Presa
Eu sabia que estava presa,
quando vi minhas mãos acorrentadas
para uma parede de fronteira.
Transeuntes assistidos
pelo conteúdo,
meus movimentos
e minha temperança ficavam fora.
Eu lembro que minha alma doeu
e sangrou de insatisfação.
Não era conveniente
dizer uma palavra.
Na minha cabeça
estava gritando loucamente:
esquizofrenia paranóica!
Encheu minhas veias com sangue, literalmente.
Uma noite houve
uma tempestade vibrante
um feiticeiro astuto teve pena
de mim
e me libertou:
Corra subjugada!
Eu atravessei as ruas
de paralelepípedos,
Inundadas com a água da chuva.
Eu lembrei que deveria
use engenhosidade
e peça misericórdia.
Agachada eu vi essa chuva preta.
Eu disse a ele
que estava possuído
para o diabo,
como consequência
Eu tenho seqüelas
cósmicas e artísticas.
Para as drogas da noite tóxica, derretida em uma colher de ouropel.
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