Capítulo 8
Eric realmente estava animando seus amigos. Havia chegado Marinete, Nicole e, claro, Alice, amigas de Lilian. Também tinha Lucas, Gustavo e Oquitavio, que chegava a pular que nem uma criança.
- Está bem animado. – Annelise sorriu para sua empolgação.
- Quero que conheça todos, eles são muito legais. – Ele queria criar uma rede de novos amigos para Annelise, ainda não entendia como ela se mantinha distante, tudo que via era sua querida esposa apreciando os convidados de longe.
- Irei conhecer, não se preocupe. - Annelise viu os casais entrando e o nervosismo a fez ficar ao lado de Eric um pouco mais perto. – Só não me deixe sozinha. – Foi um pedido simples, deixando o homem pensativo.
- Não vou deixar. – Resmungo com carinho, já cumprimentei Lucas e Gustavo com toques bem masculinos. Oquitavo, por outro lado, encaro Annelise com certa apreensão. Annelise, de leve, fez uma referência, engolindo um pouco de medo, para cumprimentar as outras damas que vinham.
Quando viu a cunhada, ficou mais tranquila, as demais damas tinham sorrisos confiantes,, deixando um clima mais leve, sra. Alice Austen e, claro, a sra. Nicole Tumarian, duas grandes damas com sobrenomes carregados de história.
- Cunhada, finalmente arrumei a decoração desse lugar. – Marinete passou pelas demais, puxando Annelise para um abraço. – Esse lugar sempre me deu medo. – Eric a viu um pouco mais calma, sorrindo de leve. - Me conte o que perdi, querida amiga.
- Então vamos para uma área mais acolhedora. – Eric os liderou para dentro e Annelise viu Tom passar correndo para as demais crianças que pareciam bem-comportadas como pequenos adultos, deixando-a pensativa. Nem ela, com 10 anos, conseguia ser igual à mãe, como aquelas crianças conseguiam. Alfredo latiu animado vendo mais crianças pulando com alegria.
- Ah, vocês têm um cachorro! – Sra. Tumarian ficou horrorizada. – Meninos, cuidado, eles costumam ser selvagens. – Annelise, não gosto da mulher, quem ousa falar isso do seu Alfredinho? A cara fechada de Annelise e o bico fizeram Marinete rir baixo. - O que foi?
- Meu cachorro não é selvagem. – A voz saiu firme e, com um olhar feio, fez a senhora. Tumarian fechou a cara. – Ele é muito mais bem treinado do que muita gente. – Eric viu o começo de uma guerra acontecer, ninguém fala mal de Alfredinho, enquanto Lucas viu a esposa olhar para a nova condessa.
- Está tentando falar algo? – Sra. Tumarian estreitou os olhos. Alice e Marinete pensaram que veriam a forma frágil de Annelise fraquejar, mas tudo que Annelise fez foi olhar sério.
- Para tomar cuidado com o que diz, além do mais, está na casa dos outros. – Por fim, voltando a andar, Alfredo simplesmente abanava o rabo em volta de Tom, mas quando a viu, saiu de perto das crianças, seguindo a mulher com tranquilidade. – Vamos? – Volto ao marido com aquele sorriso gentil.
- Sim. – Os demais seguiram enquanto as crianças foram para outro cômodo pelas babás. Damas indo para a sala de mulheres enquanto os homens foram para outra deixando Annelise no corredor enquanto Eric sorriu de leve. – Estaremos a portas de distância, já começou bem defendeu o cachorro... – ele acabou rindo da cara dela.
- Acha que exagerei? – Ela sussurra, já começando a olhar.
- Não, Nicole chega a ser pior. - Fez um carinho em seu rosto. – Qualquer coisa estarei aqui, fique tranquila, logo nos juntaremos a vocês. – Marinete sorriu ao ver o irmão tão feliz. – Você consegue. – Ele encarou a irmã.
- Eu consigo. – Volto para a porta. – Eu consigo?! – Adentro o que deveria ser seu espaço reservado, mas Annelise não costumava ficar aqui, tinha muitas decorações de Lilian e claro, tinha combinado com Tom que se ele sentisse falta da mãe poderia ficar aqui, com um quadro enorme da mulher. Annelise deixou esse lugar para o menino.
- Você não muda isso aqui. – Marinete parecia tranquila a tudo.
- Esse é o espaço para aqueles que sentem falta de lembrar como seria. – Tom tinha muita liberdade do jeito que Annelise o criava, não só Marinete sabia disso como Lygia, o menino tinha um humor maravilhoso e um senso de justiça muito mais aflorado depois que Annelise virou sua madrasta, sem contar o carinho que ele demonstra, sendo um cavaleiro com todas.
- Permitir que ele veja a mãe não é mais cruel? – Sra. Austen a encarou de leve.
- Acho que tentar apagar ela de sua vida é pior. – Annelise ponderou de leve, Lilian devia ser uma grande mulher e ser esquecida é um tratamento cruel. – Acredito que Tom lida melhor desse jeito.
- E Eric? – Sra. Tumarian encarou Annelise horrorizada. – Não acha que deve haver comparação à sua pessoa sempre vendo a esposa falecida em alguns quadros? – Annelise notou o sorriso malicioso bem ali como as demais.
- Nosso relacionamento vem na base da comunicação. – Por fim, volto para as demais. – Acho que é uma coisa bem legal até. – Annelise teve que jogar todos os seus erros fora, nada fazia sentido com Eric, ele gargalhou quando leu tudo, falando que era mentira. A deixando vermelha de vergonha.
- Isso é história para boi dormir. – Sra. Turmarian encarou Annelise como se ela fosse louca. – Eric...
- Viemos aqui para ter momentos alegres e divertidos, querida Nicole. - Sra. Austen encarou a amiga. – Não dar pitacos em casamentos alheios, principalmente de nossa recepcionista. – Sorriu a Annelise. – Acredito que todos têm criações e vivências diferentes!
Mulheres fortes foi o que Annelise pensou.
As três falaram de bailes e eventos que foram deixando Annelise um pouco deixada de lado. Realmente, os eventos que foram tinham a ver com Tom e Eric, tratos e artes em museus. Tinha de visitar a Erika e, claro, ver os pais. Annelise tinha transformado aquele palacete num lar, mas amava quando iam viajar para lugares agitados onde poderia ser só um a mais na multidão sem ter aqueles problemas com títulos e nomes difíceis. A praia é seu lugar favorito, roupas de banho e um cachorro sujo de areia, o que daria de errado?
Aquilo a fez encarar a sala, notando bastante agora que estava ali a diferença de decoração. Lilian puxava tudo para algo mais trevoso, como aqueles romances góticos vermelhos e pretos que brincavam juntos e de mãos dadas. Agora, Annelise tinha levado tudo para rosa e verde, a casa tinha esses tons tão claros que pareciam ser um contraste em tanto.
Annelise gostaria de pensar que tudo o que ouviu de Lilian a fazia poder ser amigas, tinha esse desejo de todo seu coração.
- De qualquer forma sabemos como tudo começo... – A voz Nicole a força a volta de seus pensamentos nem notando que a olhava para Lilian. – Não querendo uma mulher tão final como Lilian, as vezes ele queria alguém do interior já que poderia moldar de forma mais agradável. – Annelise encarou a mesma buscando porque sempre tinha que voltar aos assuntos dessa forma.
- Nicole! – Sra. Austen a repreendeu. – Isso não são modos.
- É a pura verdade, - Marinete voltou-se para Annelise em busca de alguma reação. – Ele te viu como algo fácil, já que além de ser manipulável, ainda apresenta deformidades...
- Acredito que seu ódio todo seja porque tem sentimentos por ele. – Aquilo foi certeiro, mais que flechas sendo lançadas no alvo. Marinete ama essa sua cunhada, mas é respondona como a outra. – Gosta dele, né? – Os olhinhos dela tinham uma compreensão que deixou a ofendida desconcertada. – Bom, - batendo as palmas. – Acho que podemos começar a janta, para depois irmos na sala de jogos. – Annelise se levantou e mancou sem vergonha até um dos empregados que tinha uma expressão séria.
- Como ela ousa...
- As verdades doem. – Alice voltou a Marinete rindo baixo.
...
Crianças sentando à mesa.
Tom estava tão animado por ter seus amigos ali.
- O que pediu de aniversário? – Lucas voltou ao mesmo, parabenizando-o.
- Um irmãozinho! – Aquilo fez Oquitavio rir da cara de Eric e a vermelhidão de Annelise. – Mas papai disse que veria isso depois!
- Já não é uma negação? – Oquitavio voltou ao mesmo, pensativo.
- Sim, Annelise disse que iam pensar mais nisso. – Gustavo acabou sorrindo para Eric, enquanto Annelise simplesmente voltou a comer sem tremer de vergonha.
- Não quer dizer sua mãe? – Sra. Auten voltou-se para o menino com um sorriso. – Além do mais, Annelise já deve ter assinado seu nome como sua nova mãe!
- Acho que discutir isso não é muito apropriado, - Annelise tentou realmente não olhar para ninguém, enquanto Eric voltou a mesma com uma cara fechada. – Isso é algo particular. – Só faltou rosnar.
- Desculpe, só fiquei curiosa. – E o clima estava tenso, Annelise viu Tom com um olhar melancólico, a deixando pensativa. Que boas primeiras impressões, não? – Normalmente acontece adoção.
- Mas, como já foi explicado, não quero relatar isso. – Annelise ficou pensando se os amigos queriam que ela seguisse o mesmo molde que eles foram originais, sabia que não poderia culpar esses pensamentos.
- De qualquer forma, acredito que hoje foi uma boa noite. – Annelise voltou aos demais sorrindo. – Espero que no aniversário do ano que vem seja melhor. – Tom a encarou divertidamente enquanto uma piscadinha foi deixada.
- Nós costumamos nos encontrar no Natal também, - Marinete voltou Annelise pensativa. – Aí juntam meus pais também, o tormento é pior...
- Não diria que é um tormento. – Murmuro tranquila, voltando para Eric, que ainda parecia irritado. – Vocês são muito amigáveis e gentis. – Nicole olhou com desdém, enquanto Marinete parecia achar uma graça.
- Bom, meus pais devem ser mais tranquilos que isso tudo. – Marinete fez um carinho em Gustavo.
- Como assim? – Eric voltou-se para Annelise, mas ela sorriu e o abanou.
- Nada não. – Voltando a comer a salada.
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