13
— Anja... O que... quem é Anja?!
Nely não tinha a menor ideia, mas então a compreensão a invadiu e tudo ficou claro.
— An... Angélica?!
Nicolas voltou a sorrir, mas era um sorriso por trás daquela máscara de ódio. Uma expressão macabra, tenebrosa.
— Eu a amava! Ela era o amor da minha vida. Sempre a amei, desde o primeiro dia que eu a vi. Mas você a matou. Você matou o amor da minha vida sua cadela desgraçada! VOCÊ MATOU MINHA ANJA!
Nicolas deu um soco na cara de Nely. Ela gemeu e viu estrelas.
Nicolas colocou a mão na cabeça viisivelmente transtornado. Nely viu lágrimas em seus olhos.
— Eu... eu não tive culpa Nicolas! Foi... foi um acidente! Seu irmão nunca entendeu isso, mas você é diferente de seu irmão, eu sei que é! Você tem que entender que foi um acidente. Eu nunca quis matar Angélica! Ela... ela era minha amiga! Éramos amigas desde a infância!
— CALE A BOCA! NÃO FOI UM ACIDENTE COISA NENHUMA! VOCÊ A MATOU SUA CADELA!
— Foi um acidente sim! Eu... ela...
Nicolas deu-lhe mais uma porrada e Nely cuspiu sangue.
— Eu esperei um bom tempo por esse dia, - continuou Nicolas - o dia em que eu ia pegar você e fazê-la pagar pelo que fez à Anja.
Nely começou a chorar e a balançar desesperadamente a cabeça.
— NÃO! NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO! FOI UM ACIDENTE! EU NÃO TIVE CULPA! EU NÃO TIVE CULPA SEU FILHO DA PUTA!
Ela recebeu um outro golpe e dessa fez quase foi atirada do sofá.
— CARALHO!
— HAHAHAHAHAHAHA!!!- Codder dava gargalhadas histéricas sentado onde estava. - Eu te disse mano. Essa puta é osso duro.
— Ela é sua mulher porra! Controle essa cadela. Ufa! Preciso de um trago.
Nicolas foi até o bar e preparou um drinque.
Nely viu quando Codder pegou o revólver trinta e oito que era dela e começou a carregá-lo. Depois ele girou o tambor e colocou o revólver sobre a mesa de centro.
— Está andando armada, hein! Estava pensando em me pegar, sua cadela?
— Pare de me chamkar de cadela! Cadela é a puta da sua mãe, seu filho de uma puta!
Ela sentou-se no sofá e obrigou-se a parar de chorar. Olhou para Codder e disse:
— Bem... você está esses anos todos querendo me matar. Pois aqui estou eu. Você ganhou e eu perdi. Se você acha que deve me matar, mate logo de uma vez. Eu não dou a mínima. Isso não vai trazer Angélica de volta.
Codder ficou olhando para ela por alguns segundos e depois disse:
— Sabe Nely, eu ainda não desisti daquela ideia de enterrar você junto com a Angélica. - Ele olhou para Nicolas. - O que acha Nico?
— Sei lá, contanto que ela morra. Eu quero que se foda. Acho melhor picar ela na faca só para ter certeza de que ela vai morrer.
— Se passaram vários anos. - Continuou Codder.- Deve ter sobrado só os ossos de Angélica. Seria legal fazer você apodrecer junto com sua eterna amiga. Podemos levar a puta da Sandra e enterrá-la com vocês também. Ou ainda melhor: desenterramos aquela cadela da Érika também. Imagine só que legal, as quatro amigas putas enterradas na mesma porra de cova. As quatro amigas putas indo para o inferno juntinhas. Seria legal, não seria?
— Você é louco!
Nely tentou mexer o braço e fez cara de dor.
Codder se levantou, foi até ela e agarrou seu pescoço começando a apertar.
— Você acha que eu sou louco, cadela? Acha que sabe o que é ser louco?
— Vo... " argh "...você... é... " argh" .... um psico... pata!
Codder cuspiu na cara de Nely e a soltou.
Nicolas caminhou até os dois.
— O negócio é o seguinte Ezequiel: vamos acabar com ela de uma vez. Já fizemos as apresentações, ela já sabe de toda a verdade, que toda essa porra foi montada. Agora é hora de morrer.
Nicolas pegou o revólver sobre a mesa de centro e apontou para Nely.
Nely forçou a corda que a mantinha amarrada e sentiu que ela estava cedendo.
— Vai com calma ai Nicolas! - Disse Codder.
— CALMA O CARALHO! ESPEREI MUITO TEMPO PARA MATAR ESSA CADELA! NÃO VOU ESPERAR NENHUM SEGUNDO A MAIS!
— EU DISSE PARA VOCÊ IR DEVAGAR, PORRA!
Nicolas apontou a arma para Codder que levantou as mãos e afastou um passo.
— SENÃO O QUE? O VAI FAZER MANINHO? VAI ME MATAR?
Nely forçou a corda um pouco mais.
— ABAIXE ESSA PORRA!
Nicolas começou a tremer e abaixou a arma.
— MERDA!
Codder se aproximou dele.
— Ei cara, relaxa. Vai ter sua chance, está bem? Fique tranquilo, vai poder vingar a morte de sua "Anja".
Nicolas começou a chorar e Codder o abraçou.
— EU AMAVA ELA CARA! AMAVA MESMO!
— Eu sei. Eu sei.
— ESSA CADELA NÃO TINHA O DIREITO DE MATÁ-LA! NÃO TINHA!
— Não. Não tinha. Ei cara, relaxa. Tá tudo certo. Me dá essa arma aqui, vamos.
— Eu... eu...
— Me dá a arma Nicolas.
Nicolas entregou a arma para Codder e sentou-se abaixando a cabeça.
Codder olhou para Nely e sorriu.
— Certo. Vai ficar tudo bem.
Ele apontou o revólver para a cabeça de Nicolas e puxou o gatilho.
O tiro acertou Nicolas na testa e o jogou para trás. Ele morreu instantaneamente.
Nely soltou um grito de pânico. Codder sorriu.
— Ele estava meio... meio instável. Isso vai deixá-lo bem relaxado.
Codder se aproximou de Nely e com o cano da arma ergueu o seu rosto olhando para ela.
— Está com medo?
— Por que... por que não me mata logo?
Codder sentou-se na mesa de centro de frente para Nely e suspirou.
— Eu sei lá. Acho que a coisa perdeu a graça.
— Você... você matou meus amigos.
— É. Eu sinto muito. Mas você matou a Angélica, e eu amava Angélica. Ela era minha mulher, sabe?
— NÃO FOI MINHA CULPA!
— É. Não foi. Foi tudo ideia dela, sabe, desde o início. Eu não sei porquê, mas ela odiava você, queria ver você morta. Eu quero que você saiba que eu não pretendia matar você.
Nely olhou para ele aturdida.
— Não?!
— Não. Eu meio que ia enganar a Angélica. Ia sumir com a sua grana, com tudo o que era seu. Você nunca mais ia ver eu e a Angélica. Ia ficar na merda mas ia ter a chance de reconstruir tudo, porque eu ia te deixar viva. Ia fazer isso por você Nely.
Nely o fitou por alguns segundos e depois perguntou:
— E por quê?
— Você não sabe?
Nely não respondeu.
Codder assumiu um ar de seriedade. Por um momento ele não se parecia mais aquele psicopata que havia destruído sua vida, era um homem normal, perfeitamente no controle de seu juízo.
— Eu me apaixonei por você, Nely. É verdade. Eu estava louco por você. Eu amava Angélica, é claro, mas gostava de você também. Entende o que estava acontecendo? Eu estava dividido. Por um lado tinha o meu amor, a única mulher que eu já amei na vida, e pelo outro havia você. Uma mulher ótima, doce, bonita e gostosa. Não. Eu não podia mata-la. A Angélica queria, mas eu não podia fazê-lo.
Nely agora estava chorando. Sua mente era um emaranhado de pensamentos que chocavam-se entre si. Ela estava em choque ouvindo aquelas palavras saindo da boca daquele homem medonho, porque sabia que o que ele estava dizendo era verdade. De alguma maneira Codder estava abrindo seu coração para ela.
Codder continuou:
— O que eu ia fazer era apagar você, fazer você dormir por um tempo, fazer Angélica pensar que você estava morta e dar o fora. Quando você acordasse aquilo teria sido somente mais um pesadelo. Mas então você descobriu- não sei como você descobriu - e aquilo aconteceu e mudou tudo. Afinal eu nunca soube, como você descobriu?
— Eu... eu atendi... o telefone... ouvi vocês pelo telefone. Angélica dizendo que queria me matar... e você dizendo... foi pelo telefone.
Houve uma longa pausa, até que Nely disse:
— Foi... foi como morrer... descobrir aquilo foi como morrer.
— Você a matou.
— Foi... eu... eu fui na casa dela. Ela... ela me atacou...
(Codder é meu. Ele não a ama mais)
... usou uma faca... eu... eu apertei o gatilho... foi sem querer...
— Você a matou.
— Foi sem querer!
Desespero. As lágrimas desciam aos jorros.
— MAS VOCÊ A MATOU!
— FOI SEM QUERER! FOI SEM QUERER! MEU DEUS! FOI SEM QUERER!
Codder se levantou e apontou a arma para Nely. Agora ele estava transtornado. Ela percebeu que ele também estava chorando. Aquele monstro assassino também conseguia chorar e isso era uma coisa incrível.
Nely fechou os olhos.
Codder não apertou o gatilho e abaixou a arma.
Ele ficou olhando para ela e de repente tocou seu rosto levemente fazendo uma carícia.
— Você... você continua linda.
Nely tremia em estado de terror. Ela mexeu o braço novamente tentando soltar a corda.
Codder se inclinou sobre ela sentindo seu cheiro.
— Nossa! Que cheirosa! Dá pra sentir o cheiro da sua xoxota.
Nely senntiu a respiração dele, quente e ligeiramente fétida.
Era o homem que matou suas amigas, o homem que acabara com parte de sua vida. Ela queria matá-lo.
Automaticamente suas mãos se armaram como garras. Sua vontade era pular no pescoço daquele homem e arrancar suas veias, beber o seu sangue.
A ideia chegou a assustá-la, e ao mesmo tempo a reconfortou.
Codder abriu a braguilha da calça e exibiu o pênis ereto. Nely arregalou os olhos. Tentou afastar-se repulsiva.
— O que está fazendo?!
— Tô com vontade de foder você. Eu acho que vou fazer isso antes de mandá-la para o inferno.
Nely ficou desesperada.
— Por favor! Não!
— Ora, o que foi?! Como se você já não tivesse visto esse pau. Ele já entrou diversas vezes nessa sua buceta, e você gostava. Vamo matar a saudade, recurar o tempo perdido.
Codder deixou o revólver sobre a mesa de centro e sacou uma faca.
— NÃO! FIQUE LONGE DE MIM! FIQUE LONGE!
Nely começou a espernear em desespero.
— FIQUE QUIETA SUA CADELA! VOCÊ VAI GOSTAR! VOCÊ É UMA PUTA, E PUTAS COMO VOCÊ GOSTAM DE PAU NO RABO! É ISSO QUE VOCÊ VAI LEVAR SUA PUTA!
— NÃO! POR FAVOR! NÃO!
Nely deu um chute em Codder.
— AI! SUA PUTA! FIQUE QUIETA SUA PUTA!
Ele fechou a mão e desferiu um forte soco no rosto de Nely. Ela tombou no sofá e ele esmurrou-a no estômago. Nely arfou e cuspiu sangue, tentando puxar desesperadamente o ar para seus pulmões.
— Isso puta. Quietinha.
Nely agora estava impotente, entregue às garras do desespero, e tudo o que conseguia fazer era chorar.
Codder cortou sua roupa deixando-a pelada.
Ela ainda tentou lutar e Codder encostou a faca na sua garganta.
— Talvez eu não te mate quando isso acabar sua cadela. Mas se você não ficar quieta vou abrir uma buceta na sua garganta e foder a sua traquéia.
Ele subiu por cima dela, e Nely sentiu quando ele a penetrou.
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