O que aconteceu entre Lilibeth e eu já não dói mais. Eu não carrego mais a angústia daquele momento, mas a lembrança ainda permanece, como uma cicatriz que ensina e não machuca. Eu acreditava que o que compartilhávamos era forte o suficiente para resistir ao tempo e aos obstáculos da vida, mas, no final, o que parecia imbatível cedeu. Lilibeth tomou a decisão que sabia ser a melhor para ela, e, mesmo que o rompimento tenha sido doloroso, hoje vejo que foi o melhor para mim também.

Ela não partiu, mas a distância emocional que colocou entre nós foi o suficiente para me mostrar que nosso caminho havia terminado. E, de algum modo, eu sabia que precisava seguir em frente, mesmo que naquele momento a mudança parecesse assustadora.

Foi então que tomei a decisão de me mudar para Chicago. A cidade era nova para mim, desconhecida, mas com a promessa de um recomeço. O trabalho na Gaming Universe and Company me aguardava, e parecia a oportunidade perfeita para deixar o passado para trás. Eu não precisava mais ficar preso a um amor que já não existia, a um futuro que não se concretizou. O que restava agora era olhar para frente, sem olhar para trás.

Chicago seria a chance de reconstruir minha vida, sem as sombras do que já foi. A cidade, com seus arranha-céus e ruas movimentadas, representava tudo o que eu precisava: um novo começo, um novo rumo. E enquanto eu embarcava naquela jornada, uma coisa era certa: o futuro era meu, e eu estava preparado para ele.

Mas o que eu não sabia era que, ao me abrir para o desconhecido, Chicago também traria novas surpresas, desafios e, quem sabe, até novas oportunidades. O que me aguardava não era só uma carreira, mas também algo mais profundo. Algo que eu ainda não podia entender completamente, mas que sabia que viria no tempo certo.

Agora, enquanto a cidade de Toronto ficava para trás, a única coisa que eu podia fazer era seguir em frente, com confiança e sem arrependimentos. O passado já não pesava mais, e o futuro era uma tela em branco, pronta para ser preenchida.