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❨·🌸·❩ 章节 : O9 Chᥲρtᥱr.

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"Ele é um bebê, não deveria saber fazer coisinhas.O que está acontecendo?"

Fazia pouco mais de oito meses que Qian Kun e Dong Sicheng permitiram o namoro de Chenle com Jisung, até aí tudo na mais perfeita paz, ou quase isso... Quase isso, ou perto disso.

Chenle estava rebelde para o horror de  Kun e a sua mente fértil. O garoto já tinha dezessete anos e isso era horrível para o mais velho.

Um dia quando o mais velho estava entrando em casa viu o filho aos beijos quase sentado no colo de Jisung... O adolescente passou duas semanas sem ver o namorado por causa desse assanhamento. Qian botava ''pesado'' mesmo, ainda mais quando descobriu que o filho andava vendo pornô, ele quase não deixou Sicheng dormir. Na realidade até agora ele ainda não esqueceu isso.

— Ok, Chenle pediu pro namorado dormir aqui. - Sicheng disse deitado na cama com um livro aberto em seu peito enquanto observava o marido colocar o pijama. — Oito meses, duas semanas e quatro dias que permitimos esse namoro. Acho que devemos dar um voto de confiança.

— Zitao disse que encontrou camisinha no quarto do RenJun. - Qian Kun disse deitando ao lado do marido. — Chenle daquela vez pediu camisinha... Será que ele já...? Diz pra minha mente que não, Winnie .

— Duvido muito. - Sicheng murmurou. — Você está assim porque descobriu que ele vê pornô. Nós vimos quando adolescentes também.

— É, mas era aquele pornô fajuto onde eu achava que ao abrir a porta de casa um cara gostoso iria entrar com o pau dele pra todo mundo ver. - Qian Kun se esgueirou para deitar no peito do marido. — Olha que vida, eu conheci você anos mais tarde.

— Eu sou um cara gostoso.

— É sim, e graças que nunca saiu mostrando o pau na porta dos outros. - Kun disse rindo e Sicheng o acompanhou. — Eu não me importo dele ver pornô, o que me deixa pensativo é... Será que isso não está fazendo ele fantasiar demais? Digo, nosso menino vai perder a virgindade um dia e essa droga dói.

— Você realmente está preocupado com a primeira vez dele doer ou está preocupado com o fato dele ter a primeira vez?

— Mais a segunda opção do que a primeira. Mesmo assim é uma grande preocupação.

— Deixamos ele namorar, estamos dando todo o apoio e conversando com ele sempre que ele pede, acho que não devemos nos preocupar tanto assim. - Sicheng murmurou deixando o livro na cômoda e fechando os olhos. — Precisamos logo decidir se o Jisung pode ou não dormir aqui.

— Posso falar não?

— Só se quiser que ele te odeie.

— Ok, Jisung pode dormir aqui. - Kun bufou se agarrando mais ao marido.

[...]

Chenle estava quase brilhando de tanta felicidade!

Seus pais haviam deixado Jisung passar a noite, realmente passar a noite!  E não dormir em um colchão na sala ou ser carregado após dormir para o carro e levado de volta até sua casa. Ele realmente iria dormir ali, na sua casa. Chenle estava pirando.

— Não sei pra que essa felicidade toda. - Kun murmurou limpando a estante da sala, estava retirando alguns livros para doar. — Vai fazer algo por acaso?

— Claro que não. - Chenle bufou, mas corou um pouco. Felizmente seu pai estava de costas. — Eu só estou feliz porque ele vai dormir comigo na minha cama, e namorados fazem isso.

— Namorados também namoram a distância, não quer experimentar essa parte? - Kun virou para o filho e o mais novo revirou os olhos.— Só comentei.

— Pai, o que o senhor sentiu quando perdeu a virgindade? - Chenle perguntou bem mais solto em relação aos pais e ele achava que os pais também estavam nesse nível, mas estava completamente errado quando viu Kun deixar cair alguns livros no chão e sentar no sofá devagar. — Pai?

— Virgindade? - engoliu seco. — Não já te falamos sobre sexo?

— Sim, e sobre partos e também DSts. - fez uma careta. — Fiquei com medo até de beijar o Jisung depois disso.

— Felizmente a mãe dele fez algo que preste e mandou ele fazer um exame.

— Também né, o senhor e o papai quase obrigaram a senhora Park.

— Isso são detalhes. - deu de ombros. — O negocio aqui é: porque virgindade?

— Na realidade seria: por que não virgindade? - sentou ao lado do pai. — Ah pai, vamos lá, deixa de ser paranóico, eu vou fazer dezoito já já.

— Isso não muda nada.

— Muda sim.

— Você não sabe nem ligar a máquina para bater suas roupas. - Kun bufou. — E quer falar sobre sexo? Já não basta ver pornô?

— Eu sabia! - Chenle gritou batendo as mãos nas coxas. — Quando eu fui olhar o meu computador havia um histórico do site.

— Chenle .

— Pai, sejamos sinceros, todo mundo já viu um pornô.

— Não vou mais deixar você sair com o RenJun, sério. - Kun negou.

— Vai me responder ou não? - Chenle perguntou e Kun bufou. — Vou ter que esperar o papai?

— Ele foi comprar comida, espera ele. - cruzou os braços e Chenle  riu se aproximando do pai e beijando a bochecha dele. — Nem vem.

— Eu te amo tanto pai.

— O que você quer saber?

— Doeu?

— Sim. - Kun suspirou ouvindo a porta da frente ser fechada. — Não foi com o seu pai, mas doeu e muito.

— Nos vídeos não parece doer. - fez uma careta.

— Sicheng, responde teu filho. - Kun disse quando viu o marido entrar na sala com duas sacolas. — Ele quer saber porque dói perder a virgindade se nos pornôs que ele vê, não parece doer.

— Pai!

— Eu não vou te explicar porque dói, só dói. - Sicheng disse e foi para a cozinha. — Todo pornô é fake!

— Sicheng, ele está mesmo assistindo pornô!

— A gente já sabia!

— Ele quer perder a virgindade!

— Meu Deus, eu só perguntei, pai. - Chenle bufou.

— Dói e fim. -  Kun disse voltando a arrumar a estante.

Chenle riu baixinho e foi até a cozinha vendo Sicheng arrumar a mesa para o almoço.

— Pai.

— Uh.

— Eu já... Já fiz coisinhas. - Chenle  disse e Sicheng olhou para o filho confuso.

— Coisinhas?

— Eu e o Jisung já...

— Meu Deus. - Sicheng sentou.

— Não foi nada demais. - sussurrou. — Mas não conta pro papai, porque aí né...

— Meu Deus.

— Pai?

— Meu Deus.

[...]

— Meu Deus. - Sicheng disse vendo Jisung acenar para si e ir em direção ao quarto de Chenle . — Meu. Deus.

— O que houve? - Kun perguntou olhando para o marido. — Está assim desde o almoço.

— Nada, não foi nada. - sorriu. — O que você falou ao Jisung que eu não ouvi?

— Que ele avise o Chenle para não trancar a porta. - Kun disse contrariado. — Eu não acredito que estamos deixando eles fecharem a porta.

— Se você soubesse o que o Chenle me disse, duvido se deixaria eles dormirem juntos agora. - Sicheng disse baixinho, mas o marido escutou.

— O que ele disse?

— Nada demais.

— Sicheng.

— Então...

No quarto Chenle ria da história que o namorado estava contando, Jisung deitou ao lado do chinês e beijou a bochecha dele.

— Ainda não acredito que seus pais deixaram mesmo eu dormir aqui e ainda com a porta fechada. - Jisung disse e Chenle assentiu se ajeitando para deitar no peito do Zhong. — Está mesmo tudo bem para eles?

— Papai Kun descobriu que eu vejo pornô, até antes de você chegar ele estava dizendo que eu não devo ver e ficar achando que tudo que acontece ali é verdade. - riu. — Até parece que eu vou acreditar.

— Os pais hoje acham que somos bestas, só pode. - Jisung beijou os cabelos do namorado. — Que filme você quer ver?

— Jisung, sabe aqueles filmes onde a pessoa promete que só vai fazer aquilo no fim do colegial?

— Sei, eu acho. - respondeu confuso.

— O que acha de só fazermos aquela coisa depois dos dezoito? — perguntou ansioso sem querer olhar para o namorado.

— Acho lógico, e bom. - Jisung sorriu apertando o garoto em seus braços. — Era só isso?

— Podemos continuar com aquelas coisinhas né? - perguntou para o outro adolescente que riu.

— Acho que sim, não são nada demais além de mãos bobas. - se ajeitou para ficar com o namorado em sua frente fazendo Chenle  resmungar por ter que sair do seu peito. — Eu gosto muito de você, sabe?

— Eu também gosto de você.- deixou um selinho nos lábios do Zhong. — Vamos logo escolher que filme vamos ver.

— Zhong Chenle ! - o adolescente sentou na cama assustado junto com o namorado.

— Merda pai. - choramingou.

— O que foi?

— Eu contei ao meu pai Winnie que fizemos algumas coisinhas. - sorriu sem graça e Jisung colocou as mãos no meio das pernas. — Jisung.

— Seu pai Kun disse que iria cortar ele, e eu não duvido nada. - disse assustado olhando para suas mãos.

— Coisinhas?! - Kun gritou. — Eu espero que essas coisinhas não envolvam coisas entrando no meu filho!

— Calma, amor. - Chenle escutou seu pai Sicheng falar no corredor, sabia que os dois estavam na frente da porta do seu quarto. — Foram apenas coisinhas, eu já até me acostumei mesmo não querendo.

— Coisinhas Sicheng, daqui a pouco eles fazem coisonãs!

— Essa palavra nem existe!

— Devo pular da janela? - Jisung perguntou baixinho ainda com as mãos naquele lugar e Chenle negou.

— Ah mas essa porta não vai nunca mais ficar fechada. - Kun disse tentando abrir a porta. — Eles trancaram a porta, Sicheng!

— Merda, esqueci de dizer que não era pra trancar. -  Jisung choramingou já prevendo que sairia dali direto para um hospital porque seu sogro iria arrancar seu pênis.

— Amor, fica calmo.- Sicheng disse.

— Meu filho ainda não tem idade para fazer coisinhas!

— Merda, Kun, eu tô grávido! - Sicheng gritou e Chenle arregalou os olhos quando ouviu um barulho fora do quarto.

— Seu pai morreu. — Jisung disse incrédulo e Chenle levantou da cama. — Fomos a causa da morte dele?

— Ele não morreu. - Chenle andou até a porta e abriu devagar vendo Sicheng em pé olhando para um Kun desmaiado.— O senhor está mesmo grávido?

— Não. - Sicheng olhou para o filho e por cima do ombro dele viu Jisung. — Acho bom segurar mesmo o seu pau aí, porque ele só vai sair da sua cueca quando você precisar mijar.

— Pai! - Chenle gritou.

— O que eu não faço por essa família. - Sicheng resmungou pegando Kun no colo meio torto. — Meu filho cresceu e tá fazendo coisinhas e meu marido desmaiou. Eu não mereço isso, eu realmente não mereço. O que está acontecendo vida?

Sicheng bufou quando sua mente respondeu: ''Você casou, teve um filho e agora ele cresceu. Admita que se fodeu."

— Pai. - Chenle seguiu o pai até o quarto. — O Jisung ainda pode dormir aqui, não é?

— É, pode. -  disse colocando o marido na cama, Chenle se aproximou e beijou a testa de seu Pai. — Mas por favor, sem fazer coisinhas.

— Sem coisinhas.- Chenle repetiu.

— Pelo bem do pau daquele garoto, é bom mesmo sem coisinhas. -  Kun disse assustando o marido e filho. — Sicheng, nosso filho cresceu e faz coisinhas e agora você tá grávido.

— Não tô não, amor.

— E agora você me enganou. - choramingou colocando o travesseiro na cara. — Daqui a pouco a gente se separa e o Chenle vai morar no havaí fazendo prancha. - disse abafado pelo travesseiro. — Não acredito nisso, Winnie .

— Boa noite. - Chenle disse rindo e saindo do quarto. — Amo vocês.

— Olha como ele me trata! -  Kun gritou e Sicheng suspirou deitando perto do marido.

Chenle entrou no quarto e encontrou um Jisung nervoso andando de um lado para o outro, ele riu puxando o namorado para a cama e ligando a televisão.

— Vai fingir que nada aconteceu? - Jisung perguntou.

— Nada demais aconteceu. - Ele disse sorrindo e olhando para o namorado. — É o preço que meus pais pagam por demorarem tanto pra perceber que eu cresci.

Chenle  sabia que aquela seria a primeira das várias coisas que seus pais ainda iriam fazer, mas ele os amava mesmo assim; sendo dramáticos e levemente paranóicos.

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