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Uma viagem ao passado

 Eu me sentei no chão, de frente a fogueira. Estava uma noite fria e ventava muito forte. A garota estava sentada a minha frente. Sentia-me agitado, talvez porque finalmente iria descobrir parte de tudo aquilo que estava acontecendo. Ela então ergueu os seus dois braços em minha direção. Fiquei sem entender. Ela disse:

- Dê-me a sua mão. É mais fácil eu lhe mostrar...

Fiquei confuso, a encarei receoso. Como assim ela iria me mostrar? Eu hesitei por um breve momento, mas com apenas um olhar ela me convenceu de que falava a verdade. Eu não sabia o motivo, mas confiava nela. Então, ergui o meu braço junto ao dela. Ela agarrou-os com firmeza e durante uns cinco segundos eu não senti absolutamente nada. Quando pensei em perguntar algo a ela, foi que tudo a minha volta desapareceu. Não via nada, tudo ficara escuro de uma forma muito rápida. Senti meu coração acelerar e bater forte contra o meu peito. Meu corpo... Percebi, parecia estar a milhares de quilômetros. Minha mente, não podia ser possível, viajava a uma velocidade altíssima, e a minha volta surgiam imagens do passado. Muitas delas vinham em minha direção e desapareciam como se fossem dissolvidas no espaço. Tentei fixar meu olhar em alguma coisa, mas era tudo muito rápido. Senti meu estômago embrulhar há milhares de quilômetros. As imagens ficaram cada vez menos nítidas, não conseguia mais enxergá-las. Foi então, que bem ao fundo eu vi uma luz se aproximar de mim. Ela era forte, não consegui manter meus olhos abertos. Era quente também, senti minha pele esquentar. Na verdade, meu corpo inteiro estava quente. Percebi que não me encontrava mais em movimento. Finalmente abri os olhos.

Era dia, o sol brilhava intensamente, iluminando a paisagem de casas aglomeradas em uma pequena cidade-estado na Grécia. Não demorei muito em perceber que eu estava em Esparta. Ao contrário do que muitos pensam os homens espartanos não eram grandes e fortes como retratados em muitas histórias em quadrinhos. Na verdade, eles tinham uma estatura média, um corpo atlético e magro, mas eram bem ágeis com a espada. Era um povo guerreiro, o mais respeitado da Grécia nesse quesito. Exerciam uma forte influencia militar, mas isso estava prestes a acabar. Todo grande exército algum dia chega ao seu fim. Mas, desta vez fora diferente, pois o fim de Esparta estava predeterminado a acontecer. Um pouco depois da guerra que ficou conhecida como Guerra do Peloponeso, em que espartanos derrotaram Atenas, Esparta se sente ameaçada por outra cidade-estado... Tebas. O que eles não contavam é que naquela cidade havia nascido algo que irá mudar a trajetória do mundo todo... Não se sabia ao certo o que era. Apenas tinham o conhecimento de ser uma coisa que vai além de qualquer mitologia ou superstição, algo realmente maligno que influenciará cada ato ou ação importante da história. Quando digo isso, me refiro que foi nessa época em que se tiveram registros de sua primeira aparição, mas na realidade até os dias de hoje não se sabe quando surgiu. O general Epaminondas, de Tebas, foi o único que teve contato com esse ser naquele momento. Ele então conduziu a vitória contra a tão grandiosa Esparta. Passado algum tempo, a Grécia inteira entrou em declínio e desde então nunca recuperou a sua importância hegemônica. E esse era só o começo.

As imagens ao meu redor se dissolveram novamente e me levaram para outro lugar. Atenas... A cidade-estado próxima de Esparta. Eles já tinham o conhecimento da aparição desta criatura que superara todos os seus deuses e crenças. Já não havia mais esperanças.

É o fim da Grécia! – Exclamou um eupátrida, nome dado aos nobres da primeira classe em Atenas. – Seremos esquecidos da história e nossos povos serão escravizados...

O homem estava sozinho no templo, suplicando sem esperança aos deuses que ele julgava não ser capaz de derrotar o ser maligno que se apoderara da Grécia. Derrotaram os Espartanos, boatos se espalharam sobre a aparição de algo terrível durante a guerra, mas que por algum motivo, infelizmente, não foram incrementados nos registros históricos. Portanto, seria apenas uma das demais lendas que se dissolveriam na história. Mas eu, eu estou aqui e estou vendo através de uma visão o que realmente aconteceu.

- Não se precipite... Ateniense. – Essa voz doce, tranquila e firme. Uma mulher com um longo vestido se aproximou. O homem ficou sem palavras, pois seu rosto era familiar não apenas por ele, mas por qualquer ateniense que já vira uma escultura sua antes. Ele estava incrédulo e ao mesmo tempo suplicante.

- N... Não pode ser... – Gaguejou o eupátrida. – Estamos mesmo no fim do mundo.

A mulher sorriu e se aproximou mais. Seu olhar confirmava a fala do ateniense. Ela era alta, elegante e extremamente sedutora. O homem caíra de joelhos aos seus pés, aos pés de uma mulher que, infelizmente naquela época não era considerada ao menos uma cidadã pelo fato de ser mulher. Mas essa lei não se aplicava a ela, jamais se aplicou, pois o simples ateniense que antes fora um grande eupátrida e estava no topo de uma pirâmide de classes, se deparava a sua frente com a grandiosa Palas Atena, mais conhecida como deusa da sabedoria, guerra e justiça. Naquele momento, o homem se deu conta de que não era ninguém e, caiu no chão empoeirado, morto, mas satisfeito por ter sido o único grego que se deparara com uma presença divina, mesmo que isso tivesse lhe custado à vida.

Atena se aproximou da entrada do grande templo, que era um dos pontos mais altos de Atenas, e observou a cidade ser engolida pelas sombras ao passo que o sol se punha. Olhou o último raio de luz iluminar a última casa com um discreto sorriso de despedida. Uma única lágrima escorreu de seu olho esquerdo; pela primeira vez uma deusa havia chorado. Quando a noite chegou, ela se despediu da Grécia, pois sabia sobre o ser que havia ajudado Tebas a derrotar Esparta, e de agora em diante, o chamaria de Malignus. Veloz como um raio, ela partiu em sua procura. Encontrava-se em uma das florestas mais misteriosas da Grécia; a ilha de Creta. Atena sabia que iria encontrá-lo nesse lugar, onde criaturas sobrenaturais viviam sob a sombra das árvores.

- Estava esperando por você, Atena. – Disse a voz grossa de um homem nas sombras. A floresta era imensa, árvores grossas se espalhavam por toda a parte; ao fundo um grande riacho abria caminho na mata e se detinha em uma cachoeira que parecia não ter fim. O som da água correndo tranquilizava o clima tenso entre os dois.

- Eu não sei de onde você surgiu, bárbaro, mas aqui na Grécia não há lugar para você.

O homem exibiu uma risada diabólica, mas não saiu das sombras; estava sentado em uma grande pedra, contemplando a grandiosidade daquela cachoeira, da floresta e da imensidão do céu. Estavam no topo de um penhasco. Parecia tudo muito novo para ele e por isso não desviou, sequer por um segundo, seu olhar para a deusa.

- Na verdade, não há lugar para você nesse mundo. E eu vim aqui a pedido dos deuses, cumprir a missão de eliminá-lo. Levante-se, intruso, e morra com dignidade.

O homem, que contemplava a paisagem a sua frente, pela primeira vez olhou na direção da deusa, fazendo exatamente como ela queria. Atena exibiu um pequeno sorriso de satisfação e aguardou a morte de Malignus que a encarara nos olhos, assim como aquele ateniense, agora morto, fizera. Para sua surpresa, Malignus continuou parado, encarando-a sentado na pedra.

- O que é você? – Atena não se assustara, estava apenas curiosa, pois qualquer humano ou criatura sobrenatural teria caído instantaneamente ao seu olhar. Os deuses eram superiores a todo tipo de criatura. Talvez este seja o motivo pelo qual uma deusa fora encarregada de eliminar um deplorável ser que, talvez, fosse superior aos demais. Havia muitas espécies de criaturas neste mundo, mas comparado a um deus, não passavam de uma mera existência submissa.

- Sou um ser que valoriza este mundo. E como qualquer outra criatura sábia deste lugar, pretendo continuar vivo.

Atena sorriu. Nunca outra criatura a desafiara antes e vivera para contar. A julgar pelo seu olhar de satisfação, fazia tempo que isso não acontecia. A deusa então sacou a espada, de forma ameaçadora, mas não se aproximou, esperou Malignus se levantar para matá-lo dignamente.

- Você vai morrer, criatura! É a vontade dos deuses.

Malignus contemplou os céus mais uma vez, só que não da mesma forma que antes. Era um olhar atroz, seus olhos negros ganhou uma coloração avermelhada como o sangue, e exalava puro ódio aos deuses.

- Se essa é a vontade deles. Então vos declaro guerra.

Atena riu, desconfiada de poder existir um ser tão iludido e desprezível como aquele.

- Não seja tola, criatura. Levante-se e me deixe mandá-lo para as profundezas do inferno.

"criatura" riu-se baixo o ser que estava sentado sobre a pedra. Ele apoiou seus braços nos joelhos e se levantou como lhe fora ordenado. Seus olhos avermelhados brilhavam de fúria intensa, mas que ele não deixava transparecer por suas feições, que se mantiveram amenas diante da deusa. Atena notou surpresa, que o deplorável ser a sua frente era extremamente alto, não tinha uma forma humana como esperava; não se assemelhava a Zeus, como todos os outros indivíduos na face da terra, e ainda era mais alto que o próprio criador. A deusa teve que olhar para cima para poder encará-lo, e pela primeira vez em sua vida inteira, sentira medo, pois sabia que aquele ser maligno não era fruto da criação de seu pai, Zeus. Entretanto, a bravura fazia parte de quem ela era, e com a espada em mãos ela correu em direção ao monstro, curvo, alto, e com um olhar avermelhado diabólico que trazia consigo toda a escuridão, tristeza e desespero em forma de vida, a qual ele parecia não ter. Ela enfincou a espada em seu estômago, que o atravessou por completo. Ele a encarou nos olhos. Não parecia sentir dor, mas sangrava. Atena sabia que isso não iria matá-lo, mas ela era uma deusa, não iria ser derrotada tão facilmente. Ao menos foi o que pensou. Malignus segurou-a pelo pescoço, mantendo seu olhar firme em suas feições desesperadas. Levantou-a poucos centímetros do chão com apenas uma de suas mãos. Ela soltou a espada, sem fôlego. Com a outra mão, Malignus aproximou-a da deusa Atena, que era uma das mais fortes e respeitadas do Olimpo, e arrancou-lhe o coração. Depois disso, atirou-a na cachoeira que antes ele observava com tanto respeito. Atena, a deusa da guerra, justiça e sabedora, afundava então, no mar profundo, assim como a Grécia afundaria.

Posteriormente, a Grécia seria dominada pelos Macedônicos, liderados por Alexandre Magno, conhecido também como Alexandre, o Grande. Mas Malignus não estava mais presente nessas conquistas. Apenas quisera se certificar a ruína da Grécia, e o fez com êxito. Ele então desapareceu por um bom tempo, tornando-se rapidamente uma lenda, transmitida apenas por palavras, sem algum tipo de registro, ao menos pela maior parte dos historiadores, pois Atena, antes de morrer, conseguira deixar uma herdeira. Por conta disso, uma mulher inocente fora acusada de adultério. Aquela única lágrima que ela derramara sobre o solo do templo de Atenas, fora responsável por dar luz a uma menina, descendente direta da deusa. A menina iria crescer e se tornar uma bruxa poderosa. Ela nascera com um único propósito, que era se certificar de que Malignus seria derrotado, e como recompensa receberia apenas parte da sabedoria da grandiosa Palas Atena, além de receber também toda a visão direta da deusa de tudo o que ocorrera, com o objetivo de ela não cometer os mesmos erros que a mãe. Nascida de uma bruxa, porém filha de Atena, a garota cresceria na ausência do pai, que não a aceitara como filha e acusara a esposa, que teve que fugir junto ao bebê recém-nascido.

Tudo ao meu redor se dissolveu mais uma vez. A mãe, o bebê, a Grécia, o mundo inteiro, tudo ficou escuro. Eu apaguei, não sentia mais minha mente distante, ao contrário, conseguia sentir os dedos do pé, braços, e outras partes do meu corpo com extremo alívio. Eu estava de volta ao mundo. A garota estava me sacudindo, pois estava relutante em acordar. A voz dela começou a ficar um pouco mais tensa, pois minha mente estava se distanciado novamente, mas desta vez, não estava indo a lugar algum. Em termos menos hostis, meu corpo não aguentava uma magia poderosa daquelas. Senti-me leve, tranquilo e pela primeira vez, em paz... Duas mãos geladas se repousaram em minha cabeça, senti um fluxo de energia extremamente poderosa percorrer meu cérebro e todo o meu corpo. Levantei-me em um só pulo, assustado e ofegante. Meu corpo inteiro doía.

- Deu certo! – Disse ela, aliviada.

- Espera... Mas e essa bruxa, o que aconteceu com ela? Afinal, se Malignus ainda está vivo...

Eu parei de falar. Ela me olhou, acanhada, e disse:

- Sou eu... – Ela deu de ombros enquanto eu a encarava quase boquiaberto. A garota não parecia mais apenas uma garota, ela vinha de uma época antiga, percebeu a carga pesada que compunha o seu simples olhar. Um olhar que provavelmente já vira de tudo. – E não seja deselegante de perguntar a minha idade. – Previu ela, no momento em que iria fazer a pergunta.

- Mas então foi o Malignus que matou os meus pais?

- Na verdade quem matou os seus pais foram os servos dele, conhecidos como Maledictus Eris, que significa amaldiçoados em latim... Mas eu os chamo de servos da escuridão

- Mas porque eles iriam querer matar os meus pais?

- Você e sua família são mais importantes do que pensa... Na verdade, agora vocês são os únicos que restaram. – Ela simplesmente ignorou o meu olhar de dúvida e continuou. – Um pouco depois de Malignus ter ido embora, digo, alguns séculos depois, eu procurei ajuda de outros bruxos em toda a parte. Finalmente encontrei uma família extremamente poderosa. Eles tinham uma linhagem inteira de bruxos e eram temidos por todos não só naquela região, mas entre outros povos. Quando apareci para eles, acharam que eu estava mentindo e quiseram me matar. Por sorte, eu consegui provar, mostrando minha visão ao chefe deles; o patriarca. Malignus não era conhecido por muitos, pois ele se esgueirava sem deixar rastros ou registros de suas aparições, mas aquela família o conhecia. Malignus tinha o conhecimento da existência deles, e se sentia ameaçado, pois tamanho eram os seus poderes. Então, eu trabalhei muito tempo com eles e finalmente conseguimos criar algo, que extraído das forças da própria natureza, poderia ser capaz de derrotar Malignus. No entanto, durante o ritual, o qual eu também fazia parte, aconteceu algo imprevisto. A natureza, como todas as bruxas e bruxos sabem, necessita de um equilíbrio, e quando trouxemos tamanha força para este mundo, ela tomou a vida de todos ali, exceto a minha, que fui predestinada a deixar este mundo somente com a morte de Malignus. Então, esse poder foi passado de geração em geração. Quando seu pai morreu ele foi passado a você... Talvez tenha se sentido estranho, com algumas habilidades novas, ainda não aperfeiçoadas... – Naquele momento eu me lembrei da minha incrível audição, quando Elvira ameaçava aquele homem em sua casa. – Malignus cuidou para eliminar todos os cinco herdeiros desse poder que poderia derrotá-lo, e você, infelizmente, é o único que sobrou. E é por isso que ele vai tentar, não apenas te matar, mas extrair esse poder de você e tomá-lo para si. Foi por isso que os servos da escuridão não te mataram naquela noite.

- Então foi por isso que aquela mulher me salvou daquelas pessoas...

- Que mulher? – Perguntou, curiosa.

- Elvira!

Os olhos da bruxa se arregalaram surpresos e descontentes.

- Você a conhece?

Mas antes que ela pudesse responder, ouviu-se o barulho de um galopar de cavalos se aproximarem do local.

- Tá de brincadeira! – Disse a garota, enquanto se levantava estressada. – Será que o meu feitiço não é mais tão eficaz como antigamente, ou foi você que o quebrou? – Fiquei sem palavras, quando ela me olhou irritada, e depois para a janela afora. Um homem com capuz havia parado em frente a sua casa de madeira, o seu rosto estava inteiramente coberto, e depois que descera do cavalo, caminhava em nossa direção.

- O que devemos fazer? – Perguntei assustado, tentando procurar alguma coisa para me defender.

- Nada! –Respondeu ela, aliviada, ao ver o homem tirar o capuz de seu rosto. – É só um velho amigo meu, que agora, para muitos, já está morto.

Meu caro leitor, aquele aviso em que deixei no começo do primeiro capítulo de minha história irá fazer sentido agora. Então peço, encarecidamente, para que se você for um sebastianista e acredita que haverá um retorno de um novo messias que os salvarão, e que vai levar Portugal a novas glórias e conquistas, não leia essa próxima parte, pois quem irá abrir esta porta, é ninguém menos do que Dom Sebastião...

Olá leitores, se você estiver gostando desta história, deixe seu voto e um comentário. Assim, saberei como estou me saindo. Obrigado (: 

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