Chapter 12
⚠️⚠️⚠️⚠️ GATILHO ⚠️⚠️⚠️⚠️
Se você for sensível e sentir que não consegue ler este capítulo, peço que pule imediatamente.
Anika Kayoko
Maxine saiu andando para longe, logo após aquele garoto avisar que o professor queria falar com ela. Chad e Ethan estavam discutindo sobre fantasias que iriam chamar atenção das garotas da festa. Tara estava animada, contando sobre a fantasia de pirata que ela iria usar na festa. Então, Mindy, que até então estava prestando atenção no que Tara falava, resolveu direcionar a conversa para Quinn.
— Fala a verdade, Quinn - Mindy cerrou os olhos. — Você tá sentindo alguma coisa pela Max ?
— Como ? - Quinn franziu o cenho, como se não tivesse conseguido escutar direito o que Mindy tinha dito.
— Anika, me ajuda aqui - Mindy se virou para mim. — Ela não parece desesperadamente ficar mais próxima da Max ?
— Talvez... - Acabei concordando ao lembrar de como Quinn agia quando ficava próxima a garota.
— Isso não é nada demais - Quinn deu de ombros
— "Me ajuda a estudar" - Mindy tentou imitar a voz da Quinn, arrancando risadas de todos nós.
Mindy então se virou para mim e segurou o meu rosto, colocando a sua mão em minha testa.
— "Max, você está doente ? Deixa que eu cuido de você meu amor." - Mindy fez outra imitação
— Meu Deus, isso tá incrível - Tara começou a rir daquele teatro.
— Eu não falo assim - Quinn arqueou a sobrancelha.
— Fala pior. - Mindy retrucou. — Qual é, Quinn. Se quer beijar ela, é só pedir.
Mindy após falar isso, deu uma breve olhada para Ethan, que estava prestando atenção na conversa junto com Chad.
— Sem ofensa Ethan - Mindy falou olhando para o loiro.
— Eu já superei - Ele sorriu de forma tímida.
Quinn abriu a boca para se defender, mas a notificação que chegou em seu celular, a impediu de continuar a sua defesa. O seu olhar preocupado chamou a nossa atenção.
— Gente, eu vou ter que ir - Quinn falou enquanto olhava para o seu celular.
— Aconteceu alguma coisa ? - Perguntei pois ela parecia um pouco ansiosa.
— É uma coisa que preciso resolver - Ela respondeu rapidamente e se despediu de todos nós antes de sair correndo na direção do corredor.
Depois disso, acabamos nos dividindo novamente. Ethan tinha aula de economia agora e nos tínhamos uma mais palestra, na qual Mindy não poupou fôlego na hora de reclamar, tive que arrastar Mindy pelo braço, com a ajuda de Tara, pois a morena estava tentando a todo custo inventar desculpas de que iria comprar alguns lanches no quiosque.
Maxine Prescott
Meu desespero estava crescendo cada vez que ele dava um passo em minha direção, até então estávamos mantendo uma certa distância, mas infelizmente o espaço que eu tinha para escapar, estava se tornando escasso.
— Porque está fazendo isso ? - Perguntei lutando para tirar aquele nó que estava se formando na minha garganta.
— Ah querida, não é nada pessoal - Ele deu de ombros e parou de andar.
— Então porque ? - Continuei o questionando.
— Porque eu posso ? - Ele inclinou a sua cabeça para o lado. — Porque eu tenho uma esposa estúpida que não consegue me satisfazer ? Tenho muitas opções de resposta.
— Você é um monstro... - Meus lábios começaram a tremer.
— Gostei do apelido - Ele moveu sua cabeça em concordância, voltando a andar.
— Por que eu ? - Dei outro passo para trás, até que as minhas costas esbarraram na parede atrás de mim.
— Não se sinta especial. - Ele sorriu. — Você não foi a minha primeira e nem será a última.
— Outras ? - Meus olhos se arregalaram
— Todo ano, pelo menos uma, durante todos os meus vinte anos de ensino - Ele sorriu totalmente orgulhoso do que tinha acabado de falar.
Ele parou em frente a minha mochila e a chutou para longe, tirando-a do caminho. Tentei pensar em alguma forma de escapar, mas para qualquer lado que eu corresse, ele iria acabar me pegando, eu estava sem saída.
— Não chore... - Ele colocou uma falsa expressão de pena em seu rosto
Coloquei a minha mão no rosto e notei que o local estava molhado, eu estava tão desesperada e com medo, que nem percebi que tinha começado a chorar.
— Me deixa em paz - Pedi mesmo sabendo que ele não iria me deixar sair tão facilmente.
A porta de repente começou a balançar, alguém estava tentando entrar na sala, mas a porta estava fechada. Meu desespero bateu tão forte que eu só pensei em gritar para pedir ajuda.
— Socorro! - Tentei gritar o mais alto que eu pude.
Antes que eu pudesse gritar mais uma vez, o professor Moore correu até onde eu estava e tempo a minha boca com força. Foi tudo tão rápido que eu não tive tempo de reação.
— Você vai ficar bem quietinha... - Ele falou bem próximo ao meu ouvido.
Como o meu corpo já estava colado na parede, ficou mais fácil para ele me imobilizar. Não só as minhas mãos estavam tremendo, como também, todo o meu corpo estava, a única coisa que eu conseguia fazer no momento era chorar. Jonathan estava de frente para mim, uma de suas mãos tampava a minha boca e a outra me mantinha presa contra a parede.
Tentei diversas vezes bater nele e empurra-lo, mas era inútil, eu não tinha força o suficiente para me livrar daquela situação. A pessoa que estava atrás da porta ainda insistia em abri-la, mas eu não podia chamar por ajuda.
— Tem alguém aí ? - Era a voz de uma aluna, eu não o conhecia então não deve ser da minha turma.
Tentei gritar novamente quando senti o toque de sua mão em meu rosto, mas isso só fez com que ele apertasse ainda mais a minha boca.
— Sempre achei as alunas tímidas mais atraentes - Ele sussurrou e se aproximou do meu pescoço. — Tão misteriosas, tão cheirosas...
Meu corpo se contraiu quando percebi que ele estava cheirando o meu pescoço. Mais lágrimas saíram dos meus olhos quando senti a sua boca próxima ao meu pescoço.
— Você não sabe o quanto eu queria fazer isso. - Ele demonstrava prazer em sua voz.
Minha respiração já estava totalmente descompassada, como sua mão estava tampando a minha boca, ficava difícil respirar apenas pelo nariz. A aluna que antes estava na porta, desistiu de tentar abrir, como não consegui ouvir mais nada, talvez ela tenha ido embora.
— Calma querida, prometo ser rápido - Ele sorriu contra o meu rosto e começou a dar vários beijos em minha bochecha.
— Não... - Minha voz saiu abafada.
Senti a sua mão entrando lentamente por baixo do meu moletom e blusa, tocando a minha barriga. Sua mão era gélida, me causando um desespero ainda maior. Ele começou a subir o toque pelo meu corpo, antes mesmo dele tocar em meu peito, seu celular tocou novamente.
— Mas que merda! - Ele bufou estressado. — Eu vou matar quem quer que esteja me ligando.
Ele tirou a mão da minha barriga, me fazendo ter de volta um pouco do ar que eu tinha perdido. Sua mão foi direcionada ao meu cabelo, tirando uma mecha que estava grudada em minha testa.
— Você não vai gritar - Ele sussurrou e eu concordei lentamente. — Se você falar para alguém, eu vou fazer da sua vida um inferno, estamos entendidos ?
Ele me perguntou e me analisou com os seus olhos cerrados, tudo que eu fiz foi concordar, eu só queria sair dali o mais rápido possível. Uma enorme vontade de vomitar estava crescendo cada vez mais. Então, a sua mão foi tirada da minha boca aos poucos, me deixando uma oportunidade para respirar melhor.
— Ninguém vai acreditar em uma aluna insignificante igual você. - Ele sorriu e se afastou de mim, tirando as suas mãos do meu corpo. — Só tira notas baixas e não tem algum destaque nas minhas aulas, vai ser como se você estivesse mentindo por vingança.
Ele andou em direção a minha mochila e a pegou, ao se virar para mim novamente, minha mochila foi jogada em minha direção.
— Suma da minha frente - Ele apontou para a porta e me mandou sair.
Por um momento pensei que poderia ser uma espécie de pegadinha, mas ele não parecia mais interessado em mim, já que agora ele tinha se direcionado até o seu celular para atender quem estivesse ligando.
Andei rapidamente em direção a porta, sem tirar ele do meu campo de visão e destranquei a porta, começando a correr o mais rápido que eu conseguia, para bem longe. Quanto mais eu corria, mais lágrimas saíam de mim, eu ainda conseguia sentir o seu toque sobre a minha pele, os seus lábios sobre o meu pescoço e rosto, era a pior sensação que eu poderia ter.
Assim que virei o corredor, consegui ver vários alunos espalhados por ali, então virei para o lado oposto, ninguém poderia me ver desse jeito. Entrei no primeiro banheiro que eu achei, ele ficava no final do corredor, era o banheiro menos usado, então as chances de ter alguém ali eram quase nulas.
Quando abri a porta do banheiro, percebi que ele estava totalmente vazio, entrei na primeira cabine que eu encontrei e me tranquei ali dentro. Um enorme enjoo tomou conta do meu estômago, levantei a tampa do vaso rapidamente e me preparei para vomitar, mas nada queria sair, aquele embrulho no estômago não queria sair.
Meu corpo foi caindo aos poucos, minhas pernas ficaram bambas, eu não tinha forças para me manter de pé. Meu corpo todo ainda tremia, abracei com força a minha mochila e ali fiquei. Sentada no chão, me permitindo chorar, com a esperança que toda aquela sensação ruim de alguma forma sumisse, mas ficava pior sempre que eu lembrava do que tinha acontecido.
Me assustei quando a porta do banheiro foi aberta mas não me importei, me mantive calada até que aquela pessoa vá embora. Quando senti que alguns soluços iriam se tornar mais altos, pressionei os lábios com força para que o som fosse abafado. Não queria falar com ninguém agora.
--------------
Hoje às 20h haverá outra atualização, então peço que aguardem ansiosamente ☕
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro