Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Professora Substituta | Capítulo Dezoito

— O que você está fazendo aqui? — perguntou Elisa, sem saber por onde começar. Queria perguntar sobre a energia demoníaca irradiando dela, sobre Lilith, mas pareceu mais urgente entender o que ela estava fazendo ali, sentada no sofá de uma biblioteca em uma fenda dimensional fantasma.

— Asmodeus — disse ela, como se isso explicasse tudo. — Ele queria que eu retirasse a marca de Lilith de Sara, então foi o que fiz. Longa história, mas agora tenho poderes e estou aqui para resgatar a espada de Lúcifer. Falei com Clarissa, então combinamos eu te encontraria. — Elisa assentiu, compreendendo quando Clarissa dissera que saberia para onde ir. Ela sabia que Aislinn lhe encontraria para lhe dar mais informações.

— Você e Asmodeus estão trabalhando juntos? Ele está por trás disso? — perguntou, um tanto desconfiada. A presença dele ainda lhe revirava o estômago, Asmodeus nunca parecia boa notícia.

Aislinn negou, o rosto um tanto pálido e tenso.

— Ele está interessado em parar os planos de Mamon, não quer guerra, então achou que eu seria perfeita para encontrar a espada e passar despercebida — relatou, o tom duro e um tanto contido. Elisa viu um vislumbre feroz de raiva brilhar em seus olhos. — Estou o ajudando, mas não diria que estamos trabalhando juntos — complementou, e Elisa queria perguntar mais sobre aquilo, sobre a energia demoníaca e o sumiço, mas precisava focar nas questões mais práticas por enquanto.

— E a espada? Do que se trata? — pediu, querendo entender mais sobre o que precisaria procurar.

— É a versão contrária à espada de Miguel, a que foi usada no combate original. Clarissa não conseguiu descobrir muito sobre isso, mas Azazel e Lúcifer tinham algum tipo de acordo sobre a arma. — Elisa sentiu um calafrio, desviando o olhar para as estantes fantasmagóricas e querendo confirmar que estavam sozinhas. — É a única poderosa o suficiente para quebrar um elo demoníaco. Se fizermos isso, Mamon e Azazel ficam sem nada.

— Você tem alguma ideia de onde está? Por que estaria em uma fenda como esta? — perguntou, um tanto confusa. A menos que Azazel tivesse a arma, era mais provável que a espada estivesse na dimensão infernal, não em uma fenda dimensional humana.

— Podemos invocá-la, até onde eu sei. A espada não está aqui, mas Azazel tem o rubi que decorava sua ponta, é isso que devemos procurar e depois levá-lo até Sara — disse, e só então Elisa compreendeu. Sara invocaria a espada como a herdeira de Lúcifer.

A ruiva assentiu com seriedade.

— Vamos encontrá-lo.

« ♡ »

— Beth? Você está bem? — A voz de Valerie soou abafada pelo som dos outros alunos, Bethany levantou a cabeça. Estava com ao braços dobrados na carteira e a cabeça apoiada neles, quase dormindo.

O olhar de Valerie era preocupado, Bethany não se surpreendeu. Devia estar com olheiras horríveis no rosto pálido, além do cabelo bagunçado.

— Não dormi bem — murmurou, sem querer dar mais explicações. Havia uma grande diferença entre não dormir bem e não dormir nada. Estava exausta depois de passar a noite em claro, revirando-se entre pesadelos e acordando entre os gritos, com o barulho do tiro ressoando nos ouvidos.

Sonhava com Aislinn também. Às vezes sonhava que tinha notícias dela, de que ela havia voltado para a biblioteca, mas então acordava e se lembrava de que não tinha notícias dela há semanas.

Havia acordado no meio de uma crise de ansiedade outra noite, seu pai até mesmo lhe deixara faltar na escola e descansar naquela manhã. Ele estava passando mais tempo em casa ultimamente, pegando menos plantões e lhe tratando como se fosse de vidro. Aquilo lhe irritava e reconfortava ao mesmo tempo, saber que ele estava por perto.

Naomi havia conseguido curar a ferida em sua perna em alguns dias, agora restava uma cicatriz fina e rosada que evitava a encarar. Parou de usar saias, mas a cicatriz na perna não era a única sequela daquela noite.

Os pesadelos e as crises de pânico no meio da madrugada pareciam longe de acabar.

— Tentei te ligar ontem à noite, seu celular estava desligado — disse Valerie, sentando-se ao seu lado. Bethany deu de ombros, passando a mão pelos cabelos bagunçados. — Você não viu nenhuma das minhas mensagens, então te liguei — explicou.

— Meu pai está com ele faz dois dias, desde a última festa com as líderes de torcida — respondeu, encolhendo os ombros. Não lembrava-se muito da festa, só borrões, música alta e de vomitar no gramado no caminho para casa.

— Por causa do que aconteceu com Thomas? — perguntou ela, e Bethany franziu as sobrancelhas, negando com a cabeça. Thomas era só um garoto aleatório que havia beijado na festa, não sabia o que estava pensando naquele dia.

— Não, não ter nada a ver com o Thomas. Eu cheguei muito mal em casa e vomitei na frente dele.

Valerie assentiu com compreensão.

— Eu sei que não temos nos falado muito desde tudo o que aconteceu com Ally, sinto muito por isso, eu...

— Não é sua culpa, meio que estou presa com outros problemas — disse, sem querer que ela se sentisse culpada. Costumava passar as tardes com Valerie e Ally, eram muito mais próximas do que agora, mas estava tão focada em todos os acontecimentos sobrenaturais que não percebera o quanto se afastaram.

— Eu soube que a professora está de licença, uma substituta vai assumir até o final do ano — disse ela. Bethany normalmente se importaria, porque a matéria de artes era a sua favorita, mas estava tão exausta que só sentiu indiferença, lembrando-se de que só faltavam mais dois meses para finalmente estar livre da escola.

Trocou poucas palavras com Valerie, sem querer conversar, então voltou a deitar a cabeça entre os braços dobrados. Ficou ali por mais alguns minutos e ouviu a sala se silenciar, indicando que a professora havia chegado.

Só levantou a cabeça quando ouviu uma voz feminina se apresentando, uma voz extremamente familiar.

Bethany ofegou, encarando a loira na frente da sala com confusão. Quando o olhar de Candace encontrou o seu, ela também pareceu um tanto surpresa e perplexa, mas seguiu a aula com naturalidade.

Ficou encolhida no fundo da sala durante a aula, mas admitiu que Candace era boa no que fazia prestara atenção na aula. Não sabia se estava prestando atenção na matéria, ou se só estava tentando conhecê-la e tentando julgá-la mentalmente, mas a aula passou com uma rapidez surpreendente.

Depois que a aula acabou, esperou na sala até que todos tivessem saído. Candace estava arrumando o material quando Bethany se aproximou, sem saber como abordá-la. Candace não pareceu surpresa quando levantou o olhar, embora um pouco tensa.

— Preciso me desculpar sobre o outro dia — disse a menina, antes que ela tivesse a chance de falar. — Eu estou tendo um ano ruim, estava chateada com outra coisa e descontei em você. Sinto muito por ter exagerado, foi a primeira vez que vi meu pai com outra pessoa — falou, as palavras embolando-se com um pouco de nervosismo. O sorriso que Candace abriu logo depois lhe acalmou, não havia nem um pouco de mágoa nele.

— Eu entendo, não se preocupe com isso — falou, balançando os cabelos loiros iluminados. Bethany forçou um sorriso também, desconfortável com a simpatia dela.

— Então você é professora? Como você e meu pai se conheceram? — perguntou, enquanto ela fechava o zíper da bolsa e pegava os livros empilhados no canto da mesa. A sala de artes era sua favorita por causa do aspecto rústico, toda decorada com móveis de madeira crua e os pôsteres vintage colados na parede.

— Na verdade, eu trabalhava na curadoria de uma galeria de artes, mas então o contrato venceu e eu decidi voltar a dar aulas — explicou, e Bethany assentiu. A cidade era pequena, a possibilidade de ela lhe dar aulas era grande, considerando os poucos colégios disponíveis. — O trabalho como substituta apareceu meio repentinamente, não tive chance de comentar com seu pai ou relacionar o nome da escola. — Aquilo explicava o espanto dela, percebeu. Candace também não sabia que lhe encontraria ali. — Aliás, seus desenhos são impressionantes, você já tem um portfólio? — Ela havia colocado a bolsa no ombro, fazendo um sinal para que Bethany lhe acompanhasse. Acompanhou Candace ao sair da sala, adentrando o corredor barulhento e caótico.

Bethany se encolheu instintivamente. Ficava mais difícil de respirar no meio de tanta gente e barulho.

— Não, na verdade — confessou.

— Deveria montar um, principalmente se pretende cursar alguma faculdade de artes. Conseguiria entrar em qualquer uma com o portfólio certo — falou Candace, e pela primeira vez em algum tempo, Bethany não precisou se esforçar para sorrir. — Posso te ajudar com isso, se quiser — sugeriu a loira, enquanto andavam lado a lado no corredor. Hesitou um pouco, mas então percebeu que seria uma ótima ajuda, já que ela tinha experiência em uma galeria de artes.

— Seria incrível — disse, bem quando Noah apareceu entre a multidão de alunos, ofegante como se tivesse corrido até ali. Ele tirou os cabelos dos olhos, lhe encarando com atenção.

— Precisamos conversar — falou, e Bethany trocou olhares Candace, que apenas piscou e sorriu de uma forma simpática.

— Nos falamos depois — disse. Bethany assentiu e ela seguiu pelo corredor, lhe deixando sozinha com Noah. Queria falar alguma coisa sobre Candace para Noah, mas o assunto que ele queria abordar parecia mais urgente.

— O que aconteceu entre você e o Thomas na última festa das líderes de torcida? — perguntou, as sobrancelhas erguidas com seriedade.

— Nada, não aconteceu nada — disse, mas Noah lhe encarou com mais intensidade e a menina revirou os olhos. — Nós nos beijamos, foi só isso.

— Alguma coisa deve ter acontecido, porque a escola inteira está comentando que vocês fizeram muitas coisas no banco de trás do carro dele, bem piores do que os beijos — falou o loiro, e Bethany arregalou os olhos.

Havia beijado Thomas, ele havia lhe levado até o carro, mas Bethany resolveu não entrar quando percebeu as intenções dele. Dera as costas para o garoto e voltara para a festa.

Tudo era um borrão em sua mente, mas tinha certeza de que não havia feito mais nada com ele. Havia ficado na pista de dança a noite inteira, qualquer uma das líderes de torcida podia confirmar isso.

De repente, a pergunta de Valerie fizera sentido.

— Meu Deus, ele disse isso? — murmurou, furiosa quando acelerou os passos pelo corredor. Noah correu para lhe alcançar. — Eu vou acabar com esse desgraçado.

— Beth... — Noah lhe chamou, mas já havia chegado ao refeitório e avistado Thomas na mesa de sempre, junto com outros atletas. Caminhou até lá com os punhos fechados, observando-o enquanto ele falava com os amigos.

Já era conhecida como a amiga da garota que havia morrido, a menina que tivera uma crise de pânico durante a prova de literatura, não precisava do título de a garota que havia transado com Thomas no banco de trás do carro dele.

— Ei, idiota! — chamou-o, atraindo a atenção dos atletas. Cruzou os braços, encarando Thomas nos olhos e baixando a voz. — Por que não conta aos seus amigos a verdade sobre o que aconteceu na festa? — O garoto riu e deu de ombros, sem parecer realmente preocupado.

— Todos já sabem — disse ele, olhando para trás e encarando os colegas. Todos tinham sorrisinhos sugestivos nos lábios, provavelmente pensando em todos os detalhes falsos que Thomas havia narrado.

Sentiu o bile na garganta, enojada.

— Eu não entrei no carro, então você ficou irritadinho e eu mandei você se foder, depois voltei para a festa — disse, com o tom de voz mais baixo e controlado. Não precisava que todo o time ouvisse. — Por que você não engole seu orgulho ferido e admite que eu não estava interessada em transar com você? — Cruzou os braços, tendo noção de que Noah estava atrás de si, que os olhares de todo o time de futebol estavam sobre os dois.

— Pareceu bem interessada para mim — respondeu ele, em um tom mais duro. Bethany sentiu o sangue ferver de raiva. Ele lhe encarava como se dissesse cale a boca.

— Você beija que nem a porra de um desentupidor, nem todo o álcool do mundo me faria entrar naquele carro — retrucou, sem tirar os olhos dos dele, nem um pouco disposta a recuar. Queria que ele admitisse bem ali, na frente de todos.

Sentiu o poder frio em suas veias, pronto para ser usado e fazê-lo cair de dor. Tensionou os músculos, se controlando.

— Você fala isso, mas geme como uma atriz pornô — provocou ele, aumentando a voz para que o resto do time pudesse ouvir também. Risadas ecoaram entre os atletas, junto com aqueles sorrisinhos cheios de segundas intenções.

Sentiu Noah pegando seu braço, apertando forte.

— Meu Deus, eu só ouço um choro desesperado de orgulho hétero ferido saindo da sua boca — disse seu irmão, colocando-se em sua frente e lhe puxando pelo braço, querendo lhe tirar dali. — Beth, vamos — enfatizou Noah, e Bethany resolveu ceder e ir com ele. Não conseguiria resolver nada ali, discutindo com ele na frente da escola inteira.

Havia acabado de dar as costas para Thomas quando ouviu-o falar novamente.

— Isso mesmo, salve sua irmã da humilhação e volte a chupar as bolas do seu namorado, viadinho de mer... — Bethany não deixou que ele terminasse a frase, virou-se repentinamente e o chutou, acertando-o entre as pernas com toda a força que conseguiu. Thomas se curvou com um gemido de dor, deslizando para o chão e com as mãos no meio das pernas, todo encolhido e pálido por causa do chute.

Ainda de braços cruzados e sobre os olhares da multidão de estudantes na cafeteria, Bethany abaixou-se para que Thomas pudesse lhe ouvir.

— Fale sobre meu irmão de novo e eu chuto tão alto que vou quebrar sua cara — ameaçou, enquanto o menino ainda se recuperava e tentava respirar. Ouviu uma voz rígida lhe chamando, foi assim que soube que teria problemas. Bethany levantou o olhar e deu de cara com a professora de matemática.

« ♡ »

Meia hora depois, estava sentada com Noah, Thomas e seu pai na sala do diretor.

Sabia que havia uma câmera de segurança na cafeteria, só não sabia que estava tão perto dela. Aparentemente, toda a cena havia sido gravada com muita qualidade, e agora o diretor reproduzia o ocorrido na tela de computador. Viu a discussão com Thomas, o momento em que havia o chutado e que ele havia caído no chão, se encolhendo de dor.

— Eu já disse, ele espalhou pela escola inteira que nós transamos durante uma festa das líderes de torcida, mas isso nunca aconteceu e agora todos estão falando sobre mim — explicou pela milésima vez, depois de repetir as palavras de Thomas. Repetira palavra por palavra, desde o momento em que ele lhe expusera com mentiras sobre sua vida sexual ao momento que ofendera Noah. — Eu não transei com ele e nem ninguém, nunca — falou, se encolhendo na cadeira e inspirando fundo. Sentia-se tão exposta que chegava a ser irônico, era uma piada cósmica ter de defender sua vida sexual inexistente. — Eu só o chutei porque ele foi ofensivo comigo e com meu irmão.

— Não toleramos nenhum tipo de violência, a pena padrão é a suspensão por três dias — disse o diretor. Bethany encolheu-se na cadeira, frustrada. Não devia ter perdido o controle, não quando estava tentando se redimir com seu pai depois de todas as besteiras que fizera.

Nunca mais veria seu celular, se continuasse nesse ritmo.

— Me desculpe, eu só não consigo entender o motivo de minha filha ser suspensa por três dias e ele só levar uma advertência. — Bethany reconheceu o tom de argumentação afiada quando Liam se inclinou para encarar o diretor. O diretor Hallister era um homem velho e grisalho com terno cinza, um tanto clichê e padrão, a menina percebeu.

— Thomas nunca...

— É a terceira vez que você repete que ele nunca agrediu ninguém fisicamente, não é isso que estou colocando em questão. Achei que a escola também fosse contra violência verbal e intimidação, mas não acho que meus filhos se sintam protegidos e seguros aqui — interrompeu o loiro, com impaciência e irritação. Bethany quase sorriu levemente, percebendo que seu pai não deixaria os comentários agressivos de Thomas passarem em branco. — Eles passam boa parte do dia na escola, jamais achei que precisariam lidar com isso. Quero a transferência agora mesmo, se comentários como os dele continuarem acontecendo.

Hallister parecia um tanto descontente e impaciente também, os lábios tensos quando encarou Thomas, Bethany e Noah, sentados em poltronas de couro no canto da sala.

— Vocês estão dispensados — disse para os três. Ele não precisou dizer duas vezes, se levantaram imediatamente e saíram da sala abafada e apertada.

Thomas não disse nada, despareceu pelo corredor em questão de segundos; Bethany e Noah sentavam-se em um banco no lado de fora da sala, esperando por Liam. A menina observou o corredor vazio, encarando fixamente o lugar em que Thomas havia desaparecido.

A secretária havia ligado para os pais dele, mas não tinha recebido nenhuma resposta. Bethany suspirou levemente. Infelizmente, seu pai era diferente e sempre atento ao celular, é claro que ele estava ali para a conversa nada agradável com o diretor.

O corredor estava silencioso e cinzento, quase fantasmagórico. Bethany teve de conter as lágrimas e inspirar fundo quando seu pai finalmente saiu da sala, depois de quase quinze minutos.

— Me desculpe — murmurou, se levantando e o encarando. Ele apenas sorriu de leve e levantou a mão para tirar suas mechas escuras dos olhos lacrimejantes, não parecendo tão irritado quanto Bethany achava que estaria.

— Não se desculpe, o diretor retirou a suspensão.

— O quê? — Bethany e Noah perguntaram em coro.

— Tive de ameaçar pedir a transferência de vocês, expôr todo o ocorrido a outros pais e dizer que a escola estava colaborando com um ambiente hostil e inaceitável — respondeu Liam, enquanto seguiam pelo corredor vazio. Bethany não conseguiu conter um suspiro, impressionada e aliviada ao mesmo tempo. — O diretor cedeu e deixou vocês com advertências, além de garantir que Thomas não vai mais incomodar e que a escola vai adotar uma nova política contra qualquer tipo de intimidação física ou verbal.

— Então você não está bravo porque eu o chutei? — hesitou a menina, com medo de estar pisando em um campo minado. Seu pai riu e negou com a cabeça, as mechas loiras transformando-se em um ponto de luz no corredor cinzento.

— Se você não tivesse feito isso, eu provavelmente teria — disse ele. Noah assentiu em concordância, também rindo.

— Aquilo foi incrível, eu queria ter aquele vídeo para ver em um looping infinito — comentou o garoto. Bethany riu fraco, exausta e abalada depois de tudo aquilo.

Ainda sentia os olhos ardendo em lágrimas, uma vontade absurda de se encolher na própria cama, desaparecer entre os lençóis.

— Quero vocês dois bem longe daquele garoto, há algo muito errado com ele. — A garota ficou surpresa com o aviso de Liam, sem saber o que ele queria dizer. Havia algo errado com Thomas, ele era um tremendo idiota.

— Ele não é humano? — perguntou, mesmo que não tivesse percebido nada diferente. Não havia nenhum calafrio, nenhuma onda diferente de poder que lhe indicasse qualquer elo sobrenatural, mas a preocupação na face de seu pai lhe alarmou.

— Não sei dizer, mas as tatuagens que ele tem no braço são idênticas aos símbolos que encontramos na floresta — respondeu Liam. Bethany se encolheu de leve, percebendo que não havia prestado atenção suficiente nas tatuagens dele, mas lembrava-se dos desenhos abstratos que Thomas tinha no braço.

Inspirou fundo, querendo mudar de assunto antes que aquele drama lhe esmagasse ainda mais.

— Candace está trabalhando aqui — disse, mordendo o lábio inferior e tomando coragem. Falou antes que recuasse e pensasse demais sobre o assunto. — Talvez possa chamar ela para almoçar conosco hoje — sugeriu.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro