Eu estava te esperando
Bem eu acabei, literalmente, de fazer a fic toda... então eu nem sei se ta socada de erro HUSAUSAHSAU enfim, essa fic é 1 das fics do formulario na qual escolhi pra fazer ( tô ligada que to devendo uma fic, que falei que ia faze se a pessoa ver isso aqui... eu ainda tÔ sem plot pra eles amigos de infancia com o Deku com poder q)
Bem a fic é da Esther! Tanto que ta dedicada pra ela, ela escolheu tudo eu só coloquei com as minhas palavras... pq neh eu tô escrevendo, coisa minha vai te q. O final é surpresa eu espero que você goste dele... se não gostar problema seu Esther pq não vou mudar HUSAUASHUAH zoas ( serio, eu não vou mudar)
Eu espero que seu plot tenha ficado tão bom quanto você pensou, eu vi como tu fico toda feliz quando te falei do formulário. Então espero que tenha feito jus as suas vontades :v
O link do perfil dela... ta no link externo ali embaixo, caso alguem queira entrar no perfil e ve os baguio dela :v
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Inosuke Hashibira estava concentrado em seus estudos na grande biblioteca de sua escola ─ que estava bem vazia naquele horário ─ quem olhasse para aquele garoto estudioso jamais imaginaria o quão perturbado tinha sido seu passado, esse na qual ele preferia nem ao menos se recordar. Entretanto sempre havia aqueles que sabiam do ocorrido e não deixavam o garoto esquecer.
O garoto tinha mudado muito, ele era uma pessoa seria e quieta que nunca tentava nenhum tipo de contato com os demais. Ele tinha uma presença forte e feromônios tão fortes quanto, afinal ele era um alfa, só que ele nunca as usava. Seu cabelo era curto, com as pontas azuladas, entretanto como seu cabelo era próximo das orelhas mal se via as pontas, ele sempre tinha o cuidado de pintas pontas com aquele tom. Um dia ele já tivera cabelos longos ─ onde as mechas azuladas tinham mais destaque ─ só que ele não deixava mais crescer, não que isso tivesse tirado sua beleza ele sempre fora bonito desde pequeno. Era um rapaz musculoso mesmo não aparentando por ser um '' nerd '' e seus traços eram femininos ─ no rosto no caso ─ seus olhos verdes junto com seus cílios finos chamavam atenção fazendo com que alguns comentassem ─ por trás é claro ─ que ele poderia facilmente se passar por uma menina caso usasse roupas um pouco largas para que não mostrasse seu físico.
Seus livros foram jogados da mesa fazendo com que ele encarasse a mesa agora vazia, escutou algumas risadas em volta de si fazendo com que ele soltasse um suspiro baixo. Ele já tinha noção de quem era aqueles garotos, só não pensou que eles tinham coragem de mexer consigo dentro da biblioteca. Olhou para os lados vendo se havia algumas '' testemunhas'' e notou que não havia mais ninguém ─ provavelmente tinham ido embora correndo ─ enquanto a senhora que cuidava do lugar, bem quando falo cuidar digo que ela simplesmente não faz nada já que quem acaba guardando os livros e arrumando são os alunos de suspenção ou algo do gênero. Ninguém sabia o motivo dela estar trabalhando, ela só usava o selo para marcar que o livro estava sendo usado por aquele aluno e anotava se o livro era devolvido ou não no prazo de 2 semanas.
─ Olha se não é o nerd.
─ Sanemi, me deixa estudar teremos prova semana que vem... até recomendo que faça o mesmo já que o professor disse que a prova vai ser bem difícil ─ disse encarando o rapaz de cabelos brancos, notou o olhar maníaco do outro piorar quando disse aquilo.
─ VOCÊ TA ME CHAMANDO DE BURRO SEU MERDINHA? ─ rosnou irritado aumentando sua presença de alfa, coisa na qual simplesmente não afetava Inosuke de qualquer forma.
─ Eu disse pra você estudar, como qualquer aluno deveria fazer ─ disse olhando para o chão e vendo onde seu material tinha ido notou que os livros da biblioteca não tinham sido danificados, aquilo era bom.
─ Acho que devemos dar uma lição nele ─ um outro alfa disse, outro que tinha expressão perturbadora. O tal braço direito de Sanemi, Kaigaku. Inosuke se perguntava como aquele garoto todo perturbado podia ser primo do maior medroso da escola.
─ Oh, isso seria bem divertido ─ agora era Daki que falava, ele era outro alfa tão perturbado quanto os outros dois.
─ Sabe que aqui tem câmeras.
─ E isso vai mudar em algo? No máximo vamos ganhar uma suspenção enquanto você vai volta todo machucado e fudido pra casa ─ Sanemi abriu um sorriso macabro. Kaiguku era neto do diretor e as vezes usavam isso para fazer suas maldades, afinal o senhor de idade não queria expulsar o neto, então era só jogar a culpa toda nele que tudo estava resolvido. E o garoto realmente não se importava com aquilo, afinal estava seguro.
Os três garotos estavam prontos para irem em cima de Inosuke quando algo chamou atenção dos três garotos. Sanemi tinha tomado uma livrada na cabeça, mas não qualquer livro era uma enciclopédia enorme que fez o alfa cambalear devido a força que o livro fora jogada ─ sem contar a grossura daquela enciclopédia ─ os quatro viraram pra ver quem era e ficaram no mínimo surpresos, era Tanjirou.
Tanjirou Kamado estava puto, céus como ele estava puto. Ele devia estar tão vermelho quanto suas luzes vermelhas em seu cabelo preto. Seus olhos castanhos pareciam até vermelhos de tanta raiva que estava naquele momento. Seus feromônios fortes estavam até em alta. Estava segurando mais dois livros em suas mãos, que seria pra cada um ali daquele livro.
─ Escuta aqui, tem gente querendo estudar! Se querem bater nesse garoto vão bater na puta que pariu.
─ O que o Kamado vai fazer? Fica tacando livro na... FILHO DA PUTA ─ Sanemi desviou de outro livro.
Tanjirou você não devia estar fazendo isso.
Esses babacas merecem, manda todo mundo pra casa do caraio e desce o soco neles. Lembra? São esse tipo de bostinha que implica com sua irmã muda... o tipo de bostinha que fez essa cicatriz do caraio na nossa cara.
São 3 contra um! E aquele cara ali sentado não tem cara de quem vai te ajudar em alguma coisa.
Treinamos a porra da nossa vida toda, a gente sabe mais tipos de luta que muito lixo toxico ai! DESCE... NO... SOCO!
Quando Inosuke piscou viu os três alfas no chão, ele nem ao menos tinha olhado direito aquela ''luta'' se ele podia catalogar daquela forma. Aquele garoto simplesmente avançou feito um animal selvagem e bateu em todos os pontos específicos do corpo daqueles alfas que fizeram com que eles gemessem e caíssem no chão reclamando de dor. Sem contar que ele fez questão de chutar o estomago ─ pelo menos algumas vezes ─ de cada um deles.
─ Céus, o que eu fiz ─ Kamado colocou a mão na sua boca surpreso com seus atos. Notou então o olhar confuso do alfa de olhos verdes. ─ Eu machuquei todos eles, Oh, Sanemi, eu fiz de novo desculpe.
─ Vai se fuder...
─ Mas... que droga foi essa ─ Inosuke não era do tipo de conversar mudando seu tom de voz, mas naquele momento ele não conseguiu. O garoto tinha simplesmente saído de um modo brutal selvagem para um tímido.
─ Oh, me desculpe, onde estão meus modos ─ disse com um sorriso gentil. ─ Meu nome é Tanjirou Kamado, mas pode me chamar de Tanjirou... ou Tantan, não sei o motivo das pessoas me chamarem assim.
─ Por qual motivo me ajudou?
─ Eu não gosto quando o Sanemi é mal com as pessoas, eu sempre falo pra ele parar! Eu sempre falo calmo e quando vou ver ele está no chão! ─ disse chocado com aquilo. ─ Eu não sei quem são esses dois, mas sempre que o Sanemi tá no chão, eles também aparecem no chão... acho que são amigos e gostam de fazer companhia pra ele.
─ Puta que pariu... vai se fuder...
Inosuke não era uma pessoa idiota ou algo do gênero, tinha plena certeza de que aquele tal Kamado tinha algum problema psicológico ─ e um dos graves ─ já tinha estudado sobre o assunto, afinal queria trabalhar na ares depois do incidente do seu passado. Queria entender melhor entender a mente humana e quem sabe até mesmo a dele para entender os motivos que desencadearam suas ações naquele fatídico dia.
─ Escuta aqui cara, eu te ajudei e no mínimo eu quero um pedido de agradecimento pelos meus atos ─ o alfa voltou a falar com um tom diferente chamando a atenção do alfa. ─ Não é por você ser bonitinho que ajudei. Eu só preciso bota o Sanemi no devido lugar dele, porra ele não entende que eu só quero ajudar ele, mas que porra!
─ Você costuma mudar tanto assim de personalidade ou é só quando o Sanemi tá presente? ─ perguntou curioso. ─ E bonitinho... que?
─ Escuta gracinha, eu vivo o momento e quando vou ver já estou agindo sem me importar com as consequências... a gente só tem uma vida e eu quero aproveitar ao máximo dela e não sou do tipo que deixa as coisas passarem em branco. Se tiver um gato na arvore eu vou ajudá-lo a descer e pronto final, esse é meu jeito de agir.
─ Certo, bem obrigado... é... pela ajuda ─ disse vendo agora um sorriso gentil aparecer no rosto do alfa a sua frente. Era estranho, sempre que a personalidade do garoto mudava sua fragrância mudava um pouco também... ele nunca tinha visto nada igual e o pior de tudo era que as duas eram boas e quando juntas o cheiro ficava ainda melhor. Uma era um cheiro suave de café a outra era um cheiro de baunilha ─ mas fraca ─ e juntos eram a combinação, parecia um sorvete de café. ─ Desculpa a pergunta, mas... por qual motivo você tem duas fragrâncias?
Você nem devia estar perguntando esse tipo de coisa, deveria simplesmente pegar seu material e ir embora, todo mundo dessa escola sabe que você não é de conversa e agora está de papinho com um cara doido.
─ Bem, eu sou um alfa, mas por algum motivo eu também tenho DNA de um ômega ─ disse com a mão no queixo.
Isso explica muita coisa, mas isso não explica muito a mudança de personalidade do garoto não é normal.
Inosuke pensava em mil coisas só que não conseguia chegar em nenhuma conclusão, mas uma ele tinha certeza o fato daquele rapaz ter o elogiado provavelmente tinha sido seu lado ômega. Só que quando ele o elogiou não estava agindo de uma forma calma e gentil e sim como seu alfa interior.
Não é possível, aquele alfa estar interessado em outro alfa... certo? Céus, parece de pensar nessas coisas.
─ E eu não menti quando te elogiei, eu realmente te acho bonito ─ disse calmo e com um sorriso, o mais engraçado era que nenhum dos dois se importava com os três garotos ali no chão. ─ Oh, Sanemi derrubou seu material, deixe-me ajudá-lo ─ foi até o local onde as coisas estavam jogadas logo Inosuke acabou indo também até o local, não deixaria Tanjirou pegar tudo.
─ Acho melhor a gente ir embora ─ Inosuke comentou vendo Tanjirou olhando para os três rapazes no chão que ainda se contorciam de dor. ─ Eles vão ficar bem, vamos logo. Tanjirou foi atrás do alfa, claro que antes ele pegou sua mochila.
Puta que pariu, que alfa gostoso.
Isso eu também preciso concordar, chama ele pra sair!
Isso chama!
─ Inosuke, você quer sair comigo?
Inosuke virou o rosto encarando os olhos do rapaz que sorriu para si. Ele abriu e fechou a boca não acreditando naquelas palavras. Era algum tipo de brincadeira aquilo não podia ser possível.
─ Cara, você tá brincando com a minha cara? ─ rosnou, depois de anos mantendo-se sério e sem nenhum tipo de conversa longa com alguém lá estava ele agindo feito um alfa.
Calma, você não é assim Inosuke é só ignorar o cara você não vai voltar a ser aquele troglodita, calma, respira. Ele só te chamou pra sair, não foi uma brincadeira... ele não ia brincar depois de ter lhe salvado sem motivo.
─ Não estou brincando, eu já disse pra você ─ cruzou os braços e franziu suas sobrancelhas ─ eu vivo o agora e se eu te achei bonito claramente vou chama-lo pra sair, vai que daqui 10 minutos alguém aparece pra te chamar pra sair antes de mim? Aí eu vou perder o momento.
─ Tanjirouuuuuuuuuuuuuuuuu ─ uma voz alta chamou atenção dos dois. Inosuke notou que era o tal primo do Kaigaku e do lado dele uma garota de cabelo longos pretos e pontas rosas vinha logo atras.
''Irmão, aonde você estava, eu tentei te procurar pelo campos e não te achei'' ─ Nezuko mexia suas mãos para falar com o irmão.
─ Oh, ela é muda ─ Inosuke falou surpreso, não tinha noção que tinha uma aluna muda naquele lugar. Se bem que do jeito que ele ignorava tudo e a todos naquele lugar ele seria o último a saber, estava para acabar o último ano letivo e ele não se importava com nada.
─ Não, não, ela só gosta de mexer com as mãos ─ Zenitsu falou irritado. O rapaz loiro de cabelos curtos, não era a pessoa mais corajosa do mundo, para falar a verdade ele era bem medroso. Só que ele odiava quando alguém mexia com Nezuko ou algo do gênero então ele acabava mudando sua personalidade e ficando bem mais agressivo.
Nezuko também era uma alfa e Zenitsu era um ômega o que deixava de certa forma a situação engraçada, afinal, Nezuko nem se importava com os comentários maldosos enquanto o ômega ficava revoltado deixando sua fragrância de laranja tomar o lugar.
─ Zenitsu não fale assim, Inosuke não sabia ─ Tanjirou falou enquanto conversava com sua irmã. ─ E você não me respondeu, vai ou não sair comigo?
─ Eu... é.
Escutou Nezuko fazendo uns ruídos com a boca, como se estivesse tentando falar ou algo assim. Zenitsu olhava a garota curioso já que não era costume ela ficar assim ou até mesmo deixar sua fragrância de abacaxi em ''alta'' notou então o que ela estava falando ─ bem os dois diziam para a garota falar mesmo que ela utilizassem a mão, pois era uma forma mais fácil do que dizer '' mexe suas mãos ai'' ─ .
─ Vamos Nezuko, a gente atrapalhou uma coisa muito importante ─ disse o ômega tentando puxar a alfa que se recusava a sair. Ele precisou usar mais força e até jogou balas na garota que logo as pegou com bastante esforço. Com isso ela foi toda contente junto ao amigo. A amizade daqueles dois era estranha, mas de certa forma era divertida aos olhares das outras pessoas ─ claro das pessoas que não mexiam com Nezuko.
Eu me pergunto como esse cara deve agir quando mexem com a irmã dele, pra falar a verdade eu me pergunto por qual motivo ele não ficou puto comigo nem nada quando fiz aquela pergunta. Deve ser pelo fato daquele tal de Zenitsu ter comentando antes com ele...
─ Você tem vergonha de receber elogios de um alfa? ─ perguntou encarando Inosuke, eles não tinham uma altura diferente então era fácil eles se encararem. Apenas Zenitsu era o baixinho já que Nezuko era um pouco menor que aqueles dois alfas. ─ Eu já falei que seu cheiro de avelã é gostoso?
─ Olha... nada contra você, ou o fato de você ser um alfa... eu só não curto sair com as pessoas. Eu prefiro ficar na minha estudando ─ disse sério encarando os olhos do garoto que pareciam meio triste. ─ Sem contar que eu nem te conheço.
─ Oh! Isso é ótimo, então é só me conhecer que podemos sair ─ abriu um sorriso enorme. ─ Bem já que não vai sair comigo, eu vou pra casa, até amanhã Inosuke!!
─ Não espera! ─ disse, mas já era tarde o garoto já estava longe.
[...]
Inosuke ficou o caminho todo pensando em seu dia estranho, nunca em sua cabeça cogitou que seu dia seria tão estranho. Entretanto ele podia agradecer o fato de não ter voltado para casa machucado ─ como sempre ─ não gostava daquilo, mas não queria revidar, causaria problemas e o que menos queria era isso pois sua mãe acabaria sendo afetada junto consigo. Já tinha feito muitas coisas na qual não tinha orgulho de ter cometido e mesmo tentando de todas as formas ele nunca conseguia esquecer de seu passado.
─ Cheguei ─ disse ao entrar na sua casa. Houve silencio no ambiente, mesmo sabendo que sua mãe estava no local.
Não sei o motivo deu ainda me dar ao trabalho de falar algo do gênero.
Foi até seu quarto e fechou a porta, involuntariamente acabou se recordando de Kamado e sua maneira estranha de agir só que de certa forma um tanto cativante. Abriu um sorriso involuntário com aquilo, era estranho ter uma conversa com outra pessoa, quanto tempo fazia? 2 anos? 5 anos? Ele não se importava desde aquele dia.
[...]
─ Bom dia, Inosuke ─ Tanjirou falou com um sorriso se sentando na frente do rapaz chamando sua atenção. Ele não era da mesma sala que o garoto, mas nada impedia dele ir lá antes da aula, no intervalo muito menos no final das aulas.
─ Bom dia... Kamado.
─ Não, não, não quero que me chame de Tanjirou! ─ falou com um sorriso carinhoso. ─ Não! Me chame de Tantan, você tem cara de quem gostou desse apelido.
─ Você sabe que minha resposta ainda vai ser não, independente se eu te conhecer, não sabe? ─ perguntou para o rapaz que colocou sua cabeça para o lado se mostrando confuso.
─ Não duvide de mim, gracinha ─ abriu um sorriso de lado, um tanto malicioso. Se levantou e logo saiu pela porta, por sorte não tinha muitas pessoas na sala ─ devido ao horário ─ então ninguém tinha escutado aquela conversa.
─ Oi ─ uma voz conhecida chamou atenção do rapaz que olhou para cima ─ ele estava lendo um livro, pelo menos tentando já que todo mundo o interrompia ─ era Zenitsu. ─ Eu só queria dizer, que Tanjirou sempre consegue o que quer.
─ Que pena, mas comigo não vai rolar ─ revirou os olhos, o garoto era mimado por acaso?
─ Não... é sério ─ disse baixinho como se estivesse falando um segredo. ─ Sanemi está quase desistindo de andar com meu primo.
─ Afinal, por qual motivo ele implica tanto com o Sanemi? ─ ele não queria manter o diálogo, mas estava curioso demais com aquilo.
─ Um dia ele mexeu com a Nezuko... Tanjirou ficou puto, além de ter batido nele fez uma puta de uma aula falando como aquilo é errado e as consequências. Então desde então sempre que ele vê o Sanemi fazendo alguma maldade ele aparece e tenta '' ajuda-lo'' a notar seus erros ─ fez aspas com os dedos, para justificar o ajudar ─ Inosuke sabia muito bem como ele ajudava os outros, bem pelo menos aqueles que eram malvados.
─ Mas e seu primo e aquele outro babaca? ─ E lá estava Inosuke conversando e mantendo um diálogo, coisa na qual ele não queria.
─ Bem... meu primo tá quase virando o próximo alvo, ele acha um absurdo ele receber a culpa quando Sanemi faz algo, então, já ta começando a rondar ele.
Que tipo de cara é esse Tanjirou, ele é tipo de um anti-delinquentes e ao mesmo tempo alguém que gosta de explicar e informar o quão errado são as ações das pessoas... de tantas pessoas, por qual motivo justo ele veio entrar na minha vida?
─ Então quando ele diz que vai sair com você, é porque vai ─ falou mordendo o lábio inferior. ─ Eu digo isso, pois ano passado ele convenceu um cara do 3º a sair com ele, não que ele tenha ficado nó pé do cara o dia todo ou algo do gênero. Mas nossa, ele parecia quase se declarar todos os dias, o garoto ficava sempre envergonhado... aí começou a ficar sem graça, ai quando a gente foi ver ele tava todo dengoso querendo sair com o Tanjirou.
─ Mas isso não vai rolar comigo, então ele vai acabar arrumando outro pra sair com ele ─ disse calmo.
─ Você pode falar isso agora..., mas se ele realmente desistiu e dar atenção pra outro, eu aposto... de dedinho e tudo, que você vai sentir ciúmes e uma puta agonia e tristeza ─ falou balançando a cabeça.
─ E como você sabe disso? Por acaso você sente isso por ele até hoje?
Para de perguntar sobre o Tanjirou! Parece que está cada vez mais interessado na vida do garoto.
─ Sabe o Rui? O da classe 2º da sala B ─ perguntou vendo Tanjirou acenar que sim. ─ Tanjirou tentou chamar ele pra sair e tudo mais, ele assim como você, negou até a morte e fez de tudo pro Tanjirou desistir. Aí ele desistiu, quando ele viu o Tanjirou agindo carinhoso e todo meloso pra outro ômega ele simplesmente surtou, tanto que até hoje quando ele vê o Tanjirou agindo assim pra outra pessoa ele sai correndo pro banheiro chorar.
Mas que porra é essa?! Isso deve ser impossível, não existe algo assim... como alguém pode ficar completamente apaixonado por ele tão facilmente? Sem contar que caso ele desista a pessoa se apaixona depois de ter dado um fora. Cara, isso é monstruoso, eu não quero me apaixonar por ele... muito menos quero acabar como o Rui e porra eu nem sabia que o moleque chorava no banheiro.
─ Bem é isso, minha sugestão é que você aceite sair com ele... é mais fácil e você não se apaixona muito menos sai ferido. O máximo que pode acontecer é você gostar dele, o que não é ruim. Tanjirou é um cara bem bacana e amoroso.... eu sei que ele tem o problema de personalidade, mas é só você gostar das duas que tá tudo certo.
Após falar isso o professor entrou na sala, Zenitsu se despediu e foi até sua cadeira que era mais no fundo ─ Inosuke se sentava próximo ao professor. Durante a aula teve dificuldade de prestar atenção, o que deixou o garoto bem frustrado pois odiava ficar pensativo durante as aulas, ele conseguiu anotar tudo que estava na lousa, mas não prestou atenção em uma palavra. Quando o sinal o tocou ainda ficou sentado pensando nas palavras do ômega. E quando percebeu uma pessoa tinha puxado uma cadeira ficando do lado da sua mesa se apoiando.
─ Oi ─ disse Tanjirou chamando sua atenção.
─ Quer sair depois das aulas?
[...]
Inosuke não sabia o motivo de ter convidado o alfa que parecia estar radiante ao seu lado. Muito menos entendia o porquê se sentir um tanto acolhido, céus aquele garoto realmente sabia como mimar alguém e deixar a pessoa envergonhada. Nunca pensou que sentiria tantas coisas saindo com um alfa na qual viu apenas uma vez, como ele podia estar interessado em si tão rapidamente não era possível ele ter o famoso '' amor a primeira vista'' aquilo era ridículo, tão ridículo como ele ter chamado o alfa pra sair.
─ Eu estou tão feliz, vamos na minha cafeteria favorita eu sei que vai adorar as coisas de lá ─ disse com um sorriso carinhoso. ─ Você está tão bonito Inosuke, quando a luz bate em você seus olhos verdes parecem brilhar mais... sem contar suas mechas azuladas em seu cabelo... você é tão perfeito.
─ Eu... eu ─ não sabia o que responder, não era normal alguém lhe elogiar com aquele tipo de olhar. Claro que já fora elogiado, mas não daquela maneira. ─ Obrigado.
─ Eu adoro o fato de você ser um rapaz estudioso e serio ─ disse chamando a atenção do rapaz. ─ Mas também te acho uma gracinha quando você mostra seu outro lado.
─ Meu outro lado?
─ Eu notei um pouco de ''agressividade'' vindo de você, mas notei também que você estava a todo custo tentando conte-la e não mostrá-la pra mim... não quero que se contenha, pode agir do jeito que quiser ao meu lado eu não vou julga-lo nem nada do tipo.
─ Você é estranho, não sei o motivo de ter se interessado por mim assim do nada, mesmo que você tenha me conhecido só naquele dia.
─ Não, eu já vi você várias vezes, mas nunca tão próximo a ponto de ver como você é tão lindo e perfeito ─ colocou uma mecha de cabelo do alfa atrás da orelha vendo ele ficar um tanto rubro pelo ato.
Inosuke ficou um tanto abismado com aquilo, então ele era observado pelo Kamado? A quanto tempo isso acontecia, como ele nunca reparou nesse tipo de coisa. Ele precisava tirar aqueles pensamentos de sua cabeça, ele só estava ali para dar um fim nessa história ele não queria nada com o alfa só queria dispensá-lo.
─ Sabe, eu nunca entendi o motivo de você nunca revidar ─ chamou atenção de Inosuke. ─ Você é um rapaz forte e tenho certeza de que daria conta daqueles três, pode falar que não faz isso devido a escola que quer manter a ficha limpa..., mas isso não impede de revidar fora da escola. Então eu pergunto, por que nunca revidou?
─ Isso é problema meu ─ respondeu virando o rosto, não iria responder as perguntas do alfa, ele não tinha obrigação muito menos motivos para tal. ─ Olha, eu só chamei você pra sair pra te dispensar. Eu não quero algo com você, muito menos quero que fique no meu caminho tentando me conquistar... não vai rolar, então, só me deixe em paz. Aposto que tem várias pessoas naquela escola querendo ficar com você.
─ Então isso não é um encontro? ─ perguntou triste.
─ Não, não é.
─ Tudo bem... ─ falou com um sorriso triste e logo voltou a olhar os olhos verdes. ─ Eu sei que você evita as pessoas..., mas isso te faz mal... eu não sei o motivo de você ter decido isso, muito menos se é de sua natureza. Só que você não é feliz Inosuke e isso pode acabar te prejudicando no futuro... não precisa ser eu, mas eu espero de verdade que você arrume alguém um dia pra amar.
Tanjirou saiu deixando o alfa sozinho, não esperava aquelas palavras muito menos que o alfa desistisse tão rapidamente. Talvez Zenitsu estava exagerando quando disse que ele conseguia tudo o que queria, ou ele era um caso a parte onde ele era o único que conseguira sair das garras de Kamado. Suspirou tentando esquecer desse ─ e dos outros ─ acontecimentos envolvendo o alfa e andou rumo a sua casa, pois não havia motivos para continuar na rua.
Quando chegou em casa não chegou a falar nada pois sabia que não seria respondido. Foi em direção a cozinha, pois estava com fome tinha chamado Tanjirou para sair e não tinha comido nada. Foi pisar na cozinha que viu o olhar de sua mãe sobre si, ela parecia incomodada e aquilo de certa forma o incomodou também. Não se recordava da ultima vez que tinha falado com sua mãe, ele só comia e recebia uma pequena mesada ─ essa que vinha de seu pai ─ fora isso não tinha dialogo, seu pai morava com uma nova família e Inosuke não queria fazer parte dela pois se sentiria um intruso e um incomodo e não queria sentir isso.
─ Onde você esteve? ─ perguntou o encarando.
─ Eu estava andando com um amigo... íamos sair, mas acabou rolando umas coisas e ele precisou ir embora. Desculpa não avisar, mas eu não comi fora... eu vou almoçar em casa se esse é o problema.
─ Achei que estivesse fazendo alguma merda, como você sempre faz.
─ Eu não faço mais aquilo... a senhora sabe disso ─ falou escutando uma risada fraca da mulher a sua frente. ─ Mãe...
─ Não faz, eu já vi que algumas vezes você chega em casa machucado. Acha que não notei isso? ─ disse vendo o olhar surpreso do filho. ─ Está fazendo de novo, quanto tempo vai levar até quase matar alguém de novo?
─ Eu não estou brigando, eu nunca revidei! Eu chego machucado por conta disso ─ apertou os punhos com força. ─ EU NÃO MATEI ELE!
─ Não? Então me diga, como ele morreu? Ah, eu lembro... você estava brigando com ele e o empurrou para a morte.
─ Eu não sabia que a queda ia matá-lo! Não fui eu que puxei briga, eu só estava me defendendo, eu só tinha 10 anos!
─ Idade na qual você teve força o suficiente para não só aguentar os murros dele, como para empurrá-lo.
─ Ele não teria morrido se não fosse aquela pedra!
─ Poupe-me de suas desculpas, você deveria morar com seu pai ─ disse virando o rosto e não vendo o olhar triste do filho.
Inosuke ao escutar aquilo soltou sua mochila, sua mente parecia estar em branco. Não pensou duas vezes em sair daquela casa correndo e chorando, não queria estar dentro depois de ter escutado palavras tão duras. Correu durante minutos, horas... ele não sabia ao certo. A fome parecia ter sumido, pois seu coração estava quebrado.
Então sentiu seu braço ser puxado bruscamente. Estava tão irritado que não se segurou, soltou toda sua angústia e seu sofrimento. Deixou com que o garotinho violento e rebelde saísse e voltasse à tona se esqueceu de todo seu controle e como ele fazia ao máximo para ficar sério e ignorar a todos. Ele rosnou irritado e abriu bem os olhos pronto para matar a pessoa na qual tinha o tocado, ele virou bruscamente pronto para dar um soco então viu aqueles olhos vermelhos, era Kamado, mas ele não estava normal... o encarava como se fosse mata-lo a qualquer momento, encarava o punho na qual estava prestes a acerta-lo como se fosse algo a ser destruído. Era o mesmo olhar que Inosuke tinha visto na biblioteca.
Ele não pensou direito, provavelmente divido a todo estresse acumulado e a conversa recente com sua mãe ─ sem contar as lagrimas que ainda desciam sem parar ─ então ele abaixou não só seu punho como seu rosto ficando um tanto mais ''manso'' se posso utilizar esse termo. Ele andou alguns passos e colocou a cabeça no peito do alfa que soltou seu braço e o ficou encarando um tanto surpreso. Tinha noção que Inosuke não faria algo do gênero, já não gostava de contato físico e agora lá estava ele chorando com a cabeça em sua camisa que estava ficando já molhada.
Conforte ele.
Sem medo de que aquilo pudesse ocorrer uma briga, ele abraçou o rapaz que retribuiu e começou a chorar com mais intensidade a ponto de soluçar. Tanjirou não fazia ideia do que tinha ocorrido para o alfa se encontrar em um estado tão deplorável, ainda mais o garoto na qual apresentava ser tão sério. Com cuidado ele o levou até um banco que tinha ali perto, por sorte estavam no parque e havia alguns bancos sem estarem ocupados. E logo se sentou ao lado do alfa que encarava o chão.
─ Quer conversar? ─ perguntou não recebendo nenhuma resposta. ─ Está com fome? ─ Notou a cabeça balançar, então se levantou procurando algum lugar para comprar algo descente para Inosuke. Devido ao encontro fracassado Tanjirou acabou indo na cafeteria mesmo assim para comer, poderia afogar suas lagrimas em doces ─ depois da refeição é claro ─ tinha demorado um pouco para sair do estabelecimento e mesmo depois de comer ele sentiu uma enorme vontade de comer um sundae de baunilha com algodão doce e com pedaços de chocolate que apenas vendia na praça ─ onde ele se localizava ─ não esperava reencontrar o alfa, muito menos naquele estado.
Voltou com alguns salgados e uma latinha de refrigerante. Entregou para o alfa rezando para que ele comesse algum deles ─ ele poderia não gostar ─ quando viu ele comer suspirou agradecendo sua escolha. Ficaram naquele silêncio, na qual já estava incomodando Kamado, ele não iria se abrir consigo e não havia mais motivos para continuar ali então se levantou com o intuito de ir embora.
─ Não vá ─ disse Inosuke com um sussurro. ─ Por favor.
─ Fico apenas se me disser o que está acontecendo, já estou ficando agoniado em vê-lo nesse estado sem poder fazer nada ─ disse de forma calma e preocupada.
─ Eu... eu... matei uma pessoa ─ falou mordendo o lábio inferior fazendo com que Tanjirou ficasse com a boca aberta diante daquela informação. ─ Mas não foi culpa minha, não foi! Ele estava me batendo tanto..., mas tanto... eu só... eu não queria entregar meu brinquedo... ele ficou bravo, ele me bateu... eu... eu consegui empurrar ele... eu não queria matá-lo.
Kamado então entendeu ─ pelo menos um pouco ─ a situação, Inosuke era uma pessoa traumatizada, por isso não se defendia dos agressores ele tinha medo de que seu passado voltasse à tona e que uma nova tragédia acontecesse. Não esperava receber uma bomba dessas e julgando pelo estado do garoto imaginou que ele tivera algum tipo de discussão dentro de casa, se perguntava se os pais do garoto sabiam dos agressores atuais ou se perguntavam o motivo do filho voltar machucado ─ tinha plena certeza que ele chegava machucado em casa ─ queria poder ajudar, mas como.
─ Sabe ─ comentou chamando a atenção do alfa, tinha se recordado de uma coisa que provavelmente poderia ajudá-lo a aliviar toda aquela dor. ─ Sabe como consegui essa cicatriz?
─ Não... ─ olhou melhor a cicatriz enorme vermelha no rosto do rapaz, que indicava que ele havia se queimado.
─ Meu irmão caçula jogou em mim ─ falou calmo vendo o olhar surpreso do rapaz. ─ Ele estava bravo, eu estava tentando acalmá-lo... ele estava jogando as coisas em mim. Não me recordo o motivo dele estar tão irritado ou o que gerou essa irritação, mas quando ele estava na cozinha ele acabou jogando uma panela em mim, mas ela estava com água fervendo, ele não sabia disso, é claro, mas já deve imaginar como ele ficou ao ver o que tinha feito.
─ Como ele está agora?
─ Até hoje ele pede desculpas e chora, eu escuto de noite quando passo no quarto dele. Até hoje ele tem pesadelos com isso, até hoje ele se culpa..., mas não foi culpa dele, não importa quantas vezes eu fale... parece que ele prefere se culpar e se sentir um monstro do que aceitar meu perdão... hoje ele faz terapia ─ encarou as crianças ali no parquinho brincando, já que a praça era bem grande. ─ Não foi culpa sua Inosuke, você era uma criança, ele estava te machucando você apenas empurrou o garoto. Não deve se culpar por isso, não deve pegar toda dor e guardá-la... não sei o ocorreu naquela época se os pais do garoto ou os seus chegaram a te falar algo..., mas não foi culpa sua. Assim como meu irmão era pequeno, você também era e não tem motivos para ficar desse jeito... eu não sei o quão sofrido deve ter sido sua vida, apanhando e segurando tudo isso dentro de você, sua personalidade... seu jeito de ser, tudo para não se lembrar daquele dia.
─ Eu não mereço sua compaixão... nem de ninguém, eu sou um monstro assassino ─ disse fungando e limpando suas lagrimas com seu braço.
─ Você é um rapaz estudioso e gentil, nunca vi você levantar a mão pra ninguém da escola. Os professores te elogiam e sei que vai ter um futuro brilhante. Precisa esquecer esse passado que tanto lhe atormenta... viva o agora Inosuke, você só tem essa vida. Não aja de um jeito na qual não gosta, não faça escolhas na qual não deseja... só seja você mesmo e não pense duas vezes em agir da maneira que você quiser.
Inosuke olhou para o alfa a seu lado, vendo o olhar e o sorriso que demonstravam calma e compaixão. Então ele se lembrou das palavras de Zenitsu que o alfa conseguia tudo o que desejava. Kamado era um alfa perfeito, ele dizia as palavras certas nos momentos certos, ele passava uma segurança na qual Hashibara precisava, de um ombro amigo... de alguém para ficar ao seu lado e não o julgar... uma pessoa na qual falasse que a culpa não era dele.
─ Posso não ser a pessoa na qual você queria escutar essas palavras. Só que quero que se lembre que eu vou sempre estar ao seu lado, Inosuke, sei que não gosta de mim e não quer que eu me aproxime. Mas quando precisar eu vou estar aqui para ajudar e te confortar... mesmo que seja para apenas lhe fazer companhia, sem precisar dizer uma palavra. Seu segredo está seguro comigo. Prometo nunca te julgar e sempre ser um bom ouvinte.
Inosuke olhou os olhos castanhos e se perdeu naquele mar profundo, sentindo um calor no peito se sentindo acolhido de uma forma na qual sempre desejou. Ele não sabia o motivo do alfa ser tão gentil consigo, muito menos o porquê de ele ter desejado ficar ao seu lado a ponto de convidá-lo para sair... ou até mesmo desde quando ele era observado pelo alfa. Entretanto, agora ele não se importava com essas coisas... sua única questão era o porquê nunca ter encontrado Tanjirou em sua vida durante todos esses anos, se perguntava como teria sido ter o alfa depois do incidente... ele ficaria nessa paz na qual se encontrava? Sentiria todo aquele conforto na qual nunca sentira antes?
─ Promete?
─ Sim, eu prometo ─ respondeu.
Inosuke apoiou a cabeça no ombro do alfa, recebendo um pequeno afago. Ele se esqueceu das brigas, da morte, de seu estresse e principalmente de sua mãe. Só havia ele e Tanjirou e ele não podia desejar coisa melhor.
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