Por Edu

- Então, Alonzo, me diga quem te ajudou nessa trama. Porque isso tudo me parece uma verdadeira novela.

- Ah, mas não é! E os personagens principais são sem graça perto dos coadjuvantes, sem dúvida eles são os melhores que pude ter.

- Acho melhor você falar logo, porque tenho a impressão que você enchendo linguiça e ninguém realmente lhe ajudou em nada.

- Ah, gostei da estratégia, muricinho. – O bandido deu uma gargalhada. – Sei o que está tentando fazer. Mas não se preocupe, vou revelar tudo.

- É mesmo? Então conte.

- Bem... depois de ficar um bom tempo fora do país, meus contatos me direcionaram a uma mulher rica que tinha interesses em destruir a minha deusa Malu. Então fui atrás dela, e foi prazeroso compartilhar maldades com essa mulher.

- O que ela tinha contra a Malu? Diga, Alonso? Quem é essa mulher?

- Essa mulher tinha motivos de sobra para não deixar você ser feliz com a Malu. A minha deusa se enfiou numa enrascada familiar.

- Como assim?

- Tinha um coroa que estava gostando da Malu, e a mulher não gostou disso. E depois um cara, mais jovem... digo você, Eduardo, se apaixonou pela Malu e aí foi a gota d'água.

- Não estou entendendo nada.

- Olha, essa mulher sempre foi próxima de você, muito mesmo. – Alonzo deu uma gargalhada. – Não sei como nunca pode perceber o quanto ela manipulava sua vida. Mas só com a sua ida para o exterior e que isso cessou um pouco. Entretanto, com seu retorno, ela mexia os pauzinhos... Você achava que tomava as decisões, só que era ela que encaminhava tudo na sua vida.

- Como? - Eu estava ficando perplexo... Quem era essa mulher?

- Em suma, a mulher manipulou um bom tempo da sua vida, e agora que você está no Brasil a meta dela e poder controlá-lo novamente.

Enquanto Alonso contava tudo o que precisou fazer e como foi ajudado de forma descarada, só duas pessoas rodavam em meus pensamentos. Só uma delas poderia ter feito tudo àquilo para me controlar, mas se uma dessas fosse minha progenitora esta não teria perdão.

Para minha surpresa até o pai da Malu estava envolvido nessa maracutaia. Alonso disse que essa mulher usou o pai da Malu como marionete. A verdade era que Bernardo Antunes nunca quis se aproximar da filha, só fez aquilo por dinheiro. Nesse momento ao ouvir tal coisa caí de joelhos rendido diante de tanta maldade. Já não conseguia escuta mais nada.

Como o ser humano podia fazer tanta maldade?

Eu pude ver nos olhos daquele desgraçado que tudo aquilo era verdade.

Sempre soube que pessoas podiam ser más, entretanto, nunca pensei que elas poderiam estar tão próximas de mim. Mas meus pensamentos se dissiparam quando ouvi a voz da Malu a me chamar. Então me levantei o mais rápido que pude e segui até ela.

A estavam levando para a ambulância para fazer exames médicos em um hospital, para saber se os bebês se encontravam bem. Eu ia deixar Alonzo de lado naquele momento, independente de quem queria nos fazer mal, minha família vinha em primeiro lugar.

***

Por Policial Motta

Depois que o Doutor Eduardo saiu para acompanhar sua noiva, eu e alguns agentes continuamos a ouvir as confissões que Alonzo Algámez. O cara contou verdadeiras barbaridades, mas o que me assustou foi a forma que ele coagiu um casal de funcionários a deixá-lo entrar na clínica.

O cara teve a audácia de sequestrar a filha do casal, mantendo-a em cativeiro para com isso receber ajuda, informações e passe livre na entrada da clínica.

Sem dúvida ele era um maníaco.

- Então você sequestrou uma criança para obter ajuda dos pais? – perguntei olhando dentro dos olhos do safado.

- Sim.

- Você não ficou com pena da criança?

- Olha, policial... qual seu nome mesmo?

- Motta... Agente Motta.

- Então, agente Motta, eu não tive pena e não tenho. Os meios justificam a causa. Além do mais, a menina estava sendo cuidada em um hotel de luxo, fiz até uma coisa boa, proporcionei dias de princesa para aquela pirralha.

Eu queria poder bater no cara, mas não era assim que se trabalhava.

- Okay. Mas nos conte quem foi à pessoa que o ajudou nessa verdadeira trama de novela.

- Penélope Bacellar, amiga, amante e cúmplice em tudo. Mas ela não foi a única a me ajudar, porém essa outra pessoa vocês nunca descobriram quem é. - E ao afirmar isso, Alonzo soltou uma gargalhada de escárnio.

- Não pense que você ficará impune, Alonzo, nem você e nem que te ajudou. Pois vamos atrás. Rico ou pobre, vai pagar. Infelizmente no Brasil ricos assim como você e tantos outros tem a certeza da impunidade, entretanto tenho um recado: Não ficaram impunes.

- Motta... Motta. Minha família é influente, conhecemos pessoas que conhecem pessoas. Se você quer achar que ficarei muito tempo na cadeia, ledo engano seu.

- Então veremos quem rirá por último, Alonzo Algámez. Você está preso, tem o direito a ficar em silêncio, pois tudo que disser pode ser usado contra você em um tribunal. Você tem direito a um advogado e se não puder pagar, será designado algum defensor.

Ordenei que os agentes o algemassem e o encaminhassem até a delegacia da PF. Hoje Algámez veria o sol se pôr quadrado.

***

Enquanto isso numa suíte do hotel Hitz...

Nem estava acreditando que logo estaria desfrutando de tudo o que eu realmente merecia. A vitória está basicamente completa, só faltava Alonzo me confirmar que sequestrou a gorda e tudo estará finalizado.

Ele levaria aquele poço de banha para longe e "Euzinha" largaria o estorvo do Lauro. E o Grand Finale, seria reconquistar meu querido Eduardo.

Então só me restou abrir uma garrafa de Chadon e entrar na banheira, para assim antecipar as comemorações da mais aguardada das conquistas. A água estava deliciosa, na temperatura correta.

A plenitude do momento se estendeu por 30 minutos até algum idiota interromper meus lindos sonhos tocando a campainha, resolvi ignorar. Entretanto, não adiantou muito, pois a mesma tocava insistentemente. Então, saí de meu delicioso banho faceiramente, pois poderia ser uma boa notícia.

Mas ledo engano ao abrir a porta, me deparei com um homem lindo, porém ao ver o distintivo pendurado em seu pescoço, senti um frio na espinha, mas não iria demostrar.

- Boa tarde, em que posso ajudá-lo? - ainda matinha minha taça de chandon nas mãos.

- Senhora Penélope Bacellar?

- Sim, querido. Em que posso ser útil?

- Sou o agente Albuquerque da Policia Federal. A senhora está presa.

E nisso meu corpo todo enfraqueceu e a taça que estava em minha mão foi ao chão.

- O quê?

- Por favor, queira se trocar e nos acompanhe.

Como já não tinha nada a perder, lancei minha última carta, com uma parcela de cinismo que só eu tinha. Abri meu roupão tentando assim seduzir o policial que estava em minha frente, quando direcionei minha mão para tocar em seu peito, fui agarrada no braço por ele.

- Nem tente, Senhora Penélope! - Ele foi enfático.

- Seu bruto, está me machucando! Eu não estava fazendo nada! - Ele me mantinha segura.

- Agente Priscila, algeme a suspeita. Senhora Penélope, além de todas as acusações que lhe são imputadas, terá um agravante por tentar seduzir um agente público em exercício do dever.

- Isso é calunia! Jamais faria tal coisa! Sou uma advogada! Quero um representante da OAB aqui!

Nesse momento um homem saiu do nada.

- Eu sou o representante da OAB/RJ e diante de sua atitude, Doutora Penélope, não posso fazer nada.

E assim, fui levada injustamente para a delegacia da PF.

Eu mato aquela gorda! 

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Ai Meu Deus!!!! voltamos..... para finalizar esse livro! Falta 3 capitulos  e o Epilogo!!!!

Não nos matem!! amamos vocês e agradecemos pela compreensão!! Até o próximo Bombástico Capitulo!!!

Beijinhosssss ♥Lu e ELiz♥