Capítulo 34 - Destilando Veneno
Estava a ouvir o som do despertador que tocava, estridentemente, mas eu já me encontrava acordada. Levantei-me, mesmo sabendo que ainda eram seis da manhã, fui até a cozinha para colocar a cafeteira para funcionar. A casa estava em um silencio profundo, mas eu precisava adiantar o café da manhã.
Fui verificar o que tinha na geladeira, coloquei tudo que me interessou sobre a ilha da cozinha e retornei ao meu quarto para tomar um banho e me arrumar. Eu já tinha uma roupa em mente para o dia, era um vestido cinza com detalhes preto e um cintinho fino. A roupa era própria para os dias de calor que estavam despontando no Rio de Janeiro.
Depois de devidamente banhada e arrumada, fui para a cozinha preparar o café da manhã. Torradas, geléia, ovos mexidos e suco de laranja. Seu Barbosa veio entregar o pão que estava quentinho, fiz um chocolate quente, pois estava com uma vontade enorme. Quando estava começando a arrumar a mesa, minha tia e Lia já devidamente arrumada, despontavam na entrada da cozinha.
- Bom Dia! Meu Deus, café da manhã pronto. Obrigada querida – minha tia veio e me beijou.
- Eu ajudo a pôr a mesa mana, o cheiro está divino. – Minha menina estava tão linda e cheia de entusiasmo e eu admirava isso pois eu era muito ao contrário disso.
- Okay, Lia põe a mesa e tia sente-se. Hoje você será paparicada – minha tia sorriu e sentou-se, fomos arrumando tudo.
O café da manhã foi uma delícia, rimos e conversamos bastante. Eu sentia falta disso quando viajava e sinceramente estava ficando entediada com minhas viagens a Curitiba. Eu não queria ficar mais tão longe da minha família, mas em compensação Edu, seria quem eu começaria a ver menos quando minhas viagens até minha segunda casa cessassem.
No horário combinado, Edu já estava a minha espera na entrada do prédio. E seu Barbosa estava a postos, para a famosa frase "por ali passou seu Barbosa registrou! ". Mas esperta como sou, dei um bom dia muito rápido e segui até meu namorado.
- Bom dia – fui até Edu e o abracei.
- Bom Dia, você está linda! – Ele me abraçou e me beijou.
- Obrigada, você está maravilhoso também.
- Acho melhor irmos, senão vou querer ficar namorando ao invés de trabalhar.
- hum... isso é bom... mas vamos, eu ainda tenho que aturar aquela louca da Penélope. – Edu ficou sério e fomos seguindo até o carro.
- Malu, mais tarde gostaria que você procurasse uma brecha na sua agenda para podermos conversar, tem algo que ainda não esclareci com você. – Edu estava locomovendo o veículo enquanto íamos conversando.
- Tudo bem, vou ver com a dona Rejane. Mas se quiser adiantar alguma coisa aqui no carro mesmo, eu não vejo problema. – dei um sorriso travesso, mas pela cara do Edu não ia rolar.
- Amor, no carro não é lugar de discutir certas coisas. Mas se você marcar um horário posso te recompensar depois. – meu lindo namorado me deu aquele sorriso de lado que tanto amava.
- Okay, espero a conversa e a recompensa – dei um beijo em seu rosto e seguimos para o escritório.
Ao chegar em minha sala, solicitei que dona Rejane avisasse a Penélope que a reunião seria em minha sala, pois Marcos, um de meus assistentes também participaria. Mesmo sabendo que a mocreia da Bacellar iria reclamar, pela transferência da reunião, mas eu nem me importava, pois, a sala da jaburanga estava fora de cogitação. Meu pensamento foi interrompido pela forte batida em minha porta.
- O que você pensa que está fazendo? – Penélope realmente era um ser desagradável.
- Bom dia para você também Penélope – sentei-me
- Bom dia? Você transfere a reunião de sala, sem me consultar e acha que é um bom dia? – ela estava vermelha cuspindo fogo.
- O dia está lindo, mas pelo visto você se encontra azeda. Mas vamos esclarecer algo. – Respirei fundo pois estava tendo um desconforto estomacal daqueles. – Eu preciso de um número maior de pessoas nessa reunião e sua sala não vai comportar todos, e sinceramente não importa aonde será a reunião, pois o que está em xeque são os contratos que vão favorecer a empresa e não nossos caprichos.
- Quem mais você chamou para reunião? – Ela estava vermelha de raiva.
- Seis promissores estagiários e o Marcos. – E a sem noção revirou os olhos.
- Sinceramente não sei para quê uma esquadrilha de estagiários, para mim são todos incompetentes. E ainda de quebra o "mala" do Marcos, seu gosto por assistentes é horrível.
- Acho que você não falaria isso se o Marcos tivesse lhe dado bola – ela se virou com muita raiva em minha direção – e outra você já foi estagiaria um dia para que essa coisa de falar assistente jurídico.
- É pelo jeito você está toda confiante depois que começou a namorar o chefe. – Lá vinha veneno. – mas acho que seu querido namoradinho estaria melhor com a ex-namorada.
- Acho bom você não mexer em casa de marimbondo "querida", porque eu posso picar com força. Gostaria só de lembra-la que nunca precisei de namorado para lhe colocar no seu devido lugar. Edu é só a cereja do bolo, porque eu sempre vou me defender.
- Hum... que bonitinho, mas deixemos então essa conversa para o final da reunião porque tenho coisa á lhe dizer.
- Não. Essa conversa termina aqui e agora. – Nesse momento alguém bate à porta. Dei permissão para entrar, era o Marcos e a equipe de estagiários.
- Bom dia. – todos falaram em uníssono.
- Bom dia pessoal. Vamos ao que interessa. Já que não precisamos de devidas apresentações pois todos aqui conhecem a doutora Bacellar. – Eles confirmaram com a cabeça.
E iniciamos a reunião, sinceramente Penélope era boa em sua área, mas estava deixando algumas pequenas brechas jurídicas, que foram devidamente detectadas por meu corpo de estagiários que estavam averiguando alguns contratos pendentes. Mas a Bacellar, não baixava a guarda mesmo sabendo que de certa forma, sanamos um eventual processo contra o escritório caso, umas das empresas descobrissem a falha.
Marcos acompanhava a tudo calado e quando precisava falar algo se reportava, diretamente a mim. Eu gostava da forma como ele tratava a cada estagiário, dando autonomia de trabalho. Mostrando que eles não eram somente minúsculas peças. Mas eram importantes, para toda a engrenagem organizacional da empresa. Depois de discutirmos uma estratégia para sanar qualquer eventual problema, dispensei o pessoal, pois já passava das 13:00 e ninguém havia almoçado.
Eu estava pasma normalmente nossas reuniões iam até as 11:00, pois começou as 09:00, mas devido ao problema urgente, foi necessário. Mas a mocreia permaneceu sentada em minha sala, e eu já sabia que a maluca não ia me deixar em paz. Eu devia era contratar um segurança para me livrar de loucas como a Penélope.
- Penélope, pode ir. Como pode ver a reunião já estava encerrada.
- Sim eu sei... mas acho que temos uma conversa pendente.
- Não temos nada pendente.
- A mais eu só quero te perguntar uma coisinha. – Ele se aproximou de mim. – Como é pegar o ex-namorado da pessoa que você mais odeia?
- Não me faça rir, eu com um ex-namorado seu? Você não está bem não né?
- Querida estou ótima, pois eu descobri que ele, nem coragem teve de lhe contar. - Meus instintos ficaram aguçados. – O seu querido Eduardo, é meu ex-namorado, ex- noivo. Eu provei daquele ali muito antes de você, então baby, não pense que está por cima da carne seca, porque você nunca vai estar. – e dizendo isso a jaburanga, saiu.
E eu fiquei sentada em minha cadeira, digerindo tudo que tinha acabado de ouvir. Entretanto eu não queria acreditar, que o meu Edu, o meu amor já tinha sido daquela mulher desprezível, que só sabia diminuir as pessoas. Lágrimas começaram a correr de meus olhos sem autorização devida, mas eu não me importava.
Eu só queria que o Edu dissesse que tudo aquilo era uma mentira.
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Voltamos!!!!
capitulo novinho para nossas nossas lindas companheiras!!
Mas não fiquem triste voltamos antes da virada do ano!!!
hahahaha, estamos boazinhas então aproveitem!!
Comentários e votos, são bem vindos!!
**** só para ficarem por dentro graças a vocês leitoras fiéis,
estamos em #158 no Ranking de Romance!!! Hurullllll estamos muito Top.
beijusssss
Lu e Eliz
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