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1 - ✦✧✧ 𝐀𝐬 𝐐𝐮𝐚𝐭𝐫𝐨 𝐌𝐞𝐧𝐢𝐧𝐚𝐬 𝐞 𝐒𝐞𝐮 𝐀𝐦𝐢𝐠𝐨 𝐑𝐞𝐚𝐥 ✧✧✦

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Era uma vez, em um castelo numa terra mágica, cinco meninas que cresceram juntas. Seus nomes eram - da mais velha para a mais nova - Aryadna, Asterina, Natalya, Carina e Julietta.

Os pais de Asterina, Natalya, Carina e Julietta eram lordes e grandes amigos que se amavam como irmãos. Igualmente, as quatro meninas eram grandes amigas que se amavam como irmãs.

No castelo também vivia o rei bom, sua rainha, o príncipe herdeiro e o príncipe mau, que era irmão do rei bom.

O rei bom tinha como conselheiros mais próximos sete lordes, dentre os quais os pais de Asterina, Natalya, Carina e Julietta, de forma que as meninas cresceram como amigas do príncipe herdeiro e nunca se viram como mais do que isso para eles: amigas.

Aryadna fora criada diferente. Desde pequena fora ensinada que devia fazer de tudo para conseguir poder, e a melhor forma era se casando com o príncipe herdeiro. O pai e a mãe de Aryadna sempre lhe diziam que ela não podia ter amigos ou confiar em ninguém, de forma que ela cresceu uma menina triste com um sorriso intermitente.

Um dia, o rei bom morreu inesperadamente e a rainha, doente de luto, não demorou muito a morrer também, deixando o jovem príncipe herdeiro sozinho para ser cuidado pelo príncipe mau.

Aquela foi a primeira vez que Asterina Argoz se sentiu próxima do príncipe Caspian, pois ela também não tinha mãe e logo também deixou de ter o pai, pois Miraz - o príncipe mau - enviou os sete lordes para explorar os mares orientais.

Natalya ficou com sua mãe, uma bonita arquelandesa de cabelos dourados e sorriso aberto.

Carina também ficou com a própria mãe, uma calormana de espírito forte, sotaque denso e belíssima pele escura.

Julietta foi cuidada pela avó, uma senhora baixinha e morena muito simpática apesar dos modos um pouco brutos.

Asterina foi confiada aos cuidados do Dr. Cornelius, preceptor do príncipe Caspian, e quando observou o navio com os sete lordes partir, seu coração de menina se apertou, pois ela sentia que demoraria um longo tempo para ver o pai novamente.

Daquele dia em diante, ela passava muito tempo na companhia do príncipe Caspian, pois o Dr. Cornelius insistia em ensinar Asterina também enquanto ensinava o príncipe.

Começava a incomodar a menina a impressão de que o velho professor sabia algum segredo importantíssimo a respeito dela que nem a própria jovem lady sabia.

As meninas cresceram, ficaram bonitas e corriam cochichos pela corte sobre qual das cinco meninas conquistaria o coração do príncipe Caspian, que se tornara um rapaz bonito e forte.

Boa parte torcia por Aryadna, cuja família era mais rica.

Alguns torciam por Natalya, por sua incrível presença de espírito e sua beleza.

Outros torciam por Carina, pois sua mãe era de uma família muito importante na Calormânia e ela seria uma ótima aliança diplomática.

Uma parte apostava em Julietta, que era delicada, gentil, romântica e bonita.

A maioria constituída pelos servos, plebeus e alguns lordes menores, no entanto, colocavam suas esperanças em Asterina, que era instruída, sutil, corajosa e sempre tinha um sorriso ou uma palavra gentil a oferecer.

Quaisquer apostas e cochichos sumiram na fatídica noite da fuga do príncipe Caspian.

A noite em que tudo o que Asterina achava saber mudou, pois Dr. Cornelius finalmente contou a ela o segredo que vinha guardando: a mãe de Asterina não era telmarina. Ela era narniana. Possivelmente uma dríade.

Na hora, Asterina riu, pois para ela, tudo o que os narnianos eram até então era história. Passado. Por mais lamentável que fosse o presente era os telmarinos e fim.

Uma semana depois, Miraz fora destronado por Caspian e seu exército de narnianos, auxiliados pelos grandes reis e rainhas do passado.

E como se não houvesse nada melhor a fazer, o bafafá anterior voltou, pois agora que Caspian era rei, precisaria se casar para ter herdeiros.

Nenhuma das quatro meninas gostava daquele tipo de conversa. Fazia com que se sentissem diminuídas.

– Eles falam e falam como se fossemos nada além de éguas parideiras. – bufou Carina durante o baile de coroação, sentada em um canto com as amigas, os sapatos já deixados de lado. – Eu nunca vou me casar!

– Você é tão anti-romântica, Cari. – disse Julietta com uma risadinha. – Se eles irritarem muito, nada que jogar um tijolo não resolva.

– Você e seus tijolos, Ju... – Natalya balançou a cabeça rindo junto com as amigas. – Eles querem que a gente dê atenção pra esse tipo de conversa. É só ignorar que logo logo passa.

– Lya está certa. E quem sabe como as coisas vão ser daqui pra frente? Tudo está mudado. Agora não somos governados só pela lei telmarina. Também somos governados pela antiga lei narniana. – disse Asterina. – E só de olhar para a forma como a Rainha Susana e a Rainha Lúcia se portam, sabemos que as coisas serão bem diferentes para nós mulheres de agora em diante.

– Asty como sempre é a voz da razão! – disse uma voz diferente, masculina, causando que as meninas pulassem de seus lugares no banco de pedra e se sentissem constrangidas pelos sapatos todos amontoados em um canto quando viram Caspian acompanhado dos grandes Reis e Rainhas. – Permitam-me apresentar minhas amigas mais antigas, as ladies Asterina Argoz, Natalya Bern, Carina Revilian e Julietta Rupe. Grande Rei Pedro, Rainha Susana, Rei Edmundo e Rainha Lúcia.

– Majestades. – elas responderam em uníssono com reverências tão bem sincronizadas que qualquer um poderia dizer que elas faziam tudo juntas.

– Não precisa tudo isso. Se são amigas do Caspian, também são nossas amigas. – assegurou a Rainha Susana.

– Por que vocês diziam que as coisas vão mudar para as mulheres? – questionou a Rainha Lúcia.

– Se não nos expulsaram da corte até agora é porque somos bonitas e ricas, Majestade. – respondeu Carina.

– Ou talvez porque o Caspian gosta da gente, o que não diz muita coisa. – riu Julietta.

– Não diz muita coisa?! – Caspian exclamou ofendido.

– Caspian, você é como um filhotinho de labrador: gosta de todo mundo a menos que te chutem. – disse Natalya.

– Que digno... Um filhote de labrador. – comentou o Rei Pedro com um olhar divertido.

– Um que você chutou, se me lembro bem... – provocou o Rei Edmundo arrancando risos de todos.

– Obrigado. Vocês arruinaram a minha reputação. – disse Caspian com um olhar irritado de brincadeira para as amigas.

– Você pode até ser um filhote de labrador, mas é o nosso filhote de labrador e nós vamos te proteger. – sorriu Asterina.

– Isso não melhora muita coisa, Asty. – Caspian sorriu amarelo e então deu de ombros, se aproximando um passo da ruiva. – Nós já dançamos hoje? Desculpe, eu já dancei com tantas damas hoje que perdi as contas.

– De "Rei Caspian, o Filhote de Labrador" a "Rei Caspian, o Galã" em uma única frase. – provocou Natalya com a sobrancelha arqueada.

– Cuidado corações desavisados! – riu Julietta juntando-se à brincadeira.

– Quem diria, o novo rei de Nárnia: um libertino! – continuou Carina com um sorriso torto.

– Que pouco cavalheiresco da sua parte. – terminou Asterina sacudindo a cabeça.

– E-eu... N-não foi nada disso que eu quis dizer! – gaguejou Caspian parecendo buscar onde enfiar a cara.

– Oh, eu gosto delas! Gosto muito, muito delas! – exclamou a Rainha Lúcia com um sorriso largo que tinha um brilho adorável de travessura.

– Por que é que andaram as escondendo de nós? – perguntou a Rainha Susana com o mesmo sorriso que a irmã. – Vocês são nossas novas melhores amigas!

– Ai que incrível! As Grandes Rainhas de Nárnia gostam de nós! – exclamou Julietta mal conseguindo parar quieta de animação.

– E lá vem o surto... – Carina revirou os olhos.

– Antes que nossa romancista tenha a oportunidade de um de seus surtos, não, Caspian, você ainda não dançou comigo hoje, o que é uma rude quebra de tradição. – interrompeu Asterina com um sorriso conciliador.

– Um erro que devo corrigir imediatamente! – disse Caspian retribuindo o sorriso e estendendo a mão direita. – Lady Asterina Argoz, me concede a honra de uma dança?

– A honra seria toda minha, Majestade. – respondeu Asterina apoiando sua mão na do novo rei com uma reverência que tinha de brincalhona tudo o que tinha de graciosa.

– Pois acho que deveríamos todos ir dançar! – declarou Natalya com um olhar para o Rei Pedro que foi muito retribuído pelo mesmo, coisa que não passou despercebida pelas outras jovens ladies.

– É uma ideia esplêndida! – exclamou Julietta, sempre pronta para juntar um casal.

– Oh, por favor, por favor não me façam colocar aqueles sapatos de volta! – choramingou Carina.

– Susana, o que acha de uma breve competição de pontaria com Lady Carina? – sugeriu Lúcia parecendo entender bem o drama da mulher de pele escura.

– Grande ideia, Lu! O que acha, Lady Carina? – perguntou Susana.

– Meus amigos me chamam de Cari! – afirmou a lady recolhendo seus sapatos, juntando-se às rainhas e acenando para suas amigas. – Divirtam-se, florzinhas!

– A vencedora ganha um pacote de doces das perdedoras! – anunciou Lúcia enganchando seu braço no da nova amiga.

– É a coisa mais inteligente que ouvi essa noite inteira! – concordou Carina com um largo sorriso. A meio-calormana era durona em todas as situações, mas se transformava em uma verdadeira formiga quando o assunto era doces.

Enquanto as antigas Rainhas se afastavam com Carina para o pátio do castelo que fora reservada aos jogos, os outros retornaram ao grande salão.

Como era de se esperar, Pedro tirou Natalya para dançar com ele, e a loira não deixou de lançar uma piscadela para as amigas antes de ir.

Edmundo, muito vermelho e sem jeito, chamou Julietta para dançar, e a menina ficou tão vermelha quanto ele, parecendo prestes a surtar, aceitou com os olhos brilhando e um suspiro. A jovem Rupe achava a ideia de Grandes Reis e Rainhas voltando para defender Nárnia terrivelmente romântica, e Edmundo – com toda a sua história de traidor redimido, romantissíssima na opinião de Julietta – fora a paixonite de infância e boa parte da adolescência da garota.

Era um costume de Caspian e Asterina – ela sendo a muitas vezes afirmada melhor amiga do jovem rei – que separassem ao menos uma dança um com o outro em bailes reais. Os dois conheciam-se muito bem, e sempre sentiam que podiam ser verdadeiros na presença do outro.

– Então... A Rainha Susana? – perguntou Asterina com uma sobrancelha arqueada sugestivamente.

– Você... Mas... Como você-? – balbuciou Caspian, interrompendo a si mesmo, tamanha sua incredulidade.

– É meu dever de melhor amiga real perceber essas coisas. – ela respondeu com seu sempre doce, sempre luminoso sorriso.

– Eu ainda estou convencido de que você é onisciente, Asty. – afirmou o rapaz, o sorriso fácil na presença da amiga. – Ou de que você tem olhos e ouvidos em todos os lugares!

– Não vou confirmar ou negar qualquer um dos dois. Quem sabe assim você não pensa duas vezes antes de não me convidar para revoluções? – Asterina brincou, e ao ver o franzir das sobrancelhas de Caspian, imprimiu um tom gentil à própria voz: – Foi sábio da sua parte não ter nos chamado. Não fomos treinadas nas artes da guerra e teríamos sido um peso para você.

– Besteira! Você e Lya entendem de política melhor que eu. Cari é a melhor estrategista que conheço e Ju lê mapas como ninguém. – disse Caspian rodopiando a ruiva. – E eu teria feito ótimo uso das minhas maiores aliadas. Até porque, você só não é melhor que a Susana com o arco.

– Não é justo! O arco da Rainha Susana é mágico! – exclamou Asterina com uma gargalhada alta. – Ele é encantado para não errar!

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Os antigos Reis e Rainhas ainda permaneceram em Nárnia por algumas semanas, assim como o Grande Leão Aslam.

Asterina e Natalya logo ficaram amigas da Rainha Susana, apesar de que a loira passava muito mais tempo agora com o Grande Rei Pedro e Caspian sempre arrumava uma desculpa para estar perto da Rainha Susana. Carina vivia às voltas com a Rainha Lúcia – as duas sempre tinham algum doce a roubar – e Julietta achara inúmeros interesses em comum com o Rei Edmundo, de forma que os dois passavam muito tempo juntos. O que deixava Asterina quase sempre presa no meio das segundas intenções de Caspian para com a rainha antiga.

Como se já não bastasse ser constrangedor por toda a natureza da situação, as entranhas da ruiva se reviravam de vergonha alheia com o tamanho da lerdeza de Caspian, e toda vez que Susana não estava olhando Asterina gesticulava incansavelmente com caras e bocas para que Caspian falasse com ela logo.

E o jovem rei, apesar de ter tido coragem de reunir os narnianos e enfrentar todo o exército telmarino, parecia não ter coragem de se declarar para uma garota bonita.

Todos os membros da corte observavam entretidos as interações entre os dois jovens enquanto a Rainha Susana não olhava. Asterina gesticulava furiosamente, revirava os olhos, girava no próprio eixo, puxava os cabelos, esperneava enquanto Caspian fazia caras e bocas, abanava os braços e os dois haviam ficado muito bons em leitura labial.

Fala com ela logo! – exigiu Asterina sem fazer som enquanto Susana olhava alguns documentos com o Dr. Cornelius mais a frente.

Falar o quê? Eu não sei o quê dizer! – respondeu Caspian com os olhos arregalados e mímicas que não faziam muito sentido ao que ele dizia.

Se declare logo! – foi a resposta da meio-dríade, cujas gesticulações faziam muito mais sentido.

O quê? Agora? Não! – Caspian se afastou um passo e quase tropeçou.

Asterina bateu a palma da mão contra a testa exasperada, antes de – com os lábios comprimidos e os olhos muito arregalados – apontar para Caspian, então fazer com as mãos como se algo saísse da própria boca, apontar para a Rainha Susana, antes de apontar para si mesma, usar uma mão para socar a palma da outra e apontar para Caspian de novo. Decidindo que a expressão do rapaz estava assustada o bastante para provar que ele havia captado a ameaça, a ruiva virou nos calcanhares e saiu andando.

Caspian deu três passos na direção da amiga para tentar seguí-la, mas logo desistiu, voltando para onde estava.

Ao longe, Trumpkin, Caça-Trufas, Ripchip e um dos Ursos Barrigudos assistiam a cena toda entretidos.

– Eles estão espantando mosquitos? – questionou Caça-Trufas tombando a cabeça de lado.

– Não. É um marimbondo. – afirmou Trumpkin ao ver a cara assustada de Caspian. – Ela está fugindo, vêem?

– Pousou nela! – exclamou o Urso Barrigudo quando o rei começou a seguir Asterina.

– Ah, foi embora! - atestou Ripchip diante da desistência.

Ao longo daquela semana, o grupo presenciou diversos eventos parecidos.

– Será que eles andam com mel nos bolsos? – questionou o Urso Barrigudo.

– Sabe, você é um dimocó, mas realmente parece ser a única explicação possível para que eles estejam sempre cercados de marimbondos. – concordou Trumpkin.

– Precisamos checar as calhas e telhados atrás dos ninhos. – decidiu Ripchip.

– E colocar telas nas janelas. – adicionou Caça-Trufas solenemente.

– Eu tenho uma ideia melhor. – disse Trumpkin com um olhar determinado.

Mais tarde naquela mesma semana o anão vermelho podia ser visto carregando um saco de estopa que se mexia e reclamava.

– Olá, Trumpkin! – cumprimentou Asterina passando pelo corredor com um sorriso simpático e um livro na mão. – O que tem no saco?

– Boa tarde, Lady Asty. – cumprimentou Trumpkin de volta. – Sapos, milady. Sapos.

– Sapos? – Asterina franziu as sobrancelhas com uma risada confusa. – Pra quê serve um saco de sapos, Trumpkin?

– Para dar um jeito de vez nos marimbondos, milady. – o anão respondeu muito orgulhoso de si mesmo.

– T-temos marimbondos?! – exclamou Asterina arregalando os olhos e sentindo o sangue fugir do rosto. Tinha pavor de marimbondos e vespas.

– A senhorita está bem, milady? Está branca como papel! – disse Trumpkin preocupado.

– Hmm... Vou ficar melhor quando os marimbondos tiverem ido. – ela respondeu com um sorriso amarelo.

– Não se preocupe, milady. A unidade de ratos está inspecionando todas as calhas e telhados atrás do ninho, Caça-Trufas está administrando a instalação de pedras nas janelas, e se algum entrar pelas varandas, os sapos darão conta. – assegurou o N. C. A.

Asterina agradeceu e voltou a andar com as sobrancelhas franzidas e confusa. Durante toda a sua vida ela não vira nem aranhas ou mosquitos em qualquer lugar perto do castelo telmarino. Parecia que de alguma forma a presença de Miraz afastava todo tipo de criatura viva. Manter os jardins era um suplício. Será que Caspian causava o efeito contrário?

Os dias foram passando e as brigas de mímica continuaram – Trumpkin, Caça-Trufas, Ripchip e o Urso Barrigudo encucados com o mistério de como após todas as medidas tomadas o rei Caspian e a lady Asterina continuavam espantando marimbondos – até o dia em que Susana pegou Asterina esperneando.

– Asty? Está tudo bem? O que aconteceu? - questionou a rainha com um olhar confuso para a amiga.

Asterina e Caspian trocaram um olhar de crianças pegas aprontando. Houve um segundo de hesitação antes que Asterina tomasse as rédeas da situação com maestria:

– BARATA! BARATA! – a ruiva começou a gritar esperneando ainda mais e olhando para o chão com uma atuação perfeita de desespero.

– BARATA? PELA JUBA, ONDE?! – exclamou Susana cujo desespero era muito real.

– Acho que voou. – respondeu Caspian, ganhando de Asterina um olhar que normalmente vinha acompanhado da frase "Qual o seu problema, seu dimocó?!" e um pescotapa.

– Ela o quê?! – perguntou Susana engolindo seco, com os olhos arregalados e branca como cera.

– Vamos sair logo daqui! – exclamou Asterina puxando a outra pelo braço.

No dia seguinte, lá estava Trumpkin de novo com um saco de estopa jogado sobre o ombro, dessa vez bem menos cheio e reclamão. Quem o achou daquela vez foram Natalya e Pedro.

– Boa tarde, Trumpkin. – cumprimentou o Grande Rei.

– Boa tarde, Majestade. Milady. – Trumpkin acenou com a cabeça.

– Da última vez que te vi com um saco desses, o castelo ficou cheio de sapos. Todos muito simpáticos. Mais convidados? – questionou Natalya com um sorriso divertido.

– Dessa vez são lagartixas, lady Lya. Aparentemente além de marimbondos temos baratas. Ontem mesmo a lady Asty e a rainha Susana tiveram um encontro desagradável com uma das diabinhas. – relatou o anão. – Vamos esperar que as lagartixas contra as baratas sejam mais eficientes que os sapos estão sendo com a questão dos marimbondos.

– Nós... Nós temos baratas? – balbuciou Natalya de olhos arregalados contendo o próprio pânico.

– Lya? Tudo bem? – perguntou Pedro segurando a mão da lady.

– Estou sim. Vamos logos para o jardim antes que encontremos uma daquelas criaturas viciosas por aqui. – concordou Natalya puxando o Grande Rei pela mão.

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Assim como a maioria do que é bom, o período dos Pevensie em Nárnia também chegou ao fim no dia em que Aslam abriu uma porta no ar.

Do fundo da platéia, as quatro meninas – que Lúcia apelidara carinhosamente de "As Quatro Gloriosas" –assistiram o Grande Leão soprar sobre a árvore retorcida na borda do penhasco que elas todas haviam escalado inúmeras vezes com Caspian para ter um gosto da sensação de voar, e a planta se abriu com um portal para o mundo dos reis e rainhas.

Lá atrás, Asterina sorriu quando Susana tomou a atitude de beijar Caspian – afinal aquele dimocó nunca teria feito o primeiro movimento.

Com olhos marejados, Natalya compartilhou um último olhar com Pedro pelo que fora e pelo que nunca poderia ser. Eles sabiam que tudo terminaria com "foi bom enquanto durou".

Carina acenou com um sorrisinho para Lúcia. Como regra geral a mulher de pele escura não gostava de crianças, mas ela apreciara a amizade de Lúcia.

E Julietta, muito romântica, rodava nas mãos uma florzinha seca que ganhara de Edmundo. A mais nova das meninas ostentava um sorriso sonhador e suspirava a cada cinco segundos.

Após a partida dos Grandes Reis e Rainhas, o pátio foi esvaziando aos poucos. A maioria da nobreza telmarina se fora, exceto por alguns poucos que apoiavam os narnianos e outros que não queriam o trabalho de recomeçar do zero.

Caspian X olhou para suas amigas, As Quatro Gloriosas, com um plano na cabeça. Ele nunca se atreveria a reinar sem elas. Olhando para ele estavam sua própria versão dos Sete Fidalgos. Suas conselheiras mais próximas e aliadas mais fiéis.

Era hora das quatro meninas e seu amigo real colocarem as mãos na massa e reconstruírem Nárnia.

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ESTRELA chegou e com grande estilo, eu espero!

Aproveitem a leitura!

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LadyAristana

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