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Capítulo 2


Leopoldina o viu partir com certa rapidez, acabou achando fofo sua preocupação com ela e sua gravidez, mas o homem parecia animado para voltar à sociedade.

- Já está com saudade dele? – Melissa murmuro gentilmente.

- Sim, mas acredito que será bom para ele viver longe de mim. – Seus olhos tristes quebraram a jovem senhora que ainda tentava aprender como lidar com a jovem. – Ainda me preocupo que tenha arruinado algum momento de sua vida.

- Sempre pensando negativamente? – Leopoldina, volto a Melissa, a analisando enquanto a governanta já começou a pensar que foi ousada demais.

- Verdade, né? – Seu sorriso parecia leve, deixando a senhora mais calma. – Sempre penso pelo lado negativo porque acabo machucando alguém, por exemplo, seguindo o plano maluco de Lancelot, acabei sendo excluída de minha família. – Seus olhos ainda foram para longe, onde Lancelot foi visto pela última vez.

- Seria ousadia minha perguntar o que realmente aquele casal escondia, vivia com o marido naquela casa há pouco tempo, e achava estranho em Caconde ninguém os conhecer, jovens recém-casados vivendo no meio do nada, enquanto todos os familiares nem ao menos sabiam onde estavam.

- Se você não conta para ninguém. – Leopoldina tinha um ar infantil às vezes e Melissa aprendeu a notar que isso não é intencional.

- Não contarei. – Prometeu de dedinho, vendo a senhora rir baixo, dando espaço à senhora para o banco na frente da casa.

- Bom, eu o conheço desde criança, - Leopoldina volto para a senhora sorrindo. – Ele sempre foi muito gentil e desenvolvemos uma grande amizade mesmo com meus problemas ao público e tique com as mãos, as vezes ate mesmo meus problemas de banheiro. – Leopoldina viro para frente. – Bom, ele sempre foi tão presente mesmo quando foi para o treino militar, sempre trocamos cartas, tinha tantos bolos de carta que me faziam me sentir especial, ate que veio a hora do casamento. – Sua menstruação tinha decido e seus pais pareciam a olhar ainda mais estranhos se perguntando o que faria com ela. – Um primo distante veio para ser meu marido e para minha irmã ele foi selecionado. – Aquele jantar foi tão desastroso, Leopoldina ainda lembro do anúncio como seu coração se aperto, e tentou esconder as lagrimas que desciam de seu rosto, Lancelot nunca paro de a olhar, depois acabou quebrando um prato sem querer, seus pais acharam que ela queria acabar com a noite e mandaram ao quarto. – Acabamos conversando a noite e acabamos nos beijando muito. – Os movimentos com a mão fizeram a senhora ficar vermelha.

- Vocês fizeram...? – Os movimentos já a fizeram rir.

- Sim, eles pegaram. – Ela murmura atrás da mão e Melissa viu a diversão nos olhos da mesma. – Sabe que deu ruim, não é? Me falaram que o enfeiticei, ele não aceitou muito bem, disse que ia casar comigo e que preferia minha pessoa, achei tão fofo, mas realmente fiquei com medo porque a senhora Cleusa disse que eu ia arruinar a vida dele. – Ela não quer ser a ruína dele. Por isso, promete que não o atrapalharia.

- Ele sabe disso? – Melissa murmuro pensativa.

- Não, ele não ouviu a mãe dele falando isso. – Leopoldina, volto para casa. – O mesmo fugiu com a roupa do corpo e viemos para aqui e fizemos a casa do zero. - Tinha tanto orgulho. – Dois meses já se passaram e realmente parece que estou fazendo algo certo, né? – Voltando a mais velha.

- Se diz sobre o arruinar, acredito que está fazendo um bom trabalho. – Isso a deixou feliz e Melissa sentiu pena da jovem. – Senhor Lancelot, parece realmente a amar.

- Também acredito nisso, - Leopoldina não queria ser pessimista com a senhora Melissa. – Espero que isso dure bastante. – Sorriu de novo para longe.

- Bom, irei preparar um pouco de chá. – Melissa se levantou devagar. – Quando ficar pronto, te chamarei, uma gravidinha não pode ficar sem comer. – Leopoldina acabou feliz com o cuidado e confirmo.

...

2 semanas depois.

Lancelot acabou entrando num frenesi de um antigo vício dele. O prazer do sexo.

Depois de fechar o negócio com Fausto Silva, Lancelot volta para um dos prédios mais favoritos de toda a grande São Paulo, o cabaré da dama da noite, onde tinha as melhores moças da vida. Tudo que ele não conseguia fazer com Leopoldina, conseguia fazer com Samanta, Laura ou até mesmo Kissy, mas a dama que mais passa tempo é a querida Pity, uma russa com um traseiro enorme.

- Você é um anjo, sabia? – Algo o quebrou enquanto se deitava na cama. "Anjo" é um apelido que ele dá à Leopoldina, não devia associar esse apelido a outro ser, o fazendo voltar à realidade com um tapa na cara, vendo que aquele quarto não é o que ficou meses fazendo com a mesma, estava numa suíte de um bordel enquanto sua esposa grávida estava em casa e sozinha?

- Eu sei, - A voz docemente o fez sentir um enjoo. – Espero que possamos concluir nosso plano...

- Plano? – Falou meio sonolento.

- Não se faça de boba, - Pity fechou a cara em aborrecimento e Lancelot sentiu ainda pior. A mulher não é feia, mas realmente queria entender quanto tempo gastou ali e o que Leopoldina está pensando. – Sobre irmos para longe e construirmos algum lar juntos, tinha falado que ia pensar.

- Então é pensar não aceitando. – Levantou um pouco irritado com isso.

- Sim, mas pensei que ser boa com você me tiraria desse lugar. – Resmungo, já vendo as lágrimas caindo.

- Olha, eu já tenho uma esposa. – Aquilo não pareceu incomodar a mulher. – E realmente meu tempo com você foi bom, mas realmente tenho que ir... – Já pulando da cama procurando a roupa.

- Posso viver no campo e, do jeito que ficou aqui, acredito que nem liga muito para a esposa, está quase um mês aqui comigo. - Pity saiu da cama tentando o segurar. – Ela não deve ser muito interessante, não é? Para ficar comigo por tanto tempo. – Lancelot realmente respiro fundo porque a lógica da mulher não estava errada, mas também não estava certa, ele tinha uns problemas com prazer e com a liberdade que tinha às vezes acabava indo longe demais.

- Bom, vamos repetir isso uma outra hora. – Lancelot finalmente estava inteiro e bem apresentável pelo menos um pouco, abrindo a carteira e deixando o dinheiro sobre a mesa. – Isso deve dar. – Com isso, simplesmente saiu sem olhar para trás.

...

Poderia dizer que, quando Lancelot chegou em casa, o clima estava tenso.

Seu pequeno anjo? Anjo... esse apelido não deve mais ser usado para ela, Leopoldina.

Entrando dentro de casa, foi recebido por um silêncio, um silêncio sufocante, o fazendo largar as coisas no chão mesmo.

- LEOPOLDINA? – Berrar não é muito educado, mas realmente pensou que iria encontrar sua esposa, mas tudo que recebeu foi uma tosse, o fazendo subir a escada correndo, entrando no quarto dos dois, vendo-a ali na cama deles. - O que aconteceu?

- Lancelot... – Ela se levantou com certa dificuldade, mas seu rosto estava meio pálido, seu rosto estava longe e as grandes cobertas estavam cobertas de sangue, o fazendo pensar o que diabos aconteceu.

A governanta Melissa surgiu com panos úmidos, fazendo a senhora voltar a ela com certa raiva. O acordo é entrar em contato com ele, mas agora chegou e tem uma esposa de cama e num canto de seu quarto tinha sangue em seus lençóis, o fazendo já entender o que diabos aconteceu com as sementes em seu ventre.

- Tínhamos combinado que, se acontecesse algo, você entraria em contato comigo... – Lancelot volta sua raiva e culpa a coitada da mulher que congelou no meio do caminho.

- Não brigue com ela. – Leopoldina levantou-se daquele colchão com certa fraqueza, o fazendo recuar um pouco para impedi-la de sair da cama. – Não brigue com ela, - Manteve firme e Melissa viu o homem acalmar um pouco. – Eu pedi para ela não contar para você. – Por fim, volto a Melissa, que sorriu agradecida. – Obrigada pela água, mas poderia deixar a gente? – Seu sorriso foi gentil para a mulher, que aproveitou a deixa enquanto Lancelot parecia realmente querendo arrancar uma cabeça de alguém.

- Por que pediu algo assim? – Volto irado para a mesma.

- Porque não queria te atrapalhar, - Aquilo o quebrou. – Você demorou mais na sua reunião, acho que precisava de um pouco de paz. – Aquilo o fez sentir um gosto amargo em sua boca.

- Coisas assim devem ser informadas. – Ele beijou sua cabeça, buscando um pouco de calmaria de seus próprios demônios debaixo de sua pele.

- Sim, mas me senti culpada também, porque perdi algo que devia ser algo alegre. – Leopoldina voltou chorando para o homem e Lancelot sentiu arrependimento. Quanto tempo ela ficou assim naquela casa e sozinha? Enquanto ele ficou fuçando com uma prostituta.

- Isso não é sua culpa, sempre podemos fazer outro. – Murmuro, puxando-a para o peito.

- Mas eu devia pelo menos conseguir carregar algo para você, conseguir fazer algo de bom... – Lancelot, tudo que pôde fazer foi puxar para seu peito e apertar, ele não pode errar com ela de novo, não pode.

- Não se culpe por isso, às vezes acontece. – Murmuro, aninando. – Mas não pode me esconder isso, e se tivesse acontecido algo pior? – Ela o olhou e os olhos azuis bateram com os acinzentados.

- Mas começou com uma gripe e, quando vi, estava sangrando. Foi realmente tão rápido que nem pensei em incomodá-lo. - Ele não podia deixar isso acontecer.

- Bom, vamos combinar que não podemos esconder as coisas assim, está bem? – Lancelot ajeitou a mesma na cama. – Mas vamos passar por isso juntos, vamos dar um jeito nisso. – Garantiu com carinho enquanto pegava um pano e colocava sobre sua cabeça. A vendo estremecer.

- Está bem. – Beijou de leve sua mão, o fazendo sentir amargura. – Eu prometo. – Seu sorriso o fez garantir que aquilo que fez não se repetisse.

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