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27. INDAGAÇÕES




Para o desespero de Lionel  os dias preso naquele leito hospitalar foram torturantes a ponto de alterar sua paciência, que só não foi mais testada pelo simples fato de que os medicamentos para dor o faziam dormir profundamente; tendo seu tempo intercalado entre as visitas e os momentos de descanso, dando poucos momentos de solidão ao casal Olmo .

Olívia deu graças de que Bella não voltou a insistir em visita—lo, tão pouco ela achou algum momento adequado para contar a seu marido sobre a discussão enquanto ele estava inconsciente , muito menos ousou em mencionar suas suspeitas que até aquele momento não tinham fundamento algum , contudo tomou  precauções para evitar desavenças com Lionel , uma delas foi manter o celular dele descarregado e sem a pretensão de carrega—lo com a desculpa que ele necessitava descansar, pois assim sabia que a comunicação com a Bella se tornaria praticamente impossível .

Mesmo a contra gosto de seu marido Olívia passou as noites com ele, pois ele tomava medicamentos que o impossibilitavam de pestanejar e expulsa—la por discordarem sobre o quão confortável era aquela poltrona no quarto, desacordos que se tornavam mais intensos pelo fato de Lionel  estar impaciente e birrento pelo simples fato de estar preso em uma cama, o que o deixava mais vulnerável e o fazendo perder as discussões mais simples, para seu desgosto.

Aqueles dias se tornaram eternidade para ambos, pois realmente era exaustivo para Olívia dormir em uma poltrona e para Lionel  era desagradável estar sobre efeito de medicamentos que alteravam seu discernimento e o faziam perder a consciência por longas horas que o faziam perder a noção cBella do tempo que transcorria ao seu redor.

Os poucos momentos que tinha Olívia se perdia fitando aquele homem, principalmente quando ele dormia , mesmo ele sendo teimoso e em alguns momentos se tornando impaciente a ponto de ficar mal humorado ou frustrado , Lionel  havia mudado com ela havia se tornado mais companheiro, ou talvez dependente dela, pois era a situação dele, onde dependia dela  para fazer muitas coisas , mesmo a contragosto , mas era inegável que ele tinha momentos que a surpreendiam ou a desconcertavam , chegando dos mais sinceros aos mais encabulantes .

Mas para alivio de Lionel  e tranquilidade de Olívia já estavam regressando a sua residência, onde por fim poderiam retomar suas rotinas, ou melhor iniciar uma nova, já que Olmo teria que permanecer em casa por alguns dias, mesmo a contragosto, um acontecimento que perturbava parte de Olívia e a fazia recordar e se indagar dos momentos de fraqueza ou Lipaqueza de seu marido , momentos que a confundiam e desnorteavam.

Dias atrás

Os raios solares ainda adentravam o gélido e impessoal quarto de hospital, Lionel  havia caído em um sono completo após o refeição matinal, devido a mais uma dose de remédio para dor, mesmo a tarde se aproximando, não tinha a pretensão de desperta—lo para almoçar, pois  aqueles eram os momentos em que Olívia podia ficar sozinha com seus pensamentos , onde não tinha que cuidar de Lionel  ou recepcionar alguma visita, que as vezes era agradável pois era um conhecido , mas sentia—se exausta com tanto agito, mudança de horário e rotina, principalmente seu relógio biológico reclamava a ausência de sono, sem mencionar Lionel  que pestanejava a todo momento sobre o leito incomodo que ela passava as noites .

Em momentos de silencio e solidão como aquele aproveitava ou para descansar ou entreter sua mente, como fazia naquele instante com um bom livro , um livro que aguçava seu desejo de leitora e a fazia viajar, não sabia o porque , mas ''Bonequinha de Luxo '', de Truman Capote a encantava, talvez pela audaciosidade da personagem Holly em se arriscar para realizar seus sonhos, mesmo a levando a uma profissão mal quista tanta para sociedade da época como para a presente, que era a de garota de programa , mas o que mais lhe encantava naquele livro não era o romance, mas sim o companheirismo de Holly e o escritor Paul , uma amizade onde existia uma enorme empatia, que as palavras se tornavam desnecessárias e o silencio dizia mais do que a junção de mil letras , uma amizade com um singelo amor platônico escondido ou seria o amor em sua forma pura, pois ambos não possuíam dinheiro algum, claro que tornando Paul pouco interessante como pretendente a Holly , contudo não deixava de dar atenção a relação de Holly com Doc, pois tal qual ela havia usado um homem com o objetivo de sanar suas necessidades, porém não havia o abandonado como a personagem que sempre foi em busca de mais, tendo seu destino final, pelo menos o conhecido por Paul em Buenos Aires .

—Eu não quero colocar você em uma gaiola – murmurou em um sussurro uma voz masculina, fazendo Olívia baixar o livro a sua frente – Eu quero amar você – completou, em tom suave , com um olhar seguro e um tanto quanto sedutor .

Olívia nada entendeu daquelas palavras, ficou fitando completamente confusa seu marido, que a fitava serenamente, mas logo esboçando um suave sorriso , meio engraçado, ao notar a confusão de sua esposa, ou melhor a falta de compreensão dela.

—Uma das frases da conversa entre  Paul e Holly na versão cinematográfica, que é mais romântica que o livro   –  desvendou  com um sorriso nos lábios – Apesar de preferir a frase em que Paul diz – murmurou, cerrando rapidamente suas pálpebras como se buscasse recorda—las – As pessoas se apaixonam sim; as pessoas pertencem umas as outras, sim ;é a única chance que elas têm de serem felizes – citou, abrindo suas pálpebras e voltando a fitar sua esposa .

Olívia habilmente pulou a página do livro com a aba, o cerrando e pousando em seu colo , foi inevitável não esboçar um sorriso naquele momento, um sorriso que se devia ao fato de Lionel  a surpreender com aquelas citações, aquele homem era extremamente enigmático a ponto de possuir conhecimentos que ela desconhecia .

—Você é surpreendente – proferiu em um suspiro, mantendo o sorriso incrédulo nos lábios .

—Talvez um pouco piegas – murmurou Lionel  , esboçando um meio sorriso—Mas é difícil esquecer frases marcantes e verdadeiras – completou ainda se referindo a literatura e a cinematografia  .

—Crê que a única chance de ser feliz é pertencer a outra pessoa? – indagou , curiosa com aquela afirmação , uma indagação que tirou o sorriso dos lábios de seu marido, o deixando com uma expressão serena ao mesmo tempo que seus olhos mantinham uma expressão distinta, como um misto de melancolia e pesar

—Se não fosse assim jamais teria me casado com você – murmurou firmemente, fitando os olhos castanhos de Olívia –Pois ilogicamente, como o amor que me torna insano , não vejo felicidade sem você – completou, em um tom sereno , mas profundo, uma profundidade que a cada palavra proferida causava um temor que percorreu o corpo da mulher a quem aquelas palavras eram dirigidas .

Um silencio assustador tomou o ambiente, enquanto ambos se fitavam profundamente, Olívia necessitava que seus olhos escapassem dos de seu marido, mas algo os prendia nele , como se necessitasse entender aquele homem, ou conhecer cBellamente aquele poeta escondido que tanto a encantava em momentos surpreendentes.

Mas o silencio foi quebrado por um som familiar para ambos, era alguém batendo na porta , alguém que roubou a atenção de ambos .

—Podemos entrar? – indagou Pablo abrindo a porta e revelando a presença dele e Felipa .

Dias atuais

—Olívia – proferiu suavemente uma voz masculina, roubando sua completa atenção .

Ainda meio inerte, devido a recordação que havia tomado sua mente, levou sua mirada até o homem ao seu lado, encontrando um olhar curioso , como se ele indagasse em que ela pensava naquele momento de falta de atenção .

—O que? – indagou piscando algumas vezes, em busca de se concentrar em seu presente .

—Chegamos – afirmou Lionel , ainda a fitando com uma expressão curiosa.

Aquela afirmação a obrigou a fitar a janela ao seu lado, encontrando a porta da residência de ambos, havia perdido a noção do tempo naquele demorado caminho do hospital até a casa , talvez pelo silencio de Lionel  e do motorista, havia se regalado ou permitido recordar daquele momento .

Ela nada respondeu, apenas esboçou um suave sorriso com os lábios, rapidamente descendo , fugindo daqueles olhos curiosos que ainda a indagavam em que pensava .

—Eu te ajudo – afirmou, vendo Lionel  descer do automóvel .

—Não precisa – proferiu gentilmente Lionel , sentindo—se aliviado e feliz , pois por fim podia esticar suas pernas livremente .

—Sua teimosia me irrita – murmurou Olívia , expressando seu desgosto com a atitude de seu marido.

—Não estou habituado a receber ajuda  – justificou , caminhando lentamente em direção a ela .

Olívia apenas lhe lançou um olhar de reprovação, pois queria ajuda—lo para que não se machucasse , afinal ele estava dependente de ajuda com aquele braço na tipoia, que expressamente o médico proibiu de tirar até que autorizasse, mas sabia que Lionel  se cansaria antes de receber uma autorização.

Achando graça da atitude de preocupação de sua esposa, Lionel  subiu os pequenos degraus até a porta a abrindo e inspirando profundamente aquele ar aconchegante de seu lar, mesmo em alguns momento havendo  cogitado ficar longe daquele lugar, era inegável que a distancia o fizera sentir falta daquele cheiro habitual .

—Lionel  – proferiu quase em um grito de alegria Olga ao vê—lo

Cautelosamente ela o abraçou , recebendo um meio abraço de volta, afinal Lionel  estava com apenas um braço disponível, mas seu sorriso demonstrava a alegria de retornar a casa e rever seus entes queridos.

—Senti falta da sua comida Olga – afirmou, recordando o sabor ou a falta de sabor das refeições no hospital –E de você —completou rapidamente

—Pois saiba que já estou preparando um de seus pratos prediletos – afirmou, recebendo um olhar curioso como resposta – Sopa asteca – completou com um sorriso nos lábios.

—Hummm – gemeu de prazer ao pensar naquele prato – Já abriu meu apetite—revelou com um sorriso nos lábios .

—Preparou tudo como pedi Olga? – indagou Olívia assim que ambos pararam de falar sobre comida .

—Sim senhora – assentiu a governanta – Agora deixa eu atender minhas panelas – afirmou regressando a cozinha.

Lionel  esboçou um suave sorriso ao ver Olga retornar a cozinha, se pondo lentamente a caminhar em direção as escadas, sem deixar de ouvir os passos de sua esposa o seguindo, subiu os degraus com cuidado e com a mão agarrada no corrimão de madeira, pois temia perder seu equilíbrio devido ao fato de ter somente um braço disponível.

—Pedi que a Olga arrumasse o quarto principal para você – murmurou Olívia meio receosa , assim que alcançaram o topo da escada , recebendo como resposta apenas um olhar curioso por aquela atitude – Acho que você ficara melhor acomodado lá , com suas coisas, sem mencionar que é mais espaçoso e a cama é mais confortável – explicou rapidamente – Algum problema ?—indagou buscando saber se o havia desagradado .

—Não—respondeu suavemente, mantendo o olhar curioso – Nenhum problema – completou  logo alcançando a maçaneta da  porta da habitação .

Com uma expressão tranquila, mas feliz por fim estar em casa , caminhou até a cama, logo sentando—se e jogando seu tórax para trás, com um sorriso nos lábios e as pálpebras cerradas.

—Senti falta de uma cama macia – murmurou , soltando um longo suspiro, como se buscasse relaxar seu corpo .

Olívia colocou as coisas dele no canto no quarto, se pondo a fitar a cena singela, até engraçada, pois jamais havia imaginado o quão insatisfeito seu marido poderia ser, sem mencionar as inúmeras reclamações de tudo no hospital, como a cama, comida e banho , na qual tinha a ajuda de um enfermeiro, que Lionel  deixava claro o desagradar aquela ajuda que considerava desnecessária ,  mas não sabia se  o considerava assim por ser um homem ou por realmente achar desnecessária .

Fitando a cena, pousou sua pequena bolsa no sofá em frente a porta que dava para a sacada, curiosamente fitou parte de dentro de sua bolsa, observando uma luz se acender, rapidamente levou sua mão dentro , encontrando seu celular vibrando , devido ao fato de estar recebendo uma chamada, mas era uma chamada de um numero desconhecido o que a fez estranhar e não sentir necessidade de atender, pois o mais curioso era que aquela não era a primeira vez que a pessoa ligava .

—Algum problema? – indagou Lionel , podendo ver uma expressão distinta no rosto de sua esposa.

—É – murmurou ela, levando seu dedo ao botão na extremidade do aparelho e silenciando a vibração – Nenhum – afirmou, esboçando um suave sorriso em seus lábios,  buscando evitar uma discussão ou preocupação desnecessária sobre aquele fato.

Preferindo voltar sua atenção a aquele momento a sós que era estranho para Olívia, pois era o primeiro momento em que ambos encontravam—se realmente a sós, sem médico , enfermeiros ou visitas , agora era somente os dois, o que a perturbava , ao mesmo tempo que agradava, sim era confuso , mas aquele homem a confundia constantemente.

—Necessito de um banho decente – murmurou Lionel , sentando seu corpo na cama e fitando Olívia .

Aquela afirmação causou uma paralisia em Olívia, afinal ela era a única pessoa disponível para  ajuda—lo , pois Olga não era uma opção e não existia outra, mesmo sendo um ato de cuidado, a perturbava a ideia de ver seu marido desnudo e principalmente ter que lava—lo .

Lentamente Lionel  se pôs a tirar a tipoia , esticando seu braço , como se aquele gesto aliviasse um pouco a tensão e dor , logo agarrando a ponta da camiseta e a tentando puxar com certa dificuldade, pois só tinha uma mão e o outro braço não poderia levantar.

—Eu o ajudo – prontificou—se Olívia, caminhando até ele e puxando a camiseta facilmente , deixando seu tórax desnudo, apenas coberto com um curativo que escondia os pontos.

—Obrigado – agradeceu a fitando com um suave sorriso nos lábios .

—Deixa eu tirar isso antes – murmurou levando seus olhos até o tórax de seu marido , levando suas pequenas mãos até o curativo que escondia os pontos, o tirando delicadamente , revelando aquela pequena cicatriz , com fio preto que deixava a pele um pouco vermelha . 

Assim que tirou, ousou fitar Lionel , podendo encontrar os olhos dele a fitando com uma expressão distinta , mas serena , seus olhos brilhavam e um meio sorriso se formava em seus lábios .

—Se for um incomodo para você não precisa me ajudar a tomar  banho – murmurou a fitando serenamente – Eu me viro sozinho – afirmou

Apesar de querer dizer sim a aquela proposta, sabia que seria egoísta e irresponsável permitir que seu marido se banhasse sozinho , por isso mesmo contrariando seu interior, não a aceitou .

—Prefiro não correr o risco  de seus pontos se abrirem – murmurou, em um tom suave, evitando transparecer o incomodo que era aquela situação .

Lionel  nada respondeu, apenas lançou um olhar de agradecimento a Olívia, com um suave sorriso nos lábios se pôs em pé , caminhando em direção ao banheiro, pode notar certa hesitação nos passos de sua esposa, mas mesmo a contragosto não estava em condições de recusar ajuda naquele ato e apenas tomar um meio banho , correndo o risco de ficar com um odor semelhante a cachorro molhado .

Dificultosamente ele se desfez de seus sapatos e em seguida de sua calça e cueca, ficando completamente nu, com o canto dos olhos fitou sua esposa parada na porta, como se ainda estivesse pensando em reconsiderar sua proposta .

A visão de seu marido desnudo era perturbadora, aquelas costas largas, que descendo os olhos era inevitável não fitar suas perfeitas nadegas, chegando as longas pernas , temia, pois só a parte de trás daquele corpo a fazia sentir—se envergonhada, ao mesmo tempo que uma pequena excitação percorria seu corpo, uma excitação que despertou seu libido e a fez sentir seu pequeno órgão de estimulação, seu clitóris despertar .

Inspirando profundamente o ar, cerrando suas pálpebras em busca de auto controle e concentração , tentou acalmar seus sentimentos , melhor a alteração de seu libido e acalentar sua luxuria .

Saiu daquela busca de autocontrole assim que ouviu a agua do chuveiro cair sobre o piso de lajota que revestia o chão do pequeno box , infelizmente era tarde para um possível recuo, apenas usando o pretexto de dar um tempo para que ele molhasse seu corpo , mas na verdade era um momento em que ela buscava manter seu autocontrole intacto em seu interior .

Lentamente, com seus passos propensos a um recuo caminhou até o box de vidro, pousando sua mão sobre a pequena maçaneta redonda na porta, inspirando profundamente o ar e tendo certeza que se manteria segura, abriu a porta , revelando o belo corpo desnudo e molhado de seu marido .

Firmemente e objetivamente obrigou seus olhos curiosos a não caminharem por aquele corpo, mantendo um limite onde somente caminhava até o tórax daquele homem, evitando cair em tentação, uma tentação inapropriada a se ceder pelo simples fato dele estar enfermo .

—Me passa o shampoo – pediu, proferindo as primeiras palavras em um tom rouco , demonstrando uma fraqueza .

Lionel  obedientemente agarrou o frasco de shampoo, entregando a sua esposa, que objetivamente despejou o conteúdo em sua mão, logo encontrando a cabeça inclinada de seu marido para frente, como se esperasse para que ela iniciasse sua tarefa.

Olívia cerrou suas pálpebras demoradamente, logo levando suas mãos até as macias madeixas de seu marido e as ensaboando , em um movimento suave e até gostoso, sem empregar muita força .

—Pronto – anunciou em um murmúrio, limpando suas mãos na toalha pendurada ao seu lado .

Enquanto Lionel  se pôs a enxaguar suas madeixas, tirando todo o shampoo com apenas uma mão , Olívia obrigou a se concentrar naquele ato, evitando qualquer curiosidade de seu libido .

Sem proferir palavra algum , Lionel  terminou de enxaguar suas madeixas, logo agarrando a pequena barra de sabão e entregando a Olívia, que prontamente a agarrou , engolindo com certa dificuldade a saliva, pois estava prestes a ensaboar o tórax de seu marido, uma região que jamais houvera tido a oportunidade de explorar com calmaria .

Temerosamente ela pousou o sabonete sobre o tórax definido de seu marido, descendo levemente do ombro até os pontos, onde ensaboou com um extremo cuidado, deu graças a aquele momento que exigiu sua cautela, pois evitou que seu libido se atiçasse.

Contudo cautela que não durou muito, pois assim que terminou aquela área deslizou o sabonete pelo lado oposto , por fim sumindo com sua cautela a permitindo sentir aquela pele quente na ponta de seus dedos, como era perturbador estudar com tamanha atenção a anatomia de um corpo masculino, ainda mais um corpo que a atraia , sem pressa alguma deslizou até o abdômen , não era totalmente definido, mas possuía suaves definições que aos olhos de Olívia era perfeito, sem ser horrendo ou exagerado , estava se tornando difícil manter seus olhos acima do quadril dele, estava se tornando impossível aquela tarefa .

Em um momento impetuoso de sanidade, como se seu autocontrole retornasse , levou seu olhar até os olhos verdes  a sua frente, olhos que a fitavam com uma expressão curiosa, como se indagasse até onde ela chegaria ou se ansiasse para que ela prosseguisse com aquela exploração.

—Vo...—murmurou cerrando lentamente sua pálpebra em busca de palavras – Você lava o restante ? – indagou quase em uma suplica, fazendo gesto com os olhos para baixo , se referindo ao restante.

—Sim – respondeu prontamente Lionel  agarrando o sabonete – Obrigado— agradeceu dando as costas a sua esposa.

Olívia apenas conseguiu fechar a porta do box e rapidamente limpar suas mãos, por fim foi capaz de proferir um longo suspiro, sentindo—se aliviada por aquela situação perturbadora haver acabado, mas ainda sentia certa excitação em seu corpo .

Seus ouvidos ficaram atentos ao barulho da agua que caia sobre o piso, pois sabia que assim que cessasse , necessitaria de todo seu autocontrole para terminar aquela tarefa excitantemente torturante, poderia parecer incrível a excitação se tornar tortura, mas em seu caso era uma tortura não poder ou não tem o despudor de saciar o que seu libido ordenava a gritos, gritos de suplica  que apenas alteravam seu corpo e sensibilidade, sensibilidade principalmente de seus órgãos sexuais sensoriais, como o órgão em meio a suas pernas e os pequenos mamilos de seus seios .

Perturbadoramente o barulho da agua cessou, apenas observando a porta se abrir e a mão de Lionel  agarrar a toalha branca pendurada ao lado, pode notar certa demora, mas não fez questão de se pronunciar oferecendo ajuda .

Tão logo seus olhos prestam atenção na porta que lentamente se abriu do box, institivamente seus olhos buscaram fitar o ponto mais alto, sem ser tão alto assim, enquanto seus pulmões a obrigam inspirar profundamente o ar .

—É gratificante tomar um banho descente – murmurou Lionel , levando seu olhar até a mulher a sua frente .

Ela fitou os olhos dele, descendo cautelosamente sobre aquele tórax molhado, para sua sorte encontrou uma toalha antes de chegar ao limite que havia posto mentalmente para não fitar, podendo por fim relaxar perante aquela situação.

—Você consegue se vestir sozinho? – indagou curiosamente, temendo uma resposta negativa que poderia ser a ruina de seu autocontrole .

—Sim—murmurou com um sorriso nos lábios, vendo certo desconforto nos olhos de sua esposa.

—Então enquanto você se veste vou arrumar as coisas para o curativo – afirmou, se voltando de frente para a pia de mármore, reunindo as coisas necessárias.

Lionel  lentamente passou por ela, se dirigindo até o closet, mesmo odiando ajuda era divertido ver sua esposa demasiadamente encabulada com aquela situação, para ele era estranha aquela mudança de situação, rotina e comportamento, pois por fim estava vivendo parte do casamento sonhado, claro sem amor, demonstração de carinhos ou gestos do gêneros, todavia algo preenchia seu interior, um calor preenchia seu tórax, algo que o fazia sentir vontade de ficar sorrindo tal qual um tolo, com o simples fato de ter aquela mulher tão próxima, sentimentos que eram insólitos em seu interior, mas sentimentos bons que o faziam sentir vontade de explorar, mesmo correndo o risco de ficar completamente insano e deixando que todo o ódio e sentimento de vingança se esvaíssem entre seus dedos e fossem consumidos por aquela curiosidade.

Trajando apenas uma calça de moletom azul escuro , Lionel  retornou ao banheiro, com seu tórax desnudo, carregando em suas mãos a toalha , sem fazer nenhum ruído adentrou o banheiro, encontrando sua esposa atenta as coisas que colocava em cima do mármore, foi inevitável não esboçar um tímido sorriso nos lábios assim que a fitou, tão atenta e bela , se estivesse em condições ou em sua sã consciência, sem efeitos de remédios , certamente agarraria aquela mulher e a beijaria incansavelmente , sentindo a doçura daqueles lábios que tanto sentia falta , mas preferiu afastar aquela ideia ou necessidade, pois não queria correr o risco de regressar a relação deles, retornando as incansáveis brigas e discussões que tanto o esgotavam, necessitando assim de tranquilidade e autocontrole, ou seja necessitava controlar o instinto primitivo que aquela figura feminina lhe provocava .

—Pronto – murmurou, caminhando até ela e pousando a toalha sobre a pia , recostando seu corpo nela.

Prontamente os olhos de Olívia alcançaram os dele, o fitando ternamente e satisfeita pelo simples fato dele encontrar—se vestido , sem maiores riscos.

Habilmente ela agarrou um pedaço de algodão , passando iodo , lentamente , com os olhos fixos em seu objetivo levou o algodão sobre os pontos, os limpando cautelosamente.

Pode ouvir um gemido escapar pelos lábios cerrados de Lionel , a obrigando levar seus olhos de encontro com a face dele que possuía uma  expressão de dor.

—Te machuquei? – indagou prontamente preocupada

—Não – respondeu prontamente – É que arde e ainda dói um pouco – murmurou, mantendo a expressão de dor .

—Já estou acabando – afirmou, jogando o algodão e agarrando um pequeno pedaço de gaze , colocando sobre os pontos e prendendo com fita – Pronto – afirmou, levantando seu olhar.

Foi perturbador encontrar aqueles olhos verdes a fitando tão ternamente, uma ternura tão suave, com um misto de agradecimento, algo que a deixava extremamente incomoda .

—Obrigado – agradeceu suavemente, fitando cada detalhe do rosto da mulher a sua frente .

—É – murmurou Olívia encabulada, abaixando seu olhar prontamente – De nada – respondeu inspirando o ar e se afastando dele.

Lionel  apenas ficou a fitando, observando ela arrumar as coisas ou usando aquilo como desculpa para fugir do incomodo que ele lhe causava, o qual tinha consciência a tempo .

—Acho bom você colocar uma camiseta – afirmou ela, voltando a fita—lo

—Sabia que me incomodam tantas ordens e cuidados – afirmou, revirando os olhos, expressando seu desgosto .

—Você só gosta de dar ordens – afirmou,  pois ela era sempre alvo das ordens dele – Surpreendente é  para um filho homem  que normalmente é extremamente mimado pela mãe não gostar de cuidados  – afirmou, em uma constatação logica que na maioria das vezes era verídica .

Mas pode perceber a expressão de Lionel  se fechar com aquela afirmação, como se não tivesse gostado de suas palavras, ao mesmo tempo em que certa melancolia tomou conta de seus olhos  verdes .

—Vou me vestir – respondeu em um tom sério, saindo rapidamente daquele ambiente.

Olívia prontamente o seguiu, achou estranha a reação dele, causando certa preocupação nela de haver proferido alguma palavra indevida ou falsa.

—Disse algo errado? – indagou o fitando trajar uma camiseta na cor cinza

—Não – murmurou sério, agarrando a tipoia e a colocando em seu braço

—Lionel  – proferiu ela em um tom sério, recordado de um assunto que ambos haviam deixado esquecido, melhor ela havia esquecido por ele ordenar – Você disse que não era da minha conta seu passado , mas creio que depois de tudo que passamos não há espaço para segredos e mentiras – afirmou calmamente o fitando – A menos que queira que continuemos duvidando um do outro ou discutindo sobre falsas percepções que criamos e que podem ser um problema para o futuro – comentou serenamente, caminhando em direção ao homem parado em meio ao quarto – Você disse que estaremos juntos até que a morte nos separe , ou seja estaremos juntos por um longo tempo, tempo demais para que continuemos alimentando essas mentiras e segredos – terminou o fitando com um olhar de súplica , como se ansiasse que ele revelasse seu passado que tanto escondia – O que tão horrendo tem em seu passado? – indagou, buscando compreender a situação – O que tem medo de me contar?—indagou, mantendo o olhar curioso e suplica .

Lionel  apenas a fitava com melancolia e uma pequena irritação por tamanha insistência  , mas atento a cada palavra, como se estivesse avaliando o quão certa sua esposa estava ou procurando se convencer disso, mesmo não estando convencido, inspirou profundamente o ar, abaixando seu olhar, fugindo daqueles olhos castanhos curiosos.

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