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32. DIA SEGUINTE




Subitamente Lionel  abriu suas pálpebras, logo as obrigando fechar devido certa claridade que atravessava as cortinas que ficavam em frente as janelas e a porta de vidro do quarto; em um piscar demorado , sem muita pressa voltou a abrir suas pálpebras , tragando a saliva amarga em sua boca, soltou um longo bocejo .

Lentamente levou sua mirada até a mulher que dormia profundamente entre seus braços, foi inevitável não esboçar um suave sorriso ao fitar aquela face angelical, com uma expressão serena , como se estivesse distante .

Era incrível, inexplicável, mas despertar com aquela mulher que pela primeira vez passava toda a noite em seus braços curava todos seus males e enfermidades, nada doía, apenas uma súbita e incontrolável felicidade consumia seu interior, lhe dando vontade de passar todo o dia sorrindo como um tolo .

Lionel  a amava, jamais havia negado esse sentimento, indiscutivelmente a amava, desejava, queria e necessitava , aquela mulher que um dia havia cruzado seu caminho havia se tornado indispensável para sua vida, desde que houvera pousado seus olhos nela, naquela noite gélida, em que lhe salvou a vida, um momento que apesar de tudo jamais se arrependeria .

Apesar das mentiras, farsas e enganos , ainda a amava, ainda não se arrependia de nenhum ato, daria a vida por ela quantas vezes fossem necessário, apenas lhe entristecia e gerava uma impotência em seu interior saber que ela não o amava, que aquela noite não passava de puro prazer, desejo e sexo para ela, não que para ele houvessem feito amor, sabia que seria distinto a noite em que chegassem a esse ponto , isso se algum dia alcançassem esse amor .

As vezes sua prepotência falava mais alto a ponto de sentir ganas de oferecer dinheiro aquela mulher para que em um singelo momento ela mentisse, para que voltasse a mentir e proferisse que o amava, mesmo que fosse uma mentira.

Todavia não poderia reclamar, porque seu lado cruel sabia que jamais a permitiria que partisse, mesmo parecendo sórdido, a considerava sua propriedade, algo que ele havia comprado e que para toda vida deveria pertencer a ele, com ou sem amor , pois se mais noites como aquela se repetissem talvez não sentisse falta daquele sentimento que apenas o tornava frágil e em alguns momentos chegava a fazer mal, a ponto de torna—lo insano .

—Humm—um gemido sonoro adentrou os ouvidos de Lionel  o despertando daqueles pensamentos.

Curiosamente seus olhos alcançaram a face, mais precisamente os olhos daquela mulher, os encontrando trêmulos, como se indicasse que estava prestes a despertar .

Malditamente aquela doce beleza, uma beleza fresca de uma mulher que a pouco havia se tornado isso, uma mulher, onde até então era uma menina, uma criança , uma beleza que o encantava e embriagava, esvaziava sua mente e tornava—se seu único desejo e objetivo , um objetivo simples, que era, tê—la em seus braços para sempre .

Assim que a claridade da luz do Sol invadiu os olhos de Olívia, ela escondeu sua cabeça no peito desnudo de Lionel , proferindo um suave resmungo com os lábios cerrados .

—Creio que necessitamos de um blecaute – murmurou Lionel , achando graça do incomodo de sua esposa, pois se assemelhava ao seu .

Subitamente Olívia abriu seus olhos, encontrando aquele homem desperto, mas seu espanto foi maior ao se dar conta que pela primeira vez haviam despertado sobre a mesma cama, pela primeira vez não havia sido largada como um objeto, para que despertasse sozinha, tomando as conclusões que bem entendesse.

—Vo...—murmurou incrédula, fixando seus olhos naquelas íris verdes, que a fitavam gentilmente – Você ainda está aqui? – indagou surpresa, com uma expressão que não sabia se era de espanto , onde não sabia se ficava seria ou ria de nervosismos e incredulidade.

—Onde mais poderia estar? – indagou curioso com aquela constatação, que definitivamente não havia compreendido .

—É...—murmurou se dando conta que talvez houvesse se expressado de maneira incompreensível – É que nunca despertamos juntos – completou em um tom suave , com os olhos fixos nos dele .

—Verdade – concordou com um suave sorriso nos lábios – Segundo me recordo, você afirmou que apenas te uso como um objeto sexual – recordou, em um tom firme .

—Exato – assentiu , em um sorriso fraco, pois não sabia se queria ter razão naquele momento ou ter dito aquelas palavras, que sendo proferidas por aqueles lábios pareciam tão erradas.

—Quero esclarecer – começou, agarrando a pequena mão que estava pousada em seu peito e entrelaçando seus dedos nos dela – Novamente – exaltou, anunciando que já havia proferido aquelas palavras – Que você jamais foi um objeto sexual – afirmou , buscando ser compreendido – Mesmo me dando muito prazer, ontem a noite  tivemos a comprovação que você também se satisfaz comigo, nem por isso sou seu objeto sexual – esclareceu calmamente.

Em meio a aquelas explanações , a atenção de Olívia se esvaiu , sendo depositada em seu olhar, que prontamente , em um movimento rápido, alcançou sua mão, seus dedos entrelaçados nos daquele homem, em um gesto de cumplicidade, um gesto que parecia tão confuso sem a excitação e com a luz do dia.

—Isso está errado Lionel  – proferiu impetuosamente, desvencilhando seus dedos dos dele, sentando—se sobre a cama , levando suas mãos até suas madeixas e as peteando para trás .

—Por que está errado? – indagou Lionel  confuso, sentando—se ao seu lado .

—Porque é algo insano – afirmou, agarrando o lençol que envolvia seu corpo e se pondo em pé, em busca de suas vestimentas .

Lionel  rapidamente se pôs em pé, se esquecendo e pouco se importando com seu machucado, que nem doía mais, agarrou sua cueca a vestido em um movimento demasiadamente ligeiro, pois necessitava deter aquela mulher que caminhava confusa pelo quarto .

—Por que é insano? – indagou Lionel  a detendo com suas mãos em seus bíceps

—Por que sim – respondeu prontamente, buscando se livrar de seu marido, mas sem êxito algum

—Olívia seja mais clara – ordenou, começando a ficar impaciente , a fazendo ficar mais calma .

—Lionel  – suspirou , o fitando impaciente , mas prevendo que seria impossível fugir – A poucos dias atrás você estava me chamando de mentirosa, ardilosa, falsa , dissimulada e entre outros adjetivos e do nada as coisas mudam – afirmou abrandando seu tom – Sei que você me disse que estava cansado das nossas brigas, mas acredite parece insana nossa relação – afirmou buscando ser convicta – É errado – completou abaixando seu olhar.

Lionel  seriamente a escutou, inspirando profundamente o ar e a fitando com compreensão, lentamente tragou sua saliva e inspirou o ar, os levando até seus pulmões .

—Olívia – murmurou , buscando sua atenção , coisa que teve com um singelo levantar daqueles olhos castanhos – Concordou com você—assentiu, segurando com menos força os bíceps dela—É insano, confuso, o adjetivo e atribuição que quiser dar – completou – Mas é a nossa realidade, uma realidade em que estou buscando fazer mais agradável para ambos, a menos que queira que sigamos com aquela relação onde você é minha presa e os insultos são as únicas palavras que sabemos trocar ? – indagou a fitando como se tivesse segurança de suas palavras .

Olívia cerrou suas pálpebras, fugindo daqueles olhos verdes intimidadores, mal ou bem, certo ou errado, Lionel  tinha razão, era mais agradável aquela realidade, onde se faziam capaz de trocar palavras, compartilhar segredos e fazer sexo com igualdade , do que onde ela era a completa submissa.

—Sei que não há amor nessa relação—afirmou Lionel , roubando a atenção dela – Contudo não podemos negar que há um forte desejo, pode parecer um sentimento de pouca importância , mas prefiro viver esse desejo com você, passando as noites ao seu lado , do que seguirmos como dois estranhos – completou, levando seu dedo indicador até o queixo dela e levantando sua cabeça levemente – Apesar de tudo nos desejamos , sugiro que vivamos esse desejo e demos vida a essa atração – sugeriu com um meio sorriso nos lábios, fitando aqueles olhos castanhos, buscando ser persuasivo .

—Lionel  – suspirou, querendo contraria—lo, mas não podendo, querendo concordar, mas tão pouco sendo capaz

—Shiii – proferiu aquele sonoro som que indicava para ela fazer silencio – Se você afirmar que não me deseja – proferiu, inclinando sua cabeça e roçando seus lábios nos dela, buscando destruir as defesas de sua esposa—Prometo nunca mais te procurar – completou , encaixando seus lábios nos dela, mas sem iniciar um beijo.

Não , definitivamente Olívia não queria distancia daquele corpo, daquele homem, não queria ter que calar seu desejo, luxuria e necessidade, definitivamente odiaria passar as noites separadas daquele corpo aconchegante, daqueles lábios atrevidos e aquele aroma embriagante, sabia disso a tempo, tinha certeza que mesmo não o amando já pertencia a ele, coisa que houvera tido certeza naquela noite em que ele a acusou de ter fugido, uma certeza que até então preferir calar, mas estava se tornando impossível mantê—la oculta.

—Não – murmurou involuntariamente, com seus lábios colados nos dele

Jogando—se nos braços de Lionel , Olívia invadiu com sua língua aquela boca, iniciando um  beijo suave, como uma confissão, a confissão de que não queria viver longe daquele homem, que necessitava sanar seus desejos, desejos que somente ele despertava .

Sentindo os braços fortes de Lionel  rodearem sua cintura, colando ambos os corpos, que eram separados pelo lençol de seda que envolvia o corpo de Olívia, se beijaram, em um emaranhado de línguas, onde guerreavam em uma necessidade.

—Eu te desejo – afirmou com os lábios colados nos de Lionel  – Te necessito – completou, buscando mostrar a veracidade daquele desejo .

Sua testa colou na de Lionel , enquanto seus pés que inclinavam seu corpo, buscava sanar a diferença de altura entre ambos, mas seus olhos se importaram mais com o que fitavam, um suave sorriso naqueles lábios que tanto desejava.

—Apenas vamos buscar ter paz – murmurou Lionel , fitando aqueles olhos castanhos – E viver esse casamento, mesmo existindo apenas desejo, porque não pretendo permitir que você saia do meu lado – completou .

—Não pretendo sair do seu lado – afirmou, acariciando as madeixas que encobriam a nuca dele .

—Como? – indagou incrédulo, como se temesse haver compreendido errado

—Não pretendo sair do seu lado – proferiu novamente, com um suave sorriso nos lábios.

—Por que? – indagou ainda buscando compreender aquela afirmação.

—Porque você é meu marido – afirmou , deslizando suas mãos pelo pescoço dele – E meu lugar é ao seu lado – completou , fitando aquelas íris verdes .

Com um suave sorriso nos lábios, Lionel  levou sua mão até a face dela, acariciando com as costas de seu dedo aquela pele macia, uma caricia que a obrigou cerrar as pálpebras, como se estivesse gostando daquele singelo e suave toque.

Contudo a atenção de ambos foi roubada por um sonoro barulho, um barulho demasiadamente desagradável para um momento como aquele, era o maldito aparelho telefônico que tocava insistentemente, não era o celular de Olívia, era o telefone da casa .

Um barulho que obrigou ambos a se fitarem e que formassem uma expressão de desgosto em ambas as faces.

—Melhor atender – aconselhou desgostosa Olívia

Proferindo um longo bufar, um som animalesco , mas que expressava toda sua frustração por aquela interrupção, Lionel  afastou –se de Olívia, caminhando até o pequeno criado mudo ao lado da cama.

—É da construtora – afirmou, ao fitar o visor

—Vou tomar banho então – afirmou Olívia, prevendo que certamente aquela ligação iria demorar.

—Alô – atendeu Lionel , enquanto Olívia adentrava ao banheiro.

Assim que ela soltou o lençol sobre o piso do banheiro, adentrou o box de vidro, logo deixando a agua quente cair sobre seu corpo, passando a mão por seu rosto, penteou suas madeixas para trás .

Sabia que Lionel  tinha razão , que deveriam levar aquele casamento melhor possível, assim como ela desejava no inicio, mas não compreendia o porque algo a fazia temer, algo que ela não queria dar atenção e sua razão lhe gritava, algo que a fazia duvidar se o que sentia por seu marido era um puro e simples desejo, ou se havia algo a mais, algo a mais que poderia mudar toda aquela relação, presente e futuro de ambos, algo que ela não compreendia, mas necessitava desesperadamente compreender, necessitava loucamente de ajuda, de alguém que pudesse compartilhar suas indagações e confusões, alguém que não fosse Lionel , alguém que a conhecesse e fosse capaz de lhe guiar e proferir as palavras mais verdadeiras, mais compreensivas e exatas, tal qual necessitava, a única pessoa capaz disso era sua tia, Angeles.

—Vou ter que ir até a construtora – afirmou Lionel , agarrando a cintura de Olívia e a fazendo dar um pulo

—Ahhh—proferiu um suave grito que escapou por seus lábios , ao sentir aquele toque —Que susto Lionel  – afirmou, ofegante, evidenciando o quão perdida estava em seus pensamentos

—Desculpa—escusou—se  , sentindo—se mal por aquele susto – Estava distraída? – indagou , quase em um constatação .

—Relaxando – mentiu , pois não podia afirmar que estava pensando, pensamentos que ele buscaria desvendar – O que você disse mesmo? – indagou , curiosa , virando de frente para ele , o encontrando completamente e perturbadoramente desnudo .

—Terei que ir a uma construção, os funcionários estão ameaçando entrar em greve e só vão parar com as ameaças com a minha presença – afirmou, fitando os olhos atentos de sua esposa – O Pablo vem me buscar dentro de alguns minutos – completou .

—Você tem que descansar – afirmou, levando sua mão até a face dele e acariciando lentamente com o polegar .

—Irei me cuidar – afirmou , buscando sanar qualquer preocupação ou ansiando para que existisse uma.

—Promete? – indagou evidenciando certa preocupação em seus olhos

—Preocupada? – indagou, buscando que suas esperanças fossem verdadeiras

—Você é meu marido – afirmou, fitando os olhos verdes dele, como se buscasse as respostas para suas indagações – Odiaria que algo acontecesse – completou , não encontrando suas respostas naqueles olhos.

—Vou ficar bem – afirmou, inclinando sua cabeça e roçando seus lábios nos de sua esposa

Lentamente as mãos de Olívia caminharam até a nuca dele, enquanto seus pés se inclinaram, ela empurrou a cabeça dele, selando por fim seus lábios, mantendo certa distancia de seus corpos, pois odiaria que se roçassem e não tivessem tempo para sanar seus desejos .

O beijo foi lento, suave, tranquilo, como se buscassem conforto e não saciação de seus desejos, eles eram confusos, iam de uma briga, uma insanidade, até uma tranquilidade e paz , eram seres humanos buscando compreensão , de si próprios no caso de Olívia e do outro, no caso de Lionel , que ansiava por deter sua esposa entre seus dedos, para que tivesse segurança necessária que jamais a perderia.

—Humm—suspirou Olívia abrindo suas pálpebras—Melhor tomarmos banho, odiaria que se atrasasse por minha causa—murmurou, vendo um sorriso nos lábios de Lionel .

—Se tivesse tempo adoraria me atrasar com você debaixo desse chuveiro – afirmou, com um sorriso travesso.

—Lionel  – o reprendeu – Apenas banho – afirmou, agarrando o vidro de shampoo

—Nosso primeiro banho juntos – recordou – Não sabe como desejei esses dias te arrastar para aqui, para que compartilhasse um banho comigo – confessou, com um suave sorriso nos lábios

—Confesso que foi tentador te imaginar desnudo aqui dentro – confessou, despejando o conteúdo do vidro em sua mão, apenas vendo uma expressão de satisfação na face de Lionel  – Abaixe a cabeça – pediu , logo o silencio reinando naquele ambiente .

Delicadamente ela ensaboou aquela madeixas escuras e macias , assim que terminou apenas agarrou a mão de Lionel  o puxando para baixo da agua , enxugando o sabão que escorria por sua face e corpo, indo parar no piso .

—Vou sentir falta disso quando tirar os pontos – confessou, limpando seus olhos e fitando sua bela esposa.

—Está ficando mal acostumado senhor Olmo – afirmou , agarrando o sabonete e colocando na mão dele – Agora termine seu banho, antes que se atrase—proferiu autoritariamente.

Lionel  apenas proferiu uma risada fraca, tamanha autoridade de uma mulher que deveria estar em suas mãos o encantava e confundia, pois tornava aquela situação onde ambos eram iguais, eram companheiros, era algo que o confundia .

—Vou me trocar – anunciou, terminando seu banho e saindo do pequeno box

Foi inevitável conter seus olhos, olhos curiosos de uma mulher que fitaram aquele corpo desnudo de seu marido, mesmo de costas, ele era seu pecado perfeito e predileto, parecia errado considerar seu marido um pecado, como se o que estavam fazendo era perturbadoramente errado .

Afastando aqueles pensamentos, Castan terminou seu banho, logo agarrando a toalha de algodão e secando seu corpo molhado, trajando seguidamente o roupão branco, cobrindo sua nudez, assim que abriu a porta do box e pendurou a toalha no gancho próximo, sua atenção foi roubada por Lionel , que tranquilamente adentrou o banheiro, trajando uma calça jeans, na cor caqui escuro , calçando seu Sapatênis Pipper  de couro na cor marrom , com seu tronco completamente desnudo .

—Me ajuda com o curativo? – pediu educadamente

—Claro – respondeu prontamente

Com o canto dos olhos, enquanto caminhava em direção a pequena caixa onde guardava os elementos para o curativo, viu Lionel  encostar—se à pia, com as mãos no bolso da calça, claro que soube que ele a fitava, não por poder alcançar com seus olhos, mas porque aquele maldito incomodo estava percorrendo seu corpo.

Habilmente Olívia iniciou o curativo, em um completo silêncio, seguindo metodicamente a ordem que já havia criado para realizar aquele ato.

—Lionel  – murmurou, jogando o algodão com iodo na lixeira próxima

—Sim – respondeu prontamente a fitando curioso

—Gostaria de sair – afirmou , colocando a pequena gaze sobre os pontos que já possuíam uma aparência melhor – Ir visitar minha tia – completou, agarrando um pedaço de fita, mas temerosa com aquela sua audácia, afinal não sabia se as regras impostas por seu marido ainda existiam.

—Tudo bem – proferiu calmamente – O motorista estará a sua disposição a hora que necessite para ir – informou, demonstrando que as regras ainda existiam .

—Obrigado – agradeceu terminando o curativo e levantando seu olhar .

—De nada – respondeu com um suave sorriso nos lábios – Se quiser me esperar eu te acompanho – sugeriu , tranquilamente , não querendo demonstrar sua necessidade de controla—la .

—Não é necessário – recusou educadamente, pois Lionel  não poderia ouvir o que ela necessitava conversar com sua tia – Eu vou logo após o almoço, duvido que você retorne até lá – esclareceu, buscando justificar sua recusa.

—Tem razão – concordou serenamente a fitando

As miradas de ambos se prenderam, pois ainda se fazia raro para ambos se tratarem com tamanha paz , mesmo ambos ansiando por se beijarem, se tocarem, ainda sentiam temor por serem petulantes e invasivos com um ato impulsivo .

—Prometo não demorar – afirmou Lionel , encaixando sua mão direita na face de Olívia e acariciando a bochecha dela com o polegar, a observando apenas cerrar as pálpebras – Sentira minha falta? – indagou ansiando por uma resposta positiva .

Aquela indagação consumiu com o ar de Olívia , que temeu por abrir suas pálpebras, pois sabia qual resposta Lionel  ansiava por receber, todavia não sabia qual resposta seu interior queria lhe dar, pois mesmo positiva temia que não fosse verdadeira , como uma resposta negativa, infelizmente haviam indagações que apenas quando compreendesse com clareza o que sentia por ele seria capaz de proferir.

Um sonoro som ecoou pelo jardim da residência, o som de uma buzina, indicando que, para o alivio de Olívia , Pablo havia chegado , evitando assim que ela necessitasse responder aquela perguntar ou a forçasse manter um silencio que certamente chatearia Lionel .

—Deve ser o Pablo – constatou abrindo suas pálpebras e encontrando seu marido serenamente a fitando – Melhor você ir – sugeriu suavemente.

—Melhor – suspirou, constatando que não receberia sua resposta –Antes que ele fique desesperado e me deixe para trás – afirmou ouvindo novamente aquele som .

Rapidamente Lionel  afastou sua mão daquela face, caminhando até o quarto, sendo seguido por Olívia, que recostou seu corpo no batente da porta, o fitando  trajar sua camiseta manga longa branca e colocar a tipoia que tanto o incomodava e fazia questão de demonstrar em sua face .

Assim que ele agarrou suas coisas, enfiando no bolso de sua calça, caminhou em passos largos mas lentos até Olívia , parando em sua frente a fitou com um meio sorriso nos lábios.

—Se cuida – murmurou Olívia

—Pode deixar – afirmou Lionel , inclinando sua cabeça e selando suavemente os lábios de sua esposa, em um suave beijo que foi prontamente correspondido – Tchau – proferiu, dando as costas para ela e partindo.

Assim que ela o viu partir, proferiu um longo suspiro, aquele homem definitivamente a desequilibrava, mas era inegável a felicidade que começava a tomar conta de seu interior, uma felicidade que jamais havia sentido antes ou a tempo não sentia, tanto tempo que mal se recordava.

Tranquilamente Castan secou suas madeixas , maquiando—se , em seguida trajando um leve vestido floral, com o fundo azul e com pequenas mangas , calçando um salto vermelho .

Rapidamente mandou uma mensagem a sua tia, anunciando sua visita, logo descendo e bebendo apenas um copo de suco, afinal dentro de poucos minutos o almoço seria servido .

Tão logo almoçou, conversou um pouco com Olga, alguns assuntos banais, subiu ao quarto para fazer sua higiene , sem pressa alguma, esperando que as horas transcorressem e logo a tarde chegasse .

Os minutos voaram assim que ela se pôs a organizar algumas roupas que estavam desarrumadas desde que tivera que acompanhar Lionel  ao hospital , assim que terminou agarrou sua bolsa , jogando seu celular dentro , desceu, logo saindo e encontrando o motorista a sua espera.

Em questão de segundos o carro já alcançava a rua e seguia o caminho até a casa de sua tia, distraidamente se pôs a fitar o caminho a sua volta, mas sua atenção foi roubada por algo vibrando ao seu lado .

Rapidamente levou seus olhos até sua bolsa, a abrindo e agarrando o aparelho telefônico, com os olhos no visor, constatou que a pessoa que a chamava era conhecida.

—Lipa – atendeu com um sorriso nos lábios

—Onde você está Olívia? – indagou parecendo nervosa

—Indo visitar minha tia – afirmou, notando o tom distinto de sua amiga – Por que? – indagou

—Necessito falar urgentemente com você – informou

—Pois fale – ordenou

—Não – recusou – Necessito falar pessoalmente , vou te encontrar na casa de sua tia – informou meio afobada .

—Está bem – assentiu estranhando o tom de sua amiga – Nos vemos lá – afirmou .

—Até daqui a pouco – afirmou Felipa finalizando a chamada .

Olívia bloqueou o celular o jogando novamente dentro de sua bolsa, mas aquela ligação a perturbou, jamais havia ouvido sua amiga tão afobada e estranha, coisa que a preocupou e aguçou sua curiosidade ao longo do caminho.

Assim que chegou, o gentil motorista abriu a porta, assim que desceu caminhou o longo trajeto até a porta, adorava aquela residência, pois havia passado parte de sua infância ali também, pois sua tia se recusava em morar com ela e Germano, sempre achou estranha essa atitude de sua tia, afinal era visível que entre ambos havia algo, algo que durante todos aqueles anos ambos buscaram ocultar e fingir ser nada além do que uma pura amizade.

Logo que subiu os poucos degraus que davam até a porta francesa , apertou o botão da campanha próximo, ouvindo o barulho ecoar pela residência, sem muita espera ouviu alguém abrir a porta.

—Menina Olívia – saudou com um sorriso nos lábios, Rosa, a velha governata de sua tia

—Olá Rosa—saudou, a cumprimentando com um beijo em sua bochecha e logo adentrando a residência – E minha tia? – indagou fitando o interior vazio daquela moradia.

—Ela mandou avisar que se atrasou em um compromisso – afirmou cerrando a porta – Mas que logo chega— garantiu com um gentil sorriso nos lábios.

—Então vou espera—la – afirmou

—Gostaria de beber algo? – indagou educadamente

—Não – recusou educadamente – Obrigado Rosa – agradeceu – Acho que vou tomar um ar no jardim – afirmou com um sorriso nos lábios

—Fique a vontade – afirmou – Qualquer coisa só me chamar, estarei na cozinha – informou

—Obrigado Rosa – agradeceu , vendo a governanta sumir pela passagem que dava a cozinha.

Tranquilamente Olívia pousou sua bolsa sobre o sofá, caminhando até a porta de vidro que dava passagem para o jardim,  logo que seus dedos alcançaram a fechadura da porta, a abriu, a deslizando e saindo para fora, sentindo a brisa quente acometer seu corpo.

Seus olhos caminharam até as inúmeras flores que davam vida a aquele jardim, por meio de sua tia é que havia adquirido o gosto por flores, pois Angeles cultivava belas plantas, como maravilhosas rosas , que iam das brancas, amarelas e até vermelhas, até as flores mais pequenas como amor—perfeito , mas seus olhos quase que instantaneamente foram até as flores que a recordavam alguém, as famosas tulipas vermelhas .

Apesar de serem flores de alto valor e de difícil cultivo dependendo da região, eram flores que lhe encantavam, pelo simples fato de haverem sido as primeiras com as quais foi presenteada, um presente de Juan.

Lentamente caminhou até o canteiro em que ficavam as belas tulipas , delicadamente seus dedos acariciaram a sépala da flor, enquanto um suave sorriso brotou em seus lábios, afinal lhe traziam boas recordações e uma súbita saudade daqueles momentos tão distintos , um amor tão puro .

—Ainda me recordo daquela noite em que invadi o jardim de sua casa para deixar uma tulipa em sua janela – recordou uma voz masculina.

O corpo de Olívia ficou estático, sentiu o calor de seu interior sumir, o ar ser consumido, sua traqueia se fechar e seus olhos se arregalarem, mas começando a ficarem marejados .

Sua cabeça lentamente levantou—se , necessitava que seu corpo se virasse para encontrar o dono daquela voz, uma voz que a muito não ouvia , tão pouco esperava voltar a ouvir, uma voz rouca que fez seu coração disparar .

Em seu interior afirmava que deveria ser uma falsa percepção de sua mente uma ilusão, não poderia ser ele, definitivamente não poderia , pois ele não estava vivo , aquilo não era real.

Estaticamente, quase sem forças e incrédula, girou seu corpo, logo alcançando com seus olhos a figura daquele homem alto, pele cBella e cabelos escuros, seus olhos não podiam acreditar no que estavam vendo, não era real , não podia ser real.

—Ju....—gaguejou incrédula –Ju ...—gaguejou novamente – Juan – proferiu em um suspiro .

Sem força alguma,apenas vendo aquele homem se aproximar, sentiu um horrível mal estar, algo quedoeu em seu estomago e consumiu a pressão de seu corpo, tão logo fazendo suavisão ficar completamente escura antes que pudesse ver ou sentir qualquercoisa, perdendo por completo seus sentidos antes de seu corpo alcançar ogramado daquele jardim

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