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Capítulo 1

Para Marana

Em uma tarde de sol, uma moça com aparente trinta anos, caminha pela praia. O vento somado à maresia deste dia ensolarado ilumina seus cabelos claros e umidifica seu vestido de tecido fino. Ela traz em suas mãos uma sandália de borracha e uma pequena bolsa que aparenta estar pesada.

Chegando ao fim da praia, a moça vai de encontro aos costões rochosos e os escala com a destreza de quem já fez este caminho inúmeras vezes. Ela se senta sobre uma pedra mais parece com uma cadeira e retira de sua bolsa alguns objetos. Um caderno, uma caneta e uma garrafa de vidro verde escuro.

Ela lança seus olhos cor de folha para o mar e neles são vistos pesar e tristeza. Qualquer um que a visse neste momento, poderia dizer que não é uma pessoa feliz e isso é devido a um grande infortúnio se passou pela sua vida. A moça abre o caderno, inspira fundo o ar salgado, como que tomando coragem para o que fará no instante seguinte e começa a traçar algumas linhas:

"Faz algum tempo que não escrevo ou recebo alguma correspondência sua. Não posso saber se o mar, meu eterno companheiro, o colheu para seus braços.

O que sei, é que não posso mais viver com inúmeras perguntas não respondidas em minha mente. Para aonde você foi? Será que é feliz? Ainda está vivo? Por que não voltou? Ainda me ama? Será que me esqueceu? Um tormento eterno que me aflige por não saber o seu paradeiro.

Mashoje é o dia que escolhi para dar um basta em tudo. Parar de viver de passado eaproveitar a oportunidade que a vida está me proporcionando. Pois sei que não posso permitir que minha mente e meu coração queiram somente você, quando entrarei na igreja, vestida de branco, para jurar amor e fidelidade a outro. 

Lembro-me claramente do dia em que te encontrei. Eu, ainda uma jovem moça, que aguardava meu pai voltar do mar. Assim era a minha rotina como filha de pescador, moradora da ilha de Pôr do Sol, que fica afastada da civilização.

No dia anterior, tinha caído uma grande tempestade, então fui para as pedras com uma enorme cesta em busca de mexilhões. Mas próximo à praia, meus olhos avistaram algo que parecia ser um animal marinho morto. Quando me aproximei, percebi que não se tratava de um golfinho que se prendeu nas redes de pesca, mas sim, um homem.

De início, fiquei com medo de que estivesse morto. Ainda mais que tinha sangue na areia, mas percebi que seu peito se levantava tranquilamente, provando que estava vivo. Tentei te tirar da beira da costa, pois sabia que o bater das ondas na praia poderiam te afogar. Tentei com todas as minhas forças, mas mesmo com os meus dezoito anos, nunca poderia sustentar o peso de um homem adulto. Então, com pressa, fui ao cais em busca de ajuda.

Dois pescadores, que tinham acabado de retornar, foram me ajudar. Te levaram até o médico da ilha. Dr. Manolo, que tinha vindo da América do Sul há pouco tempo, cuidou de seus ferimentos e o colocou em uma cama, aguardando que você acordasse.

Não sei dizer o que havia comigo, mas assim que te vi, senti que devia cuidar de você. Que precisaria de mim, você era bem diferente dos homens da ilha. Tinha bem mais altura e a pele era mais clara. Até os cabelos eram diferentes. Não eram descoloridos pelo sol, como a maioria, mas sim, escuros como uma noite sem lua.

Então, após o retorno de meu pai, todos os dias ia te ver. Para sempre receber a notícia de que 'ainda está dormindo'. Mesmo assim, eu segurava a sua mão e pedia aos céus para que abrisse os olhos.

Depois de uma semana, me aproximei de sua cama, segurei a sua mão, mas antes que finalizasse o meu pedido. Senti os seus dedos se movimentando. Abri um sorriso imediato e chamei o nosso médico para ajudar.

Mas antes que ele chegasse, seus olhos cor de mar, cruzaram com os meus e assim ficaram durante algum tempo. Seus dedos se fecharam em minha mão, com delicadeza, como que me agradecendo por tudo que tinha feito por você.

O médico cortou o nosso breve contato e foi verificar como estava a sua saúde. Começou a perguntar se sentia alguma dor, se estava com tonteira. Ouvir a sua voz pela primeira vez foi algo mágico. Agora tinha toda certeza que não era daqui. Era grave, devido ao tempo que não falava, mas era melodiosa, como que se fosse um cantor que havia se perdido no mar.

As perguntas prosseguiram para o nível pessoal. Mas as respostas se mostraram alarmantes, pois você não se lembrava nem de seu nome e, muito menos, como havia chegado à ilha. O Dr. Manolo ficou muito preocupado, e te deixou mais alguns dias no quarto de cuidados, na esperança que retornassem suas lembranças.

Todos os dias eu fazia o máximo para te ver, mas meu pai resolveu me proibir. Falou que você poderia ser alguém ruim e que poderia me fazer algum mal. Porém isso não me impedia de ir te ver, mesmo que fosse somente por alguns minutos, mas que se tornaram os melhores do meu dia.

Ainda mais que, só de chegar, você sorria para mim. Eu me sentava no banco que ficava próximo à sua cama e novamente me agradecia por ter salvado a sua vida.

As nossas conversas se resumiam em perguntar sobre o que eu fazia na ilha. Eu respondia tudo, falando sobre meu pai ser pescador, sobre a minha mãe, que havia morrido de uma febre há alguns anos. Você me dizia que queria muito se lembrar de quem era, para ter assunto para compartilhar comigo também.

Era triste, mas eu não me importava, adorava ver o seu sorriso, sentir o seu calor em meus dedos e ouvir a sua voz pronunciando o meu nome. Marana. Ficava tão bonito em sua fala, que me fazia sorrir sem perceber.

Meu pai, que já havia me proibido de te ver, um dia nos surpreendeu em uma das minhas visitas. Lançou seu olhar marcante sobre você, dizendo que não confiava em estrangeiros.

Então, sabendo que nada me impediria de ir te ver, sempre que estava em terra, me acompanhava nas minhas visitas e quando estava no mar, pedia para a minha vizinha, dona Jurema, para que fosse comigo. Só que ela não me acompanhava. Dizia que confiava em mim e que sabia que eu não era uma moça irresponsável e nem faria algo que traria desgosto ao meu pai.

Me surpreendi quando em uma das minhas visitas, encontrei meu pai e você, em uma conversa animada. Ele, um homem, que pouco sorria, gargalhava com algo que você havia dito. Perguntei o que era e você me disse que mesmo sem saber o nome, sabia que tinha algum conhecimento sobre o mar. E era sobre isso que conversava com ele.

Por incrível que pareça, vocês se identificaram muitíssimo e meu pai te convidou para morar no quartinho dos fundos de nossa casa. O que gostei muito.

Com o tempo, você foi se inteirando das atividades de nossa casa. Meu pai no início te chamou de Aluado, só que ficou tão ruim, que resolvi te chamar de Alberto. E assim você ficou conhecido na ilha.

De tempos em tempos você ia ver o Dr. Manolo, mas a sua memória não retornava. Até o ponto de você desistir de tentar lembra e viver conosco, como se pertencesse a este lugar.

Todos os dias você ia para a praia, buscar mexilhões ou algo que pudesse usar para vender no cais. Depois, com o dinheiro, comprava mantimentos. Não sei como, mas sempre conseguia mais dinheiro e coisas diferentes para nós.

Eu passava as manhãs arrumando a nossa pequena casa e seu quarto, que ficava nos fundos e depois fazia o nosso almoço. Você chegava sempre com algo para mim. Uma flor, uma fruta, qualquer coisa, mas sempre trazia um presente, um sorriso e um beijo em meu rosto, que animava o meu dia.

Um dia, quando meu pai estava no mar, sua aproximação foi um pouco diferente das outras. Estava preparando o almoço, enquanto você limpava o peixe. Falávamos sobre os filhotes de tartarugas que tinham nascido na praia. Lembro-me que falava sobre a perpetuidade da natureza. Que algum tempo atrás, a mãe havia colocado seus ovos e, ao seu tempo, seus lindos e frágeis filhotes iam ao seu encontro.

Antes que continuasse a falar, você se aproximou de mim, me abraçou e me beijou nos lábios, fiquei tão envergonhada, que me afastei, correndo para fora de casa. Você me seguiu e corri mais ainda. Por ser mais alto, rapidamente me alcançou, segurando o meu braço.

Me falou que queria fazer isso há muito tempo, desde quando acordou e viu meus olhos cor de folha e meus cabelos claros como o sol. Pediu desculpas pela maneira como fez, mas que não se arrependia em nada do sentimento que nutria por mim. Você me disse que pediria ao meu pai para que se casasse comigo. Pois sabia que não encontraria uma joia mais perfeita do que eu era aos seus olhos.

Fiquei tão feliz com suas palavras que, dessa vez, quem te beijou fui eu. E mesmo sem saber como fazer, seus lábios me guiaram para o que deveria e naquele momento encontrei o melhor dos mundos.

Depois disso, a nossa rotina mudou um pouco, todos os dias de manhã esperava os seus beijos, quando ia e quando voltava para casa. Um dos seus novos presentes foram poesias que falava de minha beleza que, aos seus olhos, era maravilhosa. À tarde íamos para as pedras e assistíamos ao pôr do sol, tendo o seu calor a nos abraçar.

Quando meu pai retornou, você foi de imediato pedir para que ele permitisse que ficássemos juntos. Mas ao contrário do que imaginamos, meu pai não permitiu. Ele disse que por você ser um "Aluado" poderia dizer que me amararia para sempre.

Isso me deixou despedaçada. O meu sentimento florescia mais e mais a cada dia. Mas sabia que meu pai tinha razão. Até que sua memória não retornasse, seria um risco para nós.

Você tentava me convencer de que mesmo se sua memória retornasse, o que ninguém mais acreditava que aconteceria depois de quase um ano, nada o impediria de ficar comigo.

Eu queriaacreditar, mas estava entregue a esse sentimento. Quando estava longe, mepegava sorrindo pensando em você. As palavras de amor, que só ouvi falar,eram ditas para mim em meio aos nossos beijos apaixonados. 

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Meus lindos.

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Mil bjnhos.

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