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06 | Nem pra ser hétero Chou Tzuyu serve!

Capítulo 6: nem pra ser hétero Chou Tzuyu serve!

O ano era 2021, Park Jinyoung era só mais um cara invisível amador de livros de romance. Dias antes daquele dia em específico, Jinyoung estava estranho, mais do que o normal. Desconfiado e recusava todos os toques de Sana, sua melhor amiga da época. Tinha quinze anos, um bom menino que tinha uma inteligência acima do normal, principalmente por ter quinze anos. Muitos acreditavam que Sana só era a sua amiga por causa de suas notas, mas ele sabia que, além daquela amizade, Sana e ele tinham uma química inexplicável. Quero dizer, até aquele dia.

- Jinyoung, não vai na biblioteca? - Sana perguntou, sentia falta do garoto lhe pedir com os olhos enormes para irem até a biblioteca para ler o seu livro favorito. Sentado na arquibancada, vendo os atletas jogarem, Jinyoung negou em um aceno, empurrando os óculos redondos.

- Hoje não. Quero ver os jogos dos meninos, pode ir se quiser. - Estranho, muito estranho. Ele nunca gostou de esportes e dificilmente via os jogos de futebol americano com seu pai.

- Jinyoung, devo te lembrar que você nunca gostou de esportes?

- As coisas mudam, Sana. - Sério demais, Sana logo notou o quão estranho ele estava naquele dia. Suas mãos agarraram rapidamente o braço de Jinyoung, que estranhou o toque e a encarou. O mesmo olhar que sua mãe lhe dava. Lentamente, Sana recuou, engolindo em seco.

- Sana, para de incomodar. - Ele limpou o blazer, como se as mãos de Sana fossem tão sujas que era o suficiente para sujar o seu blazer perfeitamente limpo. - Se quiser sair daqui, saía. Não vou e ponto final.

- Por que tá tão estranho, Jinyoung?

- Porque as coisas mudam, eu já te disse, Sana. Poxa, me deixa em paz. - Só esta fala e Jinyoung saiu, simplesmente saiu, deixando Sana, com os olhos arregalados pela última frase, sozinha. A de olhos claros encarou o próprio colo, apertando as mãos e, sem perceber, acabou se machucando pelas próprias unhas, segurando o choro.

No outro dia, Jinyoung parecia ainda mais estranho. Tão esnobe, de uma forma que enjoava Sana, e parecia mais um riquinho mimado, sem saber seus limites e machucando todos ao seu redor. Sana parecia distante, sentava em uma carteira diferente, perto de outras pessoas. Já Jinyoung... Jinyoung estava cada vez mais parecido com os atletas e aquilo era péssimo.

Péssimo ao extremo.

- Porra, Sana. Me deixa em paz. Eu já disse: me deixa em paz! - Gritou, jogando o braço de Sana, que tentava o parar e fazê-lo ouvir algumas verdades. Embora tenha visto os braços machucados de Sana, Jinyoung não teve outra opção, deixou ela sozinha novamente. Embora soubesse que ela tinha sérios problemas com a mãe e precisava urgentemente de um terapeuta, ele a deixou completamente sozinha.

Se tornou um dos atletas, mesmo que nem percebesse. Ficou amigo de Jackson e foi aí que tudo desmoronou.

Após dias, semanas... Jinyoung estava morto. Largado sobre uma poça enorme de sangue, com policiais cercando o lugar com fitas amarelas, todos gritavam e, no meio deles, Sana era segurada pelos policiais, que a impediam de abraçá-lo uma última vez. Ajoelhada, Sana olhava, pela última vez, nos olhos de Jinyoung.

- Me deixem ir, por favor! - A voz falha da garota gritava, gritava aos prantos. E, no fundo, Mark estava completamente arrependido de ter se juntado aos atletas.

. . .

Novamente, aquele mesmo pesadelo.

Sana acordou ás sete horas da manhã, nunca que entraria naquela escola, mesmo que fosse filha de um renomado empresário. Levou as mãos até o próprio rosto, frustada ao lembrar que tinha uma terapia marcada, justo quando queria dormir até não dar mais. Desceu as escadas depois de um tempo, sendo recebida com um falso sorriso vindo de sua mãe.

Como não suspeitar?

- Bom dia, Sana. - Sorriu ainda mais largo. Seu pai estava na mesa também, mas totalmente sério e vidrado no notebook. Provavelmente a empresa estava sugando sua alma novamente. - Masato, meu bem, já disse sobre eletrônicos na mesa.

- Eu estou ocupado, Mai. - Respondeu, ríspido. Os olhos de seu pai lhe encararam por cinco rápidos minutos, voltando logo a digitar rapidamente um longo relatório. Sana nem ligava, seus pais eram pessoas ocupadas e faziam de tudo para dar o bom e o melhor para si, pelo menos seu pai.

Sentou-se logo à frente dois, se sentindo levemente desconfortável ao sentir o olhar de Mai quiemando sua pele enquanto era exageradamente gentil e, pior, observava cada mínimo movimento. Cada silencioso suspiro que caía sobre a mesa, tudo era minimamente observado com cautela.

Ela estava estranha. Muito gentil e isso a fazia ficar estranha, muito, muito!

- Amor, você pode deixar Sana na terapia? Tenho coisas para resolver. - A voz rouca, porém falsamente gentil, da mulher soou por toda a grande casa, que, pelo silêncio, até uma pequena migalha de pão caindo seria escutada. Ainda vidrado no notebook, Masato assentiu.

- Pai, qual é. Sai desse notebook!

- Desculpe, filha. O papai só tá meio ocupado com os relatórios e, sinceramente, esses sorrisos falsos de sua mãe estão me irritando pra caramba. - Sana concordou com um murmúrio, olhando para a mulher, que atendia uma ligação com um largo sorriso no rosto. - Sana, sinto muito por não acordá-la, perderá a aula e eu nem posso ajudar. Sinto muito, filha. Sei que quer entrar numa faculdade e...

- Para de se desculpar, pai. - Sana resmungou. Masato era um homem de coração mole, facilmente choraria ao ver sua filha irritada ou chateada com algo, um verdadeiro covarde. Ele só tinha altura e músculos, ele era muito mais que um simples chorão. Pelo contrário, sua mãe era uma mulher complicada, séria e dificilmente dava um sorriso genuíno. Os dois desconfiam toda vez que ela solta uma risada ou um sorriso de repente.

- Tá tudo bem, pai. Não se cobre demais, tenta se concentrar em fazer os seus relatórios. - Sana lhe deu um leve sorriso. - Vou tentar esfriar a cabeça correndo, qualquer coisa eu te ligo.

- Certo, não se esqueça de se hidratar, Sana. Não quero que fique com pedras nos rins! E vê se come algo nessas suas paradas, mal encostou no café da manhã, mocinha.

- Tudo bem, senhor Minatozaki, eu já entendi que o senhor é um pai super cuidadoso. - Revirou os olhos em falso tedio. - Pena que eu sou praticamente uma adulta e sei me cuidar sozinha. - Um sorriso sarcástico e Masato deu uma gargalhada sincera.

- Ah é? - Ele sorriu largo, fechando delicadamente o notebook. - Pois não venha choramingar nos meus pés quando tiver que repetir de ano mais uma vez, Sana. Pode muito bem trabalhar e pagar para refazer as provas.

- Golpe baixo, coroa.

- Me respeita, garota. Eu brinco, mas sou seu pai!


. . .


Com um rabo de cavalo, roupas justas, suada e ouvindo sua banda favorita, Sana parecia bem leve, apesar de várias coisas corressem rapidamente pela sua cabeça. A morte de Jinyoung sempre foi um belo de um tabu em sua mente. Nunca confiou em ninguém sem ser Jinyoung e suas outras amigas. E, agora, estava cedendo o lugar de Jinyoung facilmente para Tzuyu, a menina que sempre jurou odiar toda a sua vida quando, na verdade, queria beijá-la como sua namorada.

Será que Jinyoung gostaria que Tzuyu fosse sua namorada?

Ele não sabia disso, não sabia que Sana era... Aquilo. Nunca se assumiu para ele, mas o apoiou incondicionalmente quando ele se assumiu para ela e sua família como aroace. Não foi lá uma das coisas mais fáceis, mas sempre foi um tabu, tanto para ele quanto para o resto da sociedade. E, quando descobriram, foi o motivo para ele amadurecer tão rápido.

O que ele tinha em divida com os atletas? Por que ele morreu? Sabia que coisas?

Ninguém sabia, nem mesmo a polícia.

Parou por um momento, colocando as mãos nos joelhos e ficando levemente ofegante. Estava tão pensativa que nem percebeu quando estava em frente àquela lagoa perto do parque. Olhou o relógio e sabia que era hora de ir para a terapia, onde dificilmente desabafava seus erros, acertos e pensamentos intensos.

Bae Joohyun, esse era o nome da mulher que gostaria que Sana fosse menos fechada naquele momento. Vestida com um terno, de pernas cruzadas e com pose levemente curvada, encarava a sua cliente, Minatozaki Sana, filha do renomado empresário Minatozaki Masato, um amigo antigo.

- Então, senhorita Minatozaki, não podemos continuar se não quer me contar nada. - Foi direta, se levantando e pegando a chaleira, derramando um pouco de chá em ambas xícaras. Sana apertou os próprios lábios, mordendo e apertando as mãos. Estava nervosa, não sabia se ela contaria tudo aos seus pais após a sessão.

- Deixa eu ver... - Bae tentou puxar algum assunto. - O suicídio de Park Jinyoung, aquele garoto... Você me contava que ele era alto e lindo, mas aí eu soube que ele se jogou do terraço. Fazem três anos, o tempo passa rápido, mas as lembranças ruins não saem da cabeça.

Sana cerrou os punhos.

- Tem algo para me dizer, Minatozaki? Pode desabafar.

- Eu... Lembro de como ele era sorridente, alegre e realmente amava livros de romance. Nós íamos sempre para a biblioteca depois das aulas, mas tudo acabou depois daquele dia. Maldito dia que ele se assumiu pros amigos. Se é que eram amigos dele. - Joohyun anotava tudo, cada mínimo detalhe e movimento de Sana. Investigaria depois. - E, semanas depois, ele parou de sorrir. Ele morreu, ele simplesmente me deixou sozinha nesse mundo, Bae.

- Meu amor, sei que é difícil. O luto afeta sua cabeça e isso te faz pensar que você foi a culpada pelo suicídio, mas, não, não foi você. - Sana negou em acenos constantes, os olhos marejados já entregavam que estava prestes a chorar.

- Não foi suicídio, Bae. Mataram o meu melhor amigo naquele dia... Eu descobri recentemente e eu ainda quero conversar com o culpado, com o cara que sabe da verdade. - Limpou as lágrimas que rolavam pelas suas bochechas. - Eu me sinto atormentada quando tenho pesadelos com o Jinyoung. Ele me chama e, de repente, some. O Park morreu, morreu por culpa daquele idiota que pensa que a vida de outras pessoas é um brinquedo!

- Sana... Por favor, vamos ir para outro tópico. Não acho que este assunto seja bom para discutir com você nesse momento.

- Não me peça pra mudar de assunto, por favor. Eu só quero que isso acabe logo, que toda a verdade seja descoberta e meu melhor amigo tenha paz em um lugar melhor. - Mordeu os próprias lábios, tentando segurar os soluços. - Por que a vida é assim para algumas pessoas? Por que as pessoas morrem e deixam outras pessoas sofrendo?

- Seu pai me disse que vem se cortando recentemente, Sana. - Novamente, direta. Sana quis recuar daquele assunto e somente correr daquela sessão. - Itens cortantes não são vistos em seu quarto por causa das cicatrizes. Eu entendo, é difícil aguentar essa dor na sua cabeça e que passar isso para a dor física parece ser a única opção. Porém, é por isso que estou aqui, Sana. Por isso que seus pais estão aqui, com você, para ajudá-la com o trauma.

- É tudo tão difícil, Bae... A escola, família, tudo é difícil e me deixa louca. - A mão de Bae repousou sobre a sua, fazendo um leve carinho enquanto ela encarava os olhos marejados e levemente vermelhos. Os soluços eram baixos, mas Sana ainda tinha os batimentos cardíacos acelerados.

- Pode contar comigo, Sana. Sempre, sempre. - Sorriu, dando uma rápida olhada no relógio. - Agora, acho que seu pai está lá fora para te buscar. Te vejo na próxima sessão, Sana. Não falte como aquelas últimas vezes, por favor.

Sana assentiu. Sabia que Bae era confiável e que aquelas sessões eram sigilosas, tudo para Sana desabafar e não se sentir desconfortável. Só que, apenas o fato de Bae Joohyun ser próxima de sua mãe, lhe deixava bem atenta dos quais assuntos hesitaria em contar. Sabe-se lá se ela não anotava tudo e mandava para a sua mãe.

Era o seu maior medo, com certeza.

- Parece que teve uma bela sessão, filha. - Ao ver o rosto iluminado da filha, Masato abriu a porta do carro, tentando ser cavalheiro. O homem engravatado sentou-se ao seu lado e ligou o carro. - Sua mãe saiu, eu e você ficaremos sozinhos em casa. Ela me disse que era urgente e dirigiu a minha Mercedes até a agência.

- Nada fora do normal.

- É... - O silêncio instalou-se entre os dois enquanto o pai virava a esquina. - O que acha de uma tarde de filmes? Eu só tenho que fazer uma reunião online pela manhã, o resto do dia é totalmente livre. Tenho que tirar umas folgas, afinal.

- Ótimo, senhor Masato! - Sorriu largamente, nem parecia que chorava como uma boba nos braços de Joohyun minutos atrás. Seu pai era tão doce que ela se perguntava genuinamente se o seu relacionamento com Mai era uma dívida de jogo. - Mas sou eu que escolho o filme!

- Ah, qual é?

- Você só escolhe os mesmos, pai. É irritante!

- Algum problema com os filmes do Tom Cruise? - Ergueu a sobrancelha, fazendo Sana soltar uma gargalhada sincera ao ver sua careta. Nem parecia o mesmo homem sério no meio de vários velhotes sem graça. Nem mesmo se comparava ao pai que era a cobaia dos testes de tutoriais de maquiagem da filha, e que, apesar dos boatos de ser um homem severo, ou dos fatos que sua filha gostava de mulheres, era um homem totalmente orgulhoso da filha que criou.

Mas aquilo não era uma desculpa para não dar, às vezes, um puxão de orelha. E, naquele dia onde Sana arremessou a bola no rosto de Chou Tzuyu, ele jurou que a faria pagar por tê-lo tirado de seu trabalho. Aquela menina era problemática, mesmo que nem percebesse, mas Masato logo nota que sim, Sana puxou o lado do velho Masato, o menino problemático que tinha uma certa rivalidade com Chou Yicheng.

Ah, ninguém os tolerava. Principalmente nos jogos de vôlei, onde os dois eram de times diferentes e competiam tanto que até foram expulsos por ficarem se bicando a cada segundo. Aquelas duas eram cópias suas, mas parece que, comparando aos dias de hoje, não eram mais tão intimidadores.

Eram casados, pais e, ainda por cima, estavam quase na casa dos cinquenta.

Faria de tudo pra ter um último jogo com Yicheng, se bem que a turma se encontravam ás vezes... É, faria de tudo para tirar uma folga naquele dia.

. . .

- Quê? - Suho deu um sorriso sarcástico assim que jogou Jackson na parede. O emblema do Blue foi agarrado pelo mais velho, que rangia os dentes enquanto soltava a sua mais maléfica gargalhada. - Qual o nome do cara que contou pro Im? Eu vou acabar com a raça dele, que cara babaca!

- Mark... Mark Tuan. - Em um fio de voz, Jackson o respondeu. Seu rosto estava acabado, suas roupas rasgadas, materiais jogados pelo chão e, pior, estava sozinho com Suho, em um beco estreito e silencioso. Ninguém botaria quando estaria morto, ninguém sabia que Kim, um menino nascido em um berço de ouro, lhe mataria logo em um rápido segundo.

Mais um aperto em seu pescoço e Jackson estaria na linha entre a morte e a vida.

- E você deixou?! Você tem ideia o quão prejudicado eu posso sair se descobrirem que eu ameacei o Mark pra matar o Park? Ou quão prejudicados eu e minha família podemos sair quando descobrirem que eu e você ordenamos o Kyungsoo a fazer aquilo? - Jackson negou, negou tão rapidamente que até ficou ofegante quando Suho o soltou de repente. Ele levou as mãos até a cabeça, fuzilando Wang até ele limpar os lábios ensanguentados.

- Por favor... Me dá uma última chance, Suho. Eu faço ele pagar, pagar com a própria vida!

- Não, não. - Ele abriu um sorriso maníaco. - Você não me serve mais, Jackson Wang. Já sabem que foi você, mas nem desconfiam que eu que te transformei nesse monstro que é agora.

- Tudo o que eu fiz não significa nada pra você, Suho?! - Tão bravo que pulou em cima do Kim, apertando o seu pescoço até ele ficar levemente ofegante. Havia criado um monstro, não poderia simplesmente o jogar fora uma hora ou outra.

- Você foi só um brinquedo meu, Jackson. - Wang apertou os próprios olhos ao mesmo tempo que afrouxava o aperto no pescoço de Kim, que abriu um largo e demoníaco sorriso, mesmo que estivesse em uma pose inferior naquele momento.

- O que eu posso fazer pra você... Você não parar de mandar dinheiro?

- O que Jackson Wang não faz pela mamãe, não é? - Empurrou Wang, se levantando e limpando as próprias roupas. Pegou o blazer alheio e jogou no rosto do outro, que parecia totalmente rendido àquela maldade toda. - Mata o Mark. Mata ele e, no final, se entrega pra polícia. Deixa que eu pago o hospital e as cirurgias para a senhora Wang.

- M-Me entregar?! - Ele hesitou.

- É, Wang. Não acha que eu vou fazer isso, não é? - Jackson cerrou os punhos, mordendo os próprios lábios. - Mata ele ou então a sua mamãe pode morrer sem as medicações ou as cirurgias.

- Cruel... - Jackson disse em um único soluço. Kim chegou mais perto, sendo agarrado pelo colarinho assim que estava centímetros longe de Wang. - Você é cruel, Suho... Nem sei porque faço parte disso, cara.

- Tenho que te lembrar que pago as medicações, hospital, cirurgias da sua mãe e, ainda por cima, a sua mensalidade? - Jackson recuou, mesmo que venha de família rica, não era nem mesmo comparável ao lado da família de Suho, que tinha mais que o suficiente para pagar todas as medicações que sua mãe precisava. Não poderia rebater Suho, não se não quisesse que sua mãe tenha tudo que necessitava em um estado tão deplorável como estava naquele momento.

- Desculpa... Desculpa por te rebater, Suho. Eu vou fazer isso, mas tenho que ouvir da sua boca que continuará dando o dinheiro para as medicações e cirurgias, por favor. - Cerrou os punhos enquanto se levantava, olhando para o chão enquanto lembrava da cena, da cena de sua mãe na cama do hospital, mais pálida que o normal e necessitando de medicamentos específicos e que são tão caros que nem mesmo seu pai poderia pagar.

- Eu continuarei a pagar, Jackson. - Sua mão repousou nos cabelos loiros do mais novo, abrindo aquele sorriso um tanto manipulador, que logo morreu ao ver Wang de olhos marejados. - Eu prometo.

- Obrigado, Suho. - Curvou-se e recolheu todos os seus materiais, colocando todos em sua mochila e caminhando lentamente até sua casa. O seu celular estava quebrado, quebrado por todas as pisadas que Kim deu enquanto gritava. Um completo desgraçado, mas justo esse desgraçado que pagava o hospital e seus estudos.

. . .

Na arquibancada, Tzuyu não sabia o que falar para quebrar o silêncio entre ela e as outras garotas. Nayeon continuaria em casa depois da crise, Chaeyoung estava pensativa enquanto encarava os braços machucados pelas unhas de Im, ainda daquele dia, e Dahyun... Bom, Dahyun estava muito mais calada do que era normalmente. Parecia pensar profundamente sobre tudo e nem prestava atenção no treino das líderes ou nos rapazes.

Sana faltou, Jackson e Jaebeom também. Ninguém sabia como começar uma conversa. Momo não queria falar sobre aquilo, nem mesmo Jeongyeon.

- Sana me disse que... - Dahyun começou, evitando contato visual. - Que saiu da terapia faz alguns minutos e que acordou tarde, não conseguiu vir por causa do horário.

Tzuyu assentiu, não sabia o que responder. Desviou o olhar para os braços de Chaeyoung, levando sua mão até a de Son, que grunhiu pelo contato. As unhas de Nayeon continuariam ali por um bom tempo, mas foi a única opção se quisesse que ela parasse de se machucar tanto.

Quando aquele caos iria parar?

- Como o Jaebeom tá? - Dahyun, novamente, foi a única a falar. Chaeyoung pensou um pouco antes de responder, estava tão aérea que nem sabia do que estavam falando naquele momento.

- Suspenso. A diretora deu uma palestra sobre como violência não é solução, sendo que parece ser para o babaca do namorado da Tzuyu! - Indignada, Son proferiu. Parecia levemente irritada, até porque era uma baita injustiça deixar Jackson livre enquanto Jaebeom, que só queria ajudar a sua irmã e pegar o real culpado pelas fotos, estava suspenso por uma semana e meia.

- Na verdade... - Insegura, ainda lembrando das cenas anteriores, Tzuyu respondeu devagarinho. - Eu e ele terminamos.

Dahyun e Chaeyoung queria soltar fogos o dia todo, até porque demorou muito para Tzuyu acreditar que sim, seu namorado era um idiota completo. Entretanto, os animais iam sofrer com isso, então optamos apenas por palmas em comemoração.

- Finalmente! - Dahyun que falou, batendo palmas enquanto sorria largo.

- Deus ouviu minhas preces! - Levou as mãos ao alto, soltando um "yes" enquanto fechava os olhos. Dahyun riu do rosto sério de Tzuyu, que tinha braços cruzados e afrouxava a sua gravata azul.

- Ha, ha... - Sorriu sarcasticamente. - Que engraçadinhas vocês, deveriam ir pro circo!

. . .

- Ei, ei! - Um rapaz do segundo ano, aparentemente do clube de rádio, chegou gritando na sala do terceiro ano B. Tzuyu olhou no mesmo momento para a porta. - O pai dos Im tá brigando com o pai do Jackson na diretoria!

Em cinco minutos, todos já estavam indo para a porta da diretoria. Tzuyu, andando cautelosamente para não ser pega pelos monitores, parou perto da diretoria. Era um empurrão atrás do outro, o caos estava totalmente visível ali. Todos tentavam escutar enquanto cochichos eram escutados a cada 2 segundos.

- Esse marginal faz o que faz e não recebe uma punição?! O que este colégio pensa? - A voz abafada do homem gerou mais murmúrios. - Não pago mensalidades caríssimas para este... Tolo fazer aquelas coisas nojentas com minha querida filha!

- Ele foi ameaçado. - O pai de Jackson falou, tentando controlar a sua paciência, pois já estava quase no limite. Tzuyu via-se focada na conversa. - Eu já disse isso para o colégio várias vezes!

- Não me importa! - Novamente mais gritos. - Ele mandou, mandou aquele canalha fazer aquilo. Sabe o quão afetada minha família e, principalmente, minha filha está? Ela não consegue nem mesmo olhar nos meus olhos!

- Eu sinto muito se você está passando por isso, mas meu filho não é um cara ruim! Quem é o mandante disso é... - Ele hesitou em falar. Aquilo fez todos ficarem espantados. Se não foi Jackson Wang o mandante, quem seria? - Não importa.

- Importa, importa sim! Minha reputação está acabada por causa daquele acontecimento. Seu filho ou este mandante, ambos igualmente idiotas, acabaram com a vida da minha filha e com a minha. - A diretora encarava os dois, séria e esperando a hora certa de intrometer-se no meio dos dois. Os homens se encaram intensamente. O Im estava bravo e o Wang estava impaciente, olhava para o relógio de pulso Há cada cinco minutos, aparentemente apressado para fazer alguma coisa.

- Parem, por favor. Ambas estão estressados diante este caso ainda não concluído, mas não podem se resolver em uma escola, principalmente com vários alunos aqui. - A voz da diretora, levemente alterada pela raiva, finalmente foi escutada pelos alunos. - Se querem bater boca, lá fora. Aqui eu não quero nenhuma briga, ouviram?

Quando a maçaneta virou, todos correram para suas respectivas salas. A diretora até ficou surpreendida com o silêncio assustador que todo corredor habitava, quase irreal. Tzuyu, já na sala, tentava raciocinar tudo calmamente enquanto todos gritavam e comentavam sobre o assunto. Mark, Jackson, talvez todos os atletas estivessem metidos nisso.

Ou não, nunca se sabe. Apenas uma teoria.

. . .

Sana guardava muitos segredos, aquilo não era uma novidade, todos guardavam, mesmo bobos. Debaixo daquela garotinha aparentemente egocêntrica, ela não se contentava com nada, sempre insegura e desistindo das coisas sem ao menos tentar. Aquele orgulho transformava-se em Sana se olhando nos espelhos e se perguntando o porquê de ter nascido assim, de ter ficado assim ao decorrer do tempo. Por baixo daquele blazer, cicatrizes de dias ruins deitada na cama do hospital, com vários curativos no braço após se cortar pela décima vez depois da morte de Jinyoung.

Mas, infelizmente, não poderia confiar em ninguém, embora Momo, Jeongyeon e Nayeon sempre estarem ao seu lado. Era tão insegura que às vezes sentia-se tão frustrada, frustada por se comparar muitas vezes com qualquer um que entrasse na sua frente. E, como toda criança traumatizada por algo fator, tinha o seu próprio diário. Não era lá as melhores coisas para escrever desabafos, principalmente com uma mãe conservadora em casa, que destestava segredos e privacidade - principalmente portas trancadas.

E, bom, lá era o único método de colocar tudo para fora. O choro que segurava todas vezes que sua mãe gritava e lhe punia com a palmatória, tempos realmente cruéis, era, simplesmente, trocado por palavras. Mas, apesar de sintomas depressivos, Sana nunca, nunquinha, deixou de ser pura. Embora punições aplicadas, Sana se divertia de um outro jeito: lendo livros infantis junto ao seu pai. E, pode parecer clichê, mas ele foi o herói que a salvou de traumas maiores. Sempre se meteu na frente e nunca deixou que algum abuso acontecesse, o que deixava Mai brava e, como único argumento, falava: "está mimando está menina, Masato. Cuidado!", mas aquilo nunca o afetou.

Dentre os problemas, a morte de Jinyoung sempre foi um belo gatilho para ela. Ao começar citar o nome de Park, ela sumia no meio da multidão e desabava-se em choro em uma das cabines do banheiro feminino. Era tão divertido compartilhar tudo com Jinyoung, seus pensamentos, sentimentos e problemas familiares, que muitas vezes ele deu conselhos de como melhorar a sua relação com Mai - nunca deu certo, pois ela simplesmente não queria se aproximar de Sana - e como expressar seus sentimentos mais profundos para alguém de confiança.

Sana nem imaginava o que seria dela ao saberem desses segredos. Poderiam parecer bobos, mas eram pessoais, e seria completamente desumano que compartilhassem para todos. Já basta ter uma vida planejada na internet, principalmente ter ela gravada e sendo exposta para milhões e milhões de estranhos por anos. Sana era uma celebridade, mas, pensando melhor, ela odiava ser aquilo. Sana era completamente diferente da 'Sana' que viam no internet e...

- Sana? Sana, ei! - Momo chamou, a lembrando que estavam na aula de matemática e não poderia estar aérea enquanto o professor fazia perguntas para todos aleatoriamente. Sana a olhou, sonolenta. Faziam dias que ela não dormia bem, com certeza a culpa era toda daqueles malditos pesadelos, que lhe lembravam sempre da morte de Jinyoung e ficavam lhe atormentando pelo resto de seu dia.

- Não enche o saco, Momo... - A voz rouca e arrastada soou baixa, fazendo Sana tampar o rosto novamente enquanto tentava olhar, ao mesmo tempo, para o campo de futebol. Lá, os garotos treinavam e, bom, Jackson veio hoje. Sana sentia seu sangue ferver ao vê-lo tão bem, mesmo depois de fazer Jaebeom ficar suspenso. É, claro, seu pai sempre lhe ensinou que a violência não era a resposta, mas Sana era do time que pensava que ela era a solução nesses casos de babaquice, principalmente quando tratava-se de Jackson Wang.

Mais uma vez, Momo lhe repreendeu com o olhar, resmungando e voltando a copiar a matéria na lousa. Sana deu de ombros, pensando se Tzuyu ainda estava com Jackson, mesmo que tenha visto tudo e, pior, escutado a sua versão da história. Sana jurou que perderia totalmente o interesse nela se ainda estivesse namorando o Jackson Babacão Wang.

Ao tocar o intervalo, todos corriam como loucos para pegarem um lugar bom na fila, mas Sana e Momo saíam devagarinho enquanto esperavam Jeongyeon arrumar seus materiais e parar de encarar Park Jimin como se, a qualquer momento, pudesse o matar.

Já no corredor, Sana evitava Tzuyu à todo custo. Não gostava de lembrar o quão constrangedor foi ser vista chorando por Tzuyu e, pior, ser abraçada por ela em uma pose tão inferior, mostrando sua fraqueza. Porém, Chou não desistia do contato, sempre tentando deixar o contato visual firme, mas sempre sendo quebrado por Sana.

- Ei, Sana! - Continuou andando, ignorando completamente a voz da taiwanesa. Mas, ao sentir sua mão no ombro direito, Sana virou-se rapidamente. Ela lhe encarou fingindo desinteresse. - Por que está me evitando? Pensei que estávamos de boa.

- E estamos, não é? - Tentou se virar, mas a mão exageradamente delicada de Tzuyu lhe fez voltar. Os olhos da garota lhe envolviam como se quisessem lhe falar alguma coisa. Minatozaki se apoiou em um dos armários e cruzou os braços abaixo dos seios. - Fala logo.

- Eu não sei se você... - Pigarreou, tentando prestar atenção em suas palavras do que em Sana, que parecia mais perfeita a cada dia que se passava. Apaga esse pensamento, ignoramos e pronto. - Bom, eu queria ser direta, mas isso não é muito meu forte.

- Pode ser rápida? Tenho aula de inglês em poucos minutos. - Olhou o grande relógio perto da sala, que fez Tzuyu ficar levemente mais agitada, pois não queria que ela saísse. Porém, era tão constrangedor falar aquilo sem ficar vermelha.

- Acho que você não viu, então. - Coçou a nuca. - Olha o Twitter rapidinho. Aperta naquela hashtag, a nossa hashtag.

Sana fez como Tzuyu pediu, não achando nada tão interessante para ser discutido entre elas. Rolou mais um pouco e parou em um tuíte com muitas republicações:

Sana estava chorando no banheiro e a Tzuyu abraçando ela... Amo essas duas! Obrigada, cara anônimo que tirou essas fotos, está me alimentando com pequenas, mas adoráveis, migalhas.

Ao encarar a foto, Sana quis bater no tal anônimo até ele apagar aquilo. Não bastava ter chorado nos braços de Tzuyu? Tinha que estar na internet?

A loira estava tão... Vulnerável que chegava a ser vergonhoso ver aquela maldita foto tantas vezes. Tzuyu observou cada movimento, colocando a sua mão no ombro da mais velha e acariciando delicadamente, buscando consolar ela. Sana rapidamente procurou o user do maldito stalker. Será ele aquele que tirou aquela maldita foto no vestiário? Porra, por que aquela obsessão toda?

- Quem é ele? - Tzuyu perguntou baixinho, agora com o braço no armário, apoiando todo seu corpo. Sana balançou a cabeça para ambos lados, gesticulando que não sabia e que estava disposta a procurá-lo. Não podia sequer imaginar sua mãe vendo aquilo, vê-la assim tão exposta, com a sua fraqueza exposta. Ela sempre a disse para não demonstrar aquilo e ela desobedeceu completamente.

- Ah... Que filho da puta, sinceramente. - Sana rolou o dedo pelo perfil do anônimo. Ele parecia mais um cara fanático por elas e chegava a ser doentio, Sana definitivamente não ia com a cara de stalkers ou paparazzis. Mais fotos delas, acompanhadas sempre com as hashtags.

Quando aqueles boatos acabariam, afinal?

- Finalmente achei você, Tzuyu! - Chaeyoung abaixou o tom de voz assim que encontrou Tzuyu ao lado de Sana, ambas apoiadas no armário, mas também bem próximas. Deu um rápido aceno e um sorriso amarelo, Tzuyu quis se matar ao ver Son com um rosto sugestivo após saírem.

Sana não ligava, não mais. Queria apenas acabar com aqueles boatos de uma vez por todas e comunicar para a escola sobre as fotos e a perseguição. Era desconfortável ser fotografada sem permissão, ainda mais por um estranho. Vai ver é um tarado? Aí Sana iria cair na porrada com ele. Adolescentes fanáticos assim são aqueles que são ainda mais estranhos, fetiches são o que não faltam nesses aí. Pegou sua mochila e foi para a sala de inglês.

- Chaeyoung, puta merda!

- Desculpa se você ia beijar a sua namoradinha, minha linda amiga, mas temos problemas muito, muito maiores! - Chaeyoung revirou os olhos enquanto tinha braços cruzados, encarando Tzuyu seriamente. A outra, ainda pensando em como derrubar a conta do tal anônimo, só respondeu por causa de um tapa em sua nuca.

- Tipo?

- Perder a aula de biologia? - Tzuyu arregalou os olhos, correndo desajeitadamente após ouvir as palavras de Son. Nunca que chegaria atrasada na aula do senhor Jeong, não iria irritá-lo se não quisesse ter uma aula leve e divertida. Chaeyoung estava logo atrás, meio perdida por Chou ter corrido tão repentinamente.

. . .

Passiva tóxica 💩

| me encontra no vestiário
| temos problemas para resolver!

Tzuyu

inclui pegar o anônimo? |

Passiva tóxica 💩

| e o que mais seria?
| às vezes você nem finge, sabia?

Tzuyu

fingir o que? |
Endoidou? |

Passiva tóxica 💩

| você entendeu, não se
| faça de boba quando é sonsa

Tzuyu

tá, admito |


Passiva tóxica 💩


| tá vendo? Nem pra ser
| hétero você serve, Chou Tzuyu

Tzuyu

vai se foder, Sana |
e eu já estou no caminho! |

Passiva tóxica 💩

| tenta ser discreta, por favor
| não quero aquele maníaco
| tirando fotos nossas
| você estraga a minha beleza!

Tzuyu

minhas sinceras |
desculpas abelha rainha |
você nunca vai mudar, não é? |

Passiva tóxica 💩

| ninguém mandou quebrar
| meus brinquedos, jogar caixinhas
| de suco em mim e, pior, me bater!

Tzuyu

éramos crianças, poxa! |

Passiva tóxica 💩

| mas você não era santa!

Tzuyu

não tenho culpa se as suas |
bonecas não tinham passado |
no teste de durabilidade, Sana |


Sana sequer conseguiu responder àquela mensagem tão audaciosa, pois Tzuyu estava na porta do vestiário enquanto sorria divertida. Revirou os olhos quando ela se aproximou, se sentando ao seu lado e cruzando as pernas. Abriu o mesmo aplicativo de antes, na mesma hashtag e clicou no perfil do tal anônimo. Ele tinha um nome diferente, com letras e números.

Talvez um enigma!

E, uau, Sana estava se sentindo um Sherlock Holmes! Só que feito no Japão, claro. Se Tzuyu aceitar, pode ser o John Watson, o parceiro do Holmes.

- Olha o nome dele, não parece um enigma? - Tzuyu apontou para o nome do usuário. 32007PS, realmente parecia um enigma, estavam certas, só não sabiam o próximo passo. - Mas... Como vamos descobrir o que significa?

- Deixa que Sana Holmes resolve! - Se gabou, balançando os cabelos para os lados - os fazendo bater propositalmente no rosto de Tzuyu - e abrindo o aplicativo de conversas. Digitou um nome desconhecido por Tzuyu e mandou uma mensagem para o número. Não demorou nem cinco minutos minutos para ser respondida.

Sana

então, será que consegue desvendar? |
Não quero mais ser perseguida |
se quer saber! |

Jeonghan

| o que eu não consigo, não é?
| me manda um print da conta
| desse safado!

Sana

qualquer coisa eu vou te |
esperar no lado de fora da |
escola BlueSky, valeu? |

Jeonghan

| 👍

- Não me diz que você tá se envolvendo com coisa errada, Minatozaki Sana! - Ela colocou a língua entre os dentes enquanto sorria, desligando o dispositivo e encarando Tzuyu, ainda com um sorriso brincalhão curvado pelos seus lábios.

- Não, não! Jamais... - Levou as mãos até a altura da cabeça, como se estivesse se rendendo. Tzuyu estreitou os olhos, desconfiada. - O Jeonghan é um cara 'mó inteligente e é um hacker. Conheci ele em uma cafeteria, tava tentando hackear a Casa Branca.

- Deixa eu ver: ele não conseguiu, não foi?

- Pensei que fosse óbvio. - Revirou os olhos, pegando a sua mochila e se levantando. Até tentou sair, mas Tzuyu segurou seu pulso, a puxando de volta e a fazendo encarar seus adoráveis olhos castanhos. Será que Tzuyu não quer ser a sua Irene Adler? Ou ser somente seu John Watson das fanfics?

- O quê?

Sem respostas, Sana estava ficando levemente irritada com a demora. Tzuyu engoliu a própria saliva enquanto observava sua mão descer lentamente até a de Sana, traçando desenhos invisíveis e evitando contato visual. Se levantou e pôde admirar Sana de cima, mas não deixava de ser constrangedor lhe encarar enquanto estava quase entrelaçando suas mãos.

- Eu... Eu terminei com o Jackson. - Tentou ser direta, fazendo Sana erguer as suas sobrancelhas. Tudo bem, tudo bem, voltou a ter 0000000,1% de chances para namorar Chou Tzuyu. - Eu pensei sobre o que você disse, sobre ele ser um babaca e tentar me proteger dele. E eu agradeço, ele realmente era um idiota.

- Pois é, eu sempre estou certa. - Tzuyu arqueou a sobrancelha. - Tá, algumas vezes não, mas a maioria! - Sana revirou os olhos quando Tzuyu continuava com a sobrancelha arqueada.

- Tá, tá! Já entendi. Só a minoria das vezes que eu estou certa.

- Finalmente acertou. - Sorriu. - Pensei que fosse tão egocêntrica que sequer conseguiria admitir isso.

Egocentrismo. Aquela palavra rodeava a sua cabeça em imediato.

Sana era egocêntrica mesmo ou só usava esse falso orgulho pra esconder a profunda insegurança que tinha de si mesma?

E, respondendo a pergunta, provavelmente a segunda opção.

- E ele é um ex-namorado insistente?

- Não... Na verdade, nem vi ele esses dias. Mas escutei a briga do pai dele com o Im. - Sana pressionou os lábios um no outro. - Parece que alguém é tipo um mandante. Sabe aqueles filmes que sempre tem um vilão ainda maior que tem vários capangas?

- Máfia?

- É, talvez seja isso. E talvez ele tenha colocado Jackson nessa situação para não sujar suas mãos, assim como supostamente Mark empurrou o... Jinyoung. - Falar o nome dele lentamente fazia com que Tzuyu sentir-se culpada por citá-lo. - Eu suponho que ele viu ou ouviu coisas que não deveria. Mas, para provar isso, precisamos de provas concretas!  Colocou a mão não queixo, pensativa, mas um pouco animada por estar bancando uma investigadora.

- Tem alguma?

- Ainda não, mas posso encontrar. - Cerrou os punhos, pensando em algo. - Talvez na casa dele! Eu lembro que ele tinha um caderninho, sempre anotava alguma coisa.

- Talvez um diário!

- É, eu pensei exatamente isso! - Na verdade, não, não pensou. Pensou que seria um daqueles cadernos de desenho dele, mas não admitiria.

- Bom, encontra o diário, tá? Por nós! - Bateu de leve no ombro de Minatozaki, caindo fora rapidamente. Sana se avermelhou após a saída da taiwanesa, foi por pouco que Sana não a beijou novamente. Talvez, só talvez, estivesse em um passo para o ápice da insanidade.

- Por nós... - Repetiu baixinho, mordendo os lábios involuntariamente enquanto pensava como faria aquilo sem chamar a atenção de sua mãe.

Tal como aqueles vídeos de parkour... Deve ser fácil descer no telhado de uma mansão de três andares, quer dizer, tirando o fato que o cachorro da vizinha era bravo o suficiente para comer uma de suas pernas cruelmente.

Medo.

. . .

- Jihyo! Ei, lindeza, sobe na moto do pai. Vou te levar em um lugar daora pra caralho! - Quando estavam prestes a irem para casa, Kang Daniel as parou de repente com a sua luxuosa moto. Park revirou os olhos enquanto entregava a sua mochila para Dahyun, chegando perto de Daniel e cruzando os braços.

- Não, muito obrigada. - Agradeceu com um sorriso sarcástico, Daniel desceu da moto e se aproximou lentamente de Jihyo, segurou sua cintura e fez as três, que estavam logo atrás, se alertarem.

- Vamos lá, gata. Já faz um tempo desde que a gente terminou, esquece isso e me dá uma chance! - Novamente, ele queria uma nova chance mais uma vez como se as outras trinta e seis não bastassem. Jihyo se distanciou, mas Kang continuava a se aproximar.

- Solta ela, Daniel. - Chaeyoung que disse, se aproximando dos dois. Daniel deu uma risada irônica, segurando firmemente o ombro da baixinha e encarando seus olhos. Son sabia que aquele energia ruim era sempre vinda dos atletas. Eles eram tão sujos que nem ligavam para disfarçar.

- Estamos conversando, tampinha. Relaxa. E já ouviu aquela frase? Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher.

- Exato, se mete logo a faca. - Daniel arqueou a sobrancelha. Dahyun lhe deu um sorriso irônico. - Belas palavras, Kang! E só lembrando que vocês terminaram.

- Que seja. - Revirou os olhos, tirando seu blazer e colocando na sua mochila. Sua mão foi até o ombro de Jihyo, onde segurou tão forte que provalmente havia lhe machucado, e aproximou-se de seu ouvido. - Me encontra ás seis na praça, tudo bem? Não me faz esperar.

- Me erra, Kang. - Jihyo o respondeu, porém não o convenceu. Mais uma vez, ele se aproximou, sussurrando coisas que lhe deixavam com um olhar assustado. As três lá trás, totalmente preocupadas, se entreolharam.

- Sabe a ideia da faca? Acho que vamos precisar dela. - Chaeyoung murmurou para as outras duas. Tzuyu franziu as sobrancelhas, julgando a fala de Son Chaeyoung.

- Eu concordo. - Dahyun respondeu, ganhando o mesmo olhar de Tzuyu. - O quê? É a melhor opção pra esse canalha!

- Não posso discordar.

_________

Depois de séculos, aqui estamos com uma nova atualização!

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