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Confissão 1

Olá... Deixe-me lhe contar uma história...

Era uma vez, e sim é assim que ela irá começar, todas as grandes histórias começam assim, bem, era uma vez uma linda menininha, ok, talvez ela não fosse tão linda assim, mas ... Todos amavam dizer que ela era uma linda menininha... Tão esperta, tão dócil... Tão...Tão... Perfeita!
Era uma menininha muito amada, parecia que todos os seus dias eram ensolarados, nada era capaz de abater o sorriso daquela doce criança, ou melhor, quase nada...
Conforme foi crescendo, a doce menininha foi desafiada a se adequar, cada sucesso era recompensador, os sorrisos eram glamorosos, e então a criança foi ensinada que o fracasso era inadmissível, que o amor e a felicidade só teriam sentido mediante ao sucesso, e a criança foi crescendo, sendo impedida de perder, tendo medo da derrota, e perdendo sem saber, antes mesmo de começar. E crescendo dessa forma, abriu mão da infância, da fase da derrota, da fase em que cair apenas significava que teria de se levantar e recomeçar.
Quando o Tempo, sempre implacável, resolveu testar a menina ela falhou miseravelmente. O Tempo lhe roubou a luz de sua alma, mas a menina com medo de não conseguir ganhar, com medo de pela primeira vez experimentar o amargor da derrota, resolveu que perder apenas uma de suas luzes não faria mal. Ela ainda brilhava tanto!
Mas o Tempo amava a menininha. Ele decidiu lhe dar mais uma chance, talvez se ele a fizesse experimentar a escuridão, ela se ergueria e atrás dele iria, e assim, descobriria como ele se sentia, o enfrentaria, tentaria, e ao decidir por lutar, por obviedade venceria.
Então, sem avisar, o Tempo lhe tomou outra luz. Ah... Como a menininha sentiu a dor de perder aquela luz. Doeu tanto que ela realmente pensou em ir atrás do Tempo e o enfrentar, mas o medo tomou conta dela, e afinal...Ela ainda brilhava bastante sem aquela luz também. E o Tempo se entristeceu, ele apenas queria ajudar a menininha.
Com o passar dos anos a menininha foi crescendo, e sua docilidade sendo substituída por frieza, seus sentimentos sendo elipsados pela falta das luzes que o Tempo roubara... Não havia verdade total em seus sorrisos, e até mesmo o brilho de seu olhar era opaco, e isso quando existente.
A menininha, agora já uma jovem, decidiu que não podia se permitir perder aquela batalha, mas tampouco poderia enfrentar o Tempo, então, respirando fundo, tomou a sua decisão. Para se curar e voltar a sorrir iria encontrar um companheiro que pudesse substituir suas luzes roubadas pelo Tempo. Com a missão definida, a jovem seguiu.
Quando a jovem saiu ela já não era mais capaz de sentir... E o que desesperou a menininha ainda mais foi a ausência do sentir, o vazio era mais assustador e terrível que os maus sentimentos que havia desenvolvido pelo Tempo quando ele a roubou.
Então veio o primeiro companheiro. A jovem que nunca experimentara aquilo se assustou, e até acreditou que aquela sensação de novidade era a resposta, mas não. Pouco tempo se passou e a jovem novamente vazia estava, então, dele ela se livrou e nunca mais para trás olhou.
Logo, um novo companheiro se apresentou. Ele aos poucos foi conquistando-a, com juras, mimos e compreensão, a jovem imaginou que ele seria o certo, então a sua última luz ofereceu a ele. A jovem lhe entregou sua lealdade, mas tão logo ele a teve, a abandonou.
A jovem infeliz decidiu por não mais buscar a luz, em sua ânsia de ter as duas que lhe foram retiradas ela buscou no lugar errado quem poderia devolver o que de direito lhe pertencia.
Mas tão logo acreditando que a traição do seu eleito companheiro foi deixada para trás, a jovem optou por mais uma vez abrir seu peito. Ainda havia a mísera chance que recuperasse sua luz, pelo menos uma delas.
Dessa vez a jovem decidiu que iria preparada, apesar de buscar um igual, uma chance de luz, não mais confiaria tão cegamente. Caiu por terra sua determinação. Ela não pode fazer nada.
Ele a disse: "Confie em mim." "Nada que não queira vai acontecer." " Eu quero você." "Você é especial." "Pode confiar."

E então, ele a penetrou. Ela confiou. Ela acreditou. Ela mentiu achando que estava pronta. Ele a penetrou. E ao finalmente lhe romper, sem doces palavras, sem carícias... Ele apenas lhe disse... "Você menstruou? " " São lençóis brancos...Tome um banho, não quero que os suje..." "Podemos continuar?"
A menininha não acreditou, a jovem não quis aceitar. Era assim? Buscando sua própria forma de sobreviver, com algum tipo de humor para se defender, ela lhe respondeu... "Eu disse que era virgem, seu idiota."

Sem esforço, sem respostas doces ou mesmo duras, ele se lançou uma, duas, três vezes. E ela covarde e suja nada fez para impedir. O que se passou na cabeça da jovem? Que talvez fosse ruim apenas na primeira vez. Todos sabem que a literatura é uma merda mentirosa, e afinal... Ele era o eleito. E novamente a violação aconteceu. No fim apenas vestiu a roupa e saiu como se nada nunca tivesse ocorrido. Seu corpo dormente. Seu peito doente. Sua essência aplacada notoriamente. Ferida. Morta. Cansada. Se ela era tão especial, tão bela, tão perfeita... Por quê?
Desistiu de buscar luz. Afastou-se o quanto pode. Se escondeu e desistiu de sentir. Nunca conseguiu contar. Se olhava no espelho e se odiava tanto. Odiava-se pelo Tempo que lhe roubara luz. Se odiava por nunca ter ido até ele buscar o que lhe pertencia. Se odiava pelas tentativas frustradas de buscar sua luz em outros. Se sentia abominável por um dia ter acreditado, quis apagar o fato vergonhoso de sua mente, o negou, nunca contou, fingiu que nunca ocorreu, sentiu medo.
Com a negação e o medo, a jovem conseguia lidar. Eles a ajudaram. O medo era o responsável por conseguir de todos manter-se afastada. Tinha tanto medo de confiar. Tinha medo de que todos descobrissem o segredo que guardava. Que todos notassem que se entregara a uma mentira que escolhera acreditar, que todos vissem que seus sorrisos eram máscaras, que todos notassem sua dor, que todos a julgassem. Tinha tanto medo pela sujeira que a tomara, que aprendeu a guardar. Aquele era seu segredinho sujo.
O Tempo vendo o sofrimento da jovem, que um dia já fora a menininha que amara, tentou lhe dar uma última chance para que ela recuperasse suas luzes sequestradas há tanto tempo, mas a jovem não mais buscava sua luz, ela se perdera para sempre em seus segredinhos sujos.
Minuto a minuto ela criou uma rede para guardar seu segredinho sujo, e pelo caminho foi fazendo mais alguns.

Um dia, a menininha cansada de seus segredos decidiu escrever a sua verdade dos fatos, era uma madrugada insone, ela se encontrava sozinha tendo como companhia a solidão, uma garrafa de Coca cola e um computador velho. Neste mundo a luz estava perdida para sempre, a jovem sabia disso. Ela passara boa parte do tempo em busca dessa luz, e nunca chegara perto de recuperá-la, mas ela engasgava com os segredos que guardava, e com os segredos que os seus segredos também escondiam.
Sabia que seu ato sujo era a vergonha de todos, ela fora criada para entender que a sua escolha fora a pior possível, ninguém a entenderia, ela não merecia ser entendida, ela decidira o que lhe fora feito, ela era a culpada, a maior prova era ainda se lembrar quando estava sozinha, com riqueza de detalhes .

A jovem tentou tanto buscar a luz, ser a vencedora que todos dela esperavam, que esqueceu de ser simplesmente humana, ser apenas ela, ... buscou tanto por uma luz que nunca poderia ter, mentiu tanto sobre si mesma, que...

É manhã de segunda. Há um corpo esfriando na poltrona preta de forro vermelho. Uma garrafa de refrigerante ao lado, um corpo gordo de mágoas e segredinhos sujos, e um computador quente com uma alma derramada.
Talvez hoje seja o dia que irão falar à menina que ela não precisava fazer isso, talvez até afirmem que entenderiam, talvez... Se ela ao menos soubesse que seu segredinho sujo não era nada para colocar fim a sua falsidade diária, o talvez não seria tão presente nessa história.





C. B.

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