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12: Cuidado Com Os Frangos Explosivos

— O que tá fazendo? — questionei, assim que o vi despejar a pasta nas cerdas da escova.

Ele a levou à boca e, com a voz engasgada graças ao objeto, respondeu:

— Armando uma bomba nuclear.

Rolei os olhos, decidida a apagar todos os pensamentos minimamente bonitinhos que tivera sobre ele no último minuto, conforme cruzava os braços em frente ao corpo.

— Tá parecendo um mico-leão-dourado com raiva. — afirmei, referindo-me ao líquido esbranquiçado que ameaçava escorrer pela lateral dos seus lábios.

— Você parece um filhote de musaranho, e nem por isso eu fico falando.

— Tá me chamando de minúscula? — Indignação refugiou-se nas sílabas.

Ele cuspiu na pia e ligou o fluxo de água, levando a mão em concha inundada do líquido à boca.

— Tudo depende do referencial.  Por exemplo, com relação ao meu dedo, você é pequena. Mas com relação à um átomo, talvez seja um pouco maior.

Estreitei as sobrancelhas em evidente ultraje, mirando a expressão pretensamente cínica em seu rosto assim que se virou para mim.

— A sua testa, Jader! Qualquer coisa é pequena pra uma pessoa que dá um tapa na lua se levantar o braço!

— Que exagero! — Falsa seriedade inundou a afirmação. — Só aconteceu uma vez.

Não consegui reprimir o riso.

— Primeiro, vomita em cima de mim, depois me chama de filhote do menor mamífero do Brasil... — Ergui dois dedos, contando.

— Já falei que aquilo foi um acidente. E já coloquei sua blusa pra lavar. — justificou, o rosto adquirindo um suave tom róseo. — E foi você que me chamou de mico-leão-dourado primeiro! Eu pensei que era lindo, com olhos que parecem balinhas de caramelo...

Minhas bochechas se abrasaram de forma muito semelhante à atmosfera de Vênus diante da menção ao que eu dissera após a queda na praça. Mas antes que pudesse responder qualquer coisa minimamente geniosa, um estrondo ecoou, tão pungente que era como se mil nuvens tivessem trovejado aos pés dos nossos ouvidos.

O susto disparou minha pulsação e me fez entrar no banheiro, acomodando-me ao lado de Jader com os olhos arregalados em um pânico quase palpável, enquanto mirava o corredor na expectativa de ver o que poderia ter causado o ruído.

O garoto tinha as mãos pressionadas contra o mármore da pia, tão forte que os nós dos dedos se tornavam vertiginosamente ainda mais esbranquiçados, e as feições assustadas em seu rosto replicavam as minhas.

— Que caralho foi isso? — questionei, fitando-o.

— Eu não sei, e também não sei se quero ir olhar. — Seu tom foi baixo, carregado de receio.

— Ah, meu Deus, e se tiverem jogado uma bomba no quintal com alguma substância pra apagar a gente? — Minhas palavras foram frenéticas. — A gente tem que ir olhar, idiota. E se for um assaltante?

— Por que um assaltante jogaria um bomba dentro de uma casa? — indagou, estreitando as sobrancelhas alaranjadas na minha direção.

— Eu não faço ideia, Jader. Mas você tem uma explicação melhor?

Algo cintilou em seu castanho translúcido com a minha pergunta, reluzindo uma mescla de angústia e aflição pungente.

— Ah, meu Deus, eu vou olhar na cozinha. — O anúncio desesperado precedeu o seu disparo para fora do banheiro.

No instante seguinte, o ruído incessante de uma porta sendo forçada contra o trinco reverberou, transportado pelas partículas invisíveis de oxigênio rumo aos meus ouvidos.

Pela distância, parecia ser a da frente.

Fios elétricos escalaram meus dedos, energizando-me com uma euforia que passava longe de ser boa.

O barulho continuou por algum tempo, até que, movida por algum tipo de força invisível somada ao meu medo irracional de praticamente tudo que me fosse estranho, fisguei a escova de limpar o vaso sanitário e a empunhei ao lado do corpo.

Que não seja um ladrão-psicopata-assassino. Que não seja.

Caminhei a passos receosos pelo corredor, à caminho da sala, com os dedos firmes contra o plástico do apetrecho que, para mim, assemelhava-se a algum tipo de arma ultra letal.

Escutei quando, em meio a mais um empurrão, a porta se abriu subitamente, e aguardei uma infinidade de segundos atrás do vão que dava para a sala, à espera de quem quer que fosse.

Quando ouvi uma voz desconhecida e demasiadamente grave ecoar perto de mim, o susto pelo ruído repentino moveu minhas mãos automaticamente no ar e o moço, assim que brotou ao meu lado sob o seu topete de fios escuros, teve a sensação de ser golpeado bem no centro da testa com o instrumento que se mergulha dentro da privada.

— Puta que me pariu! — ele berrou, levando a mão à área lesionada, suas íris de mel extremamente familiares se voltando ao meu rosto em uma compreensível expressão assustada.

— Ah, me desculpa! — Quase gritei, os olhos tão arregalados que pareciam prestes a saltar dos vãos das órbitas.

Como se a situação não pudesse ficar mais estranha, Jader surgiu na ponta do corredor e berrou:

— A panela de pressão explodiu!

— Deixa eu ver se entendi... — João começou a falar, pressionando o pano com gelo no meio da testa enquanto andava sobre o tapete da sala. — Eu chego em casa, ganho um galo na cabeça por ter sido acertado por um troço que se enfia na privada, descubro que Jader conseguiu explodir uma panela de pressão e a única coisa que vocês dizem é que foi uma combinação de acidentes muito esquisita?

Jader comprimiu os lábios ao meu lado, na tentativa de impedir uma risada diante da incredulidade hilária do cara à nossa frente. Era impressionante como cada contorno das suas feições notadamente contidas para não rir se mostravam idênticas às minhas.

Estávamos encostados na parede como em um julgamento, no qual a sentença final seria uma morte sanguinolenta e nossas cabeças em uma bandeja, para, quem sabe, substituir a refeição que voou pelos ares na cozinha.

João não parecia ser muito mais velho que Jader. E, embora não tivessem a mesma coloração de cabelo, suas alturas e contornos do rosto praticamente idênticos denunciavam descaradamente que eram irmãos.

Adicionalmente, ambos possuíam certas manias corriqueiras de se portar muito semelhantes. João também levava as pontas dos dedos à nuca para massagear a zona onde seus fios começavam sempre que se distraía, tal qual Jader, e esboçava desenhos abstratos nas coxas involuntariamente, como se estivesse pintando quadros surreais com nada mais que partículas invisíveis da própria imaginação iridescente.

De modo análogo ao irmão de madeixas afogueadas, seus olhos tinham o costume de se arregalarem por nada em específico, como se sempre estivesse chocado ou impressionado com tudo o que a poeira de estrelas perdidas no cosmos foi capaz de compor no nosso mundo em sua sinfonia de átomos desvairados.

Aparentemente, o que tinha acontecido para fazê-lo parecer um invasor em potencial foi que metera a chave errada na porta, mas pensou que o problema estava na maçaneta meio emperrada e continuou forçando, até perceber a própria lerdeza e caçar a certa.

Já tinha me desculpado pelo menos um milhão de vezes por ter lhe acertado.

— Ele não teve culpa. — pronunciei, forçando a voz para soar o mais convincente possível. — Eu também deveria ter... prestado atenção. Mas fiquei distraindo ele, e acabei... me distraindo também.

Eu nem sabia que panelas de pressão podiam explodir de forma tão espontânea.

O olhar do moreno se perdeu no meu rosto e ele ergueu uma sobrancelha, observando-me por uma coletânea interminável de segundos enquanto colocava o saco com gelo sobre a mesa.

Até que, de súbito, começou a rir.

Mas não rir como um ser humano normalmente faz. Ele gargalhou tanto que seu tronco se projetou para frente e, quando o ar faltou, deixou o corpo escorregar na direção do chão, caindo sentado contra o tapete da sala com as mãos na barriga e seu riso estridente reverberando por toda parte.

— Cara... Vocês são o casal mais estranho e mais certo que eu já vi. — afirmou, a risada gradativamente cessando.

— Não somos um casal! — assegurei, indignada.

Ele limpou uma lágrima que ameaçava escorrer pela bochecha, as íris alcançando as minhas.

— Ah, fala sério, como tu ainda não pediu essa beldade em namoro? Meu irmão é irresistível! Te garanto que um desses tu não encontra todo dia, garota. — Uma convicção frenética banhou as sílabas.

— Ele tá chapado? — indaguei à Jader, em um murmúrio.

O ruivo balançou a cabeça, negando, com um riso pendendo nos lábios.

— Infelizmente, ele é assim mesmo.

O rapaz mais velho se levantou, soprando um último riso, e direcionou a atenção para o irmão.

— O pai vai matar você, se não arrumar aquela bagunça e dar um jeito de fazer outra coisa até as oito.

Pelo canto dos olhos, observei Jader baixar o olhar, e seu maxilar tensionou. O receio desenhado em seu rosto fez meu peito se torcer levemente e, no ímpeto da sensação desconfortável, disse:

— A gente arruma tudo e cozinha outra coisa.

João deu de ombros e fisgou de cima do sofá a mochila que pescara do próprio quarto há alguns minutos, seguido da chave e das balas sobre a mesa.

— Vão em frente. Tenho que ir pro trabalho, então tentem não morrer, nem tocar fogo na casa, por favor. — brincou, lançando-nos um último sorriso torto.

— Pode deixar. — garanti.

Ele caminhou até a porta, fechando-a atrás de si logo que passou por ela.

Meu cérebro começou a caçar em suas gavetas repletas de trambolhos todas as minhas mirabolantes receitas possíveis de serem feitas no período de tempo estipulado. E, de repente, deparei-me com um cardápio inteiro diante dos meus olhos.

Inspirada, fisguei a mão de Jader e disparei para a cozinha. Entretanto, meus pés estacionaram no vão assim que vi o estado do lugar, e minhas orbes se arregalaram mais a cada canto que esquadrinhavam das paredes e parte do chão cobertos com alguma mistura de creme e frango extremamente cheirosa.

— Não precisa fazer isso. — o garoto salientou, ao meu lado.

— Mas eu quero. — ressaltei, mirando sua face.

Um sorriso singelo riscou suas bochechas, repuxando as elipses dos olhos até quase fechá-los de um jeito adorável.

— Você é a maior lunática que eu já conheci.

A menção à frase que lhe disse no carro, dias atrás, me fez soprar um riso. Mas quando percebi o jeito que me observava enquanto meus lábios sorriam, com uma centena de estrelas escapulindo do seu castanho para rodopiar no espaço entre nós em um amontoado de constelações inventadas, soltei nossas mãos como se a temperatura da pele tivesse subido ao nível de queimar, afastando-me rumo ao interior do cômodo rapidamente.

Senti-me em uma espécie de campo minado por ter que desviar várias vezes da comida impregnada no chão, bem como da inquietude fervilhante que espalhava centenas de bolhas no meu estômago.

As malditas bolhas, que não tinham nada a ver com borboletas. Eram apenas círculos frágeis que borbulhavam em coletânea, feito os de sabão que reluzem em um caleidoscópio de cores debaixo de alguma fagulha de sol.

— Pega uns produtos de limpeza pra dar um jeito nessa sujeira, que eu vou... tentando fazer alguma coisa. — pedi, abaixando-me levemente para abrir o armário.

— Ainda acho que essa panela explodiu por causa do seu ódio por mim. — brincou.

— Claro, Jader. — O sarcasmo de fuga banhou meu tom, aumentado à oitava potência devido ao que tinha acontecido instantes atrás. — Eu tenho superpoderes. Desculpa não ter contado antes, é que achei que não entenderia...

Ele riu verdadeiramente, daquele jeito esquisito típico seu, sem parecer notar que minha intenção era, na verdade, alfinetá-lo. O som repleto de acordes únicos foi se tornando mais distante, até um véu diáfano de silêncio recair sobre o cômodo.

Quando olhei para trás com uma lata de milho em mãos, deparei-me somente com um vazio que me fez sentir estranha. Pois, de súbito, todas as bolhas tinham sumido.

— Tem certeza que sabe o que está fazendo?

A pergunta de Jader me fez erguer a sobrancelha na sua direção, enquanto mexia com uma colher de pau o arco-íris comestível do molho que havia montado nos últimos minutos. Ele deslizava um pano úmido sobre o balcão para eliminar o último resquício do frango explosivo da cozinha, e seus movimentos lançavam torvelinhos de um cheiro adocicado de lavanda no vento fresco que adentrava no cômodo pela janela aberta sobre a pia, esvoaçando as pequenas cortinas de retalhos nas suas laterais e alguns dos meus cachos que haviam escapado do coque improvisado e altamente instável no topo da minha cabeça.

Um jazz da década de quarenta escoava em notas chiadas da vitrola no quarto de Jader, vez ou outra me fazendo ter vontade de mover o quadril em uma dancinha muitíssimo esquisita para tentar acompanhar o ritmo da voz grave de Bing Crosby embalada pelos instrumentos desbotados eternizados no tempo.

— Claro que sim. — assegurei, fisgando uma mecha espiralada de cabelo que roçava na minha bochecha para acomodá-la atrás da orelha. — Talvez eu não seja a melhor cozinheira do mundo, mas gosto de inventar uns pratos que às vezes dão certo. Esse é um deles.

— Interessante, cactozinho. — entoou, com sinceridade.

Torci os lábios, ponderando por alguns segundos se seria uma boa ideia externalizar o que estava vagando pela minha cabeça.

— Relação difícil com seu pai? — Optei por falar. — Quer dizer, você ficou meio... estranho, quando o João mencionou ele.

O garoto me observou por alguns instantes, arremessando o pano dentro do balde aos seus pés.

— Temos... diferenças, principalmente depois que a mãe morreu, quando eu tinha oito anos. — Descansou o quadril no mármore do balcão, cruzando os braços logo depois. — Ele ficou arrasado para caralho e acabou descontando boa parte disso em mim. Na bebida e em algumas drogas, também, como todo bom clichê de pai problemático.

— Drogas? — Estatelei os olhos.

— É. Quer dizer, quando eu era pequeno, via uns amontoados de pó branco na mesa e ficava me perguntando por que o pai não guardava o sal no lugar certo. — Um sorriso melancólico riscou seu semblante cabisbaixo. — O João fazia de tudo pra não me deixar ver quando ele estava louco, dizia pra eu me esconder no lugar mais secreto que achasse, porque a gente nunca sabia o que esperar.

— Ele batia em você?

— Nem sempre. Na maioria das vezes, só ficava gritando um monte de coisa. Mas... quando me batia, machucava menos.

O peso das suas palavras se alastrou pelo meu peito como uma centena de heras feitas de metal, que envolveram meu coração em um abraço sufocante de ramos gélidos.

— Eu sinto muito. — falei, com genuíno pesar.

— Tudo bem. — Sacudiu os ombros, tentando imprimir uma casualidade ao assunto que não parecia, de fato, existir. — Ele conheceu uma mulher há alguns anos, que conseguiu fazer com que começasse a frequentar um centro de reabilitação, daí foi parando com as drogas e conseguiu até emprego em uma empresa. Mas nossa relação nunca foi exatamente amigável, mesmo depois de tudo.

— E por que essa coisa toda só com você?

O ar lhe escapou em um suspiro prolongado.

— Ele sempre admirou o João, porque desde pequeno meu irmão conseguiu suprir a maior parte das suas expectativas. Quer dizer, ele passou pra uma faculdade incrível, vai se tornar um profissional foda, enquanto eu não faço a menor ideia do que estou fazendo aqui na maior parte dos dias. Só sei que gosto de arte, ver o mar, ficar viajando e... coisas assim. — Soltou um riso embaraçado, baixando o olhar. — Mas sou horrível com contas, finanças, conversas sobre negócios caros e essas... coisas que dizem que você tem que ser bom se quiser ter uma vida mais ou menos, cercada de gente mais ou menos e coisas mais ou menos. 

— Acho que sei como é. — Torci os lábios, girando o botão para cessar a chama azulada sob a panela enquanto sorvia suas palavras. — Você não... não acha que tem algo de errado às vezes com o mundo?

— Como se ele fosse um quebra cabeça de peças embaralhadas que a gente não faz ideia do que vai formar, e tá no meio de tudo, tentando entender o que cacete tá acontecendo? — sugeriu, erguendo as sobrancelhas enquanto um sorriso pequeno riscava suas feições.

— É, tipo isso. — Dei de ombros, esforçando-me para perpassar a normalidade típica de quem só estava dando um palpite corriqueiro.

— Sei bem como é sentir esse tipo de coisa. A gente fica pensando que é estranho. Mas, sabe... às vezes eu penso sobre como tudo é criado no mundo, entende? As convenções, os comportamentos, tudo são centenas de caixas, que não necessariamente estão certas. Acho que talvez a gente só deva criar o nosso normal.

— É um ótimo ponto. — afirmei, deixando um sorriso sutil se esticar em meus lábios.

Um pequeno momento de silêncio se seguiu, no qual meus olhos ficaram perdidos na órbita dos seus enquanto uma agitação característica se revolvia no meu interior. Deixei que o ar escapasse dos meus pulmões, engolindo a pouca saliva que se empoçou na minha língua.

— Mas... fliperama com o Antônio, não é? — Despejou ele de repente, espargindo a atmosfera estranha que tinha se formado com a mudança de assunto. — Você joga?

Aquelas duas palavras me fizeram sorrir com uma esperteza ímpar.

Eu me julgava uma ótima jogadora desde os meus oito anos, quando eu e Paulo ganhamos um Playstation dos mais fajutos que se existiam na época, mas que foi testemunha das nossas tardes — e, secretamente, até mesmo madrugadas — de jogos até os olhos pegarem fogo e ninguém aguentar mais.

Depois, quando fiz quatorze e ganhei permissão para entrar no fliperama da cidade, poderia dizer me dava muito melhor com máquinas com o dobro do meu tamanho do que com pessoas.

Por isso, quando Jader comentou o vislumbre de uma ideia que eu poderia usar quando estivesse lá para conseguir o que queria, por meio de uma aposta e algumas partidas nas máquinas, tive a certeza que não seria difícil. Pelo menos, não tanto quanto aprender a fazer manobras em um skate.

Depois de colocar o macarrão em uma panela com água e levar ao fogo, sentei-me no chão da cozinha, as costas contra a geladeira e as pernas em triângulo sobre a cerâmica fria debaixo dos meus pés. Jader me lançou um olhar estreito por meio segundo, antes de se acomodar próximo a mim, encostado nos armários.

— Sabe uma coisa meio bizarra? — o ruivo questionou, fazendo-me desviar a atenção para suas íris ensolaradas que me fitavam com atenção. — Eu não me sinto estranho quando tô com você.

Minha garganta travou por um segundo diante da declaração repentina, e engolir demorou um pouco mais do que o normal em meio às batidas erradas do meu coração.

Um momento de mudez nos embalou, enquanto eu tentava organizar a enxurrada de pensamentos que se atropelaram em um novelo disforme sobre a minha cabeça, muitos deles gritando fuga.

— Talvez eu... também me sinta um pouco assim. Com você. — Foi a única coisa que consegui dizer, as sílabas arranhando minha língua como uma lixa de coral e espalhando uma sensação ácida de desconforto pelo meu peito, que pareceu corroer meus órgãos internos.

Sua boca se curvou ligeiramente, esboçando um pequeno sorriso que pareceu anunciar que, embora entoadas de um jeito torto, minhas palavras foram significativas de alguma forma.

Saudações, terráqueos!

E aí, o que acharam das bolhas no estômago?

E das informações sobre o passado de Jader?

E das viagens da Carmelita sobre o João ser um invasor? Hahaha.

Espero que tenham gostado! Beijos de nuvem pra vcs <3

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