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Ciúmes

Confesso que aquela visita me pegou de surpresa, cheguei a piscar várias vezes quando observei Zayn parado do outro lado da porta. Embora, eu estivesse magoado com tudo o que ele fez, acredito que devo deixa-lo se explicar porque era o certo a se fazer, afinal se fosse comigo, eu iria querer ser ouvido. Faltava alguns minutos para a festa começar, então, tempo tínhamos de sobra.

— Tudo bem. — Respondi dando um passo para que ele fizesse o favor de entrar.

Mas ele ficou parado, olhando para a entrada e para mim.

— Não sei se você sabe, mas os vampiros tem que ter a permissão para entrar na casa ou no lugar que pertence o ser humano. Então, você permite que eu entre?

Até certo momento fiquei apreensivo, pois se eu liberar sua entrada, então ele estaria livre para fazer o que quiser comigo. Zayn é meu amigo e nunca tentaria fazer maldade com a minha pessoa, não é? E outra parte de mim, estava pensando que ele poderia achar que tenho medo, a ponto de não confiar nele, só que a questão não era essa, mas sim: a minha privacidade. Eu já não tinha a dos meus pensamentos e precisava preservar a minha zona de conforto. Porém, será somente naquele momento, Zayn irá respeitar o meu espaço e concluo que devo confiar nele.

Quanto mais penso, mais a hora passa, Harry poderia aparecer a qualquer momento e se ele visse Zayn parado na porta do meu quarto, não gostaria nada daquilo.

— É... eu tinha me esquecido. Por favor, entre!

Zayn suspirou, colocando o primeiro pé e seguido de outro, assim, entrando no “meu” quarto. Fechei a porta antes de checar quem estava do outro lado, depois volto-me para Zayn que estava passando os dedos na escrivaninha e nos meus livros da morada. A luz da lua estava refletindo em si, deixando o mais bonito que o normal, os fios rebeldes caiam no rosto, à medida que ele abaixava a cabeça para observar os objetos que haviam por perto. Fiquei em silêncio porque não era eu quem iria falar alguma coisa, e o esperei, enquanto caminhava até a minha cama. Zayn parou o que fazia, ao me encarar e acompanhar meu movimento, assim que me sento, ele se aproxima com a expressão serena.

— Posso? — Apontou para o meu lado.

Aquilo me deixou nervoso porque as cenas do quase beijo que tivemos, se passou pela minha cabeça, junto com o selinho que demos motivado por estarmos próximos demais. E eu ainda estava magoado porque ele foi capaz de dizer coisas desrespeitosas sobre mim naquela noite, e com isso,  vi os motivos para não dar essa aproximação que Zayn me pedia.

Juntei meus dedos, mexendo meus pés inquietos quando falei:

— Acho melhor você se sentar nessa cadeira! — Apontei para o móvel de madeira próximo do “pé” da cama.

Zayn me lançou um olhar triste aquilo me cortou o coração, mas eu não podia dar o braço a torcer e ele tinha que saber que eu não era qualquer um, como fez parecer na sua última fala com Harry. Pois, gosto de receber respeito. Vejo ele se locomovendo e sussurrando um “tudo bem”, após se sentar. Com uma mão, Zayn colocou a cadeira de frente para mim mantendo os olhos caramelados vidrados sobre os meus.
Aquele silêncio chato ficou entre nós dois, me causando certa agonia porque querendo ou não, era uma ficava uma tensão assustadora.

Ele umedece os lábios, parecia estar procurando as palavras na sua mente, eu fiquei atento àquilo, até que o bater dos meus dedos na perna chamou sua atenção, ele olha para eles, entendendo que meu ato dizia para que ele abrisse logo a boca e começasse a soltar o verbo.

— Sobre o que aconteceu ontem, peço desculpas, não queria ter falado daquele jeito de você.

— Mas você não hesitou... — interpus com o olhar sério.

Zayn soltou o ar pesado das narinas, balançando a cabeça.

— Eu perdi a cabeça quando vi Harry querendo mandar em você, além do mais, ele me arrebentou na frente de todos os aprendizes, atiçando a minha ira. Agindo com ciúmes, como se estivesse com você ou vice-versa. — Zayn deixou o tom irritadiço, explícito para mim.

Com as sobrancelhas juntas e a testa arqueada, pensei sobre isso, mas porque vivenciei algumas coisas horas atrás no quarto do Harry, eu não sabia o que éramos: tipo, distinguir essa “relação” como, pegação ou sei-lá-mais-o-quê. Entretanto, voltando ao foco da conversa...

— Primeiro, eu sei me defender, as pessoas tem que parar de acharem que sou frágil, droga! Está vendo isso?! — Ergui meus braços, tocando em cada parte do meu corpo — Eu não posso ser perfeito, mas tem um corpo inteiro, ele funciona muito bem, posso me defender, ok? Não preciso que você ou o Harry façam alguma coisa por mim. Droga! Eu só queria ser alguém normal, é difícil vocês me tratarem assim? Eu. Não. Sou. Especial. — Senti a minha garganta arder como ácido — E segundo, não é porque alguém age como um idiota com você, que você deve ser um idiota também e acabar descontando em quem não tem nada a ver com isso.

O meu tom se elevou mais do que esperado, queria que eles entendessem que tenho meus próprios limites. Zayn permaneceu calado. Ele não pareceu irritado com o que falei e assentia com a cabeça como se estivesse apto a ouvir minhas lamúrias.

— Você não mudou, desde da última vez que nos vimos! — Ele comentou, eu sabia que ele falava sobre meu "eu", do passado. Logo, fui relaxando as sobrancelhas após ouvir aquilo. — Sei que Harry contou um pouco da história de vocês, não precisa fazer essa cara. Está tudo bem, eu não vou contar para a Selena!

Foi nesse momento, em que arqueei a sobrancelha.

— Como assim? O que tem demais se ela souber que estou sabendo sobre o passado?

Zayn solta uma risadinha esquisita.

— Então, ele não contou a você sobre a Selena?

— Zayn, se eu soubesse não estaria fazendo essa pergunta.

— Eu não sei se posso. Não aqui quando as paredes podem ouvir. — Sussurrou.

— Mas, você não acha que devo saber sobre isso? Por que do jeito que fala da Selena, dar-se a entender que ela não é uma boa mulher.

— Porque ela não é o que aparenta ser. — Zayn se aproxima mais — Não deixe se enganar pelas aparências.

— Zayn?

— Sim.

— Por que está segurando na minha perna? — pergunto, quando senti seu toque.

Ele estava próximo demais de mim, diferente de segundos atrás. Seus olhos, estavam negros, como uma noite sombria, eu conseguia sentir o vazio a cada profundidade que eu o fitava.

— Por que você sempre volta para ele? — perguntou, tirando as mãos de mim, mas ainda na mesma posição de antes.

— Do que está falando?

— Todas às vezes que você revive, sempre está caindo de amor pelo Harry. Mesmo que no começo, ele faça você odiá-lo, alguma coisa aí — tocou no meu peito — Muda todo o rumo e quando vejo, você está com ele novamente.

Engoli em seco. Era chato saber que as pessoas conheciam a mim, mais do que eu mesmo.

— Eu não sei porque tocou nesse assunto agora, mas eu não estou namorando o Harry, eu não sei o que somos agora, contudo de alguma forma — Senti minha respiração fracassar a um grau de coragem que me abraçou —, Harry me faz se sentir bem.

Zayn me lançou um olhar triste como se estivesse esperado que eu lhe dissesse aquelas palavras.

— E se ele pedisse para namorar com você, aceitaria?

— Nunca parei para pensar nessa possibilidade. — fui sincero.

— Me responda, aceitaria ou não?

Sua voz não era dura, apenas magoada.

— Eu sei que você sabe!

—  Eu não sei, Zayn, não posso responder isso quando acabo de descobrir que a minha vida não é exatamente referente ao dia que nasci e que supostamente caí nesse lugar por causa das minhas anomalias. Eu amava Shawn e ele era meu namorado antes de tudo isso vir à tona. Eu não sei qual é o rumo da minha vida ou da que estou prestes a largar de mão. Caramba! Por que está me enchendo com essas perguntas? Por que está falando sobre essas coisas estranhas, envolvendo um passado que não lembro? Quando sua intenção era apenas pedir desculpas, estou certo? — bradei revoltado, por ele me colocar pressão.

E depois que tanta coisa me aconteceu, eu vivo no meio de uma zona bagunçada, cheia de bombas que caem tentando me atingir, de certa forma isso acontece porque todos os dias cada uma delas me ferem. Estou machucado e exausto. E quando acordo, estou confuso, tento juntar algumas peças perdida desse quebra-cabeça que me entregaram e me puseram para montar. E eu não consigo porque é muita coisa, fico mais perdido e tento fugir, mas sou sempre atingindo em cheio.

Na minha realidade, eu era apenas um garoto que nasceu na cidade pequena de Beaumont, quem ia dizer que sou um encarnado e que morri jovem demais? E que pode acontecer isso e tudo voltar novamente, até que eu nasça novamente e o ciclo volte?

Minha vida era resumida em uma pequena bagunça com um abraço quente de amor. Só que agora, não posso ter mesmo uma certeza ao falar sobre ela porque acho que não conheço minha vida como as pessoas conhecem.

Zayn uniu as sobrancelhas e baixou a cabeça depois do silêncio se instaurar.

— Você sempre foi meu melhor amigo, eu sempre amei você, assim como sempre o perdi para a morte. Sabe como é duro ver que está de volta a vida, mas não se lembra como era seu passado? As coisas que vivemos antes? O modo como sempre aprontamos? — seus olhos brilharam, a cada palavra dita.

Me senti muito mal, por ver a sua dor e ser o motivo dela. E toda a raiva que estava sentindo, foi embora, à medida que aqueles olhos tristes me encaravam.

— Eu não sei porque sou eu quem está morrendo e as lembranças do passado vão junto. Isso é uma droga!

— Sim, é uma grande droga!

Sorri triste.

— Se ainda quiser ser meu amigo, peço que me deixe ouvir sobre essas coisas que fazíamos juntos. Poder reviver as lembranças deixadas em papel branco e em uma caixa fechada por cadeado sem chave.

Zayn soltou um suspiro, sentando ao meu lado da cama.

— Eu que deveria perguntar, se quer ser mesmo meu amigo, doce.

— Por mais que eu tenha ficado chateado com o que disse, eu sou uma pessoa que não gosta de guardar rancor. E também — sorri para ele —, gosto de você, por mais que seja um idiota.

Zayn solta uma risadinha.

— Admiro esse apelido carinhoso que me deu. De Idiota! — Repetiu, tocando com o polegar no meu queixo, em seguida, o apertando.

Rolei os olhos, batendo na sua mão.

— Não abusa, que eu arranjo um pior.

— Tudo bem, vou ficar na minha. — O vejo, erguendo os braços.

Pego aquele momento em que o silêncio pairou entre nós, para pensar nas coisas que ele me disse, não vou mentir, sou uma pessoa curiosa até demais para o meu gosto. Pode ser, que as encrencas que me meti todas as vezes e situações, foram motivadas por eu estar em um lugar errado e na hora errada.

Então, como Zayn é meu amigo. Ele não ia mentir para mim, certo?

Embora não pareça, me sinto mais a vontade de falar certos assuntos com ele do que com o Harry, talvez isso seja por conta da nossa convivência durante esse tempo em que estive aqui.

— Zayn, quando vai me falar por que devo temer a Selena? E sobre o passado dela? — sibilo.

Vejo que ele se mexeu um pouco quando ouviu a pergunta.

— Eu preciso de respostas! — Insisti, quando ele continuou em silêncio.

— Tudo bem, acho que as coisas são diferentes das outras do passado. — Ele me encara tocando na minha mão — Talvez, se eu te contar, você sobreviva, não é?

Dei de ombros, dando um meio sorriso.

— É complicado, mas quem sabe possa a me ajudar a lembrar de algumas coisas.

— Está tendo flashbacks do passado? — Zayn se espantou. Apenas balancei a cabeça, concordando. — É, com certeza essa merda toda está diferente, precisamos saber o que está acontecendo dessa vez. — falou consigo mesmo — Ok, você sabe que sempre vou para a biblioteca quando todos estão dormindo, é nesse tempo que podemos falar sobre tudo que quiser saber. Mas isso pode te cansar, porque pode estar....

— Não importa, eu quero saber porque não sabe como tudo é confuso para mim.

— Ok, a partir de amanhã, me encontre atrás das prateleiras de livros antigos, às duas da tarde, fica bom pra você? Consegue chegar lá, sem ser visto?

Rir maldosamente.

— Já fui lá, não se preocupe tenho meus truques.

— Você me surpreende demais, doce.

— Certo, eu estou ficando bem sem jeito aqui, agora que tudo está certo, o que acha de sairmos daqui? Pois, temos uma festa para ir, eu no caso, vou estar morto de verdade, se não for! — Rir de nervoso.

— Claro.

Ou é porque o Harry está parado do outro lado da porta ouvido a nossa conversa? E soltando fumaça pelo nariz porque nesse momento, ele sente que estou tocando em você.”

Zayn aperta meus dedos, meus olhos se arregalaram quando ele cita o nome de Harry. Me afastei, dando um pulo no chão indo até a porta do meu quarto e quando a abro, vejo Harry com os olhos vermelhos, suas unhas haviam estragado toda a parede de tanto que ele devia ter a arranhado. Seu corpo se impulsiona para frente, mas ele não entra no meu quarto, eu sabia o porquê.

— Por que você não o deixa em paz? — rosnou para Zayn.

Vejo meu amigo saindo da minha cama e arrumando a sua roupa tranquilamente. Ele carregava o mesmo sorriso que deu para mim, só que direcionado ao Harry.

— O que foi? Frustrado por eu ser o primeiro a entrar no quarto do Louis porque ele quem me deu permissão pra isso?! — provocou ficando atrás de mim.

Aquela palhaçada ia começar, eu não posso admitir isso.

— Olha aqui, se as duas moças começarem, eu nunca mais olho na cara de vocês! — soltei um suspiro cansado, encarando Harry — Não sei a quanto tempo está aqui, mas Zayn não fez nada demais. E você! — Virei-me para Zayn — Pare de fazer provocações, sendo que já não está bom o clima que estamos vivendo, ok? É só o que peço de vocês dois.

Eles lançam um olhar mortal um para o outro, enquanto aguardo a resposta encostado na porta.

— Tudo bem, faço isso tranquilamente. — Zayn me encarou.

— Eu faço isso por você. — Harry também fez o mesmo.

Rolei os olhos porque percebi a disputa idiota que estava acontecendo, sinceramente, aquilo me dava nos nervos.

— Pois bem, antes que eu perca meu bom humor e faço os dois se abraçarem como duas crianças após brigarem um com o outro. Peço que encerrem esse conflito porque eu não sou um prêmio ou recompensa para que fiquem disputando e brigando. Isso é idiota, tenho certeza que vocês não são idiotas!

Eles ficaram em silêncio. Harry se afastou da porta quando rosnou olhando para Zayn, à espera da sua saída.

— Tudo bem, eu encontro você na festa. — Meu amigo sorriu para mim — Cuidado com o senhor nervosinho aqui.

— Zayn! — o repreendi.

— Tá, tá. Um abraço? — pediu fazendo bico.

— Vai parar com a gracinha, se eu fizer isso?

— Prometo de mindinho!

Olhei para o Harry e mentalizei a seguinte frase:

"É apenas um abraço, por favor!"

Em seguida, assenti para Zayn que envolveu suas mãos no corpo me puxando para perto dele e afaguei suas costas. Ficamos assim por alguns segundos quando me afastei dele e ganhei um beijo na testa.

— Obrigado, por não ficar com raiva.

— Eu não poderia. — Sorri, mais uma vez.

Zayn retribuiu, passando por mim e encarando Harry. A troca de olhares não durou muito até ele se dispersar rapidamente pelo corredor. Agora, eu estava ali, para tentar amansar a fera na minha frente. Mas não queria fazer isso no corredor, tendo a pouca privacidade, que eu já não tinha por natureza. Apoiei minhas mãos atrás da porta, para dizer:

— Entre, Harry! — fiz um movimento com a mão, ele endireitou o corpo.

Colocando o pé próximo linha invisível da entrada do meu quarto, mas hesitando.

— Você permite?

— Sim.

E assim ele me faz companhia, quando vou fechar a porta, Harry age primeiro ao batê-la com força. Percebo seu olhar sério, como se ele fosse me dar uma bronca naquele exato momento.

— Harry, você sabe que foi errado ouvir minha conversa com o Zayn! — Exclamei, abraçando meu corpo.

— Ainda bem que fiz isso, não confio no Zayn com você. Eu sei o que ele sente e não se trata somente de um simples afeto entre amigos.

— Mas os meus são de amizade. E quero que pense nisso, porque essa briga dos dois está ficando o cúmulo do ridículo.

— Então, não fique com Zayn!

— Harry, você não manda em mim. Zayn é o meu AMIGO, querendo você ou não. — Passei os dedos entre meus cabelos — Acha que eu sou um qualquer que vai sair beijando todos os caras que eu vejo? Ainda mais, um amigo? Por favor. — Bati a palma na coxa, fazendo um barulho alto.

— Você não conhece o Harry, como eu conheço. Eu sei que ele é capaz de tudo para conseguir me irritar, tendo consciência de que isso vai deixar você com raiva.

— Então não fique, droga! Confie em mim, é difícil fazer isso?

Cruzei os braços, olhando nervoso para Harry.

— Eu confio em você.

— Então não tema. Zayn não vai tentar nada comigo porque eu não vou deixar, já deixei as coisas bem claras para ele. Espero que seja para você também.

Harry colocou a mão na cintura, me fazendo reparar na sua roupa: uma calça preta colada no corpo e rasgada no joelho, uma bota masculina marrom, uma blusa branca e o lenço vermelho amarrado no pescoço. E aquela blusa grande preta, o deixando mais obscuro. Sem contar o modo como seus fios claros, o deixava com o cabelo comportado. Ele solta os ombros, vindo na minha direção depois da “crosta de gelo” formada entre nós dois. Tentei manter meu olhar bravo para ele ver o quão me deixou irritado e tentando não me distrair pela sua beleza.

— Desculpe, por isso. — Ele baixou os olhos e tocou no meu braço, me puxando para um abraço por cima do meus braços cruzados. — Eu só não gosto da ideia de outra pessoa tocando você, o modo como trata o Zayn, é tão diferente comigo.

— Diferente? — Ergui a minha cabeça.

— É mais aberto com ele, rir e fica mais à vontade. Invejo isso de vocês dois juntos.

Ficar com raiva dele é sempre uma tentativa falha.

Mordi os lábios envergonhado e me sentindo mal, por passar essa impressão para Harry. Desvencilhei meus braços, para envolver sua cintura e deitar a minha cabeça no seu peito, ele me aperta contra eles assim que faço tal ato.

— Sabe que tem uma coisa que ele não tem, que eu faço com você? — pergunto baixinho, erguendo meu olhar para fitar os seus diamantes.

— E o que seria?

Fico nas ponta dos pés, segurando sua nuca com a mão direita, tomando seu corpo para cima do meu para que possamos ficar próximos os suficientes e assim juntar nossas bocas. Quando isso acontece, sinto a maciez de ter a pressão dos seus lábios sobre os meus, Harry desliza uma das mãos sobre meu cóccix, quando a outra segura meu rosto. Nossas línguas dançavam a melodia mais lenta que os estalos dos nossos lábios faziam. À medida que mais intenso ficava, ele grudava nossos corpos, me deixando esquivar por momentos de deslizes. Harry percebe que não consigo mover os lábios na frequência de antes, parando o beijo com um último selinho demorado.

— Realmente... — comentou com a voz suave.

Diferente de mim que estava ofegante o suficiente para permanecer em silêncio e sorrindo bobo.

— O que eu sou para você?

— Por que essa pergunta?

— Ouvi você dizendo que não sabia para o Zayn quando ele te perguntou, caso pedisse para que fosse meu namorado. Quero saber, o que sou para você?

E bem, aquela pergunta me pegou em cheio. Nosso tempo era pouco, tudo realmente começou acontecer ontem, literalmente.

— Harry, eu... — solto uma respiração fraca — Sei que queria que eu sentisse o mesmo que antes, mas as coisas estão acontecendo agora. E se me questiona sobre o que sinto por você, eu respondo: no começo, eu o detestava, não gostava de estar na sua presença. — Faço uma leve pausa e continuo — Mas se pergunta, do agora, respondo novamente: gosto de estar ao seu lado, sentir a segurança que me passa, da pressão que seus lábios deixam sobre os meus, fico feliz quando penso na ideia de termos uma história juntos, embora tudo seja uma verdadeira confusão na minha cabeça. Só não posso ter certeza do meu amor, quando estamos nos cinco minutos do primeiro tempo. Entende?

Seus dedos pressionam a gordurinha na lateral da minha barriga.

— Sim, eu entendo. — Ele responde, depois de determinado tempo — Louis, se eu pedisse para ficar comigo? Como namorado, qual seria a sua resposta?

Ok, nesse exato momento começo a transpirar em excesso, agradeço por estar de moletom e não deixar isso transparecer. Harry me encurralou com as palavras e não meu deu opção para fugir, mas fui em busca das respostas que ele ansiava, com carinho.

Segurei os seus bíceps fortes e procurei pelas palavras certas para prosseguir:

— O que espera que responda? — mordi os lábios.

— Não espero mais do que sua sinceridade.

Permiti que meus dedos massageassem seus cabelos.

— Eu diria que você é voraz em suas decisões, mas não tanto porque me conhece faz séculos. Então, mesmo que uma parte de mim esteja me despedaçando, daria um voto de confiança a nós dois, já que nossa história deixa óbvio tudo isso.

Harry solta uma risadinha rouca, depositando um beijo na ponta do meu nariz.

— Obrigado.

— Esse foi seu pedido? — rir sem jeito.

— Foi. — Ele me acompanha na risada — Confesso que diferente, mas não deixou de ser especial como das outras vezes.

Meu coração deu um pulo e eu senti minhas pernas bambas, contudo estava sorrindo e feliz. Mesmo que não estivesse acreditando no que aconteceu. Beijei Harry novamente, fazendo nossos corpos cambalearem um pouco e alguns objetos caírem no chão devido a isso, mas quem se importa? Ele para, colocando-me em cima da escrivaninha, abrindo as minhas pernas, para que estivesse entre elas, puxei alguém fios do seu cabelos quando ele apertava a minha perna e assim, nos perdêssemos um no outro.

...

— Posso te pedir uma coisa? — ele perguntou, depois que paramos com o que estávamos prestes a fazer.

Harry estava deitado na minha cama, segurando meu globo de neve que ganhei no natal da vovó Constance. Aquele objeto em sua mão, não se tratava de um presente comum, pois dentro daquela redoma de vidro havia um garotinho escondido entre as árvores e apesar de retraído, quando mexíamos nas bolinhas dentro do globo, o garoto se reacendia, se iluminando entre as árvores obscuras. Vovó me disse na meia noite do dia 24, para que eu sempre me lembrasse que as luzes vibravam dentro de mim e mesmo que a escuridão estivesse presente, seria eu, a luz que me guiaria para sair das situações que me colocariam em perigo. Eu lembro que teria sido um ano difícil pra mim, os pesadelos quase não me deixavam dormir, minha relação com meus pais não andavam bem e a minha sexualidade tinha transparecido ser um problema a todos que me cercavam, exceto a vovó e o vovô, então desde que o ganhei, o guardei como um presente importante e precioso.

Afasto meus pensamentos, indo até a beira da cama e parando para encarar Harry.

— Diga.

Ele se senta, colocando o globo de neve, com cuidado no criado mudo. Em seguida me chamou para mais perto, me colocando em pé entre suas pernas quando suas mãos agarravam meu bumbum.

— Sei que vai parecer um ultraje, mas já que vai se encontrar o Zayn, peço que me deixe ir para acompanhá-los. — Harry fez um carinho nas minhas nádegas.

— Harry...

— Sei que ele é seu amigo e que você quer respostas, mas eu também as tenho e quero estar com você a todo segundo, entende? Perdi um longo tempo ao seu lado, quero aproveitar o máximo com você.

— Mas quanto ao Zayn? — Indago — Toda vez que estão juntos, arranjam um modo de se desentenderem. Tem certeza de que vai saber se segurar toda vez que ele estiver por perto?

— Eu vou me comportar. Só não me deixe sob tortura no meu quarto imaginando Zayn tocando em você.

Suspirei, apoiando minhas mãos no seu ombro e lhe dando um selinho.

— Você tem que parar de ser possessivo, está bem?

— Não posso, você é meu. E quero que as pessoas que nos cercam saibam disso. — Harry morde meus lábios inferiores.

— Hoje à noite elas vão ver.

— Eu sei. E então, eu vou poder ir?

— Posso perguntar uma coisa antes? — Harry disse que sim. — Por que vocês se odeiam tanto?

Fez-se um pouco mais de silêncio, mas Harry respondeu:

— É complicado, vai demorar muito para que eu conte tudo em detalhes, mas quando formos para a biblioteca, direi a você.

Concordei, não ia pressionar mais, embora estivesse tentado a isso.

— Se dá primeira vez vocês dois me fizerem arrancar as estribeiras, não deixarei que isso aconteça novamente, que fique claro.

Mesmo que meu tom tivesse soado sério, Harry ri, concordando com a cabeça.

— Agora, vamos que estamos atrasados!

— Tudo bem.

...

Eu ouvia a música tocando quando me aproximei do dormitório do Liam. A festa era pesada, me pergunto, aonde estava metendo o meu burro. Também fiquei pensando um pouco sobre Harry e eu. E estar namorando com ele, será que eu fui rápido demais ao dizer, sim? De qualquer forma, não iria conseguir dizer, não. Além do mais sinto uma atração tão forte por ele que ninguém iria dizer que esperei apenas um mês para isso acontecer — parando para pensar na realidade das nossas “vidas não vidas”, se trata de um sentimento de séculos, embora eu venha estar o descobrindo agora. E esse sentimento era maior do que senti alguma vez pelo Shawn. Era estranho pensar nisso.

Sinto que ainda tem muita coisa para acontecer e quanto mais a verdade eu descobrir, mais medo irei sentir. E ao mesmo tempo, não sei se estou preparado por todas essas revelações. Balancei a cabeça para tirar esses pensamentos e “aproveitar o momento.”

Os olhares eram lançando sobre mim e ninguém disfarçava, me deixando sem graça. Mas eu percebi que era porque eu estava com o Harry, já que ele tinha a fama de ser o “isolado” que não falava com ninguém. E agora estava ali, frequentando uma festa, com o braço direito sobre meus ombros, enquanto eu estava apertando a sua cintura a cada passo que dávamos. Eu podia ver o sorrisinho convencido que ele estava dando, quando cada olhar era arregalado e as bocas abertas em um "O" para nós.

Harry me encara mantendo o sorriso no rosto, em seguida pergunta:

— Tudo bem?

— Precisa mesmo disso? — me referi, ao modo como ele estava agindo.

Harry parecia uma criança contente carregando um presente e fazendo questão para mostrar aos que estão a sua volta.

Quero que eles saibam, que sou um cara sortudo. E que você pertence a mim.”

Sorri.

Acho que todos estão cientes disso! Afinal o novato e o gótico da morada, estão andando agarrados em uma festa”

Harry rir.

“Só está faltando um toque final, para que eles sejam atingidos pelas nossas balas.”

Ele para de andar, virando-me de frente para ele com um sorriso lascivo carregado no rosto e junta nossos lábios, iniciando um beijo quente. É claro, que agora todos estavam nos encarando como se estivessem assistindo um espetáculo, foi nesse momento, que senti uma queimação no peito, gemi entre os lábios dele, mas não paramos para não parecermos estranhos. Apertei seu braço, quando aquela tortura acabou, dessa vez fora rápido e sabíamos que mais uma tatuagem havia surgido.

Tudo bem?” Harry pergunta separando nossos lábios.

Estou um pouco dolorido, mas estou bem. E você?”

Bem

Olhei para os lados, a nossa “plateia” não economizaram com olhares sobre nós.

Acho que para eles, acabamos de propor uma cena erótica.”

Aiden voltou a me beijar.

“É bom que pensem assim, não acha?”

“Sim”

Estava prestes a perguntar sobre as tatuagens que surgiram agora, mas sou interrompido pelas vozes dos meus amigos:

— Liam me passa os dólares apostado, Louis realmente beijou o Harry como previsto por mim! — Niall abre a palma, olhando com os olhos brilhando para nosso amigo transformado.

Que ao contrário dele estava desacreditado no que via.

— Ainda bem que apostei com você, Niall! — Camila soltou uma risada.

— A partir de hoje, eu odeio vocês dois! — Pierce apontou para mim e o Harry.

Notas Finais

Uhuuuuuu, agora a festa vai começar...
Ansiosos pra isso?
Usem seus coletes!!!

Até logo, espero que o Ano novo de vocês tenha começado bom♥♥

Se você chegou aqui, me diga o que está achando da história? Está muito chata?

É importante que eu saiba♥
Bem, próximo capítulo será bem legal Ahhhh

Beijão ♥

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