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Cap.13|•'Porra duma prisioneira!

Hi Docinhoooossssss 🙈❤️

Às coisas estão um pouco tensas, até eu tô curiosa pelo que vai acontecer neste capítulo kkk

Bem vindoos 🥁

"ao capítulo Porra duma prisioneira"

kkkk

Amo vocês❤️😘

AVISOS⚠️

- Alerta..gatilhos( sweet..se cê tem sérios problemas de gatilhos, favor não leia. Tudo isso pra preservar a vossa saúde caros leitores❤️‍🩹 )

- Conteúdo para +16 anos ( neste presente capítulo encontraremos certas conversas e tópicos que podem deixar os leitores com menos de 13 ou 14 anos um pouquinho traumatizados ou mesmo fazerem a interpretação errada disso colocando em acção...)

- Capítulo com mais de 3900 palavras!

conteúdo lésbico
• drogas ( álcool, injecções entre outras "com claro seus efeitos secundários" )
• brigas
• linguagem inapropriada( favor pessoal, não implementem tudo o que lêem ou assistem )
• reviravoltas
• descobertas
• violência : psicológica, física...
• manipulações

- Primeiro pedir desculpas por quaisquer erro ortográfico que forem a verificar durante a leitura, em caso desta gostaria de pedir vos, docinhos que me informem de imediato através dos comentários para que eu possa verificar logo e retificar o erro cometido
- E pedir desculpas pelo atraso na publicação do deste capítulo

- Em caso de dúvidas podem muito bem recorrer aos comentários (eu vejo todos eles kkk)

Importante ler⬇️

Este capítulo pode ser muito tenso e pesado demais...se você sabe que é muito sensível, acho melhor ficar sabendo que o capítlulo e eu não vamos pegar leve não..

Mini resumo do capítulo anterior.:

No capítulo anterior, Luz Noceda saiu correndo de casa com o objectivo de proteger seus tesouros mais preciosos..

Durante o desenvolvimento vimos a provável morte da Sra.Noceda

O que com certeza foi um choque para alguns e ou a maioria de nós..

Sinto muito Sra. Noceda😭

O que será que agora vai acontecer com Luz Noceda e sobretudo a nossa querida Amity?

Dicionário e tradutor⬇️

What the - mas que..

Mini spoiler 🙈 ❤️‍🔥

Me joguei no chão, roçando o cotovelo contra a superfície áspera e suja, rolando para o lado enquanto mais tiros explodiam ao meu redor. Respira. Foca.

Não morre aqui, Amity.

Boa leitura😘❤️

Ps.: vote, comente e compartilhe❤️🍬

Capítulo 13

|•'Porra duma prisioneira!

Naquela noite, eu perdi tudo..perdi as únicas coisas que me eram mais importantes
Perdi a minha amada e a sra.Noceda

Apesar de tudo, ela sempre tomou conta de nós duas na ausência da minha mãe, fui lhe muito grata por me ter permitido ser amiga de Luz..

No entanto agora, a única coisa que eu conseguia fazer era sentar com um olhar perdido, vagando em pensamentos enquanto a psicóloga não se farta de me fazer perguntas infinitas.., isso era frustrante a cada pergunta eu sentia que ia explodir, mal conseguia me segurar- nos primeiros dias foi bem difícil ter que me apegar a ideia de ter sido abandonada e deixada de lado

- senhorita Amity!!..-Tudo bem contigo?
Ouvi a voz da psicóloga tentando me chamar atenção provavelmente por mais uma vez

Simplesmente me virei pra ela e acenei, continuando perdida em pensamentos

- Bem, onde está Luz Noceda?

Arfei baixo e voltei a olhar pra ela com um olhar de desprezo

- como você quer que eu saiba hãm?- essa impresa e todos vocês, um bando de merdas.- Como porras eu irei saber me digam.

Falei já chateada levantando o tom de voz e me colocando em pé

- Amity, você é a única que pode saber disso..- Pq não só foste amiga de Luz tanto como dormiste na cama dela.- uma amizade de longa data, se nós não sabermos onde ela está, bom..

A psicóloga parou de falar cautelosa com o que diria a seguir, no entanto acabou parando

- covarde..- Guardas!

Chamei os guardas que lá estavam uma vez que tentavam me prender nessa porra de hospital para malucos

- Espera, ainda não acabamos

A psicóloga continuou insistindo

- Vocês realmente querem a minha colaboração?

- Você realmente quer que Luz Noceda morra??

Parei, tudo parou nesse instante, morrer?.

Espera, do que estamos falando

- como assim?

- Se você voltar para a impresa cedo quem sabe consegues salvar ela?- Eu quero ela viva

- Porque raios eu mataria a minha namorada?

- Não, você não...eles sim- Porquê tá parecendo uma tola Amity?- Você não tá sendo você mesmo, seja toda aquela porra de merda que eu conheci, seja uma Blight de verdade, mostre suas garras e se liberta- mostre a eles que ninguém deve se meter no teu caminho, acredito que já brincaste o suficiente
- chega!

Semicerrei os olhos tentando perceber quem era realmente ela

Mas nada me veio a cabeça, a única que coisa que eu sabia era que eu tinha que sair daqui o mais rápido possível mas, sem levantar suspeitas

- Eu espero não te encontrar aqui nesta cadeira amanhã, temos trabalho!

Idiota,
Quem que ela acha que é?

- Ridículo..

Falei simples e me retirei daquela sala

Eu estava cansada de viver naquela escuridão, chega de hibernar

[...]

Eram cerca de 01h da manhã e eu já estava do outro lado da cerca, enfim não é a primeira vez que eu fujo de um sítio
Afinal, minha família não é assim tão humilde.- muito menos eu

Amarrei o meu cabelo após me levantar,
Os exercícios constantes né fizeram estar cansada no entanto as flexões me deram força suficiente nos braços, eles estavam tão tensos que eu quase senti as veias pulsarem deles

- hora de fugir do hospício.
Sussurei para mim mesma
- Oh, senhor!- Guarda!

Comecei por chamar os guardas que estavam o mais perto possível, até que enfim eles cederam e se aproximaram de mim

- Escute!, eu preciso de ir a casa de banho, a menstruação desceu
Falei fingindo incómodo

- Se desceu, usa papel higiénico

- Não há papel higiénico ele acabou..- Vocês disseram que iriam colocar ele aqui semana passada

Retruquei, fazendo uma careta não muito péssima

O guarda saiu indo falar com o guarda responsável deles e não levou muito tempo para voltar e ter comigo

- Parceiro, acompanhe ela para a casa de banho e seja rápido por favor

Ah!,idiotas

Willow Park, me aguarde!

Você vai pagar com o seu próprio sangue

A cela em que eu estava foi aberta me deixando sair, com as algemas presas a minha mão

Sinceramente eu não sabia se isso era um hospício ou uma cadeia para os psicopatas, devem com certeza saber do meu histórico sujo

As algemas finalmente foram liberadas.

Era a primeira vez em dias que eu conseguia sentir meus pulsos livres, e mesmo assim, a sensação de aprisionamento não ia embora. Me virei, encarando o guarda que estava bem na minha frente, jovem e inexperiente.

- Você deve ser novato, não? Nunca te vi por aqui - disse com a voz baixa, mas com um tom sedutor, tentando atrair sua atenção. Um pequeno sorriso se formou no meu rosto, mas ele não chegou aos meus olhos. Se ele cair nessa, está ferrado.

O garoto me olhou confuso, mas a resposta veio fácil, como se estivesse pronto para se entregar. Que idiota.

- Eu entrei aqui semana passada - respondeu, me entregando tudo que eu precisava saber. Novato e ingênuo. Perfeito.

- Ah, então você já deve conhecer os "loucos" dessa prisão - continuei, revirando os olhos como se fosse um tédio estar ali. Cada palavra ensaiada, cada movimento calculado.

Ele franziu o cenho e retrucou com uma expressão irritada.

- Loucos? Não. Escuta aqui, você não devia tratar assim os seus. Vocês todos são iguais, um bando de psicopatas e sociopatas com minhocas presas nas cabeças.

Tanto faz, otário. Dei um passo mais perto, deixando meu corpo relaxar, como se sua opinião não valesse nada.

- Certo, bebê, tanto faz... mas eu tô meio que apertada aqui, e acho que tu pode me ajudar a resolver esse problema. - Mordisquei o lábio inferior, tentando provocá-lo ainda mais, jogando charme de um jeito que só eu sabia.

Me aproximei lentamente, e antes que ele pudesse processar o que estava acontecendo, entrelacei meus braços em volta do seu pescoço. Se ele não resistir, é aí que ele se ferra.

Senti os braços dele hesitarem antes de envolvem minha cintura. Era isso. Ele tinha caído. Aproveitei a distração, fingindo que ia abraçá-lo, quando, de repente, meus braços se moveram rápido pelas costas dele. Com um único movimento preciso, tirei a arma do coldre dele.

Eu me afastei, segurando a arma firme, com o cano agora apontado direto para a cabeça do pobre novato. A expressão dele congelou em pavor. Ah, finalmente uma emoção interessante.

- Agora, tira a roupa. Agora - disse, a voz carregada de uma ameaça que ele não podia ignorar.

- Por favor... quem você acha que é, hein? - O desespero na voz dele era quase cômico. - Você nem sabe segurar essa arma, sua solteirona de merda.

Eu apenas sorri e ativei a arma, o dedo no gatilho, fazendo um barulho alto e ameaçador.

- Cala essa porra de boca e tira logo essa droga de roupa antes que eu exploda o seu cérebro, imbecil.

O pânico nos olhos dele me dava uma satisfação amarga. Ele começou a se despir com pressa, as mãos tremendo, e eu observava cada movimento, impassível. No fim, todos eles são iguais. Fracos. Medrosos.

Assim que ele ficou completamente vulnerável, me aproximei e, sem hesitar, dei um golpe com o cabo da arma na cabeça dele. Ele caiu no chão com um baque, e eu olhei para ele, já sem interesse.

- E ah, só pra você saber... eu sou comprometida, seu babaca. - Virei de costas, recolhendo as roupas do guarda.

Me vesti o mais rápido possível, escondendo meu cabelo sob o boné e ajustando a farda. Antes de sair, arrastei o corpo dele para um canto escuro do banheiro, onde, com sorte, não seria encontrado tão cedo. Não posso me dar ao luxo de deixar rastros agora.

Saí do banheiro e comecei a andar pelo extenso corredor, sentindo o coração batendo forte no peito. Se alguém me parar, estou ferrada.

- Oi, Sr. Luccas. - Um dos guardas me cumprimentou casualmente enquanto passava.

Apenas acenei com a cabeça em resposta, mantendo o olhar abaixado, escondendo meu rosto o máximo possível. Tímida, certo? É assim que me veem agora. Que piada.

- Sempre tão tímido... - Ele riu, se afastando, e eu continuei andando, mantendo o ritmo calmo. Sem pânico, Amity. Só mais um pouco.

Passei pela última porta e me vi fora dos portões. Consegui. Saí desse inferno de prisão-hospício.

Mas o alarme soou logo depois. Merda. Eu mal tinha dado alguns passos quando um dos guardas me parou.

- Ei! Para onde você está indo?

Eu engrossei a voz, tentando soar mais masculina, e abaixei a cabeça para esconder os olhos.

- Preciso... preciso comprar umas cuecas extras. Aconteceu um pequeno acidente. - Eu quase ri da minha própria audácia, mas mantive a postura.

O guarda me olhou, desconfiado, mas logo deu de ombros.

- Tá certo... vai lá.

Eu continuei andando, cada passo me levando para fora daquele pesadelo. Mas, é claro, que não seria tão fácil assim.

E o alarme ainda ecoava quando o primeiro tiro foi disparado

Droga!

Me abaixei instantaneamente, sentindo o zunido da bala passando perto demais da minha cabeça. O som ecoava pelo local inteiro, junto ao caos. Me joguei no chão, roçando o cotovelo contra a superfície áspera e suja, rolando para o lado enquanto mais tiros explodiam ao meu redor. Respira. Foca.

Não morre aqui, Amity.

As balas continuavam a rasgar o ar, cada disparo parecendo me empurrar para o abismo. Eu me mantinha abaixada, rastejando pelo chão imundo como uma prisioneira que sabia que o tempo estava acabando. Talvez eu seja mesmo uma prisioneira... uma prisioneira dessa merda de vida.

Foi quando o farol do carro surgiu, quase me cegando. O blindado deslizou em minha direção, com a porta se abrindo violentamente, como se fosse um convite maldito. Seja lá quem for, vai ter que me aguentar agora. Ouvi uma voz masculina vinda de dentro, grossa e com uma calma perturbadora no caos.

- Entra logo ou morre aí fora.

Não pensei duas vezes. Pulei para dentro, sentindo meu coração batendo na garganta.

Assim que me acomodei, a porta se fechou com um baque ensurdecedor. O motor rugiu enquanto o carro blindado - Tiamat, como o nome gravado em sua lateral - avançava, deixando o som dos tiros e do alarme para trás, pelo menos por enquanto.

A iluminação dentro do carro era fraca, mas pude ver o motorista. Uma sombra encapuzada com olhos afiados, concentrados na estrada à frente. Ele não me olhou, nem precisava.

- Valeu - resmunguei, ajustando a voz para algo entre gratidão e sarcasmo. - Quem é você, afinal? Não conheço muita gente que arrisca o pescoço por uma fugitiva de merda.

Ele virou-se ligeiramente, ainda mantendo as mãos firmes no volante. O capuz abaixou um pouco, revelando a cicatriz em sua bochecha. Aquele rosto... parecia familiar.

- Sou Eren. E você é Amity, certo? - disse ele, a voz controlada, mas com um leve toque de curiosidade.

Eren? O nome mexeu comigo. Um nome carregado de fúria e tragédia. Perfeito. Estamos todos ferrados.

- Acertou em cheio, Eren - falei, encostando a cabeça contra o banco, tentando processar tudo. - Fugitiva oficial, depressiva ocasional... e uma completa merda em conseguir ajuda.

Ele riu, mas não parecia o tipo de cara que ria de verdade. Era aquele riso seco, quase zombeteiro, como quem entende que a vida é uma piada de mau gosto.

- Bom, sorte sua que eu estava por perto. - Ele acelerou, fazendo o carro desviar por entre os destroços de um bloqueio policial à frente. Que porra de lugar é esse que até a polícia parece parte do circo?

- Sorte? Não sei se chamo isso de sorte, Eren. - Respondi com uma risada amarga. Quem aqui realmente tem sorte? - Parece mais uma forma de estender meu tempo nesse pesadelo.

Mais tiros atrás de nós. As balas ricochetearam contra o Tiamat, mas o veículo aguentava. Blindado. Forte. Eu precisava ser assim... blindada de tudo.

- Acelera, porra! - gritei, enquanto os disparos ficavam cada vez mais próximos. Eu podia sentir as vibrações da estrada se mesclando com o som dos tiros, o calor da adrenalina corroendo minhas veias.

Eren, aparentemente sem pressa, olhou pelo retrovisor e me lançou um olhar frio.

- Relaxa. Esse carro aguenta mais que só balas. Você devia se preocupar mais com o que vem depois. - A frase saiu sem emoção, mas com uma estranha profundidade. O que ele queria dizer com isso?

O carro fez uma curva brusca, quase jogando meu corpo para o outro lado. Segurei firme no banco, tentando me manter equilibrada, enquanto sentia o suor escorrer pela minha testa. Tão típico... estar à beira da morte e ainda assim ser puxada de volta por algum destino doentio.

- Então, o que você vai fazer agora, Amity? Vai continuar correndo? - Eren perguntou, enquanto seus olhos faiscavam no espelho, como se me desafiasse a responder.

Olhei para ele, incrédula.

- Que tipo de pergunta de merda é essa? Claro que vou continuar correndo! Você acha que existe alguma outra opção? - Gritei, tentando não soar desesperada, embora fosse impossível esconder completamente o medo e a frustração. - Sabe, não estou exatamente numa fase de boas escolhas. Só sobreviver já é mais do que esperava.

Eren não respondeu de imediato, mantendo os olhos fixos na estrada. O silêncio entre nós parecia ensurdecedor, carregado de algo que eu não conseguia nomear.

Droga.

De repente, senti o carro frear bruscamente. Olhei para a frente e vi uma barreira de segurança se formando no horizonte, guardas e torres armadas apontadas para nós.

- Merda, merda, merda! - Sussurrei, o coração batendo na garganta. Acabou? Não, não agora.

Eren parecia incrivelmente calmo, o que só aumentava minha raiva.

- E então? Tem algum plano mágico ou estamos indo direto para o inferno? - Soltei a pergunta como uma provocação, mas havia pavor real em minha voz.

Ele sorriu de canto, um sorriso seco e desprovido de humor.

- O inferno? A gente já está lá, Amity. Mas não se preocupe... eu sempre saio de lá. - E com isso, ele acelerou, avançando contra a barreira como se não houvesse amanhã.

Eu me segurei no banco com todas as minhas forças, esperando o impacto. Se vamos morrer, que seja rápido, porra.

Mas Tiamat não falhou. Como uma besta indomável, o carro atravessou a primeira linha de tiros, ignorando completamente as balas que ricocheteavam contra o vidro e o aço. Eu deveria sentir alívio? Porque só sinto que isso não vai acabar bem.

E então, com uma última freada brusca, estávamos do outro lado. O silêncio se fez, mas só por um momento. A calmaria antes da tempestade.

Sem perder nem mais um momento perguntei o que tanto me perturbava

- Porquê estão me ajudando, hãm?

Eu quero saber cada detalhe na verdade, eu estava ficando preocupada em sobreviver agora, o efeito da droga acabou

Então isso que é uma porra de adrenalina..

- Bem-vinda ao lado de fora, Amity. - Eren falou, com uma serenidade perturbadora, enquanto olhava para mim de relance. Lado de fora? Não parece assim tão diferente.

Eu ri, uma risada amarga e sufocada.

- Foda-se, Eren... foda-se essa merda toda.

O silêncio entre nós era insuportável, uma tensão cortante que deixava meus nervos à flor da pele. Eu sabia que Eren me achava estúpida, mas ele que se fodesse. Não era idiota, e essa encenação de "bom samaritano" não ia colar comigo.

- Me responde, porra! - rosnei, meus punhos cerrados até as unhas cravarem na palma. - Por que diabos vocês vieram atrás de mim? Eu não sou burra! Não foi uma coincidência, e você sabe disso! - soltei uma risada seca, cheia de desdém. Eu já tinha vivido merda o suficiente para reconhecer joguinhos quando via um.

Eren apenas me olhava, imperturbável, enquanto outro sujeito ali, uma sombra no canto, permanecia calado. Eu odiava essa indiferença.

- Sabe, Amity... - Eren finalmente abriu a boca, a voz lenta, calculada. - Eu nunca pensei que você e Luz fossem durar. Mas olha só, aqui estamos.

Meu corpo inteiro ficou rígido. O nome de Luz sempre me fazia sentir algo entre raiva e um desespero sufocante. Eren continuou, sem me dar trégua:

- Desde que a mãe da Luz... morreu, eu te procurei. Soube que alguns policiais te pegaram, te esconderam num "buraco qualquer". - Ele fez uma pausa, e seu olhar se estreitou. - Mas a lavagem cerebral não funcionou em você, não é? Agora, eu te pergunto: o que você sabe sobre os Park?

Meu sangue congelou. O quê? O que ele estava falando?

- Nada de relevante - grunhi, tentando manter a frieza. - Aquela idiota acabou com a minha última chance de ter uma família.

- Última chance, hein? - Eren sorriu com desprezo. - Luz Noceda é tua família ou só uma distração conveniente?

Eu me virei de volta para ele, ferida e irritada. Como ele ousava?

- Você se aproveitou dela. - Ele continuou, implacável. - Usou a casa dela, sabendo que Luz te amaria incondicionalmente. E além disso... você ainda trabalhava como espiã. Agora, me diz: você realmente amava Luz? Ou foi só conveniência?

Minha cabeça rodou, meu peito queimando com raiva, mas também com algo mais doloroso: a verdade enterrada lá no fundo.

- Luz Noceda é a única coisa que importa para mim! - rugi, sentindo a bile subir à garganta. - Nunca me arrependi de nada com ela. E se há uma coisa que eu faria mil vezes, seria me aproximar dela, proteger ela.

Eren sorriu de canto. Um sorriso insuportavelmente provocador.

- Você é tão egoísta quanto eu, Blight. No fundo, somos iguais.

- Eu não sou nada como você - cuspi as palavras, cada sílaba cheia de ódio.

Ele balançou a cabeça em negação, e meu estômago se contorceu. Eu odiava estar presa nesse diálogo infernal. E pior, ele tinha razão sobre uma coisa.

- Você quer destruir Willow Park - disse ele. - Assim como eu. E sabe quem mais quer isso? Luz. Mas adivinha? Ela está presa de novo.

Eu parei. Cada palavra dele era um soco. Luz de volta à prisão... e sob o controle de Willow?

- Willow está usando Luz para o jogo dela, como sempre - Eren continuou, agora sua voz soando quase cruel. - Luz se recusou a se aliar aos Park, e por isso voltou para aquele inferno. E você... acha que pode salvá-la? Boa sorte, Amity. O tempo está se esgotando. E ela? Bem, ela não vai sobreviver se você não se mexer logo.

Minhas mãos tremiam. O sorriso nos lábios de Eren aumentava enquanto ele estendia a mão para mim, esperando que eu fizesse o mesmo.

- Eu preciso de Luz viva para atingir meus objetivos. E você... você precisa dela para continuar viva.

Eu demorei a responder. Cada fibra do meu ser queria socar aquele sorriso da cara dele, mas no fundo, eu sabia. Ele estava certo. E eu estava ficando sem tempo.

Com um aperto de dor e fúria, segurei a mão dele, selando o acordo.

Nunca fui fraca. Sempre teimosa, feroz, mas por dentro? Por dentro, eu estava quebrada, fadada aos erros alheios e ais meus erros sobretudo. Luz era minha única âncora, e sem ela, não há mais nada além de um abismo. Eu me jogaria nesse abismo se fosse preciso.

[...]


[ Pov Luz ]

A 104ª flexão terminou com meus braços tremendo. Cada músculo gritava em protesto, mas eu não ia dar o gosto de cair de cara no chão. Não na frente desses desgraçados. A porta da cela rangeu, e lá estavam eles, sempre prontos para me lembrar do meu lugar.

- Noceda, sempre tão resistente. Vamos lá, não criemos problemas hoje, certo? - O carcereiro mais próximo, um idiota de sorriso sujo, disse com um tom que me dava ânsia. - Ou você quer que a gente tenha que te "educar" de novo?

Eu ergui o olhar, semicerrado. Não valia a pena responder. Ele adorava provocar, adorava ver se quebrávamos. E eu? Eu já estava quebrada faz tempo.

- Cala a boca e me leva logo - rosnei, a voz saindo rouca de cansaço. Ele riu, um som que soava como unhas arranhando vidro.

As algemas apertaram meus pulsos, o metal mordendo a pele já marcada de tantas sessões "educativas". Levantaram-me à força, e eu os segui pelo corredor, sentindo o gosto metálico de sangue ainda preso na minha língua.

A multidão estava lá, como sempre, clamando meu nome. Eu já não escutava. Já não ligava. O verdadeiro inferno estava na minha cabeça, nas memórias que não me deixavam em paz.

- Finalmente... doce cela. - O sarcasmo gotejava da minha voz enquanto inspirava o ar viciado e mofado. Aquilo era o mais próximo de "lar" que eu tinha agora.

- Noceda, seja bem-vinda de volta - zombou uma das prisioneiras ao fundo. Aquela mesma voz irritante de sempre.

Lancei um olhar de canto para ela. Era Jéssica. Sempre testando meus limites.

- Não vai me dar um beijo de boas-vindas, querido? - Ela deslizou a mão pelo pescoço, provocativa, com um sorriso torto.

Me aproximei lentamente, os olhos cravados nela, sem expressão. Quando parei à sua frente, me inclinei ligeiramente.

- Quantas vezes... - murmurei com os lábios quase encostando nos dela. - Tenho que te dizer... que tenho NOJO de você?

Ela deu um passo para trás, surpresa. Eu sorri, um sorriso sem calor, sem vida.

- Sou comprometida, porra. Se toca.

Joguei-me no colchão, o corpo finalmente cedendo à exaustão, e virei de costas para ela. Ouvi suas risadinhas frustradas, e os outros zombando dela em silêncio. Não me importava.

Amity. Só ela ocupava minha mente agora. Meu coração, o único pedaço de mim que ainda batia, que ainda sentia algo além da raiva, chamava por ela.

Eu fechei os olhos. Saudades. Maldita saudade. A dor de estar longe dela era pior que qualquer tortura física que esses filhos da puta podiam inventar. E eu sabia que, no fundo, a única coisa que me mantinha viva era a esperança, mesmo que distante, de vê-la de novo.

- Noceda! - a voz de um dos carcereiros soou atrás de mim. Não me virei. - Tá me ouvindo, ou ficou surda agora?

- Fala logo, imbecil - murmurei, sem paciência.

- Cuidado com a boca, mocinha. Não sou eu quem deveria temer aqui. Mais uma palavra atravessada e a "educação" continua - ele disse, aproximando-se demais. Senti seu hálito quente na minha nuca.

Girei o corpo num impulso, com uma violência que até me surpreendeu, e avancei, o metal das algemas chocando-se contra o peito dele, deixando-o desnorteado por um momento.

- Tenta a sorte, então. Me quebra, porra! Não é como se já não estivesse em pedaços - rosnei, os olhos ardendo em pura fúria.

O silêncio caiu como uma lâmina entre nós. Ele recuou, talvez percebendo que já não restava muito de mim para ser quebrado. Não fisicamente, pelo menos.

E finalmente soltou as algemas se retirando da cela, no entanto

A culpa da morte da minha mãe pesava sobre mim, afundando-me a cada segundo. Todos acreditavam que fui eu. Que eu matei a mulher que me deu a vida. Que ironia. A única verdade que ninguém via era que foi ela... Willow Park, manipulando tudo. E mesmo assim, não consigo fugir do fato de que minhas mãos estão manchadas com o sangue de quem eu mais amava.

E Amity... Se ao menos pudesse vê-la de novo. Ou tocá-la, só mais uma vez...

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