Chapter 30
Samantha Carpenter
A diferença de altura entre Max e eu não era tão grande, mas ainda sim eu era mais alta que ela, então aproveitei disso para tentar a colocar em meu colo, por sorte, era ela mais leve do que imaginei, ou talvez eu seja apenas forte demais.
O nosso beijo foi se tornando cada vez mais profundo, ter ela colada no meu corpo enquanto nos beijamos era perfeito, eu conseguia sentir o cheiro do seu perfume e até mesmo escutar a sua respiração ficando cada vez mais ofegante a medida em que a minha língua explorava a sua boca.
Acabei me empolgando a partir do momento em que andei em direção até a cama, ainda com Maxine em meu colo, e a coloquei deitada sobre a cama. Mas talvez eu tenha passado um pouco dos limites, pois assim que as suas costas bateram na cama, Maxine soltou um pequeno gemido abafado de dor. Apoiei meus braços de cada lado do seu corpo e me dividi o meu peso sobre a cama para poder olhar em seu rosto.
— Eu te machuquei ? - Falei tentando me afastar, mas Maxine estava com os braços em volta do meu pescoço
— Acho que os remédios estão perdendo o efeito. - Ela sorriu e me deu mais um selinho.
— Sua mãe me mataria se soubesse que eu tô me aproveitando da filha dela - Comentei passando a mão pelos seus cabelos.
— Até mesmo se a filha dela estiver de acordo ? - Maxine sorriu de uma forma sugestiva.
— Quando te conheci você era tímida - A olhei atentamente. Aqueles olhos verdes eram lindos principalmente quando sua pupila estava dilatada.
— Seu olhar me deixava intimidada - Ela deu de ombros.
— Então a culpa é minha ? - Acabei rindo quando ela concordou.
Após algum tempo trocando risadas e flertes genuínos, juntei os nossos lábios novamente e iniciei outro beijo. Como eu usava um dos meus braços para me dar apoio sobre a cama, aproveitei a mão livre para colocar sobre a sua cintura e puxar a mais nova para mais perto, colando ainda mais os nossos corpos. Tivemos que parar o nosso beijo para recuperar o fôlego.
— Podemos deitar um pouco ? - Maxine pediu e logo concordei pois a mais nova parecia um pouco cansada.
Aproveitei o momento para ficar abraçada com a garota, nós duas nos acomodamos na cama e ficamos ali por um tempo, aproveitando a companhia uma da outra. Maxine estava mexendo em sua câmera, era adorável ver o quanto ela parecia concentrada em configurar as funções daquele aparelho.
— Que lindo... - Me assustei quando vi Billy aparecendo de repente ao meu lado
— Tudo bem ? - Maxine perguntou pois percebeu o pequeno pulo que dei.
— Tá... - Tentei disfarçar - Pensei ter visto uma barata.
— Uma barata ? Sério ? - Billy me olhou incrédulo.
Ele não poderia estar estragando o meu momento com a Maxine então passei a ignorar a sua cara insatisfeita por eu ter comparado ele a uma barata.
— Não se preocupe comigo - Ele fez drama. — Eu sei como os Prescott são irresistíveis, a mãe dela é...
Lancei um olhar de reprovação em sua direção, tentando avisar que eu não estava nem um pouco afim de ver o meu pai, morto, falando o quanto a mãe da garota, com quem eu estou ficando, era atraente.
— Já entendi, prometo que vou deixar as duas em paz - Billy levantou os braços em rendição. — Mas eu preciso falar uma coisa.
A fala dele atraiu a minha atenção, mesmo suspeitando de que ele não iria me falar nada construtivo, acabei levando meu olhar até ele.
— Alguém mexeu nas minhas coisas - Billy cruzou os braços. — Eu sinto a sua presença aqui, neste prédio. Sam, você precisa estar preparada para proteger quem você ama.
Essas foram as palavras de Billy antes de desaparecer novamente, eu odiava quando ele fazia isso. Suas palavras eram um disfarce que ele usava para me fazer seguir o mesmo caminho que ele e sair matando por ai. Mas de uma coisa ele tinha razão, o assassino estava entre nós, eu só preciso descobrir quem.
Tara Carpenter
Abrimos algumas latas de refrigerante e energético. Não estávamos afim de dormir depois de tudo que aconteceu na madrugada de hoje, principalmente por não saber o que irá acontecer em breve. Nós estávamos sentados ao redor da mesa, Mindy tinha saído da mesa e ido se sentar ao lado de Anika, as duas ficaram enroladas no sofá enquanto viam um filme.
— E se pedirmos uma pizza ? - Quinn perguntou pois já estávamos decidindo a algum tempo sobre o que iremos comer.
— Acho uma boa. - Respondi e olhei para Chad
Esperei que ele desse alguma opinião, pois depois do que aconteceu com o Ethan, o moreno não era mais o mesmo. Mas o Chad mal parecia estar prestando atenção na nossa conversa, então acabei tendo que dar alguns toques em seu ombro.
— Aham, claro. - Chad respondeu mas tenho certeza que ele mal sabia qual era a pergunta.
Fiz a mesma pergunta para Mindy e Anika, que estavam no sofá. Apenas Mindy respondeu pois Anika estava dormindo no ombro da morena.
— Qual a pizzaria mais próxima ? - Quinn perguntou enquanto se espreguiçava na cadeira.
— Tem uma no final da rua - Falou Chad.
— Vai ser melhor se vocês forem juntos, é mais seguro - Mindy comentou levantando um tom de preocupação.
— Porque não ligamos para lá ? - Quinn sugeriu, mas Chad negou.
— Você quer mesmo dar a nossa localização para um estranho ? - Mindy arqueou a sobrancelha e Quinn deu de ombros.
— Você tem uma ideia melhor ? - Quinn rebateu a pergunta de Mindy.
— Parem de brigar por pelo menos alguns minutos - Pedi pois eu já sabia que se a Sam escutar alguma discussão, o sermão vai ser grande.
Com isso, o silêncio se estabeleceu novamente no local, então decidi que três de nós iríamos pedir a pizza, pois indo em grupo, será mais seguro do que ir sozinho. Me direcionei até o balcão da cozinha, onde Sam tinha deixado o cartão de crédito para pedirmos comida.
— Quem vem comigo ? - Perguntei me direcionando aos cinco ali.
— Eu não posso sair daqui - Mindy falou se referindo a Anika que estava deitada sobre o seu ombro e em sono profundo.
— Vocês dois, vamos logo - Pedi apontando para Quinn e Chad, já que eram os únicos que estavam livres.
— Se eu levar uma facada, eu juro que vou odiar ter me aproximado de vocês - Quinn comentou ao se levantar da cadeira.
— Isso se você não dar uma facada em um de nós primeiro - Falou Mindy.
— Me erra, Mindy - Quinn respondeu de uma forma tediosa.
— Eu desisto de vocês - Respirei fundo e empurrei Quinn para fora do apartamento antes que as duas entrem em uma briga.
Chad Meeks
Eu já estava do lado de fora esperando Tara empurrar Quinn até aqui. Confesso que me permitir dar alguns sorrisos quando vi a cara que Quinn fez quendo Tara finalmente consegui colocar ela para fora.
— Eu sei que o assassino tem que ser um de nós, mas já tá em estressando - Quinn estava visivelmente brava por ter sido acusada pela minha irmã.
— No final, o assassino vai morrer igual a todos os outros - Tara comentou ao fechar a porta com a chave. — Então, se não for você, não precisa se preocupar.
Quinn revirou os olhos, mas se manteve calada perante a fala de Tara. Eu tomei a iniciativa de ir até o elevador e apertar o botão do térreo, por sorte, não demorou até que o elevador chegasse ao nosso andar, já estava quase escurecendo novamente, me surpreendo como o horário passa de uma forma muito rápida.
Claro que passamos o dia sem fazer nada, assim que Maxine se juntou a nós no apartamento, passamos algumas boas horas comendo algumas besteiras, conversando ou assistindo alguma coisa, então as horas passaram despercebidas.
Talvez seja apenas uma impressão que tive, pois não consegui prestar atenção em muita depois depois do que aconteceu na festa... A culpa consumia a minha mente a todo momento.
Já dentro do elevador, estávamos esperando as portas se abrirem para continuarmos o caminho até a Pizzaria. Por sorte, estávamos em silêncio, Tara estava prestando atenção no painel do elevador onde ele sinalizada os andares nos quais passávamos e Quinn estava prestando atenção em suas unhas.
Assim que a porta se abriu, dei espaço para as meninas passarem, Quinn foi a primeira a passar, logo, Tara e eu fomos atrás, mas não sei o que aconteceu, pois em um milésimo de segundo, a ruiva, que estava em pé, escorregou em algo e caiu no chão.
— Mas que... - Quinn iria soltar um xingamento mas parou quando percebeu onde tinha escorregado.
Arregalei os meus olhos quando percebo um enorme rastro de sangue, no qual Quinn havia escorregado e sujado todas as suas roupas. Segui com o meu olhar até onde aqueles rastros iam e me deparei com a recepcionista do prédio.
— Ela está... - A voz de Tara estava trêmula.
— Morta... - Completei a sua frase.
A recepcionista estava com os olhos assustados e abertos, porém sem vida. Sua barriga havia sido brutalmente esfaqueada, alguns de seus órgão já não estavam mais dentro do seu corpo. Aquela cena era perturbadora. Ouvi Quinn gritar assustada quando notou que o sangue no qual havia escorregado, pertencia a mulher que agora estava morta.
De trás da recepção do prédio, saiu de lá o responsável por isso, o assassino andou em passos lentos para ter certeza de que ele estava sendo visto por nós. Sua faca já estava ensanguentada e sua cabelo levemente inclinada para o lado.
Tara Carpenter
O Ghostface estava ali, mostrando a faca que tinha usado para matar a recepcionista. Meu coração acelerou, dei um passo para trás, Chad havia colocado o seu braço na minha frente, quase como se tivesse me protegendo.
Quando o Ghostface deu o seu primeiro passo em nossa direção, nós três começamos a correr. Quinn que estava no chão, foi ajudada por Chad, que agarrou o seu braço e a ajudou a levantar o mais rápido que pôde.
— Aí que merda... - Chad xingou enquanto corríamos
Minha primeira reação foi tentar voltar pro elevador, mas ele tinha acabado de fechar as suas portas, então minhas costas foram empurradas por Chad. Peguei rapidamente o meu telefone e tentei discar o número da Sam para tentar pedir ajuda, mas não consegui falar ao telefone.
— Escadas de incêndio, rápido! - Ele gritou desesperado enquanto me empurrada na direção das escadas.
Haviam duas escadas que poderíamos seguir, mas a escada principal não era uma boa ideia, pois antes mesmo de chegar até elas, o Ghostface iria conseguir golpear um de nós. Chad, por ser mais forte, escolheu chutar a porta o mais rápido que conseguiu, arrombando o trinco e abrindo a porta.
— Corram! - Quinn gritou e se direcionou ao extintor de incêndio que estava preso a parede.
Senti a minha mão sendo segurada pelo Chad e fui arrastada para dentro do local onde ficaram as escadas de emergência. Consegui ver o momento exato em que a Quinn usou aquele extintor de incêndio para joga-lo contra o Ghostface. Ela conseguiu fazer com que o Ghostface tropeçasse, mas ele conseguiu se segurar na parede e se manteve de pé.
— Quinn! Anda logo! - Gritei ao começar a subir os degraus correndo, junto com Chad.
Quinn estava paralisada pelo medo, mas consegui correr, porém, antes mesmo dela por o pé em um dos degraus, vi que o Ghostface se jogou em cima de Quinn, a pressionando na parede e enfiando a faca sobre o seu estômago. Os gritos que Quinn dava quando a faca entrou em sua barriga eram torturantes. Meus lábios tremeram e lágrimas começaram a sair.
— Vamos logo, Tara - Chad voltou a me puxar.
O Ghostface então tirou a faca do estômago de Quinn e olhou para cima, onde Chad e eu estávamos. O assassino parou de pressionar Quinn na parede e a soltou, fazendo-a cair no chão lentamente enquanto chorava por conta da dor. Começamos a correr mais ainda, subindo ainda mais as escadas, o Ghostface agora estava correndo atrás de nós e estava chegando cada vez mais perto, fiquei assustada com o quão rápido ele era.
— Continua correndo, Tara! - Chad gritou mais uma vez.
Mas eram muitas escadas, parecia que nunca iria ter outra porta de saída. Minha panturrilha já estava doendo de tanto subir escadas, a perna na qual eu tinha quebrado, estava começando a doer cada vez mais.
Não sei em qual andar estávamos, mas parei de correr quando ouvi quando um grito vindo do Chad, olhei para trás e percebi a faca do Ghostface fincado em sua perna, fazendo o moreno tropeçar na escada e cair de joelhos no chão.
— Chad! - Pensei em correr até ele para tentar ajudar mas o garoto gritou para que eu não fizesse isso.
O Ghostface estava chegando perto, o assassino tinha jogado a sua faca em direção as suas pernas para fazer com que ele parasse de correr. Meu desespero só aumentou, meu corpo lutava entre correr para longe ou tentar ajudar o Chad.
— Tara, por favor! Corre! - Chad pediu mais uma vez e tirou a faca de sua perna.
Quando o Ghostface finalmente tinha alcançado o moreno, Chad tentou atacar ele com a sua própria faca, mas o assassino era ágil, mais ágil que qualquer um de nós, Chad empurrou o Ghostface contra a parede, mas recebeu um murro bem no seu estômago, tirando todo o ar que havia nos pulmões de Chad.
Assim como o moreno havia pedido, comecei a correr em direção aos andares de cima, mas com lágrimas em meu rosto, eu estava cansada de tanto correr, em nenhum momento tirei os meus olhos do que estava acontecendo no andar de baixo. Consegui ver o momento em que Chad levou uma facada bem em sua barriga. Chad olhou para cima para se certificar se eu estava bem e sem seguida sua boca se mexeu.
— Pelo menos você eu vou conseguir salvar. - Chad falou fazendo esforço para não demonstrar a dor que estava sentindo.
— Chad! - Gritei novamente quando vi o moreno agarrar o Ghostface e ir em direção a escada.
Chad tentou se jogar pela escada e com isso, levar o assassino junto de si, mas ele era mais forte, o assassino aproveitou que a perna de Chad estava ferida e chutou o local, fazendo com que ele se desequilibrasse e caísse. O mascarado segurou Chad pelo pescoço e o jogou pela escada. Gritei mais ainda quando vi Chad caindo escada a baixo. Sua cabeça bateu fortemente contra um dos degraus, fazendo um corte profundo ali.
Com minhas mãos trêmulas, tampo a minha boca, abafando um grito que iria sair. O Ghostface limpou a sua faca com a outra mão, fazendo o gesto marcante que todos eles faziam ao limpar o sangue que estava sobre a lâmina, todo o movimento era feito enquanto me encarava. Chad tinha sua cabeça sangrando e o seu corpo imóvel no andar de baixo, ele tinha morrido para me salvar. Consegui usar minhas últimas forças para correr até a porta de saída, e trancar a porta com a chave que estava ali.
Assim que minhas costas se encontraram com a parede do corredor, minhas pernas perderam a força e fui me arrastando sobre a parede até que meu corpo conseguisse achar o chão. Abracei os meus joelhos e me permiti chorar, pensando no que Chad havia feito.
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