Capitulo 61 - Um átimo de segundo...
Por Edu
Depois dos tiros não teve quem me impedisse, corri o mais rápido que pude e assim como eu, vários agentes se movimentavam rapidamente em direção a um pequeno tumulto. E ao me aproximar, pude ver que haviam três pessoas caídas e Malu era uma delas.
- Chamem um médico! – um agente gritava e tentava comprimir um ferimento no abdômen do agente Castro.
- A moça está desacordada! – alguém gritou, mas eu já estava perto dela.
- Amor, acorda? Malu, por favor, não me deixe. - Eu comecei a chorar.
- Abram espaço, por favor! Os médicos estão aqui – uma moça loirinha gritava. – Malu! Ai, meu Deus! – Ela se aproximou de nós.
- Você conhece a minha noiva? – perguntei.
- Sim, somos amigas! Ela ia me ajudar... – A moça soltou um soluço de choro. – Nós vamos ajudar.
E então tudo virou uma correria. Os médicos da própria clínica começaram a prestar os primeiros socorros. O pilantra do Alonso estava caído um pouco distante de onde estava Malu e o agente Castro. Eu estava preocupado e segurava a mão da minha mulher que se encontrava desacordada no chão.
O médico me disse para me acalmar, pois era um simples desmaio, ela já tinha voltado a consciência, mas desmaiou de novo pois a pressão estava baixa. Malu, foi a única que não teve ferimentos a bala, graças ao agente Castro que de forma corajosa, trombou em Alonso em um movimento por trás, o fazendo perder o equilíbrio. O criminoso soltou Malu de forma abrupta fazendo com que ela caísse, mas o agente Castro amorteceu o impacto do corpo dela. Parecia uma cena tirada de novela, mas era real.
Ouvi um dos agentes comentando que Alonso foi alvejado no braço e na perna, pois tentou atirar na Malu. Os tiros foram certeiros com o intuito de desarmar o criminoso e causar o menor dano possível. O agente Araújo me relatou que mesmo atingido, Alonso disparou dois tiros em direção ao agente Castro, que protegia minha mulher dos disparos. Mas por sorte só uma bala atingiu o agente no abdômen, infelizmente o colete não suportou a bala. Coisa que causou estranheza nos demais agentes, e até uma sindicância deveria ser aberta.
Depois de ver tudo o que aconteceu e tendo a certeza que Malu estava bem, algo de muito louco me acometeu. Um ódio descabido e desenfreado se apossou de mim e num átimo de segundo, eu já estava seguindo para onde o crápula do Alonso estava sendo medicado e desferi o primeiro golpe.
Um soco certeiro, em sua mandíbula...
Homens tentavam me conter, mas não parei. Foram seqüências de socos e ele simplesmente gargalhava a cada soco que recebia.
Eu estava furioso, queria matá-lo.
- Eduardo, pare, você vai matá-lo – pude ouvir Jason gritar e tentar me segura.
- Eu preciso saber o porquê de tudo isso, Jason! Esse homem vai ter que pagar pelo que fez. - De repente senti braços em volta de mim e um puxão.
- Calma, Doutor Alcântara, assim você mata o cara e vai preso! – um agente gritou, comigo e uns três caras estavam me segurando.
- Está bem. Eu vou parar, mas esse desgraçado vai me dizer o porquê disso tudo! – falei em direção ao Alonzo que estava deitado, ainda rindo.
Os homens me soltaram, porém ficaram perto o suficiente para me segurar caso eu tentasse agredir o safado novamente.
- Eu quero saber o porquê de tudo isso sem bastardo? – Olhei-o com ódio.
Para surpresa de todos, Alonzo se arrastou até uma parede próxima e se apoiou, para tentar ficar sentado. Mas seu sorriso de deboche não saía do rosto e era claro que ele estava se divertindo com tudo. E de repente ele começou a falar:
- O almofadinha do Alcântara batendo em alguém? Nossa, isso é algo surpreendente vindo de você, "senhor perfeito".
- Cara eu não te conheço! Nunca o vi na vida, então, não fale sobre mim.
- Ah, mas eu sei tudo sobre você, mesmo sem o conhecer pessoalmente. – Ele riu, e depois gemeu de dor.
- Por que você está atrás da Malu? Não chega tudo o que você já fez de mal a ela?
- Sabe, Eduardo, eu sou um cara muito centrado nos meus objetivos, e custe o tempo que custar, eu sempre os alcanço. A Malu sempre foi a certinha do escritório dela, e isso sempre foi matéria de intriga entre seus colegas, e um deles era meu amigo. Jonas... Cara bom, mas queria trepar a todo custo, então ele me contou a tara pela Malu, disse que queria minha ajuda.
- Ajuda? – Eu estava sentindo nojo do relato.
- Sim... Ajuda. Eu comeria a Malu e depois seria fácil outro chegar nela. Então comecei a pesquisar sobre a minha futura aquisição sexual. Foi algo simples, já que meu pai era amigo dos donos da empresa que ela trabalhava. Eu não queria informações do Jonas, era lerdo e poria tudo a perder diante da sede que ele estava em comê-la.
- Então isso era simplesmente um jogo.
- Ah, meu amigo... nada é um jogo para mim. Tudo é um desafio. Mas, continuando, quando eu levantei tudo sobre a menina pobre que lutou e estava tendo ótimas oportunidades, resolvi que queria ela só pra mim. Então fiquei sabendo que a empresa estaria dando uma festa. Hummm, a festa... Aquele dia que a vi meu mundo parou, eu já tinha visto fotos e filmagens, mas vê-la pessoalmente aumentou... elevou meus instintos predatórios.
- Instintos predatórios? Cara, você estava se preparando para estuprar uma menina!- Eu estava possesso com o tal de Alonzo.
- Veja bem... eu não falei que ia estuprá-la, disse que ia transar com ela. Me deixa terminar essa parte, você é bem chato me interrompendo, almofadinha.
- Deixe ele falar, Eduardo. – Jason falou em meu ouvido. – Assim já temos uma confissão. – Ele me mostrou o celular gravando.
- Ok, Alonzo, prossiga em seu monologo.
- Obrigado. Então, como estava dizendo... Assim, quando a vi, sabia que tinha que ter aquela mulher pra mim. Era tudo o que sempre sonhei, mas era mais linda... tudo muito grande. Peito, bunda, boca... Eu parei na dela. Só que foi difícil chegar nela, cercada de amigos e tinha um que não desgrudava dela, parecia seu cão de guarda, então vi que não seria muito fácil. Quando lembrei que tinha em minha carteira um comprimido de calmante, não foi planejado, entretanto confesso que veio a calhar. Seria bem rápido o que faria com ela.
- Hmm... – Eu olhava para o cara e só conseguia ver um cara que deveria ter tudo de mão beijada.
- Então tudo estava correndo tão bem, Malu tinha seguido para o lounge, onde havia pessoas pagas para manter nossa privacidade. Ela estava na minha, fiz até uma brincadeira com o nome dela. Mas depois da bebida a gata ficou bem sonolenta devido ao remédio, e quando ela apagou eu vi minha chance de triunfo, mas, ledo engano, o desgraçado do cão de guarda dela apareceu. Lembro bem do nome do idiota. Miguel.
- Você planejou tudo? Como você pode? – Meu ódio estava aflorando novamente.
- Como eu pude? Deixa de ser idiota! Tenho tudo o que quero e com ela não seria diferente!
- E agora você voltou para concluir o seu ato de monstruosidade não finalizado do passado?
- Você acha mesmo que era só isso? Que eu queria comer ela e fim? Meud planos envolviam mais, queria uma vida ao lado dessa mulher, queria Malu como minha... mulher, amante, esposa. Mas você chegou e começou a acelerar meus planos.
- Seus planos?
- Sim, Eduardo bobão... eu tinha um plano e muitas pessoas me ajudaram a chegar até aqui.
- Pessoas? Quais pessoas?
- Você vai se surpreender, almofadinha. - Ele riu debilmente e fiquei arrepiado só de imaginar.
Quem ajudou Alonso?
Quem estava nos traindo?
Tudo estava estranho e suspeito...
Beijos e até o próximo capitulo......
Eitaaaa esta faltando só 4 capítulos!!!!! assim a gente acha rsrsrsrsr.
♥Lu e Eliz♥
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