Chamados
Boa Leitura Sweets ✝
P.S. usem coletes
~~~~~~~~✝~~~~~~✝~~~~~~~✝
- Harry... - eu disse ofegante olhando nos seus olhos.
Os mesmos que estavam negros, carregados de desejo. Se eu pudesse ver sua aura, diria que estava vermelha aquela noite. Não lembro de ter presenciado a versão mais ousada de Harry como agora e confesso, que me assustou no começo. Depois quando seus lábios se moveram e pressionaram um contra o outro, apreciei sua feição macabra.
- Deixe me tocá-lo? - pediu com um olhar sério e lábios puxados em um sorriso malicioso.
Ele pressionou meu corpo contra a parede fria e traçou cada detalhe dele com seus olhos. Prendi a respiração, movido pela curiosidade do que Harry iria me propor. Obviamente, eu me lembrava do que ele havia me dito sobre "nosso momento especial", então, acho que não seria agora, certo? Harry iria apenas me proporcionar a nossa primeira preliminar.
Mordi os lábios quando meu namorado vampiro vibrou seu olhar sobre o meu. Sua pupila obscura dilatou um pouco mais e me deixou sem ar, pois eu conseguia ver exatamente o que se passava na sua cabeça. Era como se Harry estivesse compartilhando seus sentimentos, eu sentia com veracidade o que ele estava sentindo, meu coração bombeou contra meu peito, meu sangue aumentou a frequência e me fez avançar diretamente para o vampiro na minha frente. Ele agarrou a minha cintura, esboçando a destreza no olhar que me lançava, perdi o fôlego e mostrei que estava entregue a ele. Quando Harry deslizou a mão na minha bunda, mordi os lábios, segurando seus ombros para não cair, as minhas pernas estavam bambas e escutei uma risadinha escapar dos seus lábios. Tive a sensação que Harry estava se vingando por eu ter feito ele se contorcer na frente de todos os presentes da festa.
Sinto os seus lábios gélidos encostando no meu pescoço, sugando minha pele à medida que suas mãos entravam na minha calça, tocando a palma nas minhas nádegas. Não contive o gemido abafado que saiu dos meus lábios. Harry estava passando o calor da sua paixão para mim e posso afirmar era recíproco a intensidade do seu ato. Rocei as minhas pernas nas suas, segurando dessa vez, suas nádegas e deixando o corpo dele friccionando nossos membros.
- Gosto do seu perfume! - Harry, respirou próximo da minha clavícula.
Tais palavras me deixaram tonto e absorto de prazer.
Sabendo que eu não conseguiria empurra-lo, ergui a minha cabeça para que meus dentes entrassem em contato com a sua pele, queria deixá-lo marcado mesmo que fosse por alguns segundos. Observei fascinado para o tom roxo que ficou com a marca dos meus dentes. Dessa vez, Harry quem estava gemendo, e eu, tendo a satisfação de escutá-lo. Desci lentamente, meu corpo e usei a minha boca, para mordiscar cada parte da sua pele. Eu conseguia imaginar seu membro ereto encostando na minha garganta, no momento em que ajoelhei segurando sua calça para desabotoá-la. Olhei em seus olhos, a espera que ele protestasse, mas Harry, apenas jogou a cabeça para trás excitado. Sorri, puxando sua calça escura para baixo, até a altura do seu joelho.
- Louis...
- Cala a boca! - Rosinei para ele.
Lambi sua coxa, em seguida, a outra quando apalpei a sua bunda para puxar o tecido da sua box e encarar o seu membro.
- Você não precisa fazer isso! - Harry segurou meus cabelos, com a voz grogue.
- Mas eu quero.
Mostrei a firmeza em minhas palavras.
Seu pênis estava nas minhas mãos e umedeci os meus lábios antes de continuar. Toquei com o polegar na sua glande e escutei seu farfalhar, me aproximei mais da sua v-line e abri a minha boca, ofegante e duro. Fechei os olhos e o provei, pela primeira vez tive a chance de prová-lo. Segurei seu membro para facilitar meus movimentos com a cabeça, provando Harry lentamente e apreciando o momento. Ele gemeu e eu senti meu corpo aquecer, talvez inflamar além do esperado.
- Estou indo bem?
- Sua boca é perfeita!
Sorrindo, voltei a chupa-lo com vontade. Fincando minhas unhas na sua perna, deixando que Harry segurasse minha cabeça e a movesse. Foi aumentando com mais frequência e meu membro estava cada vez mais duro, doendo por debaixo da box. Para proporcionar mais prazer para mim mesmo, mexi meu corpo para frente para trás, posicionado sua perna entre as minhas, enquanto permanecia de joelhos.
Aquilo era tão gostoso, se tornou mais quando Harry foi ficando insano nos movimentos do seu quadril. Ele estava tão conectado comigo, que não demorou para gozar e ao fazer isso, notei que era frio, tanto o seu membro quanto o líquido que saia dele. Mas era bom, era diferente e apreciativo. Harry me afastou do seu corpo, batendo minhas costas na parede, ele não esperou que eu fizesse mais nada quando colocou a sua mão na minha calça, segurando o meu membro. Puxei sua nuca e juntei nossos lábios desesperadamente, aguardando pelo seu ato.
- Vou fodê-lo com a minha mão! - Harry sussurrou após interromper o beijo. - Espero que goze enquanto eu estiver o masturbando.
- Mostre-me do que é capaz! - o desafiei.
Nossas bocas se uniram, Harry me pegou no colo, aonde pude interlaçar minhas pernas na sua cintura. Sua palma segurou minha glande e foi escorregando, voltando para cima, em movimentos rápidos de vai e vem. Nesse momento, não pensei em muita coisa, apenas no prazer que estava sentindo e a vontade enorme de arrancar os fios de cabelo de Harry. Como não era de economizar em sons, gemi o mais alto que pude.
- Olhe nos meus olhos! - a voz grave e rouca de Harry, chamou-me a atenção.
Mas eu estava tentado demais, gemendo em excesso para abrir meus olhos.
- Louis, olha pra mim.
Imaginei, nossos corpos suados - muito mais que agora, com Harry sobre mim ou eu de quatro na cama enquanto ele passaria seus dedos grossos pelo meu corpo, saboreando cada parte de mim. Em seguida, seu membro me preenchendo de várias formas em diversas posições. Queria tanto aquilo, isso de certa forma, me fez encarar seus olhos, agora eles estavam verdes, porém, não deixando de ser belos a luz do luar.
- Beije-me com força, para que eu não tenha que arrancar esse colar e implorar para que me foda nesse terraço!
Foi o que disse porque estava aceso. Harry atiçou aquele demônio escondido nas minhas entranhas e agora ele pedia para aproveitar o momento.
Sem dizer uma palavra, Harry fez o que pedi, sua língua estava completamente dentro da minha, os movimentos rápidos que ele fazia com a mão, me fez pensar que se ele fosse humano, estaria com o pulso completamente fodido. Minhas costas roçavam na parede, como se Harry tivesse introduzindo dentro de mim, mas tudo que ele fazia era envolvido por masturbação. Seus lábios, eram tão macios, viciosos que me fazia enfiar mais da minha língua na sua. Senti a minha barriga formar um nó, todas as borboletas estavam se debatendo, agitadas e me faziam tremer em constância. Meu clímax estava se aproximando, sabendo disso, Harry tirou sua mão de mim, descendo o meu corpo para poder se ajoelhar e poder abaixar a minha calça junto com a cueca.
Assim que ele fez isso, o olhar diabólico foi me lançando, sorri da mesma forma mordendo os lábios. Harry me chupa com vontade. Oh merda, ele tem uma boca divina, sabia como me induzir de um modo que não sei explicar. Dessa vez, cravei minhas unhas pelo meu corpo, gemendo quase inaudível. Queria que ele não parasse porque estava indo para uma outra dimensão.
A gota de suor, escorria pela minha coluna, parando na minha bunda quando rocei minhas costas na parede amarrotado meu moletom. Eu não me importei, continuei rebolando na sua boca quando Harry aproveitava cada parte de mim. Permiti bagunçar seus cabelos escuros e continuei a gemer. Ele estava me levando a loucura, senti minha barriga reagir com mais intensidade do que da outra vez. Foi quando meu ar faltou e o alívio me consumiu, seguido de uma felicidade avassaladora. Harry lambia os lábios, mantendo nossos olhos fixos e sorria, depois de me ver gozar.
Passado alguns minutos, Harry tirou um lenço do bolso, limpando a minha perna e uma parte da roupa que teria sujado. Fiquei o observando atentamente, sorrindo. Já de pé, ele juntou nossos lábios, misturando os gostos das nossas bocas. Quando ele termina de abotoar minha calça, segurou no meu rosto para terminar o beijo em meio a selinhos. Olhei para sua calça frouxa, ergui a minha mão para poder abotoá-la, porém, Harry me impediu segurando o meu pulso. O que me fez, encara-lo sem entender nada.
- Não quero correr o risco de ficar excitado novamente. - sorri - Deixe-me fazer isso.
Balancei a cabeça e observei Harry se arrumar, deixando o lenço no lixo de canto que havia por perto. Em seguida, se aproximando de mim com o olhar calmo e sereno.
- Você está bem?
Não estranhei sua pergunta, já que depois do nosso momento íntimo acabei me calando e ficando observando seus movimentos. Como resposta, balancei a cabeça, usei as pontas dos dedos para arrumar seu cabelo bagunçado. Até daquela forma, Harry não deixava de ficar bonito. Algo frustrante para aquele que não fica da mesma forma, vulgo eu, que deveria estar descabelado.
- Você está lindo! - meu namorado, penteia com os dedos a minha franja.
- Diz isso para eu não me sentir uma pessoa terrível. - Deslizo minhas mãos pelo seu ombro.
Ele apenas me coloca prensado na parede por um pouco mais de tempo.
- Louis, você é lindo! Não sei de onde você tirou que não é. - Harry transita seus toques pelo meu rosto até meu queixo. - Não consigo acreditar que não saiba o quanto a sua beleza transcende no mundo. Seus olhos azuis, são como o mar aberto, seus lábios carregam a doçura do amor, sua pele arde como o fogo do sol e quando você sorri... - ele pressiona o polegar nos meus lábios. - Quando sorri, você transmite a melhor sensação para quem quer que se aproxime da sua pessoa. Agora, me diz, qual ser humano é capaz de carregar tudo isso como essência da sua própria natureza?
Meus olhos se encheram, como de costume, ele havia me deixado sem palavras e carregando a melhor sensação de ser amado por alguém como ele. Sorri, após abaixar e levantar a cabeça, sentindo as bochechas quentes representando a minha timidez.
- Obrigada por me fazer se sentir uma pessoa maravilhosa. - mordo os lábios, encostando nossas testas enquanto meus dedos massageavam sua nuca. - Você é incrível, sabia disso?
Sinto a pressão dos seus braços me apertando contra ele.
- Você também é!
Dei uma risada por pensar algo maldoso.
- Isso porque não tiramos o colar, imagina quando acontecer mesmo.
- Tenho certeza que vamos destruir algumas coisas. - Harry beijou o meu pescoço.
Sensível nessa região, noto o arrepio que causou nos meus braços.
- Vamos sair desse lado. - Interlaçando nossos dedos, ele me guiou pelo terraço.
O vento frio soprou e me fez encolher, mas continuei a caminhar até pararmos na mureta, aonde era possível ver os metros de distância que estávamos do chão. Do alto, observei a extensão verde da floresta e o jardim da morada, logo carreguei a sensação de paz que aquela vista me causava. Apesar de ser uma morada sombria, ela atraía uma beleza extraordinária se olhássemos por outro ângulo. A lua estava cheia aquela madrugada, pude ouvir o uivar do lobisomem, mas ele parecia melancólico e depressivo.
- Como ele veio parar aqui? - Pergunto, me encostando no suporte da mureta quando Harry parou de frente para mim.
- É complicado.
- Me diga, somente o necessário que tenho que saber.
Harry assentiu, olhando para as estrelas no céu e sendo logo tampadas pelas nuvens sombrias que rodeava a morada.
- Há um tempo, Selena viveu um romance sendo ele um dos caras mais cobiçados dos últimos tempos e ele era um vampiro. O nome dele é Justin Bieber, que também era apaixonado por ela. Mas alguma coisa na relação dos dois não andavam bem e os afastava constantemente, e ao descobrir as bruxarias que ela fazia contra seu irmão, Justin quebrou o laço com ela e em revolta, Selena o amaldiçoou e o transformou em lobisomem.
Boquiaberto, trago a lembrança do que li na biblioteca sobre Justin e Elliot, juntamente com Selena. Assustadoramente tínhamos uma ligação passada mais forte do que eu imaginava. Ela teria entrado em um romance com o irmão da minha encarnação passada e de repente, herdou todas as coisas da família Bieber e suas propriedades. Me questiono como tudo me parecia suspeito e terrível de imaginar.
Selena era traiçoeira e trazendo a lembrança de que Harry e Zayn a odeiam, me faz encaixar as peças no meu pequeno quebra-cabeça. Se Selena foi capaz de amaldiçoar Justin de um modo tão cruel, por que não teria um dedo sobre a minha vida amorosa com Harry? Ao que sei, bruxas que mexem com magia negra tem uma força impetuosa, ao lançar uma maldição para qualquer ser vivo na terra.
- Justin era meu irmão na vida passada, pois, lembro de ver sua pintura no livro da biblioteca com Elliot. - Mordo a minha bochecha presunçoso e continuo - Harry, ela foi capaz de fazer isso com alguém da minha família na vida passada e fingiu ser gentil no primeiro dia que cheguei aqui, sendo que ela tem uma rivalidade como meu Eu da vida passada. Eu sei que vocês querem me privar de muita coisa que liga a ela, mas eu não sou burro, eu sei que Selena pode ter sido a pedra no meu sapato e por isso devo ter morrido várias vezes.
Com a expressão vaga, Harry diz:
- Ela é perigosa e eu não sei porque ela está agindo diferente nessa sua nova encarnação, muito menos como está tendo acesso a tantas lembranças da sua vida passada. Eu temo como poderá ser os próximos dias.
Fiquei apreensivo em meu canto, olhando torto para o jardim da morada e tentando entender como aquela bruxa poderia ser tão falsa e duas caras perto de mim. Como Zayn havia-me avisado, não deveria me enganar pelas aparências. Selena poderia ser perigosa e estar pensando em mil maneiras de acabar com a minha vida na morada.
- Eu não entendo, o que eu fiz para ela me odiar tanto a ponto de amaldiçoar nosso amor?
Harry ficou em silêncio, juntando as sobrancelhas, mostrando não gostar do que ia me dizer:
- Por ganância e ciúmes, talvez.
Suspirei e abaixo a cabeça tentando buscar por alguma lembrança de Elliot, mas nada surge e me frustro por estar envolvido por tanto mistério.
- Lou, tudo bem? - Harry volta a perguntar.
Balancei a cabeça, para esvair com os pensamentos.
- Está sim.
Ficamos em silêncio e sentindo o vento surrupiar entre nós dois. O modo como ele estava gélido, parecia dizer que alguma coisa estava prestes a acontecer na minha vida. Encaro Harry sentindo um aperto no peito e deixo meus dedos apertando seu cabelo quando encosto nossas testas uma na outra.
- Quero que saiba que vou tentar fazer o máximo para que Selena não nos destrua novamente. E sobre Zayn, saiba que nossa amizade não vai passar disso e que eu o quero mais do que tudo, Harry.
- Eu sei. - Vi seu maxilar travando e o som dos seus dentes raspando uns nos outros. - Estarei ao seu lado lutando. Zayn é alguém que devo me acostumar, mesmo ele sendo petulante e provocador quando se trata de você.
- Quero que você entenda que meu coração pertence a você! - Fui sério ao dizer - Veja isso. - Mostrei algumas das tatuagens do meu corpo. - Estou literalmente marcado por sua causa e eu estou me apaixonando por você. Harry, eu o desejo insanamente. Entenda que deixo isso claro para Zayn.
Harry apoiou as mãos nas laterais da mureta, encostando seus polegares na minha coxa e abaixando a cabeça.
- Olha pra mim, veja a verdade do sentimento que tenho por você. - toquei no seu queixo, erguendo seu rosto diante do meu.
- Eu amo você! - Harry falou, me deixando sufocado, mas de um modo bom - Desculpe por agir como um idiota, é só que... Não consigo explicar essa vontade louca de espancar o Zayn.
- E toda nossa história? - indago - Pense nela todas às vezes. Porque eu e você somos um casal, mesmo que eu tenha o odiado, por me dar motivos para isso, eu amo você e preciso que me envolva nos seus braços e permita que possamos viver nossas vidas juntos.
- Disse que me ama? - Harry arqueou a sobrancelha. - Por favor, pode repetir?
- Ah Harry, você quer me ver sem graça mesmo? - fiz um beicinho.
- Louis...
- Tudo bem, eu disse que eu amo você. - Sorri com as bochechas coradas - Satisfeito, grandão?
- Muito.
Ele solta uma risada, enquanto permaneço apreensivo.
- Precisamos ver uma coisa. - Toquei no meu peito. Ao lembrar que horas atrás, sentimos as nossas peles arderem como fogo em brasa.
Puxei a manga do meu moletom, abaixei um pouco mais a cabeça, vendo perto da tatuagem "O renascimento da lua". Achei diferente de todas as tatuagens que tive e simbólico pela frase, aquela frase me encheu de questionamentos tão parecidos com os que venho fazendo da minha vida. Encarei Harry, e a sua tatuagem era parecida com um tordo, pequeno e com as asas abertas. Eu apenas não entendo por que essas tatuagens insistem em continuar aparecendo se estamos juntos como está escrito nos livros.
- Para que as tatuagens acabem, você tem que se transformar em vampiro e sua alma pertencer a mim. - Harry responde a minha pergunta.
- O que não será problema. - Mordi a ponta da língua sorridente. - O verdadeiro problema mesmo, vai ser minha transformação.
- Vamos ver isso amanhã na biblioteca! - Harry, abre as minhas pernas, ficando entre elas. - Mas enquanto nada acontece, o que acha de namorar um pouco?
- Eu adoro essa ideia.
- Que bom! - Harry roça o nariz na minha nuca.
- Só não vamos demorar porque é bem provável que Liam nos cace e nos prenda na festa. O que no caso se refere a mim.
Meu namorado concordou com a cabeça, sussurrando baixinho "Não vou permitir que ele faça", antes de me beijar docemente, tive a sensação de estar sendo vigiado, mas a ignorei.
...
Horas depois, voltamos para a festa de mãos dadas e mais calmos quando saímos dela. A animação não parava, todos dançavam e fumavam. Lá dentro, avistei meus amigos em uma animada conversa, Dante estava ali no meio, tranquilo e sorrindo. Antes de me aproximar deles, senti uma pontada forte no rim e um peso que me fez parar e puxar o Harry pelo ombro, enquanto ficava na ponta dos pés para dizer algo em seu ouvido.
- Tenho que ir no banheiro! - Apontei para a porta branca do dormitório do Liam.
- Quer que eu vá junto?
- Não será necessário.
Harry assentiu.
- Não faça nada impensável nesse tempo. - Olhei sério para ele.
- Eu não iria.
Arqueie a sobrancelha.
- Talvez sim, mas vou me comportar dessa vez. Já que me recompensou lá em cima. - A malícia na sua voz, me fez lhe bater no braço.
- Cala a boca!
Ele segura as laterais do meu rosto, encurvando o corpo para poder deixar o beijo calmo. Isso é mesmo, um modo bom de fazer a pessoa certa calar a boca.
- Já volto!
Fui me afastando dele passando entre aquele monte de transformados e aprendizes. Alguns loucos demais, acabavam me dando cotoveladas, seguidas de pisadas fortes no meu pobre pé. Tive que esticar os braços porque ser educado com um bando de dopados, era o mesmo que está pedindo para que a parede da sua casa crie vida e fale com você. Quando alcanço a maçaneta da porta, a giro e por sorte, não dei de cara com alguém fazendo sexo no banheiro ou outra coisa insana.
A tranquei, abrindo meu zíper o mais rápido possível, fazendo o que tenho de fazer até estar aliviado. Dei descarga, lavando as mãos em seguida. Encarando meu reflexo, percebi a ruína em que me encontrava, Harry disse que eu estava bem, mas acho que ele mentiu para me fazer acreditar nisso. Pois, a imagem inversa que estava encarando, era um garoto com os cabelos embaraçados, uma franja bagunçada e a roupa amarrotada.
Com os dedos, desfiz alguns nós formados, dando uma amenizada naquela imagem que acabei de ver, a tornando mais apresentável. Desliguei a torneira, virando meu corpo quando o som da festa ficou distante, as luzes começaram a piscar rapidamente até que estivessem fracas e fazendo ruídos. Gelei naquele instante, indo rapidamente para a porta, porém, ela não abria, por mais que eu a tivesse trancado.
Droga, mil vezes, droga!
Pressentia que algo ruim ia acontecer.
"Louis... Me entregue a sua alma"
Ouvi uma voz macabra e pude ver uma sombra atrás da cortina do box, a torneira começou a jorrar a água, assim como o chuveiro e o vapor me deixou sufocado.
"Sua alma será minha"
Sibilou as vozes.
- SOCORRO! - Bati o punho na porta, tentando abri-la.
A chutei, mas ninguém ouvia, nem eu conseguia ouvir o que estava no outro lado. As luzes começaram a piscar sem parar e eu não sabia o que fazer. A fresta da janela foi escurecendo, à medida que a vapor ficava mais forte e entoava o banheiro. Mantive meu olhar na cortina, da qual vi uma sombra e o choro de uma garota. Meu corpo estava molhado, devido ao líquido do vapor e a franja estava úmida grudando na minha testa.
- Quem é você? - resolvi dar mais passos à frente.
O choro permaneceu e comecei a tossir porque o ar parecia tóxico. Minhas mãos tremiam, as pernas e os pés seguiam o mesmo ritmo. A sombra permaneceu no lugar, é dessa vez, o som do metal roçando em outro me agonizou, por ser fino e irritante. Parei um pouco, observando a água da pia mudando do transparente para vermelha, escorrendo pelo chão e molhando o banheiro inteiro com sangue. Engoli em seco, voltando para a pia, decidido a fechar torneira. O cheiro podre me deixava com náuseas e ao tentar fechá-la, falhava pelo deslize da minha mão úmida e sem forças.
- Droga, fecha! Fecha! - minha mão escorregou e acabei deixando meu pulso rasgar no canto no espelho.
Meus pés escorregaram naquele chão sujo, ocasionando a minha queda. Com meu pulso sangrando e recebendo aquela chuva de sangue, seja-de-quem fosse em cima de mim, não acreditei ter uma saída para aquele inferno. Tossi girando meu corpo para o lado e acabo notando o vestido branco diante de mim com as barras manchadas pelo sangue, pés sujos e unhas em carne viva. Eu sabia que se erguesse ainda mais a minha cabeça, veria o que não queira.
Podia sentir o pânico envolvido pelo desespero, me dominar quando tentei me mover. A luz se apagou, tudo que eu enxergava era inexistente. Arrastei meu corpo pelo chão, fraco pelo medo que ainda existia em mim. Levanto-me ignorando a dor. Encosto minhas costas na parede, iria ser melhor sentir algo sólido atrás de mim para que eu pudesse saber que estava no mundo real.
"Sua alma"
"Ela vai ser minha, Louis Tomlinson"
- ME DEIXA EM PAZ! - Gritei, olhando para o escuro.
Andei rapidamente até o box, procurando a janela para poder sair dali, mas não tinha nada, era como se ela tivesse deixado de existir. Odeio o escuro e eu estava ficando sufocado, não era por causa daquela fumaça que saia do chuveiro, mas porque o meu medo estava crescendo dentro de mim.
"Você não tem muito tempo, você não será mais você, irá matar quem mais ama após isso!"
- VAI EMBORA!
Comecei a chorar, nesse momento, tudo parou, a água deixou de cair. Nada de sons ou fumaças ao meu redor, apenas a minha respiração ofegante. Meu olhar percorria cada canto do cômodo, embora nada eu os visse. Quando estou para dar um passo, senti que alguém estava bem na minha frente.
A luz se acende, um monstro diferente surge, suas orelhas eram pontudas, sua pelagem era escura e grossa. Seu rosto, assim como do último monstro que vi na floresta, era feito por ossos e pontiagudo. Sem olhos, ele também tinha desenhos circulares em seus pelos. As garras pingavam sangue e seu bafo, causava alucinações na minha mente . Mostrei o horror no meu olhar quando ela começou a gritar e fechei os olhos quando desviei do mesmo. O banheiro estava coberto por panos e partes internas de corpos no chão, corri até a porta, voltando a bater meu punho na tentativa de fazer aquilo acabar.
Olhei para trás, vendo o monstro, vindo em trôpegos na minha direção.
- HARRY! - Chutei a porta, mas era inútil.
Virei para o lado da pia e bati meu punho no espelho, o vidro se desfaleceu na infinidade de cacos e encurvei o corpo, puxando um pedaço de vidro grande e o virando para a entidade. Na minha frente, agi rapidamente antes que ele me enfiasse a garra no meu corpo. Acerto o vidro dentro do vazio dos seus olhos, girando até atingir suas possíveis órbitas. Ele gritou e me afastei, deixando o vidro em seu rosto. Dando dois passos para trás, me atentei ao monstro e vi que ele não tinha sido afetado. A entidade, seja lá quem fosse, puxou a minha perna, fazendo com que eu batesse minha boca no chão. Eu precisava da ajuda de Harry, mas ele não estava ali e eu não sabia mais o que fazer para me defender.
A tal entidade continuou a afetar a circunferência que a luz piscava e quando percebi, ela estava com a garra no meu braço, raspando na minha pele. Eu gritei, contorcendo de dor no meu canto. As lágrimas começaram a queimar a minha pele quando sentia minha carne ser rasgada lentamente. Quando achei que não teria mais forças, o monstro parou, aproximando seu rosto do meu lentamente. Fechei os olhos, pois, não queria encará-lo.
- Seu tempo está acabando, LOUIS TOMLINSON! - Várias vozes se entornaram por trás daquela entidade.
E quando perdi as esperanças de sobreviver a sua tortura, escuto a porta do banheiro sendo arrombada e assisto aquela coisa bater contra a parede. Abri meus olhos, visando o banheiro com a luz acesa e tudo o que teria visto antes, desaparecer.
- Louis! - Harry se agachou ao meu lado pegando o meu corpo com cuidado.
Eu só conseguia chorar, lembrei que aquela entidade havia me cortado, encarei meu braço, nele estava a inicial do meu nome dentro de um círculo torto.
- Quem fez isso? - Aiden também olhou na mesma direção que eu.
- Você sabe, quem... - Zayn também estava ali, mas não tinha o visto entrar.
Minha cabeça estava girando e para mim, a conversa daquelas dois parecia difícil de entender. Depois que eles invadiram o banheiro, aquela criatura bizarra teria desaparecido e todos que estavam na festa pareciam como da última vez que teria os vistos. Mas após me verem caído no chão, a maioria dos aprendizes começaram a se agitar com gritarias e movimentações. Não demora muito para que Selena entre no meu campo de visão com o semblante preocupado e confuso, me fazendo entender os motivos do alvoroço.
- Louis, o que aconteceu com você, querido? - a mesma se agachou na minha frente, me olhando com espanto.
Sua pergunta me parecia zombeteira pelo simples fato de saber que ela era culpada por muita merda que acontecia na minha vida. Mas, como estava fraco, não consegui formar uma resposta descente para ela.
- Vou levá-lo para a enfermaria, em seguida vamos ter uma conversa, okay?
- Vou ficar com ele. -Harry se pronunciou.
- Eu também. - Zayn foi o outro.
Selena os encarou séria e uma energia negativa era sentida por mim, depois de analisá-la. Eu não queria ficar sozinho com aquela bruxa, mas temia que ela pudesse fazer algo ruim com aqueles dois, como aconteceu com Justin.
- Harry! Zayn! - encarei ambos, que fizeram o mesmo - Deixe me ir, ela é a Suprema e não irá me machucar. Não é mesmo, Selena? - desviei meu olhar para a mesma.
Ela sorriu, assentindo.
- Sim, não faria nada contra um dos meus aprendizes preferidos!
Não sei como ela usava aquele tom de voz, mas balancei a cabeça, voltando para o meu namorado e melhor amigo, cujo os olhos "diziam": "Você é louco".
- Vou ficar bem.
- Eu amo você!
Harry me beijou com delicadeza e se afastou. Em seguida, Zayn beija a minha mão, como se quisesse me fazer mudar de ideia.
- Não se esqueça que temos algo para conversar também, okay? - ele beija minha bochecha. - Amo você! - disse Zayn.
Quando Selena se aproxima, encaro as duas pessoas da minha vida, sendo sincero em meu olhar de que estava seguro e que os amava.
[Próximo capitulo]
Na enfermaria, enfaixaram o meu braço porque o corte que foi
feito não fora profundo. Selena ficou me encarando a todo o tempo apreensiva, como se estudasse meus movimentos. Quando a enfermeira se retirou, ficamos sozinhos. Pensei em Zayn e Harry, nos olhares deles sobre mim quando ela me levou para longe, era como se eu tivesse vivido isso antes, parecido com uma despedida.
- Posso me sentar ao seu lado? - Ela perguntou calmamente.
Assenti, mostrando que estava tudo bem. A pressão do colchão baixou quando ela se senta, olho para o meu braço, segurando-o com cuidado.
- Louis, farei algumas perguntas, como fiz ao Liam e alguns presentes na tal festa, certo?
- Tudo bem.
- Mas antes... - Selena tocou no meu ombro, senti a frieza vindo dela - Como se sente?
- Bem.
- Que bom, lamentaria se fosse algo pior acontecendo com você. - Selena sorriu e apertou meu ombro, pude sentir suas unhas passando por ali.
Voltamos ao silêncio, olhando para o lado, percebi que a chuva caía gradualmente, em seguida, minha visão focou no relógio, que badalava no alto da parede da enfermaria.
3:20 A.M.
Ou seja, aquela atividade paranormal aconteceu às 3:00 da manhã, que coincidência, não?
Selena cruzou as pernas, me encarando mais séria.
- Você é novo, mas acredito explicaram as regras da morada quando chegou no primeiro dia, certo?
- Sim.
- Pois bem, nós damos liberdade aos aprendizes até certo ponto. Temos limites e gostamos que nossos aprendizes sigam essas pequenas e simples regras. Uma delas é não dar festas às escondidas.
- Compreendo.
- Então, preciso saber a verdade, quem foi quem planejou a festa no quarto do Liam?
Fiquei em silêncio, não queria ser dedo duro, longe de mim fazer isso, gosto de evitar problemas em ambos os lados. Abri a boca, mas a fechei sem saber o que dizer a ela. Selena arqueou a sobrancelha, quase impaciente pela minha demora.
- Querido, dizer a verdade para mim não vai te prejudicar com seus amigos. Garanto!
Tentando me passar confiança, Selena sorri, mas ela falhou porque ainda assim, não conseguia acreditar no que ela dizia. Olhei dentro dos seus olhos, vendo a imensidão vazia que eles causavam ao me encarar. Foi quando algo aconteceu, percebi que estava dentro da sua cabeça, mas ela não sabia disso, podia ouvir seus pensamentos, eles não estavam mais bloqueados como antes. Tentei não me mostrar surpreso, apenas balancei as pernas, pensando que não a queria entrando na minha cabeça outra vez, estava com raiva daquilo tudo e ela aumentou porque ao ler seu pensamento, eu soube seus verdadeiros intuitos:
"Admita, Tomlinson. Diga o que quer dizer e eu terei o que preciso para concluir meu plano de deixá-lo frágil e sozinho."
Mordi os lábios, encarando o chão e depois ergui a cabeça para encará-la.
- Eu dei a ideia. - Falei.
"O que?", Selena pensou.
Sorri internamente.
- Tem certeza do que diz, querido? - Ela franzia o cenho me encarando.
Não vai entrar na minha mente. Visualizo um muro entre nós dois, para que nem ela e nem outro alguém, possa ultrapassar mesmo que tentasse destruí-lo. Aqueles eram os meus pensamentos e somente eu poderia ter acesso a eles, ninguém mais.
- Sim, eu fiquei empolgado por ter feito amigos novos em tão pouco tempo. Eu queria fazer uma festa para poder comemorar, Liam não quis, mas eu insisti mesmo sabendo das consequências. - Dei de ombros - Não havia me dito sobre as festas da morada, por isso, ela aconteceu.
Selena ainda tentava entrar na minha cabeça. Porque seu olhar era de frustração ficou visível, em seguida. Continuei imaginando o muro crescendo entre nós e fértil na ideia de que somente eu poderia ter o controle dos meus pensamentos.
- Tudo bem se quiser me punir por isso, irei arcar com as minhas consequências. - Continuei enquanto ela permanecia em silêncio.
- Como aprendeu a bloquear seus pensamentos?
- Hum? Acho que aprendi sozinho. Muitas pessoas estavam invadindo a minha cabeça e acho que me incomodei com a ideia disso ser recorrente que fui atrás dos meus próprios meios para tentar bloqueá-los. - Menti. - Você estava tentando ler a minha mente? Não acredita no que estou lhe dizendo?
Ficamos nos encarando. Selena deixou os músculos rígidos, piscando os olhos para voltar a sua seriedade.
- Claro que acredito. É só que seus amigos, admitiram que fora o Liam e não você a dar a ideia para a festa.
- Fizeram isso porque sou novo. Não queriam que eu me encrencasse, mas eu disse a eles que se algo desse errado, eu ia me responsabilizar.
Arrumei a franja quase seca na minha testa.
Selena continuou sem saber o que fazer. Ignorando a verdade exposta naquela mesa de intrigas, preferimos jogar um com o outro, do que levar adiante a seriedade do assunto.
- E seu braço? O que aconteceu com você naquele banheiro?
Olhei para a janela, me vindo as lembranças do que vivi com aquela criatura macabra.
- Quando eu fui até ele, acabei tendo uma crise forte de paranoia, lembro de estar me cortando e chorando sem explicação. Fazia tempo que não tinha uma crise tão forte como essa, acho que ela veio no momento de fragilidade e embriaguez da minha parte, e bem, escorreguei no chão quando fui me lavar. Deixei a torneira ligada porque estava fraco para poder fecha-la, também ia tomar banho para poder tirar aquele sangue de mim, mas acabei dando conta que estava em outro dormitório. Admito que fiquei muito chapado por causa da maconha. Estava tão alterado, que acabei espalhando o meu sangue por cada canto daquele cômodo e se Harry e Zayn não tivesse chegado ali, talvez eu continuasse a fazer besteira.
- Harry e Zayn. - Selena disse em um tom seco - Vejo que seus laços estão fortes com ambos, ainda mais com Harry Styles.
- Ele só precisava de alguém para que pudesse amolecer seu lado integro e orgulhoso, alguém que estivesse disposto a amá-lo de verdade. E Zayn - continuei sorrindo - ele é um amigo incrível, que me pergunto, por que não vim para essa morada antes. Você estava certa quando disse que me acostumaria com o lugar. - Finalizei com um suspiro.
Selena apenas me encarou de cima abaixo. Não parecia contente, mas disfarçou, enquanto pensava: "Você sempre consegue o que quer."
- Mas voltando ao assunto, qual será a minha punição? - Perguntei-lhe.
- Acho que verei o que faço, vou informá-lo assim que possível. Mas peço, que não faça, mas essas balbúrdias, entendeu? - Concordei com a cabeça - Agora pode voltar para o seu dormitório. Descanse e espero que fique tudo bem. Sabe que pode contar comigo para tudo!
- Não irei mais aprontar. - Me prontifico.
...
Sai da enfermaria, abraçando meu próprio corpo. Ainda estava úmido e tinha apreensão a tudo na minha volta, se aquela coisa aparecesse novamente, não saberia como me defender. Mas ainda havia alunos acordados e perambulando pela morada, isso me deixou ainda mais calmo. Quando estava entrando na porta que ligava os dormitórios, encontro Zayn e Harry me encarando com os olhos preocupados.
- Ela machucou você? - os dois perguntaram em uníssono.
"Se ela, tiver o machucado, não sei do que sou capaz", pensou Harry.
"Temos que proteger o Louis!", Zayn também pensou.
- Estou bem. - falei - E também li o pensamento de vocês dois. Vocês não vão precisar fazer nada com ela porque Selena cumpriu com a palavra e não me machucou. E quero que saibam que preciso mesmo dessa proteção de vocês, estaria mentindo se negasse.
Os deixei boquiabertos, estava me divertindo com aquilo. Pela primeira vez, gostei de estar inundado de pensamentos.
- Como? - Indagaram juntos.
- Não sei como faço ou fiz, apenas consigo bloquear minha mente, ler aquelas que estava impossibilitado antes. - Olhei para os dois - Selena queria que eu falasse sobre a festa, eu li seu pensamento e mudei todo o enredo. Acho a minha raiva possa ter contribuído para essa nova habilidade surgir.
- Pegou ela dessa vez! - Dante aprovava meu ato.
- A nós, porque não consigo ler seus pensamentos. - Harry sorriu.
- Finalmente tenho a minha privacidade de volta.
Ambos riram do meu comentário e vi mais um milagre acontecer aquela madrugada.
- Falando sério agora - Me pronunciei - Eu vivi uma experiência horrível no banheiro do Liam. Tinha um monstro comigo naquele cômodo e ele me machucou, como podem ver. Tentei pedir por ajuda, mas parecia tudo tão distante como se - engoli em seco -, eu estivesse preso no meu próprio inferno. Achei que fosse morrer.
A minha voz foi ficando falha. Meus pelos se arrepiaram, por lembrar da garra no meu braço. Os dois garotos na minha frente, se entre olharam, como se estivesse conversando pelos olhares.
- Você não pode ficar mais sozinho.
- Não vamos cometer o erro de perdê-lo como das outras vezes! - Zayn completa a fala de Harry. - Eu e o seu namorado combinamos, de fazer isso por você quando Harry não estive por perto, eu vou ficar ao seu lado. Tudo está mais macabro dessa vez, diferente das suas outras reencarnações. O fato de você não morrer é a prova disso.
Assenti, estava orgulhoso da trégua que eles resolveram dar.
- Vocês vão me dizer tudo amanhã, não vão? - perguntei.
- Está bem para fazer isso? - Harry segura na minha cintura.
- Eu preciso saber mais sobre o meu passado.
- Então, vamos fazer isso juntos.
Zayn comentou olhando para nós dois e isso foi diferente.
- Estou com medo de vocês.
- Por quê? - Eles entre olharam.
- Porque não estão agindo como idiotas! Atchim! - espirrei coçando o nariz.
- Melhor você ir tomar um banho e dormir. - Zayn se aproxima - Fica bem, doce! - Ele beija a minha testa, seu ato, fez com que Harry apertasse a minha cintura. - Nos vemos, amanhã?
- Sim. Você ficará bem? - Seguro a sua mão.
Zayn solta uma risadinha balançando a cabeça. Me importo com ele, quero que ele saiba disso.
- Não se preocupe comigo. Vou ficar bem.
Suspiro, mesmo inseguro. Ele acena com a cabeça para Harry e para mim, após sair como um jato pelo corredor.
- Amor? - Harry me chamou.
O encarei.
- Harry! - toquei no seu rosto - Estou com medo. Dorme comigo hoje?
Ele sorri.
- Eu não ia deixá-lo sozinho.
...
Tive que tomar banho com a porta aberta, vergonhosamente, pedi para que Harry me observasse porque eu estava traumatizado. Fui rápido ao terminar, Harry me enrolou no roupão, secando meus cabelos com a toalha pequena para me ajudar. Quando ia fazer alguma coisa, ouvi sair dele um "Eu vou cuidar de você, me permite?", mesmo me achando mimado demais, deixei que ele fizesse isso. Harry me secou, me entregando uma blusa que ele teria trago do seu quarto e quando a vesti percebi que cobria meu corpo quase inteiro e o short de dormi que estava por baixo. Esperei ele tomar seu banho e fomos para a cama, o relógio marcava, 4:15 da manhã. O sol estava prestes a nascer e eu estava exausto.
- Apesar das fortes emoções - aconcheguei minha cabeça no seu peitoral - Esse fim de madrugada, está sendo muito bom.
Harry interlaçou nossas pernas, fazendo um carinho no meu braço.
- Concordo com você.
- Harry, aquela monstro me disse que "meu tempo estava acabando". Será que alguma coisa de ruim, vai acontecer comigo? - O encarei.
- Eu não sei. - Meu namorado me olhou nos olhos - Mas saiba que se for, darei um jeito de acabar com essa palhaçada antes que comece.
Assenti com um sorriso nervoso.
- Eu só não quero te perder!
- Você não vai.
- Harry, me beija!
Ele segura meu rosto e juntando modos lábios, iniciando um beijo calmo e cheio de amor. Meu coração, que ainda funcionava, acelerou cada vez mais quando vi estava fazendo um cafuné na cabeça de Harry. Ele se tornou tudo para mim. Esses próximos dias serão intensos, sei que com o Harry, vou aguentar essa barra sem muita exaustão.
Notas Finais
Então né?
Cada tiro atrás do outro, até eu fui atingida kkk
Enfim, quero agradecer a todos que estou me apoiando, essa história está mexendo comigo ♥ Sei que com vocês também!!!
Desculpem meus erros :-/
Obrigada por tudo, aos favoritos e comentários, continuem assim ♥♥
Próximo capítulo, falará somente do passado do Louis, como ele era antes de morrer e reencarnar, depois no próximo a história seguirá com eles na biblioteca e aí, que a ela vai ficar mais interessante, estou ansiosa para escrever!!!
Até logo ♥
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro