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Você Não Pode Protegê-los | Capítulo Dezenove

Sara não havia pensado muito sobre as flores na estufa, então se surpreendeu quando Lena lhe entregou um colar com uma pétala branca e brilhante no pingente.

— Extraí o que pude das pétalas em um óleo, toda a energia das outras flores estão aí, no líquido em que a pétala está flutuando — explicou ela, e Sara observou o pingente delicado, impressionada.

Era de vidro e tinha o formato de uma gota de água, a pétala flutuava no meio do pingente, imersa em um líquido translúcido que refletia o brilho esbranquiçado. Parecia viva e brilhante, mesmo separada do caule há algum tempo.

— Ficou lindo, muito obrigada — agradeceu, pasma pela delicadeza do colar e hipnotizada pela beleza do pingente. Lena sorriu daquele modo simpático, Sara sentiu a joia vibrar energia em sua mão.

— Tente prestar mais atenção depois de colocá-lo, procure por sinais e coisas que possam te guiar — aconselhou ela, enquanto Sara levava a corrente ao pescoço, junto do relicário com as fotos das crianças. Uma sensação suave percorreu seu corpo, acalmando os músculos. — Se seu guardião está tentando se comunicar com você, então deve estar por perto — complementou a garota.

Sara ainda estava perplexa quando Lena lhe deixou sozinha no próprio quarto, encarando o colar com incerteza. Se encolheu no sofá, observando a escrivaninha e lembrando-se de que havia encontrado um álbum de fotos na gaveta. Inclinou-se um pouco para pegá-lo, já que a mesinha ficava ao lado do sofá.

Tudo em seu quarto parecia ser feito de madeira escura e maciça, percebeu. A escrivaninha era um belo móvel antiquado, assim como a cama.

Abriu o álbum e começou a folheá-lo rapidamente, passando os olhos pelas fotografias até que uma lhe prendeu a atenção. Era uma foto de Cassandra segurando um bebê, encarado a criança com um olhar tão carinhoso que Sara sentiu um aperto no peito.

Era a única foto que tinha com ela, mas desejava ter mais recordações de sua mãe biológica. Queria saber como foram seus últimos dias, se estava aterrorizada, se havia lutado até o final, ou se havia tentado fugir para sobreviver. Era estranho pensar que era recém-nascida quando ela havia morrido tão tragicamente.

No final, Cassandra era apenas mais uma vítima de Lúcifer, Sara não podia imaginar todo o desespero dela ao descobrir a verdade sobre quem ele era. Só havia lhe sobrado o Campbell como herança, achava que usar o sobrenome dela era uma maneira de mantê-la mais perto de si, de dizer que Cassandra era lembrada.

Considerou se fora ela que fizera as flores desabrocharem, se era ela quem estava lhe protegendo e era a guardiã que Lena tanto falava. Era reconfortante pensar nisso, mas não queria alimentar as esperanças.

Ao lado da foto com Cassandra, havia uma foto sua com Eric. Não pôde deixar de comparar as duas fotos, perceber como eram parecidas. Tinha os mesmos cabelos negros e a mesma pele pálida de Cassandra.

Observou Eric, seus cabelos escuros e olhinhos brilhantes. Por alguma razão, lembrou-se do menininho que havia lhe alertado sobre Azazel, aquele menino pequeno e todo vestido de branco. O vira por poucos segundos, mas o suficiente para lembrar-se dos cabelos escuros e das bochechas rosadas, tão parecidas com as de Eric.

Sara levou a mão até o colar quando ligou os fatos, trêmula.

Sentia uma pressão horrível no peito, tentou suprimir toda a expectativa, porque seria doloroso demais criar esperanças e descobrir que nada daquilo era real. Já havia feito aquilo tantas vezes, se machucado tantas vezes com falsos sinais...

— Eric? — murmurou baixinho, então esperou por qualquer sinal.

O silêncio congelava o mundo ao seu redor, tudo extremamente calmo. Fechou os olhos, buscando qualquer sensação, qualquer coisa que denunciasse a presença dele ali. Esperou e esperou, apertando o colar que Lena lhe dera entre os dedos.

Algo dentro de si doía com a expectativa, lhe sufocando aos poucos. Sara suspirou e tirou o colar depois de um tempo, exausta e frustrada. Era estupidez acreditar que havia alguém tão puro lhe guiando e protegendo.

« ♡ »

— O que houve? — Arthur baixou a lâmina pela terceira vez, interrompendo a luta. Sara revirou os olhos e sentiu os pés afundarem no tatame azul, impaciente.

Não estavam no salão de armas hoje, lutavam em outro cômodo reservado para treinamentos. Era um salão gigantesco com paredes compostas por vitrais coloridos e o chão inteiro forrado pelo tatame. Toda a luz vinha dos vitrais e não existia um teto ali, o salão se expandia para uma imensidão branca e infinita ao se olhar para cima.

— Se você parar o treinamento toda vez que eu aparento não estar bem e ajo estranho, nós nunca vamos treinar — retrucou, levantando as sobrancelhas de maneira desafiadora. Já havia melhorado muito com seus poderes, mas continuava treinando com Arthur porque isso lhe distraía e lhe dava um propósito para sair do quarto além de ficar com Lena.

Adorava a estufa, mas não se dava bem com botânica e preferia se dedicar aos seus novos poderes.

— Se você não estiver bem o suficiente para treinar, nós não vamos ter progresso algum — retrucou Arthur, sem dar ouvidos as suas reclamações. Sara fez um ruído impaciente, cruzando os braços e tomando cuidado com a adaga que estava segurando.

— Eu já saí do meu quarto e parei de me esconder, não é progresso suficiente pra você? — Arthur suspirou baixinho, hesitando antes de responder. Ela surpreendeu-se, porque ele sempre parecia ter uma resposta insistente na ponta da língua. Era irritante.

— Me desculpe por pressionar e insistir tanto, eu só... — começou Arthur, levantando o olhar para lhe encarar. — Já estive nesse mesmo lugar, não é muito fácil sair — confessou. Sara sentiu um aperto no peito, aquecendo-a com certa gratidão.

Arthur podia ser insistente e agir como se tivesse todas as respostas do mundo, mas só estava tentando lhe ajudar, lhe empurrar para sair da bolha de desespero em que havia se enfiado. Não conseguiria fazer isso sozinha, sem ele insistindo nos treinamentos.

— É bom ter alguém me empurrando quando preciso, Lena também não me deixa em paz — disse, com uma risada baixa. Desde o dia da estufa, ela insistia em lhe mostrar a dimensão, tentando lhe animar e lhe tirar do quarto.

Arthur assentiu, rindo também. Trocaram mais algumas palavras e estavam prontos para voltar o treino, mas ele percebeu que havia esquecido as novas espadas que testariam hoje.

Esperou sozinha no salão enquanto ele buscava as lâminas, incomodada com o silêncio.

Tudo ali era tão pacífico que já deveria estar acostumada, mas o silêncio lhe deixava sozinha com seus pensamentos, disparando sua ansiedade. Silêncio nunca era uma coisa boa quando a mente continuava voltando para um ciclo vicioso.

Eric em seus braços. As discussões com Liam. Todos os anos tentando não enlouquecer com os pesadelos, as crises de ansiedade, lidando com tudo aquilo. Apertou o relicário no pescoço, esperando que as lembranças de Noah e Bethany lhe trouxessem alguma clareza, acalmassem os pensamentos desesperados.

Depois de algum tempo, resolveu sair dali para encontrar Arthur, antes que toda aquela crise lhe engolisse. Atravessou o tatame e colocou as sapatilhas antes de sair, deixando a adaga para trás quando empurrou as portas de madeira.

Uma onda de tontura lhe atingiu, fazendo-lhe hesitar e se apoiar na porta. Fechou os olhos quando um calafrio subiu da base da coluna, o corpo inteiro estremecendo. Outra uma onda de tontura fez tudo girar, como se fosse repentinamente carregada por um tornado.

Apertou a mão contra a madeira da porta, tentando se apoiar.

— Você teria tempo de fazer o trabalho se não ficasse tocando bateria até as duas da manhã — disse uma voz, ao mesmo tempo que aquela vertigem se acalmou aos poucos. Sara piscou lentamente, demorando para assimilar a cena quando abriu os olhos.

Não estava no corredor de mármore, estava parada na porta da cozinha de Liam, um lugar familiar depois de todos os anos que haviam morados juntos. Bethany estava sentada na ponta da mesa, com uma xícara fumegante nas mãos, Noah estava ao lado direito dela, debruçado sobre a mesa com outro garoto de cabelos escuros ao seu lado.

Por um segundo, achou que fosse Nicholas, mas ele levantou a face e Sara recuou, batendo contra a parede. Era parecido com Bethany, tinha os olhos atentos de Liam, mas herdara seu formato delicado de rosto.

— Papai não teria colocado o isolamento acústico na garagem se eu não pudesse tocar de madrugada — reclamou Noah, mas Sara estava tão entorpecida que mal ouviu aquilo. Seu olhar estava congelado no menino de cabelos escuros e óculos, debruçado sobre um caderno aberto.

— Foi mais para os vizinhos não nos processassem, mas acredite no que quiser — respondeu Bethany, dando de ombros e bebendo o café. O menino de óculos riu, Noah abriu a boca para protestar, mas foi interrompido.

— Volte para o Shakespeare, por favor — disse o garoto de cabelos escuros, com uma caneta nas mãos. Noah parecia impaciente, mas voltou-se para o caderno. — Você não pode entregar um trabalho sobre inglês moderno que foi claramente copiado do Wikipédia — complementou, revirando os olhos enquanto rabiscava a folha com a caneta e escrevia alguma coisa por cima. — Isso deve salvar alguma coisa, passe a limpo depois e...

— Isso não é o que você está pensando — exclamou o loiro.

Sara ainda estava olhando para o outro menino, mas então percebeu que Noah lhe encarava com os olhos arregalados. Bethany olhava para o caderno em cima da mesa, tentando não rir.

— Se você está pensando que Noah esqueceu mais um trabalho e Eric está tentando salvar o plágio dele... — começou ela, rindo enquanto bebia mais um gole do café fumegante. — Então sim, é o que você está pensando — complementou, recebendo olhares traídos dos dois irmãos.

Sara não conseguiu reagir, os três continuavam lhe encarando, sentados na mesa como em qualquer café da manhã normal. Sentiu que podia vomitar, ou desabar ali mesmo. Perdera as contas de quantas vezes brigara com Noah por causa dos trabalhos não feitos.

Sentiu duas mãos lhe envolvendo por trás, braços rodeando sua cintura em um gesto protetor. Viu a aliança, reconheceu aquelas mãos familiares e falseou por um momento, querendo desabar nos braços de Liam, enterrar o rosto em seu peito e soluçar, sabendo que ele estaria ali caso desabasse.

Antes que pudesse sentir as lágrimas escorrendo, ele lhe puxou para mais perto, aproximando os lábios de seu ouvido.

— Dói, não é? Ver toda a família que você sempre desejou, todos os planos feitos... — sussurrou Liam, fazendo com que um calafrio se espalhasse por sua pele. Sara estremeceu, congelada os braços dele, sentindo-se zonza.

Era a voz de Liam, mas ao mesmo tempo não era.

— O que você quer? — murmurou, prendendo a respiração e deixando o silêncio congelar tudo. Sentia a energia demoníaca de Mamon ao seu redor, roçando sua pele como plumas ameaçadoras, navalhas prestes a lhe perfurar.

— O livro — disse ele. — Eu quero o livro e você vai entregá-lo para mim, te encontrarei quando o tiver em mãos. Não pense em pedir ajuda para os querubins, ou tentar avisar qualquer pessoa. Isso é entre nós dois, se você não aparecer sozinha... — sussurrou, e mais uma onda fria pairou no ar quando ele apertou os braços ao seu redor.

Bethany, que até então estava parada, começou a tossir repentinamente, curvando-se para frente. Sara arregalou os olhos, contendo a vontade de correr até lá. Sangue escorria por seus lábios finos e pálidos, deixando um rastro carmim em seu rosto.

Uma espada atravessava seu corpo, percebeu. Noah também falseou, a camisa se enchendo de sangue enquanto ele empalidecia visivelmente. Um tiro, provavelmente. Ele desabou sobre a mesa antes que pudesse ver melhor, o sangue pingava sem parar no piso branco.

Sara desviou o olhar, sem suportar ver aquilo, tentando lembrar a si mesma de que eram ilusões.

— Você não pode protegê-los daqui, então sugiro que faça o que eu digo. Se abrir a boca para falar com qualquer um sobre o livro, essas serão as consequências, entendeu? — disse Mamon, e Sara só queria se livrar daqueles braços ao seu redor, enojada.

— Sim — disse, quase sem voz.

Mais uma onda de tontura lhe tirou o equilíbrio, o frio adentrando sua pele como chuva gelada. A cozinha começou a se desfazer aos poucos, a luz branca do corredor de mármore ofuscou sua visão.

Piscou algumas vezes, as pernas cederam naquele vendaval. Deslizou contra a parede, os olhos se fechando. Ficou encolhida ali, aquelas imagens se repetindo em sua mente: Bethany e Noah, o sangue, Eric...

— Sara? O que aconteceu? — A voz de Arthur lhe fez abrir os olhos e levantar a face, piscou algumas vezes, encarando o olhar preocupado dele. Estava encolhida no chão do corredor, afinal.

— Eu preciso do livro de Mamon.

« ♡ »

Levou o livro para o santuário, dizendo para Arthur que pretendia estudá-lo.

Elisa havia comentado que aquele era um lugar puro e protegido, então estaria a salvo de Mamon enquanto estivesse ali. Apenas por precaução, camuflou a própria energia para evitar que ele lhe encontrasse, ocultando o livro também.

Permitiu-se desabar sobre um dos bancos de madeira maciça, a mente girando.

O santuário tinha um aspecto cavernoso, suas paredes eram esculpidas em quartzo translúcido e a luz das velas dançava sobre as pedras, projetando seu brilho alaranjado pelo padrão geométrico dos cristais.

Olhou para o livro grosso em seus braços, imaginando quais respostas poderia encontrar ali. Aquele menino em seus sonhos havia dito que o livro lhe ajudaria com Azazel, então perderia essa vantagem se o entregasse para Mamon.

O livro poderia ser uma arma contra Mamon e Azazel. Poderia lhe ensinar mais sobre seus poderes de regente infernal. Se entregasse o livro, entregaria sua única vantagem e provavelmente seria encarado como traição pelos querubins.

Suspirou baixinho, levantando o olhar. Algumas plantas trepadeiras subiam pela parede do altar, dando a sensação de que era inteiramente formada pela vegetação. Levantou-se e foi até lá.

O altar era uma mesa de madeira com dois pedestais de cada lado, as velas queimando com chamas altas e firmes. A mesa era simples e tinha uma toalha branca por cima, esperando para ser usada.

Colocando o livro sob o altar, Sara ponderou sobre o que fazer. Abriu o livro e começou a folhear, tentando entender aquela linguagem complicada. Talvez Clarissa conseguisse desvendar os padrões linguísticos codificados, mas os desenhos e letras não faziam sentido algum para Sara.

Sem saber como prosseguir, pensou em Bethany e Noah, em como colocaria os dois em risco se não entregasse o livro.

— Você não pode protegê-los para sempre, eles precisam lutar as próprias batalhas — ecoou uma voz infantil, tão suave que parecia um sussurro. — Noah e Beth vão ficar bem, eles têm outras pessoas para protegê-los — continuou. Sara congelou, entorpecida demais para conseguir se mover, sentido que cairia aos pedaços caso tentasse.

Lentamente, levou a mão ao bolso da calça, a ponta dos dedos encontraram o amuleto que Lena lhe dera. Não estava ali antes, mas Sara não se surpreendeu ao puxar o colar, percebendo que ele brilhava levemente, a pétala branca emitindo uma luz branca e suave.

Apertou o colar com força antes de se virar, como se pudesse tirar suas forças dali.

Encarou o menino parado no centro do santuário, observou seus pezinhos descalços e roupas brancas resplandescentes, brilhando como as flores brancas da estufa. Parecia ter no máximo oito anos, tinha os mesmos cabelos bagunçados do sonho, os mesmos olhos escuros que lembravam os de Liam.

Sara o encarou, absorvendo aquele momento, observando cada detalhe dele e guardando para si. Tinha seus traços delicados, sua pele pálida e cabelos negros, mas os olhos eram de Liam.

Andou até ele, o menino sorriu levemente. Aquilo lhe deixou dividida entre uma profunda sensação de alívio e dor, tudo se misturando em uma onda sufocante que quase lhe derrubou.

Ajoelhou-se na frente do garotinho, sentindo as lágrimas escorrerem. Quase se desfez quando o abraçou.

— Me desculpe — gaguejou, a voz falhando enquanto o sentia em seus braços, trazia-o para mais perto. Desejou que aquele abraço nunca acabasse, que pudesse passar uma eternidade com ele ali, em seus braços, tendo certeza de que seu menininho estivesse seguro junto de si.

— Por que? — perguntou Eric, se afastando o suficiente para lhe encarar com aqueles olhinhos genuinamente confusos. Tão puro, percebeu. Não parecia haver qualquer gota de maldade, ironia, ou qualquer complexidade humana ali.

— Eu... — começou, totalmente despreparada. Me desculpe por ter falhado com você. Por não ter conseguido te proteger. Me desculpe por tudo. Por Lúcifer. Por ser quem eu sou. Por não ter sido boa o suficiente para te salvar.

Não conseguiu encontrar palavras, mas Eric lhe olhou no fundo dos olhos como se entendesse.

— Você me amou. Você me amou o tempo inteiro, nunca me deixou — disse ele, levantando a mão e lhe tocando delicadamente na bochecha. Eric limpou uma lágrima escorrida, sorrindo de maneira reluzente. — Eu sempre estive aqui, você só não podia ver — complementou, naquele tom suave e infantil que lhe deixava completamente vulnerável.

— Perder você foi a coisa mais difícil pela qual já tive de passar — sussurrou, abraçando-o novamente. Sentiu os bracinhos dele retribuindo seu abraço, uma onda de energia calmante e calorosa lhe envolvendo como um cobertor.

Eric estava sorrindo quando se afastou para lhe encarar, pousando a mão em seu rosto. Sara fechou os olhos por um momento, sentindo o toque dele, a mãozinha pequena limpando suas lágrimas.

— Você não pode entregar o livro. É a decisão mais fácil a curto prazo, mas não vai protegê-los para sempre — advertiu Eric. Era um tanto estranho ouvir tanta clareza em uma voz infantil, vê-lo falando com tanta propriedade sobre um assunto tão distante da realidade que havia desejado para seu filho.

Aquilo doeu em seu peito, mas segurou as lágrimas e tentou desfazer o nó na garganta.

— Eu sei, preciso acabar com Mamon de uma vez por todas — falou, e Eric assentiu com a cabeça, os olhinhos cheios de seriedade. Não pareciam olhos de criança, mesmo com toda a inocência que via ali.

— Ele tem parte do exército de querubins, está pronta para lidar com isso? — advertiu, e Sara hesitou por um momento, considerando toda a batalha que estava prestes a iniciar. Inspirou fundo para tomar coragem, ligando os pontos em sua mente.

Por fim, assentiu para Eric.

— Eu tenho um plano, mas preciso da sua ajuda.

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