Eu estava no hospital, todos os médicos corriam, mas eu sabia que estava bem.

- e a Emilly?

Perguntou Ana Paula ao entrar no quarto onde eu estava.

- eles a-levaram.

Ela colocou a mão na boca e chorou, eu fiquei comovido, era a primeira vez que a governanta chorava em anos de trabalho na minha casa.

- eu... Não quero pensar no que vão fazer com ela.

- fique tranquila, não vão fazer nada... Eles querem o Derek.

- porque?

Ela perguntou se sentando

- Ian...

Eu ia contar, quando vários médicos entraram falando :

- seu filho levou um tiro e caiu do prédio da empresa.

Meu coração gelou, meu filho avia sofrido uma tentativa de assassinato, mas ele é forte, vai sobreviver.

Eu lutava contra as lágrimas, mas acabaram escapando, Ana Paula veio e limpou meu rosto com um lenço, que cheirava a rosas muito bem perfumadas.

- meu filho está bem?

Perguntei e ele não falou nada, então repeti com a voz mais alterada :

- MEU FILHO ESTÁ BEM?

Ele respirou fundo e falou :

- ele corre risco de morrer, teve duas paradas cardíacas e agora está em coma.

Meu corpo estava fervendo de raiva, como eles podem ter coragem de fazer algo assim?

- quero vê-lo!

Falei tentando me levantar, mas meu braço doeu e acabei deitando de novo com ajuda da Ana Paula.

- o Sr. Mendes não poderá se levantar, cuide dele enquanto vou ver como o Sr. Derek está.

O médico falou para Ana Paula e saiu, ela me olhou, cruzou os braços e falou :

- você ouviu, né? Não vai se levantar de jeito nenhum.

Eu bufei cruzando os braços, ela parecia minha mãe e eu parecia uma criança de cinco anos.
Ela se sentou, pegou uma revista e começou a passar as páginas, sem paciência para ler o que tinha escrito, ficava bufando e resmungava algo, que eu só entendi na quarta vez :

- eu odeio ficar assim...

Ela estava mesmo precisando de notícias de Emilly, mas nada chegava e eu também já estava ficando nervoso de tanto esperar.

Como será que o Derek está? Será que ele vai sobreviver? E Emilly o que irá acontecer? Só esperando pra saber.