Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

9

Nely abriu os olhos e acordou sufocada, como se tivesse trancafiada dentro de um caixão.

A casa estava mergulhada no mais absoluto silêncio, como se estivesse morta. Ela estremeceu.

Sentou-se na beirada da cama e colocou as mãos na cabeça, tentando puxar pela memória com o que estivera sonhando, mas seus pensamentos eram um manto de escuridão.

Nely estendeu a mão e acendeu o abajur.

Sua garganta estava seca, ela precisava de um copo d'água. Sua mão esbarrou no copo e este espatifou-se pelo chão.

— Oh, merda!

Teria que ir até a cozinha.

Nely sentia-se estranha. Aquela esfera de irrealidade que às vezes se apoderava dela estava presente ali agora, e era forte.

"Isso deve ser um sonho."

O quarto estava escuro. Mesmo a luz do abajur não era suficiente para dissipar a escuridão.

"Não tem nenhum monstro na escuridão."

Nely olhou em baixo da cama meio que automaticamente e riu-se consigo mesma.

"Monstros não existem."

(Eu sei onde você está).

Ela olhou para a porta e seu coração palpitou. Havia um facho de luz passando pela fresta em baixo da porta. A luz estava acesa no corredor.

"É claro que está. A luz sempre fica acesa no corredor. Não seja idiota Nely."

Nely escutou a casa. Ouviu apenas o leve tic-tac do antigo relógio de pêndulo que ficava na sala. Um tiquetaquear leve, estranhamente lento. O pêndulo indo de um lado para o outro, como o pêndulo da história de Edgar Allan Poe.

TIC TAC TIC TAC TIC TAC.

Nely aguçou os ouvidos bloqueando a respiração por alguns segundos.

Ouviu passos. Passos furtivos pelo corredor. Alguém caminhava pelo corredor tomando cuidado para não se fazer ouvir.

Nely estava tensa. Tentava relaxar mas não era possível. Parecia que ela já tinha vivido aquilo em outra ocasião, ou era apenas sua mente lhe pregando peças.

Nely continuava escutando os passos. Eram ruídos etéreos, quase inaudíveis, mas soavam claramente em meio ao silêncio que desabava sobre a casa.

Havia alguém lá. Alguém caminhava pelo corredor aproximando-se de seu quarto.

(Codder).

"Não seja patética. Se tiver alguém lá deve ser Sandra."

Ela olhou para a porta, a maçaneta parecia brilhar no meio da escuridão. Ela viu uma sombra pela fresta em baixo da porta. Havia alguém parado diante de seu quarto.

"Não pode ser! Você está sonhando. Só pode estar."

Ela sabia o que vinha depois: a maçaneta começaria a girar. Ela olhou para a maçaneta mas isso não aconteceu.
Mas seu coração palpitava. Uma onda de medo queria dominá-la. Como o medo que sentira no porão da casa de Angélica em 1975.

A porta se abriria, como a porta do armário se abrira, as dobradiças rangendo, produzindo um som metálico ensurdecedor em meio ao silêncio sepulcral da casa.

NHEEEEEEEEEEEEEC.

Então ela veria o monstro.

"Monstros não existem."

O monstro usava uma imensa capa preta como a própria escuridão. Tinha o rosto oculto por uma horrivel máscara e segurava uma foice.

— Sandra. É você?

Sua voz soou estranhamente amorfa.

Ninguém respondeu.

Nely levantou-se e caminhou até a porta e colocou o ouvido nela tentando ouvir, alguma coisa. Não ouviu nada.

Ela tocou a maçaneta e abriu a porta.

O corredor parecia vazio. As lâmpadas do corredor pendiam do teto e pareciam balançar de um lado para o outro.

A porta do quarto de Sandra que ficava em frente ao seu estava fechada, nenhum ruído vinha do outro lado.

Nely olhou na direção do hall e pensou ter visto um vulto. Sentiu um leve palpitar no coração.

Ela começou a caminhar.
Era estranho. Havia aquela incomoda sensação de já ter vivido algo parecido com aquilo.

O corredor estava gelado, havia uma forte corrente de ar assoprando do hall. Nely ponderou que a porta do jardim de inverno lá em baixo devia estar aberta. Nely percebeu que estava usando apenas uma camisola branca.

Não era um sonho. Ela chegou ao hall com facilidade e não viu ninguém, estava vazio como toda a casa parecia estar.

De repente uma luz acendeu-se lá em baixo. Nely levou um susto. Seu coração palpitou.

Ela aproximou-se da escada e olhou para baixo.

—  Sandra. Você está ai?

Silêncio.

— Sandra. É você?

Nely desceu os três primeiros degraus e parou.

Ela arrepiou-se toda. Uma onda de medo que ela não podia controlar se apoderou dela. Olhou para trás no corredor e desejou voltar ao quarto para pegar o revólver, mas seu quarto parecia muito longe, como se o corredor tivesse esticado.

Ela olhou para trás e viu uma mulher passar perto da escada e desaparecer pelo corredor.

Wuase teve um colápso. O medo se apoderou dela e ela quase gritou.

— Sandra. É você, Sandra?

Ninguém respondeu.

Nely desceu a escada cautelosamente e agora estava no lobby do andar térreo.

Havia poucas luzes acesas no térreo. O corredor estava imerso na penumbra.

Não havia nenhum sinal da mulher.

"Você não viu mulher nenhuma."

Provavelmente era
(Angélica)
Sandra querendo lhe pregar uma peça, ou caminhando sonâmbula.

"Não seja ridícula. desde quando Sandra é sonâmbula?"

Nely saiu do lobby e começou a caminhar pelo corredor. Olhou para o vidro onde ficava o jardim de inverno e a piscina. O vidro estava opaco. Ela viu-se refletida nele. Havia uma leve expressão de pânico em seu rosto.

Ela contornou o corredor e ouviu um ruído vindo da biblioteca.

Parou e viu que a porta da biblioteca estava aberta.
Pensou em chamar por Sandra novamente mas isso não ia adiantar. Sabia que não era Sandra.

(Angélica).

Nely foi se aproximando cautelosamente da biblioteca. Seu coração palpitava e ela podia ouvir a artéria bombeando o sangue atrás de sua orelha direita. Chegou perto da porta e olhou dentro da biblioteca. Parecia vazia. Ela empurrou a porta e entrou. Não tinha ninguém ali, mas a luz estava acesa.

Estava prestes a apagar a luz e sair dali quando viu um livro no chão.
Franziu o cenho e se aproximou pegando o livro.
Era o legado de John Coyne. Ela já tinha lido aquele livro e gostara muito. Nely abriu o livro e o folheou. Algo caiu do teto e manchou uma das páginas.

Nely franziu o cenho de novo, olhando para a estranha mancha vermelha na página do livro.

Outra gota caiu do teto e dessa vez atingiu seu rosto.  Nely passou a mão e viu que era sangue.

Seus olhos arregalaram-se. Ela olhou para cima e ficou branca feito leite. O livro caiu de sua mão.

Alguém tinha pintado letras no teto, e pintara com sangue. O sangue ainda estava fresco e pingava manchando o chão de linóleo branco da biblioteca.

Nely viu que as letras formavam uma frase:
EU AINDA SEI ONDE VOCÊ ESTÁ.

Nely gritou e saiu correndo, em estado de pânico.

O jardim de inverno onde ficava a piscina agora estava aceso.

Ela viu uma mulher parada lá do outro lado olhando para ela.

O terror a dominava. Ela disparou no corredor. Viu a vidraça da piscina aberta e entrou.

Nely parou e colocou a mão na boca abafando um novo grito.

A água da piscina estava vermelha. Era sangue! Sangue vivo e fétido!

Um corpo estava boianda lá e Nely viu que era Angélica.

Ela deu um passo para trás e caiu no chão. Começou a rastejar-se para trás sentindo o terror aflorar-lhe à pele.

Alguém emergiu da água ensanguentada da piscina.

Angélica!

Ela estava completamente nua, o corpo apodrecido. O fedor de carniça enchia o ambiente e invadia sua alma.
Angélica veio caminhando em sua direção, deixando um rastro de sangue ao caminhar.

Nely tentava gritar por Sandra e pedir ajuda, mas não conseguia emitir qualquer som.

O cadáver morto-vivo de Angélica se debruçou sobre ela.

— Você vai apodrecer cadela.

Então Nely foi envolvida num fétido e gelado abraço.

------------------------------------

Nely deu um salto na cama e acordou sufocada, puxando desesperadamente o ar para si.

Tinha sido mais um pesadelo, um terrível pesadelo.

Ela acendeu o abajur e tomou a água que estava no copo.

Sentou-se na cama e ficou ali um longo tempo, enquanto seu coração aos poucos ia normalizando os batimentos.

Nely olhou no relógio e viu que passava das três da madrugada.

Ela levantou-se, foi ao banheiro e lavou o rosto olhando seu reflexo no espelho.

Suspirou e voltou ao quarto.

Não conseguiu mais dormir naquela noite.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro