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#teOdeiomaisqueabacate

Capítulo 06: 🐱

Kim Taehyung

Passei a noite inteira martelando as palavras daquele idiota... Lutava para esquecer, mas não funcionava.

Fiquei tão agoniado que acabei tendo uma crise no meio da noite e arrumei o armário da cozinha inteiro...

Enfim.

Vou fingir que isso não aconteceu e focar em coisas realmente produtivas, como a peça, meus estudos e... Talvez o Hoseok.

É talvez.

...

Denver East High School.
08:07 a.m. Denver, Colorado.

ㅡ Maior beijão! Estou te falando. ㅡ Giselle disse em tom de euforia para o rapaz de fios vermelhos gritantes.

Desde a chegada hoje de manhã, que ele me inferniza com esse beijo e todo o contexto do encontro.

Não sei como ela ficou sabendo dele, já que ela nem viu acontecer.

Talvez o Hoseok tenha contado quando eles ficaram sozinhos... Ou o... Jungkook?!

ㅡ Amigo do céu! Que boy magia dos deuses! ㅡ Jimin disse, abraçando firme meu pescoço. ㅡ Será que tenho sorte com algum desse time também?! Mas só quero se for novinho.

ㅡ Papa anjo! ㅡ Soltei suas mãos e bufei irritado. ㅡ Detesto aulas vagas, porque tenho que ficar ouvindo toda a merda que vocês soltam pela boca.

ㅡ Não seja chato! Só estamos comemorando o nosso desencalhamento. ㅡ A morena disse, enquanto amarrava os cabelos num rabo de cavalo.

ㅡ Não faço parte dessa comemoração, então. ㅡ Respondeu o ruivo com rapidez. ㅡ Ai, ai... Já dizia a deusa Pabllo Vittar: Piranha também ama.

Giselle começou a rir alto, enquanto Jimin imitava o choro falso.

Revirei os olhos e me levantei rápido.

Prefiro o manicômio, de verdade.

Caminhei pelos corredores alheios, em busca de algum lugar sossegado para relaxar minha mente. A biblioteca está em plano de arrumação e só vamos conseguir usá-la na próxima semana. O que me deixa desolado...

ㅡ O terraço! ㅡ Estalei o dedo e caminhei até as escadas.

Nossa escola não tinha muitos andares, então era bem rápido chegar no último... Porém, não sou uma pessoa fã de esforços físicos. Sejam eles pequenos ou não.

Subi tudo com a força do meu ódio diário e sorri vitorioso quando vi a porta grande que dava acesso ao meu prêmio. Abri as mesmas e recebi a luz morna do sol em meu rosto.

Suspirei aliviado e caminhei até um amontoado de cadeiras velhas. Me sentei na que parecia menos destruída, tirei meus fones do bolso da calça e abri minha playlist de músicas favoritas.

A primeira que foi escolhida pelo aleatório foi "Just a boy", da Alaina Castillo.

Gosto dessa música. A melodia calma e bem marcada pelo instrumental me cativa.

A letra é bem sugestiva, digamos assim.
Conta uma suposta relação dela com algum garoto, e ao longo dela, Alaina cita acontecimentos nos quais o garoto poderia "sair da linha" como a mesma diz na canção.

E como ela estivesse sempre com um pé atrás, sempre esperando algo ruim... Bom, é assim que meu cérebro interpreta.

Fechei os olhos e joguei minha cabeça para trás e comecei a cantarolar baixinho...

ㅡ Porque você é apenas um garoto... ㅡ Repeti o refrão e porventura a imagem de Jungkook passou pela minha cabeça...

Merda. Nem relaxando, eu consigo parar de pensar naquele idiota.

Bufei mais uma vez e voltei para minha posição anterior.

ㅡ Cacete! ㅡ Xinguei alto ao ver o dito cujo parado na minha frente com um sorriso de canto.

Força do pensamento funciona mesmo...

ㅡ Que merda está fazendo aqui?! ㅡ Retirei os fones, encarando sério. ㅡ Você está me seguindo agora?

ㅡ Não se ache tanto... Sempre venho aqui para desestressar. ㅡ Balançou a carteira de cigarros e caminhei até a beira do prédio.

Acendeu o mesmo com o seu isqueiro e relaxou as costas para trás.

ㅡ Sua voz é bonita... ㅡ Disse baixo e soltou a fumaça lentamente.

ㅡ Estava parado esse tempo todo?

ㅡ Você estava tão concentrado que não pude evitar... ㅡ Sorriu de canto. ㅡ Soube que está na peça. É verdade?

ㅡ É. ㅡ Enrolei cuidadosamente meus fones. ㅡ Não gosto muito dessa ideia... Porém, quero ajudar o meu amigo.

ㅡ O nerd grandão? ㅡ Bateu quase na ponta do cigarro para tirar as cinzas.

Assenti com a cabeça.

Jungkook fez o mesmo movimento e voltou a se concentrar no seu cigarro.

Me aproximei devagar, mas não tanto para receber a fumaça fedorenta que vinha dele.

ㅡ Deveria parar com isso...

ㅡ De fumar?! ㅡ Perguntou.

ㅡ Isso. ㅡ Apoiei meu tronco na calçadinha. ㅡ Faz muito mal.

ㅡ Hmm... ㅡ Resmungou. ㅡ Realmente faz muito mal.

ㅡ Foi o que eu disse, idiota. ㅡ Olhei de relance.

O moreno sorriu, soltou mais fumaça, só que pelas narinas, deixando seu corpo ainda mais pendurado.

Ele estava nas faculdades mentais perfeitas?! Que garoto esquisito.

ㅡ O cigarro faz mal... mas não o quanto já fizeram na minha vida. ㅡ Fechou os olhos por alguns segundos e, após um longo suspiro, voltou a me encarar. ㅡ Esse pequenino aqui foi o meu alívio instantâneo para minhas crises de ansiedade...

Arregalei o olho e, aos poucos, comecei a me aproximar do seu corpo.

ㅡ Meu pai morreu quando eu era só um moleque, ele era extremamente alcoólatra e estava envolvido em diversas apostas... ㅡ Amassou o que sobrou e voltou à postura normal. ㅡ Minha mãe nunca se importou comigo, na verdade, nem sei por que ainda vivo com ela.

Retirou uma embalagem pequena de chicletes do bolso e colocou uns três de uma vez na boca.

ㅡ Ela trabalhava na noite quando conheceu meu pai, os dois se envolveram e, com pouco tempo, estavam vivendo juntos. Bebidas, noitadas e drogas eram o que fazia os fins de semana incríveis para os dois. ㅡ Deixou seu corpo escorregar até o chão devagar.

Fiz o mesmo que ele, sentando bem ao seu lado.

Não queria opinar em nada, até porque não tenho esse direito. Então, vou fazer meu bom papel de ouvinte.

ㅡ Depois que eu nasci, as coisas não mudaram muito... Só que ele começou a se distanciar mais de casa. Sempre chegava bêbado e deitava por cima do corpo desmaiado da minha mãe depois de se entupir de cocaína. ㅡ Sorriu amarelo. ㅡ Acabei me adaptando àquela rotina de merda. Comecei a agir por conta própria antes mesmo dos sete anos. ㅡ Jogou a cabeça para trás e me encarou. ㅡ Quando tinha uns nove, mais ou menos, ele me deu uma pequena tartaruga de presente de aniversário, eu fiquei mega empolgado... Já que era a primeira vez que ganhava algo nessa data.

Por impulso, acabei segurando sua mão, deixando nossos dedos entrelaçados.

ㅡ E a noite... Uns caras vieram e balearam ele...

ㅡ Céus...ㅡ Apertei a sua palma com força. ㅡ Eu... Eu sinto muito Jungkook...

ㅡ Isso já faz muito tempo... ㅡ Ele riu baixinho e desviou o olhar. ㅡ Eu acabei vendo tudo pela janela, enquanto segurava a pequena tartaruga... Soltei a mesma no chão e comecei a hiperventilar em desespero... Minha mãe começou a gritar por ajuda enquanto abraçava o corpo ensanguentado dele nos braços. ㅡ Notei uma lágrima singela escorrer pela sua bochecha esquerda.

O puxei para um abraço, deixando o moreno levemente confuso com meu ato repentino.
Mas a tenção entre ambos foi quebrada aos poucos e ele retribuiu ao ato.

ㅡ Obrigado...ㅡ Sussurrou baixinho rente ao meu ouvido.

ㅡ É bom desabafar...

Nós nos afastamos, voltando para as posições de antes.

ㅡ Bom, por causa disso eu desenvolvi Herpetofobia. Medo de répteis e anfíbios, normalmente as tartarugas não se encaixam diretamente a essa fobia... Mas é o mais próximo que se chega. ㅡ Coçou a nuca.

ㅡ É algo bem diferente, pelo menos eu acho. ㅡ Disse e o moreno riu baixinho.

ㅡ E é. ㅡ Lentamente, o mesmo foi deitando a cabeça na minha coxa e encarou o céu. ㅡ Eu entrei numa depressão severa, mas tive que manter firme já que, se demonstrasse qualquer fraqueza, minha mãe me batia como se não houvesse amanhã.

Fechou os olhos e suspirou fundo.

Não sabia bem o que fazer... Então, optei por acariciar seus fios gentilmente.

Queria que ele se sentisse bem de alguma forma. Não me dou muito bem com Jungkook, mas detesto ver uma pessoa triste, seja quem for.

ㅡ Mas... Vocês se dão bem hoje em dia?

ㅡ Nem um pouco. ㅡ Soltou um riso anasalado. ㅡ Ela acabou voltando a trabalhar na noite e isso gera muitas brigas entre nós dois... Mas acabei me acostumando. Hoje em dia, só brigamos mais quando descubro que ela levou algum cliente para casa. ㅡ Ele segurou minha outra mão e ficou brincando com minhas pulseiras coloridas. ㅡ Alguns dos meus amigos sabem dessa história, e me deixam ficar na casa deles. É bem raro eu dormir no mesmo cômodo que ela... E acabou preferindo assim mesmo.

O moreno me encarou por alguns segundos e sorriu logo em seguida. Ele levou a mão direita ao encontro do meu rosto e o tocou com delicadeza.

Senti minhas bochechas começarem a esquentar e rapidamente quebrei o contato.

ㅡ Por isso que eu fumo... quando tenho uma discussão com ela, minha ansiedade ataca e só dando um trago para conseguir relaxar. ㅡ Ele levantou-se rápido, voltando a ficar sentado.

ㅡ Não tenho muito o que dizer e nem posso opinar severamente sobre a sua vida... ㅡ Arrumei meus óculos e o olhei de relance. ㅡ Só espero que um dia as coisas melhorem.

Ele deu os ombros e ficou de pé. Estendeu a mão para me ajudar a levantar, recusei e levantei sozinho.

ㅡ Enfim. Valeu aí por me ouvir. ㅡ Piscou para mim, afundando as mãos nos bolsos da calça. ㅡ Eu me sinto bem à vontade com você... De verdade.

ㅡ Que bom... eu acho. ㅡ Sorri fraco.

O moreno se aproximou novamente e só parou quando estava bem próximo do meu rosto.

ㅡ O q-que está fazendo, Jungkook? ㅡ Perguntei, nervoso.

Ele ignorou minha pergunta e me puxou para mais perto. Uma de suas mãos apertou minha cintura por cima da blusa e a outra subiu até o meu pescoço. Meu peito subia e descia de forma rápida e desesperada... Quem estava ansioso ali era eu, que inferno...

Seu rosto foi chegando mais perto e, quando nossas bocas estavam a um passo de se aproximar, ele desviou o caminho e selou a ponta do meu nariz, se afastando logo em seguida.

ㅡ Nada de mais. Te vejo mais tarde para gente estudar. ㅡ Piscou para mim e caminhou tranquilamente até a porta.

Que... Que diabos aconteceu aqui?!

Apoiei meu corpo da estrutura ao meu lado, tentando controlar a minha respiração descompensada.

ㅡ Que ódio... Jungkook, que ódio.

[...]

Tínhamos ensaio após o almoço. Terminei minha refeição rápido e segui apressado para o teatro.

Passei pelas portas grandes e avistei o movimento sobre o palco.

Forcei um pouco a visão e consegui distinguir Namjoon na parte de baixo, conversando com outro rapaz.

Quando pensei em ir até ele, uma mão pequena começou a me puxar na direção dos bastidores.

ㅡ Deus do céu! O que foi?!

Quando finalmente paramos de andar, consegui reconhecer de quem se tratava. Era a moça ruiva dos figurinos.

ㅡ Perdão... Mas já temos um vestido base para você experimentar! ㅡ Abriu um sorriso enorme.

ㅡ Ah, é... O vestido. ㅡ Sorri nervoso.

A mesma me puxou para uma salinha e me mandou subir numa plataforma redonda.

ㅡ Preciso que tire suas roupas, fique apenas de roupa íntima. ㅡ Arregalei os olhos e dei pequenos passos para trás. ㅡ Calma... Eu já estou acostumada com esse tipo de coisa, não precisa ter vergonha.

ㅡ Para você é fácil falar... ㅡ Disse baixinho e a mesma riu.

A garota virou de costas e caminhou até outra salinha ali dentro.

Suspirei fundo e comecei a me despir. Ainda bem que não vim com minha cueca do Pernalonga...

Em questão de segundos, a moça de fios alaranjados retornou com um embrulho bem grande, preso num cabide roxo.

ㅡ Pronto?! ㅡ Perguntou.

ㅡ Acho que sim...

Ela colocou o pacote sobre um sofazinho e abriu devagar. Revelando um vestido preto belíssimo.

Com a peça em mãos, a mesma se aproximou de mim.

Ela me ajudou a vesti-lo, arrumando direitinho no meu corpo. Pediu para eu me virar e calmamente subiu o zíper.

ㅡ Prontinho! ㅡ Ela se afastou com as duas mãos na cintura e um sorriso orgulhoso nos lábios.

Fui me virando, meu corpo lentamente para encarar o espelho.

ㅡ Uau...

Levei minhas mãos à boca quando consegui me ver por completo no espelho.

Ele era mais que belo... Era magnífico.

O mesmo tinha um formato de maio na parte de cima, onde cobria as partes reveladoras, e o restante era transparente, mas não tanto.
Dava para ver minhas coxas pelo tecido e pela fenda que tinha na lateral direita, mas também só era perceptível se tivesse um movimento de levantamento.

As mangas bem cheias e também compostas pelo tecido transparente eram o que mais chamava a atenção... O grande decote fundo na região dos seios...

Ele consegue se mesclar perfeitamente entre o elegante e o sexy... Realçava tão bem minhas curvas.

Eu estou sem palavras...

ㅡ Usamos ele no ano passado em outra peça, que, por ventura, tinha um homem no ato principal também. ㅡ Disse sorridente. ㅡ Ainda preciso fazer alguns ajustes, você tem a cintura bem mais fina que a do outro ator. Mas tenho certeza de que ficará ainda mais lindo com as medidas certas.

ㅡ Nunca imaginei que ficaria bem num vestido... ㅡ Disse empolgado, enquanto rodava para ver todos os detalhes.

ㅡ Às vezes, nós só temos que nos testar para descobrirmos mais a nosso próprio respeito. ㅡ Pegou uma almofada lilás cheia de alfinetes e subiu na plataforma atrás de mim. ㅡ Preciso que fiquei quieto, certo?

ㅡ Tudo bem.

Arrumei minha postura, ficando mais ereto, e ela começou a ajustar os tecidos, colocando alguns alfinetes entre eles.

ㅡ Giulia, preciso que vo... ㅡ A voz grave de Namjoon soou pela salinha, mas, assim que ele me viu, quase tropeçou no próprio queixo.

O rosto dele começou a ficar vermelho, igual a um pimentão, e rapidamente ele se virou de costas.

ㅡ Nam...

ㅡ E-Eu volto outra hora! ㅡ Ele fechou a porta com certa força e nos deixou totalmente confusos.

ㅡ O que deu nele?!

ㅡ Não faço a mínima ideia... ㅡ Ela balançou a cabeça e voltou a se concentrar nas medidas.

Que esquisito...

Por que ele agiu dessa forma?!

[...]

Casa de Taehyung.
19:35 p.m. Denver, Colorado.

Sai do banheiro, esfregando meus cabelos com uma toalha de algodão recém lavada.
Dava para sentir o cheirinho de amaciante...

ㅡ Droga, queria novas promoções de funkos... ㅡ Pensei em voz alta.

Vesti uma bermuda curta e uma camisa longa.

ㅡ Tae! O jantar está pronto. ㅡ Charlotte falou do andar de baixo.

Nossa mãe terá que ficar até mais tarde na cafeteria, e sempre que isso acontece, ela prepara toda a comida durante o dia e deixa para um de nós dois esquentar.

Como cheguei depois das cinco, Charlotte ficou responsável por cuidar de tudo.

Coloquei a toalha no estendedor do banheiro e segui para fora do meu quarto.

ㅡ O que temos de jantar?! ㅡ Perguntei quando cheguei no final da escada.

ㅡ Lasanha! ㅡ Apareceu rápido na porta. ㅡ Lasanha com camada dupla de queijo.

Sorri e caminhei até a cozinha.

Conversamos rapidamente e nos sentamos para comer. Evitamos muito diálogo durante a refeição e conseguimos terminar primeiro.

ㅡ O que vai fazer?! ㅡ Me olhou de relance.

ㅡ Eu?

ㅡ É, você. ㅡ Ela levantou e seguiu até os pratos até a pia. ㅡ Lembra que não pode comer rápido assim, te faz mal.

ㅡ Eu sei... ㅡ Cocei minha nuca. ㅡ Preciso praticar algumas falas da peça. Prometo não fazer de novo.

ㅡ Vai, te levo um lanche depois. ㅡ Mandei um beijinho no ar para ela e corri de volta para o meu quarto.

Fechei a porta, retirei minhas pantufas e as coloquei rente à pequena parede perto da porta.

Fui até a minha mochila, tirei as duas pilhas do roteiro e caminhei até minha escrivaninha.

ㅡ "Oh, meu amor, por favor... Dê uma chance a nós!" ㅡ Repeti a frase enquanto tentava encenar tentando entrar no meu personagem.

As minhas falas ainda não estão totalmente finalizadas, só têm alguns rabiscos e supostos diálogos.

De antemão, eu preciso decorar as letras e ensaiar a canção final, onde eu teria que cantar de fato.

Coloquei uma música calma de fundo para tentar me concentrar.

O que não adiantou muito, pois rapidamente ouvi batidas seguidas na minha porta.

ㅡ Não posso falar agora, Charlotte, volte depois. ㅡ Disse, mas as batidas continuaram. ㅡ Já disse que estou ocupado.

O barulho começou a me incomodar.

ㅡ Estou ensaiando! ㅡ Mais uma batida. ㅡ Praticando! ㅡ Outra batida. ㅡ Porra! Eu estou pelado.

ㅡ Está tentando mesmo me mandar embora, porque, olha, não está funcionando nem um pouco. ㅡ Arregalei os olhos ao reconhecer o dono daquela voz.

ㅡ Jungkook?!

Levantei rápido, quase tropeçando na mesa. Corri até a porta e abri a mesma com pressa.

ㅡ Por que está na minha casa?! ㅡ Perguntei, nervoso.

ㅡ E por que você está vestido?! Certo... É difícil distinguir qual de nós está mais desapontado agora. ㅡ Um bico se formou em seus lábios. ㅡ Hmm... Posso entrar?

ㅡ Não.

ㅡ Obrigado! ㅡ Sorriu e passou rápido por mim.

ㅡ Jungkook... Dá para me explicar o que está fazendo aqui?! ㅡ Coloquei as mãos na cintura. ㅡ E como infernos você entrou aqui?!

ㅡ Pela... Porta? ㅡ Me olhou confuso.

ㅡ Jungkook!

ㅡ Tá, tá... Não precisa ficar nervosinho. ㅡ Sorriu de canto. ㅡ Eu bati na porta, sua irmã atendeu, falei que era seu amigo e ela me deixou entrar. E ainda me ofereceu um doce de coco que ela está fazendo.

ㅡ Eu vou matar essa garota... ㅡ Suspirei fundo, contei até dez e encarei o moreno por alguns segundos. ㅡ Está certo. Veio para estudar, então vamos estudar. Eu ensaio outra hora.

ㅡ Pois é... Vamos estudar, pêssego!

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🐱

Foi isso amores, espero que tenham gostado 💙.

Jungkook consegue se dar tão bem com o Taehyung, mesmo ele não vendo isso.
Aí ai viu, boiola.

Esse dois ainda vai dar tanto o que falar KKKKKKKKKK

Só pra deixar claro, dengos, esse capítulo é será dividido em duas partes. Por isso não achem estranho se virem o mesmo título nós dois, okay?

Ambos vão retornar ao passado, sendo mais exata, numa memória traumática.
Jungkook fez isso aqui e no próximo será a vez do menino Taehyung.
Certo?!

Então fecho.

E outra coisa... Tudo indica que o próximo seja a primeira intenção 🔞 pra valer entre ele... Então fiquem atentos.

E lembrando!!
O Taekook dessa história são flex.
Só isso mesmo KKKKKK

Ouçam Tae&JK🍌 no Spotify
Eu te odeio, Jeon Jungkook || Tae&JK🍌
[Vão lá dá uma moral pra mim pfvr]

De resumo é isso, um abraço virtual em cada um e até o próximo ^^

Xero no olho 💙