Eu não quero olhar para mais nada agora que eu te vi
"Eu não quero olhar para
mais nada agora que eu te vi
(Eu nunca poderia desviar o olhar)
Eu não quero pensar em mais
nada agora que eu pensei em você
(As coisas nunca mais serão as mesmas)
Eu tenho dormido há tanto tempo
numa noite escura de vinte anos
(Agora, estou totalmente acordada)
E agora, vejo a luz do dia (luz do dia),
vejo apenas a luz do dia (luz do dia)"
── Daylight ── Taylor Swift
JJ pulou ao ouvir a porta do quarto se abrir, sentindo um nervosismo que considerava ridículo. Ele estava sentado na ponta da cama king size, deixando que a luz do led vermelho no teto rebaixado fosse a única fonte de iluminação.
"Da última vez que você fez algo assim, houve um festival de porra." Rafe atirou a gravata em algum lugar antes de capturar os lábios de JJ como se não tivesse feito isso de manhã.
"Você diz isso como se não tivesse amado cada fucking segundo." ele se afastou para murmurar, o que rendeu resmungos de Rafe.
"Longe de mim." relutantemente, Rafe se afastou, encarando o par de olhos azuis que tanto adorava. "Você parece nervoso, o que houve?" sua voz atingiu uma oitava mais baixa, algo que ele fazia antes de ganhar um caso.
JJ sorriu, era fofa a preocupação de seu marido. (ele nunca entenderia como alguém podia achá-lo assustador) Rafe ter notado que ele estava nervoso sem ele ao menos ter dito algo o fez sentir ainda mais ansioso pelo que estava por vir.
"Eu estou bem, vai tomar um banho porque eu quero fazer algo novo." Rafe, que acariciava seu rosto parecendo alheio ao fato, como se fosse uma segunda natureza, sorriu de imediato.
"Como você quiser, meu marido." e foda-se, JJ nunca poderia não se sentir completamente arruinado com isso, mesmo com esses dez anos de casados.
Em seu dia a dia, Rafe demorava uns dezessete minutos tomando banho, hoje, no entanto, ele foi mais rápido, animado pra saber o que JJ tinha preparado pra eles.
A única coisa que ele ouviu ao sair do banheiro dentro do closet (as crianças tinham ido pra uma festa do pijama na casa de Henry e Alex, e Rafe amava ser pai, mas hoje ele estava mais do que feliz em ser apenas marido) foi o toque baixinho de uma música sem letra.
Eles tinham uma playlist para esses momentos e essa era nova, mas definitivamente já estava inclusa.
JJ estava esparramado na cama no momento em que Rafe entrou no quarto, precisando de um tempo pra apreciar a visão.
Porra, ele era tão sortudo.
Os cabelos loiros que sabia ter cheiro de xampu infantil de maracujá e estava acostumado a fazer cafuné encontravam-se bagunçados contra o travesseiro.
Rafe nunca sentiu tanta raiva de uma peça de roupa quanto agora. Embora o peito de JJ estivesse nu, suas coxas, musculosas e grossas, que ele amava estar entre, seja por seu corpo ou rosto, ostentavam uma bermuda cinza.
Ele tinha uma pequena, não tão pequena, obsessão por elas. Uma vez no sofá, enquanto ele estava enterrado entre as pernas de seu marido, JJ ficou com medo de esmagá-lo com suas coxas e tentou abrir as pernas para lhe dar espaço, algo que ele recusou severamente e forçou as pernas de volta contra a lateral de sua cabeça.
As marcas que permaneciam nos dias seguintes não agradavam somente Rafe, não quando JJ se sentia mais do feliz e satisfeito em andar perto de outras pessoas quando Rafe o tinha reivindicado para ele.
Enrolado em uma toalha que cobria sua cintura, ele se aproximou, deitando-se por cima e unindo suas bocas em um beijo sujo e imundo.
Ele teria soltado um resmungo com a quantidade de tempo que ficou sem beijar seu marido se isso não significasse ter que se afastar.
O tempo se perdeu entre as quatro paredes do quarto, a série de beijos, mordidas, o movimento de seus corpos e sons abafados.
"Senti sua falta." Rafe esclareceu, mesmo que a visão das pernas abertas de JJ nublasse seu raciocínio e ele quisesse mais do que tudo destruí-lo em uma pilha irracional e contente de orgasmos.
"Você me viu há menos de vinte minutos." JJ riu. Ele adorava o sexo selvagem, desesperado e doloroso algumas vezes, mas isso, brincar quando eles estão próximos a incomodar seus vizinhos com os mais pornográficos sons, isso destruía toda a química do seu cérebro e confirmava a certeza que ele sentiu desde o primeiro dia em que viu Rafe.
Não sendo o melhor com as palavras, JJ não saberia descrever o que sentiu, apenas que seu cérebro repetiu um interminável de: "É ele, eu o encontrei" como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Ele nunca tinha se sentido confortável e seguro o suficiente no sexo pra se deixar desmoronar em outras mãos, um sentimento que Rafe compartilhava.
O Rafe de muitos anos atrás nunca se deixaria ser vulnerável aos olhos de outra pessoa, talvez até para si mesmo. (ele conseguiu abrir mão do controle não apenas no lado sexual da coisa)
A multa que eles receberam por barulho do condomínio quase uma hora depois que Rafe tinha sido fodido foi resposta mais do que suficiente, caso os arranhões nas costas de JJ e a garganta de Rafe doendo pelos gritos não fossem provas o bastante.
"Foda-se. Eu passei horas em um escritório sem você." ele não esperou por uma resposta, arrastando sua língua pela boca de JJ com o desejo de escrever seu nome em cada canto.
Não que ele precisasse, ela já era toda dele. JJ era todo dele.
"Também senti sua falta." JJ ofegou, uma vez que Rafe se afastou para morder seu maxilar e beijar seu pescoço.
"Isso é bom." a voz de seu marido enviou arrepios por seu corpo, ou talvez fosse a mão na parte interna de sua coxa, nunca chegando onde ele queria.
Um gemido necessitado e choroso saiu dele e Rafe o ignorou, continuando a provoca-lo.
"Querido, por favor." ele sentiu um sorriso sendo pressionado em seu pescoço e Rafe apertou a mão ao redor do seu pau, fazendo JJ gemer alto e arquear as costas, perseguindo o toque.
"O que você quer, JJ?" JJ precisou de alguns segundos para registrar a pergunta e elaborar uma resposta.
"Eu quero... Uh..." ele mordeu o lábio inferior, não conseguindo verbalizar o que queria.
E se Rafe risse dele? E se ele o achasse estranho? Quer dizer, eles já tinham feito muitas coisas, muitas mesmo, mas nada chegou perto disso.
A preocupação brilhou no coração de Rafe, segurando o queixo de JJ para que ele o olhasse. "Ei, loirinho, fale comigo." o apelido familiar acalmou um pouco os nervos de JJ.
"Eu quero que tenhamos um bebê." Rafe precisou conter o pânico para que não passasse para JJ, ele esperava tudo, menos isso.
JJ nunca tinha falado nada sobre isso, o que surpreendeu mais Rafe do que ele querer outro filho.
Nolan, Luka e Sam eram a vida deles, mas ainda eram crianças e ter um bebê, que foi o que JJ disse, agora não parecia ser o momento certo.
Entretanto, se era isso que seu marido queria, ele não hesitaria em atender, e não era como se fosse um sacrifício, eles já tinham falado sobre mais filhos em um futuro distante.
O que eles precisavam fazer era ter uma longa conversa se era isso mesmo que ambos queriam, e isso não poderia acontecer no meio do sexo.
"Ok? Você quer adotar? É por isso que você está nervoso? JJ, eu..." seu marido grunhiu, balançando a cabeça negativamente.
"Não, não, não é isso que eu quero." ele podia ver a confusão, meio adorável, no rosto de Rafe, o que só o deixava mais desesperado.
"JJ, seja o que for que você queira, você vai ter, apenas fale comigo."
"Eu quero que você me engravide, que tentássemos ter um bebê, por favor, não me ache estranho." lágrimas involuntárias e não desejadas se formaram em seus olhos e Rafe as odiou imediatamente.
"Ei, ei, ei." as mãos de Rafe cobriram seu rosto e ele fechou os olhos, em parte com medo da reação de Rafe e em parte porque o calor de suas mãos era confortável. "Você sabe o quanto eu amo seus olhos, baby, abra-os para mim." JJ obedeceu, não conseguindo negar muitas coisas à Rafe. "Eu te acho estranho o tempo todo, quem é que esquece as roupas saídas da máquina de lavar na escada pra pintar desenhos da Patrulha Canina?"
JJ esqueceu tudo por um segundo, ficando um pouco revoltado, seu marido não estava lá pra saber o que tinha acontecido. "Eles estavam tão sem graça, love, você tinha que ver, era como se o Ryder estivesse brigando comigo. Nenhum trabalho é tão grande, nenhum filhote é tão pequeno." a ternura no rosto de Rafe o denunciou.
Ele tinha o marido mais bobo do mundo e mataria quem ousasse tirar essa inocência dele, alegando legítima defesa, caso fosse descoberto.
"Eu imagino." Rafe passou a mão pelas mechas loiras rebeldes, sentindo a maciez habitual. "Viu? Eu sempre te acho estranho, você não precisa se preocupar com isso."
"Esse é o jeito que você me consola?" perguntou, sorrindo e se inclinando para o toque em seus cabelos.
Em alguns momentos, ele adorava quando eles eram puxados enquanto estava ajoelhado e se engasgando com o pau de Rafe, nunca muito forte pra machucar de verdade, outras vezes apenas descansando em sua nuca ou acariciando, sentindo um calor no estômago ao ouvir os elogios que Rafe murmurava.
"Melhorou, não melhorou?" JJ bufou, revirando os olhos em uma exasperação fingida.
"Por que eu me casei com você?"
"Porque eu vou te encher de bebês, querido, do jeito que você me implorou." Rafe sussurrou em seu ouvido, apertando sua cintura ao mesmo tempo que girou a língua atrás de sua orelha, trazendo a tensão ao ar novamente, o interruptor do humor desligado.
JJ não era mais o único que queria isso.
"Rafe..." JJ fechou os olhos inconscientemente, desesperado por mais.
"O que? Você vai ficar tão lindo com o nosso bebê, querido. Tão lindo." Rafe estava espalhando chupões pelo pescoço de JJ, sentindo seu pau latejando contra a toalha, surpreendentemente ainda firme em sua cintura.
"Rafe, me toque, por favor, por favor." ele sabia que esse era o limite de Rafe.
Dito e feito.
Sua bermuda e a toalha de Rafe foram descartados em um piscar de olhos, deixando seu marido inteiramente nu, o que trouxe água a boca de JJ.
O contato de sua pele nua contra o tecido da cueca causou arrepios em Rafe, fazendo-o gemer no fundo da garganta.
Rafe queria adorar cada centímetro de seu marido, mas JJ tinha outros planos para eles, e quem seria ele para lhe negar alguma coisa?
Ele se posicionou entre as coxas de JJ, que se abriram ainda mais para ele, o que o deixou muito satisfeito. JJ revirou os olhos quando Rafe pressionou o nariz na mancha de sua cueca boxer.
Rafe, Rafe, Rafe era tudo o que JJ conseguia ouvir, pensar, dizer, sentir e respirar.
"Você gosta disso, não gosta?" as marcas que ele estava fazendo na parte interna das coxas de JJ eram a segunda coisa que ele adorava ver pela manhã, competindo com o rosto de seu marido sonolento. "Gosta que todos saibam que você vai ser preenchido pelo meu gozo, por que ninguém fode sua buceta igual eu, não é?" a última parte foi acompanhada da retirada de sua cueca e um som que JJ nunca tinha feito antes escapou dele, sua mão apertando a nuca de Rafe onde estava enrolada.
"Amor..." ele precisou pegar ar. "Você pode repetir isso?" seus olhos se encontraram e a visão de Rafe ajoelhado, com a boca perto de seu pau, fez a antecipação aumentar.
Ele precisava do pau de Rafe dentro dele tanto quanto precisava respirar.
"Repetir o que?" seu marido, sendo o merdinha que era, o provocou, chupando a cabeça de seu pau.
JJ tentou se inclinar para mais, porém as mãos em seus quadris não permitiram, o que fez choramingar. Ele não sabia se queria matar Rafe ou beijá-lo, eufórico por todas as sensações e elogios que ele soltou entre um contato com seu pau e outro.
"Por favor..." ele apertou a nuca de Rafe. "Fale isso de novo." Rafe sempre quis ouvir os pedidos de seu marido ao invés de presumir, mas as palavras estavam pulando em sua língua para sair.
Rafe as vezes deixava JJ implorando por um mero toque seu, adorando assisti-lo se contorcer por ele, por seu pau, sua boca ou qualquer outra coisa que ele pudesse lhe dar.
Hoje, no entanto, não era um desses dias.
Louco e impaciente para sentir JJ ao redor de seu pau, Rafe se ergueu, friccionando seus paus.
"Sua buceta, querido." eles não estavam se beijando, mas respirando pesadamente o mesmo ar com os rostos quase colados. "Você está tão molhado." tudo isso pareceu demorar séculos até que o dedo lubrificado de saliva de Rafe roçasse a entrada de JJ.
"P-Porra!" pontos brancos apareceram na visão de JJ com a força que ele apertava os olhos.
"Tão perfeito pra mim." Rafe mordeu seu pescoço, aumentando o frenesi de seus paus. "Você vai ficar tão lindo grávido, baby. Todos vão olhar pra você e te desejar, mas você vai ignorar, porque você é meu, apenas meu."
Era isso. JJ estava tonto antes mesmo de gozar. O roçar de seus paus, o dedo provocando seu buraco, que se apertava ao redor de nada, e toda essa conversa suja foi o seu limite.
Ele veio com o nome de Rafe nos lábios.
"Deus, baby, você fica tão lindo gozando." as palavras continuaram e JJ se sentia mais fraco do que quando Rafe o fodeu contra a pia do banheiro.
Nenhum deles se importou com a bagunça entre seus estômagos, bêbados pela adrenalina e deixando o arrependimento para o futuro.
Entre a umidade em seus olhos, a superestimulação em seu pau, porque Rafe não tinha parado, e a voz dele, JJ não soube quando um dedo deslizou para dentro de seu buraco, encharcado e escorregadio.
"Caralho! Você... Você... Não precisa, e-eu... Porra, me estiquei pra você." JJ ofegou, a mão firme nos cabelos de Rafe enquanto a outra tinha se entrelaçado com a mão livre de Rafe em algum momento.
Próximo a atingir o clímax, Rafe parou, (JJ protestou, ele adorava ser usado depois de gozar) os pensamentos de seu marido se tocando, se alargando com algum brinquedo ou os próprios dedos, pensando em ser preenchido com seu esperma para que eles pudessem ter um bebê, o agradavam muito.
JJ soltou um som abafado de surpresa quando teve sua boca atacada, mas aceitando rapidamente o beijo desesperado e molhado.
Seu pênis não precisou lutar muito pra ficar duro novamente.
"Eu vou te encher tão bem, querido, tão bem." Rafe adicionou outro dedo, não querendo machucar JJ de alguma maneira, o que o fez reclamar.
JJ gostava quando a dor se infiltrava, embaraçada com o prazer, Rafe não sabia se esse era o caso, provavelmente não, dado que a entrada dele estava mais do que preparada para recebê-lo.
E foda-se, isso fez seu pau, duro feito pedra, latejar, espirrando mais gotas de pré sêmen entre eles.
"Vamos, eu estou pronto, Rafe, me dê seu pau, estou tão molhado pra você. Vamos, por favor, me pegue, eu preciso... Oh, sim, puta merda, sim, Rafe. Obrigado!" Rafe entrou, acompanhando os sons de JJ com uma série de xingamentos.
Para Rafe, entrar em JJ era sempre uma explosão, o paraíso na terra e um completo arrebatamento correndo por todos os lugares de seu corpo, enquanto para JJ era ir no mais delicioso inferno e voltar.
"Você ainda quer tentar nosso bebê?" estocando em um ritmo não muito lento, mas firme, Rafe mordeu o lábio inferior de JJ, que sentiu a visão ficar turva.
"Sim, foda-se, sim, vamos lá, Rafe." as curtas unhas de JJ arranharam a carne das costas de Rafe no momento em que ele o fodeu com mais velocidade.
"Meu lindo marido, estou te mantendo cheio? Foda-se, minha putinha pega o meu pau tão bem." JJ tropeçou em mais um beijo avassalador que deixou suas pernas mais bambas do que já estavam.
Porra, Rafe era tão bom pra ele.
"Rafe, baby... Oh, isso, assim, não pare, não pare, sim... Por favor. Mais forte, coloque um bebê dentro de mim, por favor, eu quero ter outro bebê com você." sentindo que ainda não tinha o suficiente de seu marido, Rafe o puxou impossivelmente para mais perto, escondendo o rosto em seu pescoço.
"Suas coxas vão ficar mais grossas e eu vou poder sufocar entre elas toda vez que chupar seu buraquinho rosa." o corpo de JJ tremeu com as palavras de Rafe, enquanto ambos sabiam que ele evitava propositalmente sua próstata.
Anos de relacionamento fazia isso acontecer.
JJ odiava se sentir vazio, ou seja, a casa poderia pegar fogo que ele não repararia, não quando o pau de Rafe o preenchia tão bem.
"Sim? Você quer que eu engorde, querido?" as palavras pularam de sua boca, sendo uma mistura entre embaralhadas e arfantes.
"Foda-se, você adoraria isso, não é?" Rafe se sentiu arruinado no momento em que capturou toda a adoração e carinho nos olhos de JJ, quase gozando.
Ele tinha um pouco de obsessão (leia-se muito) pelos olhos azuis oceânicos de JJ, principalmente quando eles estavam olhando para ele, sempre contendo uma suavidade que trazia luz às partes escuras de Rafe.
"Sim." foi apenas uma palavra, mas foi o suficiente para que Rafe começasse a surrar a próstata de JJ. "P-Porra! Caralho, porra, porra, assim, puta merda! E-Eu... adoraria que você me comesse enquanto espero pelo nosso filho."
Os lábios deles se juntaram, mas era mais uma bagunça de dentes, saliva e língua do que um beijo de verdade, mas era tão bom.
Rafe recebeu um puxão em sua nuca e soube que JJ estava próximo.
"Você é o meu bom menino, JJ, meu bom menino loirinho." os quadris de JJ estremeceram e o gemido com o seu nome no meio foi o suficiente para Rafe acompanhá-lo, grudando suas testas e ganindo contra sua boca.
Respirações rápidas e desconexas preencheram o quarto, JJ começando a traçar desenhos nas costas de seu marido, uma vez que ele desabou sobre ele e se recusou a sair, não que JJ tivesse alguma reclamação sobre isso, pelo contrário.
Rafe sorriu contra a curva do pescoço de JJ, onde estava com o rosto enterrado quando sentiu as palavras "I love you" sendo escritas em suas costas.
"Pronto, baby, nosso filhote está dentro de você agora." ainda usando o peito sem pelos de JJ como travesseiro, Rafe olhou para ele.
JJ sentiu uma pontada de vergonha ao processar tudo o que eles disseram, mas o choque eletrizante da sensação boa que percorreu seu corpo com as mãos de Rafe superaram isso.
Na opinião de Rafe, (e essa era a única que importava) JJ estava uma bagunça linda, algumas mechas loiras grudadas na testa, lábios molhados e vermelhos, pescoço com chupões.
Bronzeada pela quantidade de horas no sol da praia, sua pele parecia brilhar com um pouco de suor e Rafe sentiu seu pau se contrair corajosamente onde ainda estava enterrado dentro de JJ.
JJ riu ao sentir o movimento, dando um tapa suave em suas costas. "Me dê meia hora."
Ambos sabiam que ele estava brincando, eles não tinham mais vinte e poucos anos e seus músculos provavelmente doeriam mais tarde, não que isso impedisse algum deles, entretanto, o cansaço logo bateria e por enquanto eles estavam mais do que satisfeitos em permanecer aconchegados, a sujeira entre eles esquecida.
JJ choramingou assim que Rafe saiu, mas sentir seu sêmen escorrer por suas pernas era incrível, e ele não era o único que achava isso se o fato de Rafe ter empurrado todo o líquido de volta para dentro dele falasse alguma coisa.
"Eu também te amo." Rafe pressionou um beijo nos lábios de JJ, adorando como ele sempre abria a boca para ele instantâneamente.
Enquanto uma mão deslizava por seus cabelos, ele segurou no maxilar de JJ para aprofundar o beijo.
Não havia calor por trás, mas esses momentos depois de tudo eram os melhores.
Não muito tempo depois, uma vez que JJ estava quase dormindo com o rosto enterrado nos cabelos de Rafe, sentindo o cheiro de seu condicionador de uva, ele notou que a cor do led passou para dourada.
("JJ, não vamos cada um usar produtos com cheiros de frutas." no meio da farmácia, Rafe repetiu pela terceira vez, usando sua voz de advogado que sabia que estava perdendo a causa, mas ainda não largava o osso. "Bobagem, vamos sim." "Posso ficar com o de maçã verde, Luka com o de banana, Nolan com o de morango e papai com o de uva." "Obrigado, Sabrina." Rafe grunhiu e Sam sorriu, da mesma maneira falsamente inocente de JJ. "Sempre aqui, papai.")
JJ sorriu, tão apaixonado que podia jurar que até os astronautas podiam ver. "Obrigado." desde que Luka tinha descoberto a música "Daylight" , isso era o que eles faziam, trocavam o vermelho para amarelo depois do sexo.
"Não me agradeça, vou te enfiar debaixo da água fria." antes que JJ pudesse processar as palavras, Rafe se levantou, colocando-o sobre os ombros e partindo para o banheiro.
"O divórcio! Eu quero o divórcio."
ALGUNS ANOS ANTES
Era sexta feira à noite, próximo às nove horas e Rafe estava na única mesa que tinha achado vazia, mais pro canto e quase encostada na parede.
O bar estava cheio, mas não com muita gente em pé, o que ele agradecia, porque processaria a todos se precisasse se enroscar em alguém pra pedir uma maldita cerveja.
O copo de drink pela metade em sua mesa balançou quando alguém se sentou na cadeira em sua frente.
Não esperando ninguém, Rafe continuou a ler o e-mail de um dos seus clientes, pensando que era um engano e o idiota sem equilíbrio iria embora.
O que não aconteceu.
Forçado, Rafe ergueu os olhos da tela, se deparando com um loiro de cabelos rebeldes jogados em um boné vermelho virado para trás, olhos azuis gentis e uma covinha adorável que competia com o sorriso angelical em seus lábios, e que lábios.
"Você ficou sabendo?" a voz dele era delicada e forte ao mesmo tempo, não que Rafe estivesse prestando atenção.
Esse era só mais um pirralho que mal parecia ter saído das fraldas.
"O que?" igorando seu primeiro instinto, que seria chutar a bunda do outro pra fora de sua mesa, Rafe queria saber o que o loiro tinha inventado pra puxar papo com ele.
"Vou me casar com você." estranhamente, por um milésimo de segundo, Rafe acreditou, antes que seu lado racional gritasse para o quão ridículo ele estava sendo, mesmo que para ele mesmo.
"Ah é?" ele levantou uma sobrancelha, achando esse loiro bonitinho parcialmente idiota e cativante.
"Sim, e os nossos filhos serão lindos." ele falou, confiante, alegre e todo fofo.
Rafe riu tanto que jogou a cabeça para trás. Esse homem era louco. Ele não gostava de crianças, suas mãos estavam sempre meladas e suas milhares de perguntas eram irritantes.
(Rafe gargalhava sempre que pensava sobre isso. Ele não apenas se casou com a versão humana de um Labrador Retriever que adorava descobrir o mundo, como teve três filhos com ele, todos com o mesmo ímpeto de curiosidade)
Não passou despercebido por ele o plural na parte do filho.
"Desculpe decepcioná-lo, mas eu não sou do tipo pai." ele tinha certeza de que se odiaria todos os dias se colocasse uma criança no mundo e o largasse.
Sua resposta não impediu o loiro, pelo contrário, ele sorriu ainda mais brilhante, e Rafe estava começando a se sentir encantado por esse sorriso.
Era o álcool, com certeza.
"Prazer." ele estendeu a mão e Rafe não retribuiu, ficando com pena do olhar de cachorrinho chutado que cruzou seus olhos ao perceber o vácuo e apertando. "Eu sou o JJ, amor da sua vida e futuro pai dos seus filhos." Rafe revirou os olhos, sorrindo com a insistência.
Em outros casos, ele estaria irritado com a falta de noção do homem, no entanto, ele se sentia suspeitosamente calmo e bem, quase feliz.
"Se você diz." Rafe deu de ombros, mal sabendo que o homem que ele tinha acabado de conhecer mudaria a sua vida.
Pra melhor.
NOTAS DA AUTORA: Sou virgem, não faço ideia do que escrevi.
O Rafe pensando que tá xingando o JJ:
"Olhos azuis gentis e uma covinha adorável que competia com o sorriso angelical em seus lábios, e que lábios."
"Loiro bonitinho parcialmente idiota e cativante."
"Confiante, alegre e todo fofo."
"Encantado por esse sorriso."
🤡
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