Capitulo dedicado a elizangelamartins96 e a Deboraxz
Feliz Aniversário meninas!!!
Por Malu
― Como? ― Eu deveria estar louca, pois tive a leve impressão de ter ouvido o Edu dizer que era o novo sócio. ― Querido, adoro seu senso de humor.
― Não estou brincando Malu. ― Ele estava realmente sério. ― Eu disse que queria sinceridade nesse relacionamento.
― Oh meu Deus! Isso só pode ser um pesadelo! ― Eu coloquei a mão na boca para que não saísse nenhum palavrão. Não era adepta de palavras chulas, mas diante da situação quase soltei um.
― Malu... ― Eu o calei no mesmo instante.
― Não, não fale nada! ― Uma lágrima idiota queria sair, mas eu não deixaria.
Saí de perto dele e segui até a porta de vidro que dava para uma varanda. Fiquei olhando para o horizonte tentando de alguma forma processar essa revelação que, embora de um ponto de vista fosse algo simples, de alguma forma, poderia mudar a nossa relação.
Senti ele se aproximar, mas não consegui encará-lo, pois estava chateada, não com o fato de ele ser o sócio, e sim porque demorou tanto para me dizer isso.
Será que era um sinal de que o Edu não confiava em mim o suficiente? Nossa, minha cabeça estava em um turbilhão de pensamentos.
― Acho que precisamos esclarecer as coisas. ― Ele me abraçou por trás e encaixou sua cabeça na curvinha do meu pescoço ficando com a boca bem próxima ao meu ouvido. ― Para início de conversa, o pedido para que não fosse revelado quem era o novo sócio, partiu da minha família, especificamente do meu pai e eu o apoiei nisso.
― Mas... por quê? ― falei em um fio de voz.
― Primeiro queríamos sondar o escritório, ver como funcionava e se existiam coisas escondidas. Isso é muito normal em alguns países, até porque há pessoas que querem, muitas vezes, se aproximar do chefe para obter vantagens.
― Eu serei vista assim, não é? ― No mesmo instante Edu me virou para ele.
― Nunca mais repita isso! Nunca mais! ― Ele me olhava intensamente demostrando uma veneração e um cuidado que faziam com que meu coração batesse em descompasso. ― Malu, você foi a melhor coisa que me aconteceu em dois anos e não vou deixar você usar essa minha condição de sócio para se afastar de mim.
― Isso vai ser complicado, Edu. Se já tinha receio de como iria me comportar namorando um colega de trabalho, imagina o meu namorado sendo o sócio, meu patrão?! ― Ele sorriu.
― E desde quando as coisas não são complicadas? Tudo com a gente não é fácil, não é mesmo, doutora Botelho? ― Tinha de concordar, ele tinha razão.
― É verdade, nunca são.
― Então, pare de ficar sofrendo por antecipação e preocupada com os outros, deixa as coisas fluírem. Pode ser? ― Eu confirmei.
― Tem mais alguma coisa que você tenha que me dizer? Por que não quero ter mais surpresas. ― Nesse momento percebi que o semblante do Edu mudou.
― Tem. ― Ele segurou minha mão e me guiou até a varanda, onde sentamos em um banco. ― Malu, eu ainda não estou pronto para dar todos os detalhes do que ocorreu, mas existe uma pessoa naquele escritório que já me conhecia. ― Eu me remexi no assento. ― Mas eu só descobri isso no dia da festa de boas-vindas, eu nem imaginava que encontraria essa pessoa lá.
― Ai, Edu, fala logo! Estou tendo um faniquito de ansiedade! ― Ele riu, mas de uma forma charmosa.
― Bem, a pessoa que me conhece é... a Penélope. ― DROGAAAAA! Eu precisava gritar e Edu percebeu minha aflição. ― Ei, fica calma! Você conhece a Penélope? São amigas?
― Eu? Amiga daquela Jaburanga! ― Edu estava me olhando pasmo. ― Caramba, eu só posso ter dedo podre, porque tudo me atrai para esse ser sem luz da Penélope! ― Foi aí que o Edu caiu na gargalhada.
― Malu... Jaburanga? Ser sem luz? Você quer me matar de tanto rir? Da onde você tira essas coisas? ― Eu estava tentando ficar séria, mas ao ouvir a risada dele acabou me contagiando e começamos a rir igual a dois adolescentes, que ficam rindo sem um motivo aparente. Quando a risada cessou o que nos restou foram nossas barrigas doloridas.
― Olha, Malu, o que posso te adiantar sobre ela e que nós fomos próximos.
― Nossa, eu realmente tenho dedo ruim, meu namorado foi próximo da minha desafeto no escritório. ― Eu balancei a cabeça negativamente não acreditando no que eu estava metida.
― E o que mais devo saber sobre vocês?
― No momento é só. ― E nesse momento vi o semblante do meu namorado mudar para uma tristeza que nunca presenciei em seu rosto. ― Eu... eu não estou pronto... não ainda.
― Ei, tudo bem. Quando for a hora, conversaremos sobre isso. ― Essa era eu mesma falando? Não estava me reconhecendo. Beijei-o nos lábios, mas ele ficou me olhando de forma engraçada. ― O que foi?
― Cadê a minha namorada? Porque eu estava esperando uma explosão. ― Eu dei um tapinha na mão dele.
― Seu bobo, eu estou aqui. Mas eu bem sei que tem coisas que são difíceis de ser falar, e vindo daquela... avestruz-gazela coisa boa não deve ser. ― Ele estava sorrindo de novo.
― Meu Deus, mulher, você tem mania de pôr apelido nas pessoas.
― Só nas que eu odeio. ― Ele riu.
― Então vou tratar para que me ame para todo sempre. ― Eu é que tive que sorrir com tal afirmação.
― Não sou uma pessoal fácil, Edu... Para sempre? Tem certeza? ― Ele balançou a cabeça afirmativamente.
― Essa noite, a única certeza que tenho é que quero ficar com você. Vem, vamos entrar, tenho mais uma surpresa. ― Ele pegou na minha mão e me conduziu para dentro.
― Se for comida eu rejeito. ― Ele sorriu, e sentamos novamente à mesa. E como em um passe de mágica, um garçom se materializou ao nosso lado e em sua mão continha uma bandeja com tampa.
― Senhor, aqui está o seu pedido. ― O garçom deixou a bandeja e saiu.
― Edu, eu disse que comida não! ― Ele começou a rir, se levantou lentamente pegou a bandeja e colocou na minha frente.
― Espero que você goste, Luluca. ― Eu arregalei meus olhos, ninguém me chamava assim, só a Lia. Mas não tive tempo de reprimi-lo, pois ele retirou a tampa da bandeja e dentro dela continha uma caixinha vermelha comprida, toda revestida de veludo.
― Edu... o que é isso?
― Só vai saber se abrir. ― Ele ainda sorria. Então com muita cautela abri a caixa e dentro dela havia uma pulseira dourada com três pingentes, um casal de bonequinhos e as letras iniciais dos nossos nomes M&E, e depois disso uma lágrima correu pelo meu rosto tamanha a felicidade em que eu me encontrava.
― É linda, Edu! Obrigada! ― Ele me olhava com uma admiração fora do normal. ― Me ajuda a colocar?
― Nossa, agora gostei de ver, ganhou e já vai usar. ― Eu estendi meu braço direito e ele colocou com maestria a pulseira.
― Você é perfeito! Até colocar pulseira sabe. ― Ele riu. ― Mas espero que essa pulseira não seja para aplacar a raiva que ainda sinto por ter me escondido que era o novo sócio. ― Ele ficou sério.
― Você acha que sou esse tipo de homem? Que compra mulheres com presente? ― Ele ficou brabo e essa era a deixa.
― Eu preciso ter certeza, então acho que vou conferir... ― Então, colei meus lábios com o dele e de uma forma bem urgente pedi passagem e saboreei aquela boca linda e macia que o meu namorado tinha. Quando nos afastamos, eu estava sorrindo.
― Você é muito má, sabia? Me provocou de propósito! ― Eu só podia sorrir mais. Isso era outra verdade. ― Isso terá consequências, doutora Botelho.
― Mais não hoje e não agora, preciso ir para casa Edu. ― Ele me olhou, sem entender. ― Prometemos ir com calma.
― Sim, eu lembro, mas a cabeça poluída é a sua porque o que eu vou fazer vai ser aqui mesmo. Então Edu começou a me fazer cócegas. Aí a parada desandou de vez. Caí de tanto rir e para não cair sozinha, levei ele comigo, e ficamos naquela palhaçada toda até sermos interrompidos por um homem.
― Hum rumm... ― Nós levantamos. ― Espero que vocês tenham gostado do jantar.
― Marco! ― Edu foi até o homem e o abraçou. ― Estava tudo impecável! Obrigado! Você tornou nossa noite perfeita. Venha, quero te apresentar minha namorada, a doutora Malu Botelho.
― Nossa, ela é belíssima! Parabéns, Edu. ― O homem cumprimentou-me de forma calorosa, bem à moda italiana. ― Espero que tenha gostado da comida e que bom que fisgou esse meu amigo, ele é um bom homem.
― Obrigada, estava tudo ótimo. E eu realmente tenho sorte de ter o Edu em minha vida. ― Edu veio ate mim e me enlaçou pela cintura.
― Marco, obrigado por tudo mesmo, mas já temos que ir. Vou passar outra hora para batermos um papo.
― É claro, Edu, ficarei feliz em recebê-lo! ― Nos despedimos e seguimos para casa, cada um para a sua é claro.
***
O dia seguinte ao nosso jantar foi cheio de surpresas, enquanto eu conversava um pouco com a minha tia, um buquê de flores chegou e para lhe fazer companhia, uma caixa de bombons finos com recheio de morango. Quando vi, não pude deixar de rir com a referência à noite anterior, eu estava tão envolta com a surpresa que não ouvi o que minha tia dizia:
― É o amorrrrrr, que mexe com a minha cabeça e me deixa assim ― minha tia cantarolou de forma descontraída.
― Tia, fala sério! Que música mais brega! ― Minha tia sorriu.
― É brega, mas o amor pode ser cantado e proclamado em qualquer época e tempo. ― Ela me abraçou. ― Você vai sentir isso, meu amor... Esse Eduardo me passa uma tranquilidade.
― Que bom, tia. E espero que isso que estou sentindo vire algo maior, porque o Edu me faz bem. ― Eu a abracei.
― Já era hora de abrir esse seu coração, não deixe que as coisas do passado interfiram no seu presente. ― Ela me beija e se encaminha para a cozinha.
Então o dia seguiu seu curso como deveria de ser. Levei a Lia para a escola e segui direto para o trabalho.
O serviço estava bem acumulado e depois verificar com minha equipe o que estava acontecendo, eu e Edu nos encontramos algumas vezes e ele não escondia de ninguém a nossa condição de "namorados", isso era até engraçado. Uns parabenizavam e outros olhavam de forma questionadora.
Quase no fim da tarde tivemos uma reunião com Lauro e Beth, para expomos nossa condição. Mas, para meu total espanto, ambos aceitaram de forma tranquila e fiquei até aliviada em parte, soube por eles também que Penélope estaria no escritório durante toda a semana, pois aconteceria uma reunião geral na sexta à tarde.
***
Sexta feira chegou e eu estava muito feliz. Tudo estava correndo muito bem, mas ainda tinha a reunião no final da tarde e a mocréia da Penélope estaria lá.
Sinceramente, eu estava contente por não ter cruzado com ela nenhuma vez durante a semana e achei até meio estranho, pois eu fui à única que não a vi. Enquanto pensava nisso, uma batia soou em minha porta.
― Posso entrar? ― Era ele. Meu namorado lindo, em um terno Armani cinza claro, com sua barba por fazer e seu sorriso de covinhas, que me deixava perdidamente apaixonada.
― Claro! ― Ele veio até a mim e me beijou de forma suave. ― Já está na hora da reunião? Me perdi em meio a tantos relatórios.
― Não, ainda tem tempo, porém eu quis vir na sala da minha namorada. Não é proibido, é? ― Eu balancei a cabeça negativamente. ― Que bom. ― Ele sorriu. Me levantei e o puxei até o sofá que ficava em minha ampla e enorme sala.
― Edu, você está preocupado em encontrar a Penélope? ― Ele me olha intensamente.
― Não, muito pelo contrário, estou tranquilo e sereno, pois vou estar com a garota mais linda e, diga-se de passagem, gostosa da empresa. ― Eu dei um tapinha nele e comecei a rir.
― Então acho que podemos namorar aqui um pouquinho até a reunião. ― Ele sorriu de forma maliciosa. ― Edu, beijinhos, isso é que teremos.
― Eu sei, mas a porta está trancada?
― Eu o olhei incrédula e ele começou a rir.
― Sua boba, estava brincando. ― Ele sorri descaradamente. ― Mas é importante não deixar as pessoas entrarem sem serem anunciadas.
― Disse à Dona Rejane que só você pode entrar assim direto, pois as minhas ordens são de anunciar qualquer pessoa. ― Ele beijou meu pescoço.
― Então vamos ao que interessa. ― E ficamos ali absortos em nosso mundinho até que recebo uma ligação e meu mundo para.
****
Essa semana foi linda!!
Pois dia 10/11 foi o aniversário da minha amiga, irmã(do coração), companheira de escrita, confidente fiel ELizzzzz....... felicidade é pouco para esse ser humano lindo e cheio de amor, que exala o cheiro da união, apaziguadora, gentil, fofa, guerreira, são algumas das suas qualidades. O que desejo? Tudo de mais puro e lindo para ela hoje e sempre
Beijus da LU.
Salomão disse:"Há amigos mais chegados do que um irmão"
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