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33. PRIMEIRO AMOR




Juan Hernandez para Olívia não era uma pessoa qualquer , tão pouco sem significância alguma, ele era seu primeiro amor, a primeira pessoa que consumiu seu ar, tirou seu chão, invadiu seus sonhos, arrebatou seus planos, a fez suspirar, selou seus lábios e fez seu coração bater descompassadamente.

Era inegável, Juan séria um homem que sempre teria importância na vida de Olívia, pois havia sido a primeira pessoa com quem conheceu amor, quem a tornou mulher  e conheceu sua pele desnuda, um homem que roubou parte de sua vida, fez parte de sua história e quem um dia havia planejado um futuro, um futuro onde perde—lo não estava nos planos .

Os olhos de Olívia lentamente se abriram, sentia uma forte dor de cabeça, um mal estar que havia deixado seu corpo gélido, sua boca seca e sua cabeça confusa .

—Ela está acordando – anunciou Felipa, vendo os olhos de sua amiga se revirarem

—Lipa— balbuciou , tentando manter seus olhos abertos e virando sua cabeça para o lado , onde logo alcançou a figura, magra, alta e loira de sua tia .

—Como se sente querida? – indagou Angeles, ajoelhando—se ao lado do sofá onde o corpo de Olívia repousava.

—O que houve? – indagou completamente confusa, tentando levantar seu corpo, mas sem êxito

—Você desmaiou – recordou Felipa

—Me ajude—pediu esticando sua mão que prontamente foi agarrada.

Com dificuldade e com sua outra mão apoiando sua cabeça que ainda girava, por fim ela conseguiu sentar—se, tragando dificultosamente a saliva, cerrou suas pálpebras, buscando resgatar a última recordação antes daquele desmaio.

—Juan – murmurou, despertando por completo com aquela recordação – Eu vi o Juan – proferiu quase em um grito , não tendo certeza se era verdade ou uma mentira de sua mente.

Seus olhos apenas alcançaram a cena de Felipa levando seu olhar até Angeles, como se estivessem preocupada, com uma expressão demasiadamente seria.

—O que foi? – indagou , sabendo que se passava algo , fitando ambas as mulheres em sua frente

—Oli – murmurou Lipa, agarrando suas mãos , ainda ajoelhada a sua frente –Lembra que necessitava falar com você? – indagou buscando saber se ela recordava

—Claro – respondeu confusa

—Hoje eu estava passando em frente a casa de seu pai e vi alguém – afirmou, em um tom calmo e cauteloso – Não acreditei no que vi – garantiu – Mas eu parei o automóvel e vi com clareza, mesmo ele fugindo – completou

—Quem você viu? – indagou temendo a resposta, temendo que fosse verdadeira aquela visão antes do desmaio

—O Juan – proferiu serenamente – Ele está vivo Olívia – revelou finalmente

Qualquer reação que Olívia pudesse ter, seu corpo não foi capaz de produzir, absolutamente, apenas sendo capaz de permanecer estático, não acreditando naquele afirmação, não conseguia acreditar, era tudo tão confuso, uma confusão em sua mente, em seus sentimentos , uma confusão que provocava um forte mal estar em seu corpo, algo que a deixava enjoada e com uma forte dor de cabeça.

—Como? – indagou incrédula, proferindo as palavras dificultosamente

—Acho que ele pode te explicar melhor que nós – afirmou se pondo em pé Felipa

—Ele está lá fora querida – revelou Angeles – Preferimos conversar com você antes – completou em um tom cauteloso .

Em meio a aquelas palavras Olívia se pôs em pé, não podia acreditar , Juan estava vivo, realmente era ele, aquela voz rouca era dele e não uma alucinação que sua mente havia criado .

Incredulamente, não ouvindo mais nada que aquelas duas mulheres proferiam, caminhou em direção a porta de vidro, seus olhos estavam vidrados no jardim, enquanto seus passos supriam a distancia até aquela área, seus olhos alcançaram a figura de um homem sentado sobre o banco de madeira em meio ao jardim, era ele, era Juan.

Com os olhos fixos,  coração acelerado e lágrimas escorrendo por sua face, supriu a distancia entre ele e ela, em passos silenciosos e lentos, sentiu o gramado macio em que caminhava, tendo aquele homem a poucos centímetros de distâncias.

—Ju...—gaguejou com a voz falha – Juan – proferiu roucamente, mas em um tom alto.

Assim que aquele chamado foi proferido o viu se por em pé, quase em um salto e fita—la, com um largo sorriso nos lábios, um sorriso que sempre a encantava , não se fazia capaz em acreditar que o abraçaria novamente, o sentiria , tocaria, ouviria sua voz, era tudo tão inacreditável .

—Olívia – suspirou com um sorriso nos lábios Juan

Em passos largos, suprindo a distancia restante entre ambos, Juan caminhou até Olívia, a agarrando entre seus braços com força suficiente para detê—la, em um forte abraço que ela retribui com a mesma força.

Com inúmeras lágrimas escapando por seus olhos, Olívia agarrou a gola da jaqueta de couro preta que Juan trazia em seu corpo,  apertando com força entre seus dedos, enquanto suas narinas inalavam  aquele aroma , um aroma que a fazia recordar o passado.

Ambos permaneceram durante longos minutos naquele abraço , um abraço que buscava sanar a saudades de meses, a saudades de todos os momentos já vivido e os perdido, em uma busca de sentir que um estava presente, que ambos estavam vivos .

—Vem – murmurou Juan se desvencilhando do abraço e agarrando a mão de Olívia, a guiando até o banco em que estava sentado .

Ambos sentaram no banco de madeira, um do lado do outro, mas com seus corpos voltados para frente; se fitavam com ternura e incrédulos, pois por fim estavam juntos.

—Você está vivo – murmurou incrédula, levando sua mão até a face áspera de Juan e o acariciando .

—Estou meu amor – murmurou com um sorriso nos lábios, agarrando forte a mão dela entre seus dedos .

—Como? – indagou voltando a realidade, afastando sua mão da face dele e pousando sobre a mão dele – Como Juan? Onde você esteve durante todo esse tempo?  O que aconteceu? – indagou desesperadamente .

—Calma – sugeriu , fitando o desespero de sua amada – Eu vou explicar – afirmou , compreensivamente.

Olívia apenas proferiu um suspiro, respirando por fim após aqueles inúmeros questionamentos que gritavam dentro de seu anterior, ansiando, necessitando por serem sanados.

—Naquele dia em que sai para ver um novo trabalho – recordou – Eu  e mais alguns amigos saímos de viagem até uma cidade próxima , estava tudo ocorrendo tranquilamente – começou a contar, com imagens surgindo em sua cabeça, imagens que equivaliam as cenas que seus lábios descreviam para Olívia .

Meses atrás

—Aumenta – ordenou Juan , amigo de Juan, que estava sentado no banco de trás—Aumenta Juan – ordenou novamente, se referindo ao radio do carro.

—Pronto – anunciou aumentando o rock que tocava na estação local de rádio

—Adoro essa música—afirmou o passageiro de trás

—É irritante – afirmou Carlos , o motorista .

—Shiii – ordenou Juan, buscando ouvir a canção .

Juan apenas ria com a situação, logo agarrando seu celular e fitando o visor, onde tinha a foto de sua amada com ele, era incrível como amava aquela mulher, era um amor tão puro , mas sabia que jamais poderia encarrar o pai dela até ter condições suficientes para dar uma vida digna a Olívia.

—Ohh Olívia – brincou Carlos, esticando sua cabeça e alcançado com os olhos a foto de quem seu amigo via .

—Quieto – repreendeu Juan, apagando o visor e guardando o celular , levando sua visão para frente .

Em silencio, ouvindo aquele rock que chegava a ser irritante após alguns minutos, ultrapassaram inúmeros carros e caminhões que transitavam pela estrada .

—Não acha que está indo rápido demais? – indagou Juan preocupado

—Posso ir devagar, mas não chegaremos hoje – garantiu Carlos , buscando ter razão .

Juan nada comentou, apenas fitou os dois, achando graça, afinal eles sempre discordavam de tudo, mas os amava mesmo assim.

Dias atuais

—E assim começamos nossa viagem – prosseguiu , contando o que sua mente recordava, enquanto suas mãos detinham com força as pequenas mãos daquela mulher – Alguns quilômetros depois paramos em um posto de gasolina, onde um jovem, que deveria ter a minha idade, chamado Vitor pediu carona e demos – completou

—Por isso acharam que você havia morrido – compreendeu parte do mistério – Acharam que o corpo desse homem era o seu – proferiu , incrédula com aquele fato desconhecido , apenas recebendo um assentimento com a cabeça como resposta

– Continuamos assim os poucos quilômetros restantes – continuou, voltando a recordar

Meses atrás

—Droga – murmurou Carlos , deixando sua garrafa de agua cair e correr até o lado de Juan.

—Deixa que eu pego—prontificou—se Juan , levando seu dedo até o cinto , se desfazendo dele e se inclinando para frente.

Malditamente a agua havia ido parar bem para frente o fazendo se inclinar de maneira a incomodar se corpo , finalmente, quando seus dedos agarraram a garrafa, começou a voltar lentamente para posição

—Cuidado – gritou os dois homens no banco de trás

De repente ,antes que pudesse levantar, Juan ouviu um forte barulho e sentindo seu corpo ser imprensado no carro, como se estivesse dentro de uma lata de sardinha, sentiu algo bater em sua cabeça, fazendo sua visão ficar completamente escura.

Sem ter noção do tempo Juan despertou, meio confuso, com o corpo jogado ainda inclinado, mas apoiado na porta lateral, começou a tossir , sentindo uma forte fumaça adentrar suas narinas indo diretamente  a seu pulmão.

—Carlos – chamou , ainda confuso

Não conseguindo  ver nada com aquela fumaça, sentindo que algo prendia sua cabeça e o impossibilitava de levantar , empurrou a porta do carro, caindo com seu corpo sobre o asfalto, mas mesmo fora daquele carro o ar estava tomado por uma fumaça escura.

Cambaleando , andando de quatro, caminhou até um lugar longe daquela fumaça, mas desgraçadamente, sua mão escorreu em algo liso, fazendo seu corpo rolar e seus ouvidos serem tomados por um forte barulho, como uma explosão .

Dias atuais

—Depois disso perdi a consciência – recordou – Apenas despertando  em um posto de saúde de uma pequena cidade – revelou seu paradeiro

—Nossa – expressou , confusa , inspirando profundamente o ar – Por que não me procurou? – indagou , não compreendendo os meses de ausência

—Porque passei esses meses em coma – revelou abaixando o olhar

Olívia sentiu que suas palavras haviam sumido, qualquer coisa que pudesse proferir não seria capaz de dizer o que necessitava , como sentia vontade de consolar aquele homem e garantir que tudo ficaria bem.

—Mas eu tentei te procurar – afirmou, levantando seu olhar – Venho te ligando desde que consegui chegar em Buenos Aires – revelou

—Era você ? – indagou completamente confusa –Não sabia – suspirou , recordando do numero desconhecido que a assustava

—Um homem atendeu uma vez – afirmou, com  os olhos vermelhos

—É....—murmurou, logo desistindo de continuar, pois não sabia o que falar

—Era seu marido – afirmou – Eu sei que você se casou – revelou, com lágrimas escorrendo por sua face – Como você pode Olívia? – indagou em um tom de suplica .

Olívia sentiu uma enorme culpa em seu interior, uma culpa que a fez sentir novamente aquele mal estar em seu estomago, onde sua culpa refletia impiedosamente ,lentamente desvencilhou suas mãos das dele , se pondo em pé, deslizou suas mãos por suas madeixas , completamente confusa, sem saber o que pensar .

—Meu pai ia ser preso – revelou, voltando—se de frente para ele – Tive que me casar para salvar minha família da ruina – completou, com os olhos vermelhos, sentindo culpa .

Os olhos dele logo encontraram os dela, que o fitava em silencio enquanto lágrimas escorriam por sua face , naquele momento sentia—se tão confusa, insegura e mal com tudo, com tudo que Juan havia passado, com ela tendo seguido em frente .

Lentamente Juan se pôs em pé, caminhando até ela em passos lentos e agarrando suas pequenas mãos , delicadamente inclinou sua cabeça, pousando seus lábios naquelas pequenas mãos que ainda possuíam o mesmo aroma .

—Você o ama? – indagou fitando profundamente os olhos de Olívia

Olívia o fitou sem saber o que responder, afinal estava ali para descobrir o que sentia por seu marido, para desvendar o que sentia por Lionel , mas a presença de Juan havia confundido tudo e a impossibilitado de descobrir qualquer coisa que quisesse , queria acalentar aqueles olhos dizendo que não sentia nada por seu marido, mas sabia que não era verdade, pois mesmo não o amando sentia algo .

—Olívia – chamou uma voz feminina, roubando a atenção de ambos

Desvencilhando suas mãos da de Juan, Olívia secou as lágrimas que escorriam por sua face, logo fitando Felipa que se aproximava cautelosamente de ambos.

—O que houve Lipa? – indagou , inspirando profundamente

—É sobre o Lionel  – murmurou suavemente, não sabendo se Juan já sabia de toda a verdade .

—Pode falar – ordenou Olívia – O que houve com o Lionel ? – indagou, sentindo certa preocupação brotar em seu interior .

—Ele passou mal – contou em um tom suave

—Como? – indagou sentindo um desespero tomar seu interior – Onde ele está?—indagou nervosa .

—O Pablo o levou para casa – revelou – Mas parece que já está melhor – buscou tranquiliza—la .

Mesmo com aquela afirmação Olívia não se sentiu tranquila, pois sabia que Lionel  não se cuidaria, conhecia o quão teimoso seu marido era a ponto de desobedecer suas recomendações .

—Tenho que ir – murmurou, piscando lentamente e fitando Juan .

—Não vá – suplicou Juan , agarrando sua mão

—Juan – suspirou – Tenho que ir – insistiu

—Seu lugar é comigo – afirmou, persuasivamente

Olívia cerou suas pálpebras, realmente naquele momento não sabia onde era seu lugar, não queria ficar ali, tão pouco ir para casa e encontrar Lionel  , mas era mais seguro e tranquilo sua residência do que ali.

—Desculpa – escusou—se, desvencilhando seus dedos , fitando com pesar os olhos daquele homem e caminhando para longe .

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