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Capítulo 2

Quando chegou o dia de meu pai ir ao mar, meu coração estava aflito. Não sabia responder o motivo, mas não queria que ele fosse. Sentia que algo ruim aconteceria nessa viagem. Você tentou me tranquilizar, dizendo que meu pai era experiente e que se houvesse algum problema, brevemente retornaria para casa.

Mas isso não me acalmou, ainda mais que durante a noite uma grande tempestade começou. Te chamei para a casa da frente, pois não conseguiria dormir com os sons de raios e trovões.

Prontamente o meu pedido foi atendido e você passou a noite na cama de meu pai. Quando um raio caiu na areia da praia, iluminando o céu, acordei assustada e fui me acolher em seus braços. Você me abraçou e disse que nada de ruim aconteceria. Eu te beijei, mas ao contrário dos nossos beijos apaixonados, esse foi mais intenso.

Entendia pouco das coisas da vida, mas sabia que podia confiar em você. Mesmo sendo um desmemoriado, que havia arrebatado o meu coração. Então me entreguei de corpo e alma para o que sentia. Sendo embalada com sua linda voz dizendo palavras de amor e proteção eternas, que me fizeram sentir ser a mulher mais amada de todas.

Na manhã seguinte, acordei com o sol na janela aquecendo o meu corpo desnudo. Fiquei envergonhada, mas rapidamente você despertou, me prendendo em seus braços e me beijando. Falei que não podíamos ter feito o que fizemos, e você disse que isso era somente uma questão de tempo. E que me amava e nada o deixaria ficar longe de mim.

Voltamos a nos amar novamente e quando dei por mim, fui em busca de meu pai. E fiquei muito triste ao saber que seu barco ainda não havia retornado. Fiquei desesperada e o reclamei por você ter me distraído do problema real que acontecia com meu pai.

Chorei desesperada, te culpando por não ter escutado a minha intuição. Você me pedia perdão, mas a nossa briga somente acabou quando avistamos o meu pai junto com seus amigos, em um barco de outro pescador. Ele me contou que havia naufragado e todos foram resgatados por seus companheiros de pesca.

Felicidade era o que resumia a minha vida. Mas a verdade da nossa situação chegou rapidamente, tínhamos um grande problema. Perdemos o nosso barco. Como ficaria o nosso sustento? Então, você falou que conseguiria um barco novo para meu pai.

Seu Agenor achava que não conseguiria e, por causa disso, me fez economizar na comida para que a tivéssemos por bastante tempo. Até cheguei a fazer o que me foi exigido, mas, em menos de uma semana, você tinha conseguido um barco novo. Meu pai ficou tão feliz com isso que aprovou o nosso casamento, dizendo que mesmo sendo um "Aluado", era confiável para casar comigo e tinha mão boa para o negócio.

Até aquele dia, a minha felicidade estava completa. Me casaria contigo em algumas semanas e meu pai tinha um ganha pão que o deixara mais feliz.

Porém, numa manhã chuvosa, você retornou do cais com uma expressão diferente e sem nenhum presente em suas mãos. Você falou 'Marana, algo extraordinário aconteceu', eu te perguntei ansiosa o que era e a resposta foi 'Minha memória retornou'.

De início, fiquei contente por, enfim, saber quem era o meu amor, mas seus olhos estavam tristes, como se não gostasse do que fosse dizer a seguir. 'O que me lembro, não é algo bom. Eu sei o meu nome, que não tem nada a ver com Alberto. Sei quem eu era até você me encontrar'.

Suas palavras começaram a causar temor em mim. Imaginava que dali não viria coisa boa então, prosseguiu: 'Eu me chamo, Charles Duarte. Sou do Rio de Janeiro, empresário, fui cantor na juventude e tinha uma noiva grávida'.

Senti o chão sair dos meus pés. Você nunca imaginaria o quanto me machucou saber que pertencia a outra mulher e, ainda por cima, tinha um filho. Você tentou me dizer que nada mudaria o que sentia por mim. Que mesmo sabendo de sua noiva, o sentimento que tinha por ela em nada se comparava ao que sentia por mim.

A minha intuição dizia o contrário, a dor da triste realidade que era o nosso destino não poderia ser negada. Sabia que deveria voltar à sua terra e ver como ficou essa criança, que certamente já havia nascido.

Quando o meu pai retornou, você contou a triste notícia e falou que depois de resolver tudo, voltaria para se casar comigo. Meu pai confiou em sua palavra e então arrumamos suas coisas para o seu retorno ao seu lugar de origem.

Impossível esquecer aquele dia no cais. Você carregava uma sacola de pano com suas roupas, algumas coisas que tinha da ilha e segurava a minha mão. Durante todo o percurso, as lágrimas caiam, sem cessar. Queria muito ter ido contigo, mas não podia. Sabia que era uma despedida pesarosa e que seu retorno não seria breve.

Você me entregou algum dinheiro que havia acumulado com as suas vendas. Me deu um beijo, que estava salgado pelas nossas lágrimas, me fez prometer que te esperaria e que em pouco tempo retornaria para mim. Então, entrou no barco e se foi. O seu adeus à distância me dizia que não mais te encontraria, mas minha teimosia dizia que era somente coisa da minha cabeça. E isso se confirmou quando chegaram as suas primeiras cartas.

Elas falavam sobre a sua chegada à cidade e como faria para provar que não estava morto e, no fim, sempre tinha um poema sobre o quanto a saudade o assolava por não estar contigo.

Todos os dias eu corria alegre até o cais para recebê-las. Mas com os meses passando, as cartas ficaram mais espaçadas. O que antes chegava a três cartas por semana, com o tempo foram para duas ao mês, uma a cada dois meses. Até o ponto que não chegarem mais.

Na sua escrita, que sempre falava de amor e saudade, somente falava de coisas rotineiras. Seus poemas, que eu tanto amava, sumiram. Deixando somente a saudade de seus ensinamentos e seus olhos de mar.

Meu pai ficou tão chateado por você não voltar para cumprir a sua promessa, que nunca mais tocou no seu nome. Falou que deveria seguir em frente e nunca mais falar sobre o assunto, como ele fez até o último dia de sua vida.

Mesmo o contrariando, esperava que você retornasse com uma grande desculpa para o fim de suas cartas e seu atraso. Mas os anos foram passando e me fiz amiga do mar e das pedras da costa, onde ficávamos juntos, observei durante muitos dias os barcos que poderiam te trazer de volta para mim.

Então ficamos somente eu e o mar, com as suas infindáveis mudanças que nem sempre são previstas, mas que fizeram toda a diferença na minha vida. Sem o seu revés, talvez eu nunca estivesse nessas pedras, relembrando tudo que você foi na minha vida.

A força dele, fez a diferença na minha existência. Pensei muitas vezes que traria o passado de volta, mas para a minha tristeza, nem tudo funciona como eu quero. Pois, por muitas vezes, o vejo como um ciumento que me quer somente para si. Porque olhando para trás, tudo que tive, ele levou. Ficando somente eu, ele e as lembranças que ainda guardo em meu peito.

Mas mesmo com seu ciúme, a vida me convida a dar mais um passo para frente. Então hoje me despeço de tudo que guardei em mim por todos esses anos. E falo a ti, Alberto, desejo que tenha uma vida feliz onde quer que esteja. Te agradeço por ter me ensinado o que é amar e ser amada. Agradeço por tudo de lindo que fez para mim. E por não saber onde te achar, deixo que o meu melhor amigo te entregue esta carta.

A partir de hoje, você passará a ser a lembrança do grande amor da minha vida que o mar levou. Amanhã direi sim ao pescador, que mesmo sabendo que meu coração te pertence, me ama e quer se casar comigo. Então, sim, serei uma esposa que um dia terá filhos que se tornarão pescadores como o pai.

E quando, enfim, chegar o dia que partirei desta terra, me lembrarei que mesmo tendo te amado incondicionalmente, consegui mais uma vez ser feliz, começando a minha nova família nos braços de alguém que me fez feliz até o fim dos nossos dias".

A moça, limpa as lágrimas de seu rosto com os dedos, respira fundo, arranca as folhas de seu caderno e as enrola para que caibam dentro da garrafa de vidro, a tampando em seguida com uma rolha. Depois guarda suas coisas na bolsa e vai em direção à praia. Deixando somente de fora o frasco verde escuro.

O brilho de novas lágrimas que caem de seu rosto é iluminado pelo sol poente. Então, ela deposita um beijo cálido no frasco e o lança com força para a água. Depois se senta na praia para ver a lua cheia que aparece ao longe.

Ainda presa em seus pensamentos, ela não percebe que um homem se aproxima. Ele corre ao seu encontro, fazendo barulho no chão com o impacto de suas pisadas, o que acabam a despertando de seus devaneios.

Ela não acredita no que seus olhos veem.

― MARANA!!! ― grita ele, deixando claro que não é imaginação sua.

Seu coração vai à boca quando ela percebe quequem vem ao seu encontro é um homem grande em altura, com olhos de mar, vozmelodiosa e um sorriso que, mesmo que se tentasse, nunca poderia esquecer. 

Continua...

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Venham ver o que acontece com Marana e Alberto depois de tantos anos afastados. 

Mil bjnhos. 

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