no futuro, nossas vidas se cruzariam novamente.

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