10
Uma mescla de sentimentos guerreava dentro de si. Havia medo, desespero, pavor, mas o que mais a dominava era o ódio.
Nely não podia acreditar no que estava acontecendo, ela pedia a Deus que estivesse sonhando. Aquilo era mais um maldito pesadelo daqueles que a assombravam. Em breve ela acordaria e estaria em casa, ela se levantaria e Sandra estaria lá na cozinha, preparando o café só de calcinha, como sempre fazia.
"Que seja verdade! Que seja verdade Deus!"
Ela sabia que não era verdade, a verdade era outra, era assombrosa e cheia de escuridão.
Nely não conseguia parar de chorar enquanto caminhava pelo corredor do segundo andar, abria portas, acendia aa luzes e chamava por Codder.
- Codder. Você está aí, seu desgraçado filho da puta? Apareça seu covarde! Você quer me matar? Pois venha me matar seu verme!
Mas Codder não estava em parte alguma . Ele se escondia nas sombras, se movia como um fantasma, e aquilo dava a Nely uma sensação de insegurança terrível.
Nely desceu ao primeiro andar e entrou em seu quarto. Codder também não estava lá.
Ela sentou-se na cama e começou a chorar.
A porta se abriu e por um momento ela pensou que fosse Codder, mas era Márcio.
— Nely! Meu Deus! Você está chorando!
Ele sentou ao seu lado e a abraçou.
— Ele a matou Márcio! Ele matou Sandra! Agora só restou eu! Eu estou sozinha!
— Não! Você não está sozinha! Nós estamos aqui! Eu estou aqui! Eu estou aqui e não vou deixar nada acontecer com você!
Ele ergueu o rosto dela com a mão e a beijou.
— Você ouviu? Não vou deixar nada acontecer com você.
Os dois ficaram ali, simplesmente abraçados.
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