Capítulo 10
OS CABELOS AVERMELHADOS VOAVAM COM O VENTO. Eles estavam dentro do carro em movimento e o silêncio reinava ali, Enola mantia seu olhar fixo para fora da janela perdida em seus próprios pensamentos enquanto Jasper pensava em uma forma de chamar sua atenção sem parecer invasivo, obsessivo ou um psicopata ao menos era o que seus irmãos o instruíram a fazer. Ele não pode deixar de notar que desde que entraram no carro ela não para de mexer em sua própria mão, talvez um sinal de desconforto ou nervosismo, os seus batimentos cardiocos era como música para seus ouvidos se naquele momento ele pudesse fechar os olhos apenas para se concentrar naquele som ele faria sem dúvidas, mais não podia..
— Está gostando do clima de forks? — Ele perguntou a olhando de canto
Enola virou seu rosto franzido para o loiro e logo percebeu que a pergunta foi direcionada a si, aliás eram os únicos ali no carro então resolveu responder;
— Eu gosto do frio....
— E o que está achando sobre morar conosco, espero que não tenhamos chateado você em algum momento. As vezes é difícil conviver com algumas pessoas em uma casa muito cheia — Ele diz voltando seu olhar para a estrada mais a ouviu suspirar, tentou se concentrar em sentir os sentimentos dela mas ali no momento ela não parecia estar sentindo nada.
— Vocês me acolheram, então eu sou grata por isso. — Balançou os ombros — As vezes eu só gosto de ficar sozinha.
— Eu entendo você.... — Ele a respondeu — Tem vezes que eu fujo da minha própria casa e caminho pra longe!
— Eu gostaria de caminhar sem rumo. — Ela diz baixo
O hale pensou um pouco e mordeu seu lábio inferior logo abrindo um sorriso ao ter uma ideia
— Deixe-me contar um segredo, mais por favor não conte a ninguém.
— Não precisa me contar. — Ela murmura e o encara. Ele mira seus olhos no dela mais logo desvia e continua a sorrir
— Quando eu quero ficar sozinho, eu vou para um lugar só meu. — Ele revela baixo — Um lugar onde eu sei que ninguém irá me encomodar e o cantar dos pássaros é o único barulho que eu ouço.
— Parecia ser um bom lugar, como um porto seguro! — Ela sussurra e ele balança a cabeça
— Posso te levar lá um dia!
— Mais é o seu lugar...
— Não me importaria em dividi-lo com você. — Ele respondi e sorrir em sua direção, ela apenas desvia o olhar e encosta a cabeça na janela do carro e Jasper suspira pesadamente mirando novamente sua atenção a estrada vazia. Não demorou muito para que eles chegassem na casa da garota, Jasper só a deixou sair do carro quando ela prometeu que ligaria para ele quando terminasse com a justificativa de que ela não saberia voltar para casa sozinha e por ser muito longe para caminhar até lá, ele estacionou o carro um pouco afastado para esperar a ligação da ruiva.
Quando Enola se aproximou da frente da casa ela suspirou antes de suspender a mão esquerda até a compainha, porém quando iria apertar a porta foi agrida bruscamente a assustando e Betty apareceu com um sorriso no rosto e a puxou para dentro da casa;
— Eu pensei que você não iria vim, mais ainda bem que veio. — A loira a analisou — Uau, realmente está com muito frio. Aliás eu amei esse moletom!
— Como sabia que eu estava na porta? — Enola perguntou confusa ignorando totalmente o elogio da outra
— Eu vi da janela... — Betty respondeu dando de ombros — Vem, vamos pro quarto.
A loira puxou a Scott pela escada a cima e logo adentraram em seu corpo, Enola observou tudo atentamente após ter finalmente sua mão largada e não se surpreendeu quando viu a decoração do quarto da outra. Era composto por cores escuras e as paredes tomadas por pôsteres de bandas ou filmes que a Scott não conhecia, tinha livros em algumas plateleira e espalhado pelo tapete junto com seu laptop.
— Gostou? — A loira perguntou com um sorriso — Esse é o meu universo, eu passo a maior parte do tempo aqui então é óbvio que ele tinha que ter uma vibe mais parecida comigo.
— É um quarto legal...
— Não fica acanhada, vem senta aqui! — Betty a puxa para sentar no tapete e a Scott se senta devagar — Eu dei uma pesquisada por cima mais não me aprofundei nos detalhes, podemos revezar você prefere os livros ou Laptop.
— Eu fico com os livros e você pesquisa aí, podemos separar em tópicos? — Enola questionou pegando seu caderno para anotar
— Não vejo problemas, você está com fome? Podemos pedir uma pizza
— Não, acho melhor focarmos no trabalho. — A ruiva franziu a testa e a outra balançou a cabeça dando de ombros.
Passaram-se algumas horas e elas continuavam focadas na pesquisa, as vezes Betty puxava algum assunto aleatório ou fazia uma piada sem graça e rua sem parar, porém Enola tentava ao máximo fazê-la ter o foco no trabalho. Percebeu-se que a Loira não conseguia ficar muito tempo quieta, estava sempre batucando ou cantarolando alguma música indecifrável, porém para sua surpresa nos últimos trinta minutos ela estava calada porém não permaneceu assim por muito tempo pós fechou seu laptop com força e concertou sua postura encarando a Scott:
— Porquê você veio morar aqui em Forks, O senhor cullen te adotou também?
Enola deu de ombros devagar e crispou os lábios ainda com seu olhar mirado no caderno em que fazia uma anotação.
— Não, eles são meus padrinhos e se tornaram meus guardiões legais após a morte da minha mãe.
— Ah, mais e o seu pai?
— Meu pai também morreu a alguns anos atrás, e depois meu irmão então só restou eu dos Scott. — Ela diz com a voz um pouco trêmula e suspira para afastar as lágrimas
— Desculpa eu não....—Arregala os olhos surpresa e logo lhe dá um olhar triste — Eu sinto muito!
— Obrigada, não precisa se preocupar — Enola a encarou por alguns segundos e lhe deu um sorriso fraco logo voltando atenção pro papel
— Eu perdi meu pai a pouco mais de um ano.— Betty diz de repente com a cabeça tombada para o lado — Ele foi assassinado, covardia neh?
Enola a olhou novamente um pouco surpresa, não tinha o que dizer então apenas ficou calada e então a loira se levantou e se jogou na cama apoiando as mãos no queixo e continuou a falar.
— Ele era do FBI então sempre estava viajando para realizar alguma missão, nos mudados para Forks porque ele queria que ficássemos longe o possível de toda a bagunça sabe? — Ela suspirou — Em uma dessas viagens ele nunca mais voltou, então restou apenas minha mãe e eu.
— Sinto muito pelo seu pai, não deve ter sido fácil para vocês. — Enola cruzou as pernas
— Foi difícil sim, minha mãe teve que lidar com várias dívidas e isso a fez se afundar no trabalho e na bebida. — Ela deu uma risada amarga — As vezes eu desejava fugir, ou só não existir. Mais eu não podia deixar a minha mãe sozinha, eu sou a única coisa que ela tem.
— Porquê você tá me contando isso?
— Eu não sei —Betty franziu a testa dando de ombros e se sentou rapidamente — Eu confio em você.
— Me conheceu a poucas horas!
— Você sabia que almas gêmeas quando se encontram reconhecem uma a outra? — A loira diz indignada e aponta para a ruiva — Você é minha alma gêmea eu sentir isso, vamos pintas as unhas uma da outra e fazer uma festa do pijama, chorar assistindo filmes e aí meu Deus vamos disputar no karaokê.
Betty ficou de pé em sua cama e começou a pular animadamente e isso fez com que Enola deixasse escapar uma pequena risada
— Você é estranha....
— Isso foi um sorriso que eu vi senhorita Ruiva gostosa? — Betty parou de pular e colocou as mãos na cintura e sentou-se novamente
— Ruiva gostosa? — Enola franziu a testa e a loira sorriu animadamente e levantou-se em um pulo. A Scott percebeu que não importava o que fizesse tinha entrado em uma caixa onde não teria saída, tinha certeza de que não conseguiria se livrar da loira tão fácil e bem no fundo do seu interior ela se sentiu bem por que por algum motivo essa loira estranha a escolheu sem nem pensar.
— É, você é ruiva e gostosa. — A outra revirou os olhos — Vamos fazer um pacto?
— O que? Não! — Enola arregalou os olhos e se levantou rapidamente
— Não um pacto de sangue, um pacto de amizade.
Ela deu de ombros e se aproximou da ruiva entrelaçando seu dedo mindinho na da outra e sorriu, Enola sentiu vontade de correr mais não fez então Betty continuou a falar.
— Vamos prometer algo uma para outra, o que você quer de mim?
— Se eu pedir pra você se afastar você vai?
— Não! — Betty respondeu de imediato — Mais eu já sei o que irei pedir pra você....
— O que?
— Eu quero que você fique, que não me abandone.... — A loira suspirou e sorriu triste — Eu sei que é bobo e que agente não se conhece direito, mais acho que temos uma tristeza em comum não é?
— Eu não posso dizer se os meus sentimentos é igual os seus.
— Eu só quero uma amiga que não vá embora!
— Eu não posso prometer ficar, eu não quero ficar. — Enola sussurrou
— Então eu prometo fazer você mudar de ideia.
NOTAS FINAIS
.
.
.
.
.
.
.
.
gente eu amo uma amizade.
Votam é comentem o que estão achando.
Amo vocêeees.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro