CaPiTuLo 12
Uma semana já tinha se passado, eu já tinha marcado com o Tiago pra contar pra ele sobre a gravidez. Hoje mesmo ele iria passar aqui pra nós irmos em um restaurante.
Acabei de arrumar meu quarto e fui me arrumar. Vestir um vestido florido, um tênis preto e minha bolsa. Escovei meus cabelos, passei perfume e gloss. Fiquei esperando Tiago lá na portaria e logo ele chegou. Demos um selinho e fomos.
Quando chegamos no restaurante ja podia sentir minha mão tremendo e suando e minhas pernas já bambas.
— Que foi? Tá nervosa — sorriu.
— É que eu tenho uma coisa muito importante pra te falar...
— Fala, você sabe que entre a gente não tem cerimônia.
— Mas antes eu queria te fazer uma pergunta. — engoli em seco.
— Pode falar.
— Você tem vontade de ser pai? — perguntei com as mãos tremendo.
— Sinceramente? — balancei a cabeça positivamente — Não. Pode ser que eu queira mas quando eu estiver bem de vida, tiver aproveitado tudo, viajado bastante. Que no caso vai ser bem velho. — ele falava como tivesse planejando tudo — Por que estar me fazendo essa pergunta? Tu tá estranha.
Engoli em seco após ouvir todas suas palavras, se eu não falar agora eu não falo nunca mais.
— Eu tô grávida, Tiago. — falei rápido e vi seu sorriso morrer.
O Tiago me encarou por alguns instantes como não tivesse entendido o que eu tinha falado.
— Tá. Entendi que a gente não pode ter mais uma relação, né?
Eu realmente não queria acreditar que eu tinha escutado isso do Tiago.
— Eu tô dizendo que estou gravida Tiago, grávida de você — vi a feição do mesmo mudar pra de raiva.
O mesmo se levantou passando a mão nos cabelos como se tivesse desesperado.
— Eu sabia que não era pra me envolver com uma menor de idade. Você acha mesmo que vou acreditar nesse golpe né? Eu devo ter muita cara de otario! — eu não queria acreditar em suas palavras — Vai contar esse golpezinho pra outro garota! Eu sou um homem que namora a dois anos! Dois anos!
Ele falava aquilo tudo pra mim e eu só sabia chorar. Ouvir tudo aquilo do homem que eu confiei pra me entregar estava doendo, minha cabeça não tinha assimilado a metade das coisas que ele tinha falado.
— Ver se me esquece porra! — gritou.
— Mas eu tô grávida de você! Qual parte você não entendeu?!
— Se você estiver grávida de verdade quem me garante que é meu?
— Eu garanto! — riu debochado.
— Ata. Você só deu pra mim por que foi eu o primeiro a pedi, se fosse qualquer outro você teria dado também. Conheço o Tipo de cadela que você é! — Quando ele terminou de falar eu sem pensar meti a mão na cara dele.
O rosto do Tiago virou com o impacto da minha mão. O mesmo não parecia acreditar que eu tinha feito isso.
— Você me respeita seu idiota. Você acha o que? Que eu quero teu dinheiro? Vai ser foder, agora quem não quer que você assuma o meu filho sou eu. Porque se eu fosse ele iria ter vergonha de ter um pai como você. Seu babaca — peguei a água que estava em cima da mesa e taquei em sua cara e sai
Meu corpo por completo tremia. Sai do restaurante sem rumo da vida. Minha cabeça deu voltas me deixando zonza. Encostei em uma parede qualquer e deixei os soluços e as lágrimas me tomarem. Eu jamais podia pensar que ouviria esses tipos de ofensa, ainda mais vindo do Tiago, o homem que eu mais acreditei na vida.
Alguém encostou em meu braço, quando olhei era uma senhora com uma menina no lado.
— Você tá bem menina? O que ouve? — eu simplesmente não conseguia falar, só chorar — Vem — a senhora me puxou para a frente do restaurante onde tinha um jardim com algumas cadeiras.
Ela começou a alisar minhas contas na tentativa de me acalmar.
— Lili, vai comprar uma água pra ele — ela falou para a menininha que a acompanhava.
A menino foi correndo e em alguns minutos chegou. A senhora abriu a água é me entregou, bebi tudo com as mãos trêmulas
— O que aconteceu moça? — a menina me perguntou.
Fechei os olhos e respirei bem fundo antes de responde- la.
— Um cara que eu ficava me xingou de vários nomes porque contei pra ele que estava grávida — falei com a cabeça baixa.
— Ah meu bem. Não fique assim, Deus sempre sabe o que faz. E lembre- se que ele é pai e não padrasto — sorrir fraco — Você é uma moça tão linda, você deve ter pais não é?
— Tenho sim. Mas eles não sabem que estou gravida. Eu sou a pior filha do mundo, só dou desgosto pra eles — minha lágrimas voltaram a cair mas limpei de imediato
— Lógico que não. Minha filha também teve filho muito nova, me dando netos que amo de paixão. No começo é normal eles negarem até mesmo rejeitarem mas é por conta do susto. Mas no final acabam pegando um amor enorme pelos netos.
— É eu tenho certeza que seu bebêzinho vai ser lindo igual a você — disse a menina me fazendo sorrir.
— Obrigado pelo apoio mesmo. E como é o nome da senhora mesmo?
— Meu nome é Isadora e essa é minha neta Lili — A menina me deu um largo sorriso.
— Vó? Eu tava procurando vocês — um menino chegou
Ele era muito lindo.
— Esse é meu neto João. E como é seu nome?
— Aline — me apresentei
— Nome bonito, Aline — ele disse simpático.
— Obrigado — virei pra Dona Isadora — Obrigado por tudo, tá? Agora vou ir, a senhora deve ter várias coisas pra fazer.
— Ah, que nada. Só passamos aqui pra comer porque vim fazer alguns exames — sorrir — Onde você mora?
— Na praça do caminho vinte e um.
— A gente vai passar por lá. Quer carona? — João me perguntou.
— Não quero incomodar.
— Não vai ser incomodo nenhum.
Eles me trouxeram até a porta de casa, e por algumas horas pude esquecer tudo o que tinha ocorrido hoje. Eles eram muito divertidos, até trocamos número de celular.
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