6
Nicolas abriu a porta e entrou na sala, molhado e com um ar desolado.
William estava no bar tomando uísque, já quase embriagado.
Nicole tinha ido à cozinha preparar alguma coisa para comerem.
William se levantou, atirou o copo no chão, estraçalhando-o, e se aproximou de Nicolas, que o olhou surpreso.
Nicolas suspirou:
– Subi lá naquela merda de montanha. Nada, cara. Nenhum sinal. Não consegui...
William simplesmente deu um soco no rosto de Nicolas, que, pego de surpresa, despencou no chão.
Nely vinha descendo a escada e correu para auxiliar Nicolas.
– Ei! O que está fazendo?! Nicolas! Você está bem?!
Nicolas se levantou, limpando um filete de sangue da boca.
– Estou bem, Nely – disse, olhando para William. – Seu filho da puta! O que pensa que está fazendo?! Ficou louco, filho da puta?!
– Isso é pela Darlene, seu verme miserável.
Nicolas o fitou. Havia um ar de compreensão em seu semblante. William podia jurar que ele estava sorrindo e o odiou ainda mais.
– Você é louco, filho da puta! Eu devia arrebentar você, mas não faço isso porque a Nely está aqui!
– Você não faz porque não é homem, seu pulha! É sua culpa, seu verme! Tudo isso é culpa sua! Estamos nessa merda por sua causa!
– Para com isso, William! – disse Nely. – Você não sabe o que está dizendo!
– Cale a sua boca, sua cadela!
Nicolas fechou o rosto numa máscara de ódio e partiu para cima de William.
– Do que você a chamou, filho da puta?!
Nicolas deu um murro no rosto de William. Os dois se atracaram por cima do sofá. Nely começou a gritar:
– Parem já com isso, vocês dois!
Nicolas esmurrou William, que começou a rir.
– Bate! Bate, filho da puta! Porque não faz diferença nenhuma, seu porco! Todos nós vamos morrer!
– Parem com isso já!
Nicolas se afastou de William, que continuava rindo em cima do sofá.
– Olhem para vocês – gritou Nely. – Parecem dois animais!
William se levantou e cambaleou de volta ao bar.
– Que se foda. Aquela cadela não prestava mesmo. Você é um idiota! Vou tomar um trago!
Nicolas olhou para Nely e começou a subir a escada.
Parou e virou-se para William:
– Vou me lembrar disso, seu escritorzinho de merda. Pode acreditar.
– Pra mim tanto faz, seu pulha – respondeu William, levantando o copo e bebendo.
Nicolas subiu as escadas.
William olhou para Nely e sorriu. Ela balançou a cabeça em reprovação e saiu dali.
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