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.O perigo bate a porta.

Sávio me trás água para beber, tentado me acalmar.

"Se te acalmar... já dei um olhada nela. Dormi que nem uma princesa."

Confirmo com a cabeça. Ele se deita do meu lado e me puxa para seu corpo, deito minha cabeça sobre seu peito.

"Vai ficar tudo bem, sempre vou lhes proteger."

Adormeço.

Ouço as risadinhas de Ana e Sávio vindo do andar de baixo. Me cobro com um roupão branco.

Sávio estava fazendo cócegas em Ana que estava sentada na mesa da cozinha, ele a dava de comer fazendo barulho de avião. A Sra. Ryan ria por vê-los se divertindo.

"Bom dia, Mr. Johan."– falou rindo ao meu ver.

"Bom dia, Sra. Ryan."– respondo.

Ana desce da mesa e corre até onde eu estava, a pego no colo e a beijo no rosto.
Sávio se levanta da cadeira e vem em minha direção beijando minha testa.

"Bom dia, papai."– digo.

"Bom dia, esposo."– respondeu.

"Mr. Johan, o que deseja comer?"

Solto Ana no chão que sai correndo para o escritório de Sávio.

"Alec!"

Me viro para encará-lo. Kendley estava com um telefone nas mãos.

"Aumenta a televisão!"– falou Sávio saindo do escritório com Ana nos braços.

A Sra. Ryan aumentou a televisão da cozinha. A repórter do Good morning, Canada. Estava de frente para a minha editora a: Johan's Publishing company.

"Estamos aqui na frente da editora que tem uma lista autores mais vendidos pelo New York Times. A editora da família Johan, onde o diretor Alec Johan, esposo de Sávio Johan, trabalha foi acordada em chamas. Não sabemos qual foi o princípio das chamas, felizmente não havia ninguém no local no momento, não temos respostas do diretor Alec Johan nem de sua família... Traremos mais notícias. É com vocês do studio."– falou a repórter.

Fico em choque com acontecimento. Meu sonho indo por água a baixo.
Sávio põe Ana no chão e pega o telefone das mãos de Kendley, Henobaria tentava me acalmar me sentado na cadeira. A Sra. Ryan leva Ana, que gritava meu nome, para seu quarto, Kendley estava ao lado de Sávio. Ouço um zumbido nos ouvidos, os tampo com as mãos. Vejo Sávio entregar desesperado  o telefone na mãos de Kendley e vir em minha direção. Minha vistas ficam turvas até se escurecerem por completa, e meu corpo se amolecer e sentir minha cabeça bater em alguma coisa.

Aperto os olhos ao ver a luz forte invadir a escuridão de minhas vista, Sávio com os cotovelos apoiado nas pernas e as mãos no rosto,  estava sentado numa poltrona perto da cama.

"O que estou fazendo aqui?"– pergunto preocupado comigo mesmo.

"Querido!"– Sávio se levanta e vem até onde eu estava.

"Cadê... Cadê?"

"O que, meu bem?"– perguntou.

"Ana!"

Ele segura minha mão com o soro.

"Estar com Elena e Nina no shopping."

Fico confuso. Tento levantar da cama.

"Calma, está tudo bem!"– falou.

"O que estou fazendo aqui?"

"Do que se lembra?"– perguntou.

"De ter visto a televisão e depois apagar."

"Como se sente?"

"Pouco tonto!"– murmuro.

Ele me olha e beija minha testa.

"A editora?"– pergunto, me lembro vagamente do que estava passando no jornal matinal.

Ele balançou a cabeça.

"Não descobriram?"

"Tenho uma suspeita."– murmurou, olho para o chão e revira os olhos.

"Quem?"– perguntou

Ele me olha, parecia não querer falar quem era.

"Sávio, quem?"– insisto na pergunta.

"Elrond Steele."

O nome soou como veneno, de uma forma áspera e agressiva. A saliva desceu como pedra na garganta.

"Como?"

"Lembra da vez que fomos perseguidos... Eu e meus homens estávamos em busca de pistas. E elas caíram nele. Não seria diferente de agora."

"Qual é a rixa de vocês dois?"– pergunto.

"Ele sempre quis tudo que eu tenho! A advocacia, Johan's Enterprise... Você. Ele uma vez invadiu com o carro no prédio da Johan's Enterprise... Foi preso do lado de fora da rua, a algumas quadras do acidente, ele estava com uma arma, mas como não havia usado, provavelmente foi para e matar e Ian, que na época ainda trabalhava lá. Não houve pistas sobre ele, a polícia o deu uma advertência por porte de arma ilegal, mas, foi solto. "

Tento pensar em sua possibilidade. A história parecia verídica.

"A polícia está atrás dele, parece que fugiu de Vancouver. Não pode estar tão longe..."

***

No dia seguinte, sou chamado para dar meu depoimento para polícia. Tive que dizer sobre o fato de Elrond tentar me abusar.

Para tranquilizar a cabeça, saio com Ana, levando até o Pier Park para tomar sorvete com tio Ítalo e Zack.

"E agora, o que vão fazer?"– perguntou, Tio Ítalo chupava o picolé de Zack.

"A polícia estar atrás do suspeito. Sávio está resolvendo os assuntos da Editora."

Tio Ítalo confirma com a cabeça.

"Mas me fala, como estar com a tal Caroline?"– pergunto curioso e querendo mudar de assunto.

Ele sorri.

"Estamos bem, pensamos em nos casar no final do ano."

Dou um sorriso. Percebi a felicidade, o brilho nos olhos dele, parecia feliz!

"Ana, cuidado!"– grito. Zack dá a mão para ela e eles caminham juntos, dando pequenos pulinhos.

"Como ela está grande. Quando a vi ainda era um bebezinho."– falou.

Riu. Zack também estava bastante grande, quando sai da casa do meu tio ele era apenas um bebê, e agora já estar com dez anos.

Meu celular toca, era Sávio. Será que tinha notícias?

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