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Orelha 🦅
Passei a noite suave com a doutora e de manhã cedo fui pra casa, arrumei os bagulhos, a mulher já tinha chegado e eu pedi pra ela ajeitar uma mesa maneira pro Miguel. Mandei mensagem pra Luana que nem demorou pra responder e eu meti o pé pra casa dela, vendo que o Miguel já tava acordado e com o Jorge no colo, sentado no sofá.
Luana: Bom dia.- Falou sorrindo pra mim e eu fui até ela, beijando a cabeça dela.
Orelha: Bom dia maninha, tá tudo tranquilo? - Soltei dela indo até o sofá, vendo o Miguel sorrir.
Luana: Tudo sim, você sabe que eu tô quase trazendo o Miguel pra morar comigo né?! - Falou e eu olhei pra ele.
Miguel: Mas eu ainda vou te visitar, tio.- Falou me olhando e eu neguei soltando uma risada.
Orelha; Vai me abandonar nada cara, que isso?! - Falei passando a mão no cabelo dele.- Bora?!
Luana: Tão cedo? Não vão comer aqui? - Falou pegando o Jorge do colo do Miguel.
Miguel: Vamos comprar um presente pra bebezinha da tia Dressa.- Falou animado.
Luana: E eu não ganho presente? - Falou indignada e o Jorge balançou as mãoszinhas batendo no rosto da Luana.
Orelha: Que nada, velha! Só o Miguel merece.- Beijei a cabeça dele que deu um sorrisinho.- Moleque me ama.
Luana: Só porque ele não entende bem o mundo ainda.- Brincou beijando a barriga do filho.
Orelha: Gaspar meteu o pé já? - Ela confirmou.
Mandei beijo pra ela vendo o Miguel pular no meu colo e eu saí com ele, subi pra casa e ele foi tomar banho. Ele só ia pra escola de 9h e voltava de 17h, era maior bagulho legal. Tomei café com ele falando mil bagulhos como todos os dias, falava da mãe até de como não via a hora do Jorge crescer pra brincar com ele.
A gente saiu indo procurar uma loja e acabou que a gente parou no shopping, fiquei meio cismado mas fui com ele, comprei os bagulhos mais rápido possível e ele queria comer besteira lá, mas nem deixei.
Deixei ele na escola e fui pra casa. Guardei os bagulhos e desci pra boca, quando cheguei lá tava geral menos o Coronel, peguei um copo de água e fiquei vendo o Goiaba dando ordem pros moleques novos, enquanto o Gaspar tava mexendo no celular.
Goiaba: Tava aonde ein? Pediu autorização a quem pra passar a noite fora? - Falou assim que os moleques saíram.
Orelha: Tava na casa da doutora.- Falei bebendo minha água e o Gaspar me olhou.
Gaspar: A mulher num é casada? - Dei os ombros.
Goiaba: E desde quando o Orelha ignora mulher por causa disso? - Cocei a cabeça.
Gaspar: Ele já pegou a tua foi, feio?
Goiaba: Eu acho que tô solteiro.- Soltou uma risada.
Orelha: Durou muito até.- Peguei mais água.
Goiaba: Coronel tava falando aí que era pra tu dar um papo transparente pra doutora, ele disse que se tu vacilar com ela e ela não quiser cuidar do filho dele, tu tá fudido.- Apontou.
Orelha: O papo é de sempre, não muda pô! Quero transar só, tô nem afim de trazer mulher pra minha vida agora.- Gaspar me encarou.
Goiaba: Então avisa a garota lá, pra não dar b.o.- Balancei a cabeça.
Orelha: E tu ein, branquelo?! Como tá sendo a vida de paizão? - A porta abriu e o Coronel entrou, com a marra de sempre.
Gaspar: Maneira, quase dois meses já. Luana tava meio maluca da cabeça, mas a gente trocou umas ideias e tá suave.- Falou batendo na mão do Coronel.
Goiaba: Logo menos o gatinho tá casando ai.- Falou fingindo tá emocionado e eu soltei uma risada.
Coronel: É ele casando e tu fazendo despedida de namoro.- Sentou do meu lado.
Orelha: Tá maior fofoqueiro ein, se liga! - Bati nele.
Coronel: Namorada do cara aí ligando pra Andressa, falou altos bagulhos.- Olhei pro Goiaba, quem encarou ele desconfiado.
Goiaba: Termina logo a história ai.- Gaspar soltou uma risada de lado.
Coronel: Andressa me falou pouco bagulho, mas pelo que eu entendi, a outra lá tá achando que agiu no erro contigo, só que tá com raiva também, uma parada assim...- Goiaba balançou a cabeça.
Orelha: Vai logo atrás da garota pô, tá todo tranquilão com a mina aí.- Apontei.
Goiaba: Namoral, fiz nada de errado! Vim pra casa tranquilão e ela passou dois dias fora, sem dar nenhuma notícia. Não vou atrás de ninguém, papo dez.- Falou indignado.
Gaspar: Mas tá sentindo falta, mané? - Falou encarando ele que confirmou, fazendo geral soltar uma risada.
Coronel: Tá cheio de gracinha por aqui, mas o bagulho que eu não tô vendo ninguém fazer corre.- Falou batendo na minha cabeça e o Goiaba jogou o caderno em mim.
Goiaba: Vai trabalhar, vagabundo.- Abri o caderno mandando dedo pra ele e levantei.
Saí junto do Gaspar e ele foi fazer os corres dele, fiquei fumando um ali primeiro até bater coragem pra ir fazer os bagulhos lá na puta que pariu.
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